A diversidade sexual e de gênero são visivelmente vilipendiadas pelas práticas pedagógicas pautadas em documentos e discussões heteronormativas. Desta forma, essa diversidade é qualificada como algo “pecaminoso”, “desviante” ou “anormal”. Em se tratando do ambiente e prática escolar, tal diversidade é invisibilizada, em decorrência da heteronormatividade reinante. A partir dessa constatação, buscamos fundamentos epistemológicos, a partir de pensamento de Judith Butler (2015), para denunciar e criticar os pressupostos essencialistas com respeito à questão do gênero e do sexo no ambiente escolar, especialmente no que tange aos corpos que não estão enquadrados nas prerrogativas dos documentos e nas práticas educacionais, tidos agora como o “outro” sujeito, o abjeto. Para melhor objetivarmos a discussão, utilizamos os referencias teóricos de Butler (2015), Louro (2001, 2007, 2014) e Miskolci (2017), nos quais nos apresentam a discussão queer, para uma possível reelaboração conceitual-metodológica com respeito à prática educacional.