A presente pesquisa objetivou verificar em que medida a comunicação afetiva, o bem-estar subjetivo, a privação de afeto e a satisfação no relacionamento se correlacionam. E, de modo específico, pretendeu-se: investigar se a permanência no relacionamento após o período pandêmico se relaciona com a privação de afeto, comunicação afetiva e bem-estar subjetivo; identificar se homens e mulheres se diferencia entre as variáveis estudadas; verificar a relação entre comunicação afetiva e bem-estar subjetivo e satisfação no relacionamento; averiguar a relação entre privação de afeto, bem-estar subjetivo e satisfação no relacionamento. Foram propostos quatro estudos: Estudo I – Um estudo teórico, que visa compreender para o fenômeno do Bem-estar Subjetivo (BES) e a Psicologia Positiva. Sua fundamentação teórica irá nos nortear como alicerce para a pesquisa empírica desta dissertação, buscando aplicar conceitos e analisar os segmentos da teoria proposta, focando no Bem-Estar Conjugal e o seu impacto no período da pandemia da Covid-19. Estudo II – é uma revisão de escopo sobre a privação afetiva e o impacto no BES de casais no período pandêmico, que permitiu a obtenção de um panorama da discussão acerca da Teoria da Troca de Afeto, que engloba a privação de afeto, que apontou a necessidade de mais estudos, teóricos e empíricos, sobre a temática. O Estudo III, que visou adaptar, além de reunir evidências psicométricas no contexto brasileiro da Affectionate Communication Scale Trait‐Given (TAS-G), Affectionate Communication Scale Trait‐Received (TAS-R) e Affection Deprivation Scale. Contou-se com 200 pessoas da população geral (Midade = 31,51 anos), em maioria da região nordeste (81,5%), mulheres (79,6%), que se reconhecem como cisgêneros (99%), heterossexuais (78,6%), com status de relacionamento solteiros (48,7%) e casados (34,2%). A Análise Fatorial Exploratória (AFE) demonstrou que os instrumentos TAS-G, TAS-R e ADS uma estrutura unifatorial, como teoricamente proposto; além de apresentarem bons índices de consistência interna de (α e Ω) > 0,80, apontando adequabilidade dos instrumentos para o Brasil. Por fim, o Estudo IV, objetivou verificar em que medida a comunicação afetiva, o bem-estar subjetivo, a privação de afeto e a satisfação no relacionamento se correlacionam. Participaram 407 pessoas da população geral (Midade = 29,54 anos), em maioria da região nordeste (83%), mulheres (80%), que se reconhecem como cisgêneros (98%), heterossexuais (70%), com status de relacionamento solteiros (48,5%) e casados (28%). Os resultados, por meio da correlação de Pearson, apontaram que aquelas pessoas que se mantiveram nos relacionamentos desde o período pandêmico apresentaram maiores índices de comunicação de afetuosa, bem-estar subjetivo. Ademais, de maneira contraria, índices de privação afetiva, que se refere a um estado intenso ou duradouro, no qual alguém falha em receber níveis adequados ou desejados de afeto de outrem, foram relacionados a não permanência nos relacionamentos amorosos. Além disso, por meio do teste t de Student, para amostras independentes, foi observado que os homens tendem a experimentar mais afetos positivos e as mulheres mais afetos negativos quando comparados entre si. Em resumo, os resultados dessa dissertação reforçam o papel protetivo do afeto nas relações interpessoais, evidenciando a importância da comunicação afetiva na manutenção dos relacionamentos e no bem-estar.