Os acontecimentos envolvendo a COVID-19, como isolamento social, o aumento
no consumo de álcool e o impacto na renda familiar, causaram forte pressão psicológica. Os sintomas mentais estão relacionados ao absenteísmo e disfunções exacerbadas, levando a severa incapacidade para o trabalho e um pesado fardo econômico para a sociedade. Devido à sobreposição de fatores de risco, os índices de ideação suicida têm aumentado. Esta dissertação objetiva avaliar os fatores risco de ideação suicida e o medo da covid-19 na pandemia. Para atender a este objetivo, a dissertação foi dividida em dois estudos, sendo o estudo 1 uma revisão sistemática de literatura que propôs investigar a ideação suicida e os fatores de risco durante a pandemia do COVID-19 em jovens adultos. No estudo 1, observou-se que a elevação da ideação suicida durante a COVID-19 sofreu influência de vários fatores, como uso e abuso de substâncias químicas e alcoólicas, estresse, perturbações do sono, entre outros. No Estudo 1 foram pré- selecionados 1416 estudos presentes nos bancos de dados Scielo, PubMed, Scopus, Psycinfo e PsycArticles. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 8 estudos presentes no banco de dado PubMed para obtenção dos resultados e discussão que demosntrou que, a tendência para a ideação suicida tende a se elevar durante a pandemia do COVID-19 e evidenciou os possíveis fatores que podem influenciar do desenvolvimento ou aumento desse fenômeno. No estudo 2 foi realizado uma pesquisa de campo para avaliar a ideação suicida e o medo da COVID-19, foram apliacadas 2 escalas, a escala Multi-atitudinal de Tendência ao Suicídio (EMTS) e a escala de medo da COVID-19 ( Fear of COVID-19 scale); 1 inventário: Frequence of Suicidal Ideation Inventory (FSII-Br) e um questionário sociodemográfico. Foi possível verificar que, apenas dois fatores do risco de tendência ao suicídio relacionam-se de forma positiva e significativa com medo da COVID-19 (p < 0,01, para todos os coeficientes), que são: repulsa de morte (r = 0,54) e repulsa de vida (r = 0,16). Também foi observado diferenças significativas em função do sexo, onde mulheres apresentaram níveis de medo da COVID-19 maiores e médias mais elevadas de frequência de ideação suicida.