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Banca de QUALIFICAÇÃO: IZAIAS BARBOZA JÚNIOR

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: IZAIAS BARBOZA JÚNIOR
DATA: 23/05/2018
HORA: 14:00
LOCAL: sala da PREX
TÍTULO: Desenvolvimento de Instrumento para Descolamento do Peritônio na Extração da Peça Cirúrgica em Colecistectomias Realizadas por Laparoscopia
PALAVRAS-CHAVES: Colecistectomia. Laparoscopia. Dispositivo. Ampliação. Vesícula biliar. Umbigo.
PÁGINAS: 65
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
SUBÁREA: Saúde Materno-Infantil
RESUMO:

Introdução: Na prática em cirurgia geral, uma observação recorrente, incômoda e que traz certa frustração, ocorre com relativa frequência pelas equipes: a necessidade de ampliação das incisões no momento da extração da peça cirúrgica. A colecistectomia laparoscópica é um dos procedimentos mais realizadas pelos profissionais dessa especialidade no mundo. Estimativas referem cerca de 500.000 destas realizadas anualmente somente nos Estados Unidos da América. A busca de técnicas que vislumbram diminuir morbidades, tempo cirúrgico, tempo de internação e demais fatores que envolvem o procedimento, tem sido uma constante no meio. Nos casos em que a peça cirúrgica tem diâmetro maior que o do portal de acesso principal, assim como quando na presença de vesícula contendo múltiplos cálculos ou com suspeitas de neoplasia, ocorre certo desconforto entre a equipe pela necessidade de ampliação da incisão cirúrgica, tanto da pele quanto da aponeurose. Logo, desenvolveu-se um dispositivo do tipo afastador de parede, com algumas modificações que auxiliam a retirada da peça cirúrgica, e analisou-se se ele altera as ampliações nessa etapa da cirurgia. Objetivos: Pretendeu-se demonstrar a importância do uso de um instrumento próprio e desenvolvido para realizar o descolamento do peritôneo parietal da peça cirúrgica nesse tipo de cirurgia, e examinar se esse dispositivo está associado à diminuição das incisões, com a redução de morbidades ao paciente e maior facilidade para o cirurgião, além de avaliar os demais fatores que podem estar associados ao tamanho da incisão. Método: Delineou-se um ensaio clínico randomizado duplo-cego, realizado em um hospital da rede privada de Teresina, Piauí (Hospital Santa Maria), com a avaliação  de dois grupos estudados por uma equipe de cirurgiões experientes, onde um deles utilizou o instrumento (estudo) e o outro, não (controle). Essa avaliação ocorreu no transoperatório e no primeiro dia pós-operatório, e preenchido um formulário onde foram colhidos dados como tamanho da incisão, presença de hematoma, escala de dor e demais variáveis importantes às análises. Resultados: A maioria dos pacientes estudados é do Estado do Piauí (80%) e do sexo feminino (65%). A idade média foi 48,25 anos, com desvio padrão de 16,65 anos. A medida da ferida operatória apresentou distribuição normal, com média de 27,52 mm, e desvio padrão de 4,85 mm, onde o grupo que não usou o dispositivo teve média maior que aquele  que o empregou (p- 0,03). A obesidade (p<0,01) e o não uso de Agulha de Verres (p- 0,04) estão associados a maiores incisões nesse procedimento. Hematoma (0,058) e dor pós-operatórios (p- 0,08) não apresentaram diferenças entre os grupos estudados. Conclusões: O uso do instrumento desenvolvido está associado a menores medidas da incisão umbilical, sem diferenças nas medidas de hematomas e níveis de dor pós-operatórias, podendo ser indicada a sua utilização. A obesidade e o não uso de Agulha de Verres estão concatenados com maiores medidas das incisões. Outrossim, mais estudos são necessários para avaliar o uso do instrumento em grupos maiores de pacientes neste e em outros tipos de procedimentos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 805.154.603-20 - ALESSE RIBEIRO DOS SANTOS - UFPI
Externo ao Programa - 423488 - BENEDITO BORGES DA SILVA
Interno - 423584 - IONE MARIA RIBEIRO SOARES LOPES
Presidente - 3373256 - PEDRO VITOR LOPES COSTA
Notícia cadastrada em: 11/05/2018 15:47
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