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Banca de QUALIFICAÇÃO: GILBERTO PORTELA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GILBERTO PORTELA SILVA
DATA: 29/04/2021
HORA: 13:30
LOCAL: https://meet.google.com/hrf-kyvw-xee
TÍTULO: Fatores Associados à Mortalidade Neonatal no Piauí: Período de 2010 a 2019
PALAVRAS-CHAVES: periodo neonal, mortalidade neonatal
PÁGINAS: 56
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
SUBÁREA: Saúde Materno-Infantil
RESUMO:

Introdução: O período neonatal estende-se do nascimento ao 28º dia de vida e concentra a maior parte dos óbitos infantis, sofrendo influência da qualidade e do acesso aos serviços de saúde que prestam assistência à gestação, ao parto e ao recém-nascido. A determinação da mortalidade neonatal pode ser entendida como uma complexa interação entre fatores sociodemográficos, assistenciais e biológicos. Identificar os fatores de risco e determinantes é uma ferramenta importante para direcionar políticas e intervenções mais efetivas, avaliando seu sucesso a nível global, nacional, regional e local. Objetivo: Este estudo teve por objetivo verificar os fatores associados à mortalidade neonatal no Piauí entre 2010 e 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo com dados sobre fatores sociodemográficos maternos, gestacionais/assistenciais e neonatais provenientes do SIM (Sistema de Informação de Mortalidade) e do SINASC (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos) consolidados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A amostra foi de 5471 óbitos neonatais. Os dados foram organizados em planilhas no software Microsoft Excel® para avaliação descritiva e para análise bivariada foi utilizado o teste qui-quadrado de Pearson, complementado pelo V de Cramer, considerando nível de significância de 5%. A análise estatística foi conduzida através do software IBM® SPSS® 24.0. Resultados: A mortalidade infantil vitimou no Piauí, entre 2010 e 2019, 7668 crianças entre 0 e 1 ano de vida. Destas, 2134 (27,8%) perderam a vida nas primeiras 24 horas após o nascimento, 2092 (27,3%) entre 24h e 6 dias de vida, 1245 (16,2%) entre 7 e 27 dias de vida. Mais de 71% dos óbitos infantis aconteceram antes mesmo das crianças alcançarem 1 mês de vida. No decênio estudado, a mortalidade neonatal caracterizou-se por ser, na maioria dos óbitos, de causa evitável, ocorrido no ambiente hospitalar, do sexo masculino, da cor/raça preta/parda/indígena, com peso ao nascer ≥ 2500g, nascido de parto vaginal, de gravidez única de 37 a 41 semanas gestacionais e com mães entre 20 e 29 anos, com 8 a 11 anos de escolaridade. As variáveis significativamente associadas ao óbito neonatal foram: duração da gestação (𝜒2 = 76.28, gl = 4, 𝑝 < 0.0001, V = 0,1319) com força moderada e, com força fraca, tipo de parto (𝜒2 = 22.09, gl = 1, 𝑝 < 0.0001, V = 0,0658), peso ao nascer (𝜒2 = 23.02, gl = 2, 𝑝 < 0.0001, V = 0,0798) e local de ocorrência (𝜒2 = 17.96, gl = 4, 𝑝 = 0.0013, V = 0,0573). Conclusão: Os fatores mais associados ao óbito neonatal precoce foram gestação com duração de 22 a 27 semanas, parto vaginal e sexo masculino. E para o óbito neonatal tardio comportaram-se como fatores de maior associação a gestação com a duração de 28 a 31 semanas, cesárea, sexo feminino, muito baixo peso e óbito em domicílio. Houve redução da mortalidade neonatal no Piauí no período estudado, mas com manutenção de iniquidades e taxas ainda elevadas que sugerem a necessidade de transformações urgentes no acesso aos serviços de saúde e na qualidade das ações ofertadas.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2365867 - MAURICIO BATISTA PAES LANDIM
Interno - 1167577 - LIS CARDOSO MARINHO MEDEIROS
Externo à Instituição - ANA RACHEL OLIVEIRA DE ANDRADE - UFPI
Notícia cadastrada em: 29/04/2021 09:32
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