Introdução: O Câncer de mama (CM) é o tipo de neoplasia que mais acomete as mulheres, sendo o segundo tipo mais frequente no mundo. No Brasil, no ano de 2016, foram estimados 57.960 casos novos em mulheres, o que representa 28,1% dos casos novos de câncer de mama em todo o país. A mamografia continua sendo o método de escolha para o rastreamento populacional do câncer de mama em mulheres assintomáticas e é a primeira técnica de imagem indicada para avaliar a maioria das alterações clínicas mamárias.Objetivo:Avaliar a promoção do diagnóstico precoce do câncer de mama por meio da realização de mamografia de rastreio em mulheres de 50 a 69 anos na cidade de Teresina-PI. Metodologia: Estudo descritivo com intervenção de natureza prospectiva, com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 297 mulheres com faixa etária de 50 a 69 anos, assintomática e cadastradas nas UBS participantes. Para as análises inferenciais foi utilizado os testes de Kolmogorov-Smirnov, correlação de Pearson e o teste t de Student. Resultados: A idade média das mulheres participantes foi de 58,4 anos e 68,4% se autodenominaram pardas.As estimativas médias da amostra de desenvolver câncer de mama pelo modelo de Gail em 5 anos e até os 90 anos de idade foram 1,3%e 6,7%, respectivamente. Ainda, utilizando o mesmo modelo, 8,8% das mulheres apresentaram risco estimado de desenvolver câncer de mama ≥1,67% em 5 anos. Na população estudada, houve um aumento de 15,9% na realização de exames mamográficos de rastreio após a intervenção. Conclusão: A realização de palestras e mutirões para sensibilizar as mulheres em relação ao câncer de mama, apresentou impactos positivos no programa de rastreamento. A amostra estudada apresentou baixas estimativas de riscos para desenvolver câncer de mama, segundo os fatores considerados no modelo de Gail. Assim como, foi crescente o aumento do número de mamografia de rastreamento realizadas durante o período estudado em comparação com o ano anterior.