A sífilis é uma infecção bacteriana, de caráter sistêmico, de fácil diagnóstico e curável. Tem como principal via de transmissão o contato sexual, seguido pela transmissão vertical quando a doença pode ser transmitida ao feto, com graves implicações. Há um aumento do número de casos de sífilis congênita a cada ano, mesmo com todas as recomendações do Ministério da Saúde (MS). Objetiva-se com esse estudo avaliar a assistência pré-natal prestada às gestantes diagnosticadas com sífilis atendidas pela Estratégia Saúde da Família do município de Teresina-PI.Trata-se de um estudo avaliativo com delineamento transversal.Foram analisados os dados do SINAN, prontuários e cartão da gestante de 47 mulheres diagnosticadas com Sífilis na gestação entre 2013 e 2015 em Teresina-PI. Quanto ao perfil sociodemográfico, a maioria das mulheres tem em média 24 anos, são procedentes da zona urbana do município, casadas ou em união estável, parda com sete anos de estudo em média. Realizaram o pré-natal com a equipe da Estratégia Saúde da Família, realizaram cinco consultas, em média, menos que o preconizado pelo MS, que são seis consultas e a maioria não estavam cadastradas no SISPRENATAL.O diagnóstico foi realizado em 87,2% dos casos durante o pré-natal; predominou a forma clínica Sífilis Latente. Apenas 42,6 % das mulheres realizou VDRL no 2° trimestre. 83% foram tratadas de acordo com as recomendações do MS, mas o parceiro foi tratado corretamente somente em 59,6% dos casos. Quanto às condições de nascimento houve apenas um caso de natimorto. A maioria dos nascidos vivos nasceu à termo com peso adequado para a idade gestacional. Assim, observa-se que apesar da realização do pré-natal por essas gestantes,houveram falhas em alguns procedimentos que não foram realizados de acordo com o preconizado pelo MS