A utilização de plantas medicinais é considerada uma prática milenar associada aos saberes populares, que envolvem rituais utilizados pelos indivíduos na terapêutica e prevenção de doenças. O estudo teve como objetivo construir um Guia Prático sobre as plantas medicinais mais utilizadas por mulheres em idade fértil (10 a 49 anos) assistidas pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) em Bom Jesus-PI. O estudo foi de natureza quantitativa analítica prospectiva. Participaram da pesquisa 368 mulheres em idade fértil no período de março a julho de 2018, por meio de questionários semiestruturados aplicados individualmente às usuárias nas Unidades Básicas de Saúde. Foi identificada a idade média de 32,5 ± 9,9 anos, sendo a maioria solteira 41,3 %, 39,7 % afirmaram ter estudado entre 9 e 11 anos e 76,3 % recebem até um salário mínimo. A prevalência do uso das plantas medicinais obtidas foi de 87,5%, sendo que 72,5 % das mulheres entrevistadas responderam que sempre utilizam plantas medicinais e 14,9 % usam às vezes essas plantas. As dez plantas medicinais identificadas como as mais utilizadas foram: erva-cidreira (Lippia alba Mill.) (44,72%), hortelã verde (Mentha x villosa Huds.) (36,34%), malva (Malva sylvestris L.) (16,46%), capim santo (Cymbopogoncitratus (D.C.) Stapf.) (11,18%), folha santa (Bryophyllum pinnatum (Lam). Oken) (10,56%), hortelã-vick (Mentha arvensis L.) (10,25%), algodão (Gossypium herbaceum L.) (9,94%), mastruz (Chenopodium ambrosioides L.) (9,94%), boldo (Plectranthus barbatus Andrews) (9,32%) e chambá (Justicia pectoralis Jacq.) (9,02%). Diante dos resultados obtidos foi possível realizar uma análise crítica sobre o uso de plantas e espera-se que o Guia Prático de Plantas Medicinais possa contribuir para o conhecimento de profissionais e comunidade.