As Redes de Assistência á Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde foram definidas como arranjos organizativos de ações e serviços de saúde. O Ministério da Saúde em sua publicação sobre Implantação das Redes de Atenção à Saúde da ênfase as diretrizes da Política de Regulação por meio da Portaria MS/GM nº 1.559, de 1º de agosto de 2008. O objetivo deste trabalho foi analisar os atendimentos obstétricos regulados para uma maternidade de referência a gestação de alto risco no Estado do Piauí. Os resultados obtidos apontaram que o maior percentual de atendimentos na classificação de risco da Maternidade em estudo foi 74,19% (confirmado), 25%(não confirmado) e 0,81%(modificado); Na população em estudo ocorreu predominância para o atendimento regulado de 12,10% para pré eclampsia grave, seguido de 10,48% para pré eclampsia não especificada, 10,48% para trabalho de parto pré-termo sem parto e 8,87% para Ruptura prematura de membranas, não especificada; os atendimentos médicos obstétricos realizados na maternidade em estudo apontaram que 74,19%(confirmados) dos atendimentos regulados se enquadravam no perfil de alto risco, 24,19%(não confirmado) não apresentaram critérios que os definisse como alto risco e 1,61%(modificado). Ao associar as ficha de classificação de risco e ficha de atendimento de urgência e emergência foi verificada a existência de associação estatisticamente significativa entre ambas. Tais achados permitirão o aprimoramento da assistência obstétrica em Rede de Atenção à Saúde com a reorganização do fluxo de referência de forma adequada, bem como servirá de apoio técnico para a implantação e aperfeiçoamento do acolhimento com classificação de risco nas maternidades.