Introdução: A emergência e rápida disseminação do novo Coronavírus 2019 provocou uma nova crise mundial de saúde pública. A COVID-19 provoca impactos na saúde reprodutiva e perinatal, de forma direta por meio da própria infecção e indiretamente como consequência de mudanças nos cuidados de saúde, políticas sociais ou circunstâncias sociais e econômicas ). Essas consequências, diretas e indiretas, da COVID-19 estão interligadas no contexto da saúde materna, inclusive nos desfechos maternos e perinatais. Objetivos: Esta pesquisa buscou avaliar os desfechos maternos e perinatais de gestantes com infecção confirmada por COVID-19. Metodologia: Para tanto, foi realizado um estudo observacional, do tipo coorte, sobre as gestantes com infecção por Covid-19 internadas numa Maternidade de Referência, aplicando um formulário contendo informações sobre a internação, antecedentes clínico-obstétricos, tipo de parto, Near miss materno, dados do recém-nascido e avaliar a influência da infecção no desfecho materno e perinatal. Resultados: Uma coorte de 108 pacientes analisadas, 26 (24,1%) apresentaram desfechos maternos negativos e 57 (52,8%) apresentaram desfechos perinatais negativos. Ocorreu um óbito, de uma gestante que também apresentou desfecho perinatal negativo. Entre os recém-nascidos ocorreu 1 (0,9%) óbito devido à hipóxia fetal, DPP, PEG, COVID-19 (mãe positivo) que apresentou desfecho materno negativo. Conclusão: As gestantes integrantes da amostra são jovens, o distúrbio de coagulação foi a alteração laboratorial mais evidente 11(10,2%) , associado a desfecho materno negativo, a presença de comorbidades pode ser um agravante para os desfechos maternos e perinatais negativos e a infecção urinária foi observada como um fator de risco para desfecho perinatal negativo. A taxa de parto cesariana foi maior 76 (70,4%) em relação a população sem infecção.