Objetivou-se avaliar o uso de farelo de palma miúda (Nopalea cochenillifera Salm Dick) em dietas para frango de corte caipira de 1 a 82 dias de idade. Foram utilizados 100 pintos de corte, machos, da linhagem caipira pescoço pelado vermelho, ISA Label, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e cinco repetições de cinco aves cada. Os tratamentos avaliados foram 0, 3, 6 e 9% de inclusão de farelo de palma forrageira (FPF) nas dietas. Foram analisados os parâmetros de desempenho zootécnico, qualidade da carne, rendimento de carcaça e cortes, peso relativo das vísceras, parâmetros ósseos e viabilidade econômica das dietas. As estimativas da inclusão da palma forrageira foram estabelecidas por regressão polinomial para as variáveis significativa. De 1 a 28 dias de idade verificou-se efeito quadrático dos tratamentos para peso médio e ganho de peso. De 1 a 56 e de 1 a 82 dias houve efeito linear dos tratamentos para o consumo de ração e a conversão alimentar, observando melhor conversão alimentar com o nível de 9% de inclusão de FPF. Para os parâmetros de qualidade de carne, houve efeito linear negativo dos tratamentos sobre a luminosidade do peito cru, efeito quadrático positivo para a cor amarela do peito cozido e efeito quadrático para a perda de peso por cocção. Para os parâmetros ósseos, observa-se efeito quadrático dos tratamentos para a resistência da quebra do osso. Na viabilidade econômica o preço do quilo de ração aumentou com a elevação dos níveis de palma na dieta, contudo, houve uma redução no custo de arraçoamento com o aumento dos níveis de palma na dieta. Em todos os tratamentos com farelo de palma miúda (3, 6 e 9%), a margem bruta relativa apresentou diferença de 0,88% a menos, e 7,85 e 6,43% a mais em relação a dieta controle, respectivamente. É possível a substituição de até 9% do farelo de milho por farelo de palma miúda em dietas balanceadas para frangos caipiras de corte de 1 a 82 dias de idade.