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Banca de DEFESA: MARIA ALICE DE MORAES MACHADO BRITO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA ALICE DE MORAES MACHADO BRITO
DATA: 29/02/2016
HORA: 09:00
LOCAL: Sala do Conselho Departamental CCS UFPI
TÍTULO:

Mortalidade Perinatal em Teresina-Piauí de 2010-2014


PALAVRAS-CHAVES:

Mortalidade Perinatal

Óbito Fetal

Prematuridade


PÁGINAS: 53
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:

INTRODUçÃO:A mortalidade perinatal é entendida como a combinação de óbitos fetais e aos neonatais. Nos Estados Unidos em 2005 a taxa de mortalidade fetal com idade gestacional menor que vinte semanas correspondeu a 6,2 mortes fetais por 1000 nascidos vivos, estatística que se aproxima da mortalidade infantil, que é de 6,9/1000 nascidos vivos (BLENCOWE; CONSENS, 2013). No Brasil , as taxas de mortalidade infantil apresentam-se em niveis comparáveis aos observados nos países desenvolvidos, no final dos anos 60, e as causas perinatais revelem-se como primordiais no primeiro ano de vida      (LANSKY et al., 2012).

Para Brasil (2009) mortalidade perinatal é obtida pelo número de óbitos totais ocorridos em determinado período, por mil nascidos vivos de uma população que mora em uma localidade, em um especificado ano. Os óbitos neonatais precoces são aqueles ocorridos de 0 a 6 dias de vida completos, por mil nascidos vivos, de uma população, que reside em uma localidade, de um dado ano. Os óbitos neonatais tardios diferem do precoce, quanto ao período que ocorrem, do 7º dia ao 27º dia de vida completo. E é considerada mortalidade pós-natal, óbitos observados do 28º dia ao 364º dia de vida completo.

De acordo com este contexto alguns estudos realizados no Brasil percebe-se claramente que a melhoria da estrutura da assistência perinatal um grande percentual de mortes nessa faixa etária poderiam ser evitados. O Ministério da Saúde (MS) implementou uma política de saúde (rede cegonha) em 2011 com uma rede de atenção a saúde materno-infantil que legitima o acesso e resolutividade durante o pré-natal e puerpério. O sucesso dessa intervenção apoia-se em dados sociodemograficos atualizados sobre as principais causas de mortalidade perinatal de cada região ( SANTOS, et al., 2013).

OBJETIVOS:

Geral

§  Analisar o perfil sociodemográfico e obstétrico dos óbitos fetais ocorridos em Teresina no período de 2010 a 2014

  Específicos

§  Identificar os óbitos fetais segundo faixa etária e escolaridade da mãe.

§  Avaliar os óbitos fetais conforme duração da gestação, tipo de gravidez e tipo de parto.

§  Identificar os óbitos fetais quanto ao local do óbito e óbito no parto

§  Caracterizar os óbitos fetais por faixa etária da mãe conforme local do óbito e tipo de parto.

§  Traçar o perfil obstétrico dos óbitos fetais segundo duração da gestação, tipo de gravidez e tipo de parto.

§  Apresentar os óbitos não fetais conforme faixa etária da mãe, tipo de parto, tipo de gravidez, duração da gravidez e peso.

§  Calcular o coeficiente de mortalidade perinatal conforme ano de ocorrência.

METODOLOGIA: Trata-se de um estudo observacional de coorte retrospectiva, com base em dados secundários de óbitos fetais a partir de 22 semanas de gestação e óbitos neonatais de zero a seis dias de vida, residentes em Teresina, Piauí, no período de 2010 a 2014.

Nas pesquisas observacionais o pesquisador não domina nem a exposição nem a disposição dos componentes, lançando mão de um problema anunciado e observando os resultados. Estudo de coorte é uma averiguação na qual uma determinada quantidade de indivíduos é acompanhada para serem confrontados com a ocorrência do desfecho, conforme o grau de exposição a um possível fator de risco. O termo retrospectivo reporta-se a exposição e o desfecho são compassados após terem ocorridos, sendo concretizado por meio de arquivos (MEDRONHO, 2009).

RESULTADOS: Foi identificado no banco de dados do SIM da FMS no período de 2010 - 2014 um total de 686 óbitos perinatais, com ocorrência do parto e residência da mãe em Teresina. Com relação aos óbitos fetais relacionados a escolaridade e faixa etária da mãe, observou-se que entre 27 a 33 anos  ocorreram proporcionalmente o maior número de óbitos no período de 2010 a 2014.  A idade gestacional onde ocorreu o maior numero de óbitos foi de 22 a  27 semanas de gestação. Sendo estatisticamente significativos. O tipo de gravidez única e o tipo de parto normal foi onde ocorreu o maior numero de óbitos. Ambos não foram estatisticamente significativos. O cruzamento entre a faixa etária da mãe com a duração da gestação, tipo de gravidez e tipo de parto mostrou que não houve predominância de nenhuma das faixas etária que não apresentou significância estatística. Quanto ao tipo de gravidez em todas as faixas etárias predominou gravidez única, não foi estatisticamente significativo. Em relação ao tipo de parto predominou o tipo de parto normal em todas as faixas etárias, tendo sido altamente significante.

CONCLUSÃO: O presente estudo mostrou que a mortalidade de perinatal em Teresina está nos mesmos níveis do Brasil como um todo. Os óbitos fetais foram maiores que os não fetais , sendo que os maiores fatores de risco foram o baixo peso ao nascer e a prematuridade. A grande maioria ocorreu em hospitais com o tipo de parto vaginal.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 423325 - VIRIATO CAMPELO
Interno - 2730060 - LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
Externo ao Programa - 4167496 - CATARINA FERNANDES PIRES
Externo ao Programa - 1167652 - PLINIO DA SILVA MACEDO
Notícia cadastrada em: 19/02/2016 10:51
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