Esta dissertação tem por objetivo realizar um estudo sobre a preocupação da Igreja Católica de Picos-PI com a questão social. Para atingir esse fim, investiga a atenção dada pela Diocese de Picos às circunstâncias de pobreza e as práticas por ela orientadas no sentido de intervenção. A partir desta análise, busca-se também compreender as orientações que foram adotadas, dando ênfase à presença da corrente Teologia da Libertação, tendo em vista que essa tinha a proposta de uma suposta ação direta de libertação dos pobres. O presente estudo também se propõe a compreender uma dinâmica de Igreja que surge após o Concílio Vaticano II e que serve de fundamento para novas posturas. Ao focar no contexto local, a análise se volta para a fundação da Diocese; para o papel do bispo enquanto líder da hierarquia e encaminhador das ações; para alternativas de trabalho social feitas por outros membros da Igreja; para o contexto social; e para as principais ações. O recorte temporal abrange os anos de 1975 a 1994. Entre as fontes consultadas estão jornais, relatórios de assembleias diocesanas, relatórios de assembleias sinodais, dados de pesquisa socioeconômica, além de entrevistas. Alguns teóricos ajudam a pensar os temas abordados, dentre eles, Mainwaring Scoot, Euclides Marchi, Michel Lowy e Michael Pollak.