Poeta, ficcionista, ensaísta, teatrólogo, crítico literário, Walmir Ayala é um escritor de dimensão criativa que pode atrair aos mais diferentes leitores. Todavia, sua produção literária permanece pouco contemplada nos estudos de literatura. Na presente pesquisa, busca-se analisar a produção poética de Walmir Ayala, por meio da leitura e análise de poemas dos livros A pedra iluminada (1976) e Águas como espadas (1983), a partir de uma perspectiva existencialista, situando sua produção no contexto do Modernismo Brasileiro. O objetivo dessa pesquisa é salientar que há na poética ayaliana uma dimensão angustiante diante da existência e a procura pelo sagrado para a superação desse sentimento, alinhando-se com a perspectiva existencialista do filósofo Søren Kirkegaard acerca dos mesmos aspectos a partir dos livros Temor e Tremor (1843), O Conceito de angústia (1844) e O desespero humano (1849). Para fundamentar a pesquisa, utilizam-se, sobretudo, os estudos de Giles (1989), Huisman (2001), Farago (2011), Dreyfus (2012), Cícero (2012), entre outros. Partindo do estar-no-mundo, Walmir Ayala, por meio da literatura produzida, reflete poeticamente sobre as possibilidades da existência e das angústias e desesperos que cerceiam o ser humano em toda a sua vivência.