A presente pesquisa tem como intuito perceber como se dão as práticas de letramento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) do estado do Ceará na Escola de Ensino Médio do Campo Florestan Fernandes sob a égide da Análise de Discurso Crítica. Assim, a linguagem é concebida enquanto
prática social que desvela relações desiguais de poder na sociedade. Com base nisso, os questionamentos norteadores da pesquisa são os seguintes: De que forma as práticas de letramento na escola do campo do MST/CE contribuem para desvelar as relações assimétricas de poder? Quais são os discursos que permeiam essas práticas de letramento? Como a identidade dos sujeitos do campo se constrói de acordo com as práticas de letramento do Movimento? Nesse sentido, a pesquisa se debruça nos pressupostos de Fairclough (2003; 2013), Melo (2012), Batista Jr, Sato e Melo (2018) e Vieira e Resende (2016). A metodologia possui cunho qualitativo e interpretativo, além de contar com o viés etnográfico, cujos
instrumentos de coleta de dados serão determinados pela participação ativa no cotidiano da comunidade. Até 20 sujeitos participarão da pesquisa, distribuídos entre alunos, educadores, coordenadores pedagógicos e gestor da escola. A coleta de dados desse estudo se dará por meio de entrevistas etnográficas, observação participante, coleta de artefatos e notas de campo.