Os estudos de gênero propiciados pela crítica literária feminista abriram caminhos para análises de temas que cercam a mulher na literatura e sociedade, dentre eles, a violência. A obra Hibisco roxo (2011), de Chimamanda Ngozi Adichie retrata como a protagonista Kambili e as personagens Beatrice e Ifeoma têm suas identidades atravessadas por violências causadas por Eugene. Com base no exposto problematiza- se: de que maneira as violências são abordadas em Hibisco roxo e como são questionadas as muitas formas de opressão e controle da mulher na referida narrativa? O objetivo geral desse projeto é analisar forma como as identidades femininas são construídas através de violências no corpus literário Hibisco roxo (2011) com ênfase no núcleo familiar da personagem Kambili. Como metodologia, propomos nesse estudo uma pesquisa analítica e bibliográfica para a estruturação do arcabouço teórico. Utilizou-se também o viés dos estudos feministas. Lançamos mão dos estudos efetivados por: Simone de Beauvoir (2014), Oyèrónké Oyewùmí (2020); Heleith Saffioti (1987; 2001; 2004), bell hooks (2018; 2019), Patricia Hill Colins (2019), Angela Davis (2016), Hannah Arendt (1989; 1999; 2011) para tratar do tema violência, identidade e feminismo, assim como Stuart Hall (1999) que também dialoga sobre construção de identidade. Os resultados obtidos apontam para a existência não somente da violência física, como também da violência moral, psicológica entre outros tipos de violência veladas.