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Banca de QUALIFICAÇÃO: RAIMUNDA DA CONCEIÇÃO SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAIMUNDA DA CONCEIÇÃO SILVA
DATA: 31/03/2023
HORA: 16:00
LOCAL: PARECER TÉCNICO CAPÍTULO TEÓRICO
TÍTULO: DO PADRÃO EUROPEU À NORMA-PADRÃO BRASILEIRA: UMA ANÁLISE HISTORIOGRÁFICA DA TENSÃO ENTRE PRESCRIÇÕES NORMATIVAS E USOS CORRENTES NA MODALIDADE ESCRITA FORMAL DO PORTUGUÊS BRASILEIRO
PALAVRAS-CHAVES: Norma linguística; Norma-padrão brasileira; Ensino de Língua Portuguesa; Historiografia Linguística.
PÁGINAS: 112
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

Faraco (2004, 2008, 2020, 2021), considerando o imbróglio gramatical que envolve o ensino de Língua Portuguesa e as demais práticas sociais de escrita, atenta para a necessidade de se insistir no debate sobre a questão da norma-padrão no Brasil, visando à elucidação do modo como o tema é compreendido; e, partindo disso, “desenvolver, no país, um projeto de reconstrução das nossas referências padronizadoras, superando o proverbial artificialismo e a rigidez de boa parte dos nossos compêndios gramaticais” (FARACO, 2004, p. 38), de modo que se possa oferecer uma fonte real e mais condizente para a uniformização da escrita brasileira. Desse modo, é precisamente no debate assente na ideia de que é preciso investir na direção de uma referência normativa que supere criticamente esse imbróglio que esta pesquisa se ergue. Com base nessa discussão, esta tese, que se insere no escopo da Historiografia Linguística, buscará analisar os fenômenos da colocação pronominal e da voz passiva sintética em gramáticas normativas brasileiras do século XX em contraste com os usos praticados em textos da esfera acadêmica (teses, dissertações e artigos acadêmicos), a fim de verificar o comportamento desses fatos linguísticos na modalidade formal escrita do português brasileiro, com vistas a propor uma revisão da norma-padrão, considerando, inicialmente, os dois fatos sintáticos em tela. Para tanto, partimos de uma perspectiva historiográfica a fim de resgatarmos, tomando por base o princípio da contextualização (KOERNER, 2014[1995], o clima de opinião em que se instaura o estabelecimento da norma-padrão no Brasil, trazendo à baila alguns fatos históricos e sociais que podem oferecer uma compreensão dos (des)caminhos normativistas desde a sua gênese, a partir das ideias de autores da área da História, como Azevedo (1963), Ortiz (1994), Fausto (1995), Schwarcz (2003 [1993]), Skidmore (2003, 2012[1976]) e Leite (2017); relacionando-as ao que tem defendido linguistas como Bagno (2000, 2003, 2009, 2011, 2014, 2021), Faraco (2004, 2008, 2015, 2016, 2017, 2019, 2020, 2021), Lucchesi (2009, 2015) e Neves (2011) sobre a questão da norma-padrão no Brasil. É uma investigação de natureza historiográfica, pedagógica, qualitativa, interpretativa e descritiva, cujos objetivos vislumbram, também, uma reflexão, por meio de uma metodologia fundamentada, sobre o ensino de língua portuguesa e as demais práticas sociais de escrita que necessitam de uma referência normativa. Com isso, buscamos contribuir, ainda, para a ampliação das pesquisas científicas acerca da caracterização do padrão escrito em uso, visando a descrições mais autênticas da realidade linguística do Brasil. Nesta fase de qualificação, além de uma breve Introdução, na qual estabelecemos, de forma sucinta, uma visão geral da pesquisa, de modo a situar o leitor quanto à temática privilegiada e a expor o nosso interesse por essa temática; destacamos, ainda, os objetivos que serão norteadores da investigação; apresentamos dois capítulos, sendo um capítulo teórico (Capítulo 1), no qual se encontram os pressupostos teóricos de onde partimos para propor uma análise dos materiais linguísticos selecionados (gramáticas e o corpus de língua escrita – teses, dissertações e artigos acadêmicos); e um capítulo de contextualização (Capítulo 3), no qual buscamos contextualizar o clima de opinião referente ao estabelecimento da norma-padrão no contexto brasileiro, elucidando alguns fatos históricos e sociais que podem favorecer uma linha de compreensão dos (des)caminhos normativistas do Brasil desde a sua gênese.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2499575 - MARCELO ALESSANDRO LIMEIRA DOS ANJOS
Interno - 1790769 - MARAISA LOPES
Externo à Instituição - CARLOS ALBERTO FARACO - UFPR
Notícia cadastrada em: 21/03/2023 14:23
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