O HIPERBIBASMO NA FALA DOS TERESINENSES: VARIAÇÃO OU MUDANÇA?
Língua. Hiperbibasmo. Variação. Mudança linguística.
A língua é uma instituição que é transformada pelos falantes ao mesmo tempo em que a sociedade se desenvolve, portanto, suscetível a mudanças ou desenvolvimento no decorrer dos tempos. Essas mudanças decorrem das variações linguísticas que são fenômenos inerentes às línguas vivas e ocorrem devido à maleabilidade e plasticidade próprias do léxico de uma língua funcional. Realizações como: apagamento da marca de plural, deslocamento de acento na pronúncia de alguns nomes, inserção e subtração de fonemas à palavra, dentre outras, podem ser motivadas por fatores linguísticos, ambientes linguísticos, e extralinguísticos, dentre eles, escolaridade, faixa etária, gênero e classe social. Nesse aspecto esta pesquisa está inserida no paradigma da Teoria da Variação ou Sociolinguística Variacionista que correlaciona fatores linguísticos a fatores sociais. Este trabalho é de caráter quantitativo e tem como objetivo investigar em que estágio da língua se encontram os nomes que compõem seu corpus: se em variação, se em mudança em progresso ou ainda se em mudança consolidada. Para fundamentá-lo recorreu-se a Labov (2008); Mollica, (2010); Ricardo-Bortoni (2011) e Tarallo (2007), sem deixar de considerar outros teóricos e pesquisadores que tratam da temática abordada neste trabalho. Para sua execução foram feitas as coletas de dados, dos quais procederam as análises. Como resultado, contatou-se que o conjunto das variáveis ruim [ xuˈĩ ] e ruim [ˈx ũ ĩ ], lúcifer [ˈlusifɛ] e lúcifer [lusiˈfɛ], gratuito [graˈtuitu] e gratuito [gratuˈitu] encontram-se em estágio de variação linguística e rubrica [xuˈbɾikɐ] rubrica [ˈxubɾikɐ] encontra-se em processo de mudança.