Banca de QUALIFICAÇÃO: MARCONDES SOARES DIAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCONDES SOARES DIAS
DATA: 27/06/2019
HORA: 08:00
LOCAL: Auditório do Núcleo de Pós-Graduação em Ciências Agrárias
TÍTULO: Análise da citogenotoxicidade e efeito protetor da piperina e capsaicina em sistema teste Allium cepa. L.
PALAVRAS-CHAVES: Alterações cromossômicas. Compostos bioativos. Efeito modulador de danos ao DNA. Índice mitótico. Toxicogenética
PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Genética
SUBÁREA: Genética Vegetal
RESUMO:

A piperina e a capsaicina são substâncias bioativas com uma gama de atividades biológicas e farmacológicas, no entanto estudos quanto aos aspectos toxicogenéticos ainda são incipientes. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito citogenotóxico e antigenotóxico da piperina ou capsaicina nas células meristemas de Allium cepa. Raízes de A. cepa foram expostas ao controle negativo (CN) (Dimetilsulfóxido, DMSO 2%) e ao positivo (MMS, Metilmetanosulfonato, 10 µg/mL dissolvido em DMSO 2%). Nos tratamentos, as sementes de A. cepa germinadas foram expostas aos isolados (piperina ou capsaicina) nas concentrações de 25, 50, 100 e 200 µM dissolvidos em DMSO à 2% para avaliar a citogenotoxicidade. A antigenotoxicidade (efeito protetor) foi realizada pela administração do composto isolado (piperina ou capsaicina) antes, simultaneamente ou após a exposição do MMS, representando os protocolos pré, simultâneo e pós, respectivamente. Para a confecção das lâminas, as raízes foram hidrolisadas em HCl (10 min.) e coradas com Reativo de Schiff (2 h). Cinco mil células meristemáticas foram analisadas em microscópio óptico (400x). Os dados foram analisados pelo teste de Kruskal-Wallis seguido “a posteriori” pelo teste de Student-Newman-Keuls (p < 0,05) no programa BioEstat 5.3. A piperina e a capsaicina foram citotóxicas nas maiores concentrações (50, 100 e 200 µM), pois houve redução significativa do índice mitótico das células meristemáticas de A. cepa em relação ao CN, sendo dose dependente quando expostas a capsaicina. O efeito citoprotetor não foi observado nas células de A. cepa quando expostos a piperina ou a capsaicina em nenhum dos protocolos (pré, simultâneo e pós), o que evidencia que os compostos isolados não foram capazes de neutralizar ação citotóxica do MMS. A piperina provocou aumento significativo na média total das alterações cromossômicas (efeito genotóxico) nas maiores concentrações (50 a 200 µM), destacando-se a presença significativa de micronúcleos e brotos nucleares. Para a capsaicina, o efeito genotóxico foi dose-dependente com aumento significativo para todas as concentrações testadas com a presença de micronúcleos, brotos nucleares e aderências cromossômicas significativas. Quanto ao efeito modulador de danos ao material genético, foi observado a redução significativa da média total das alterações cromossômicas de A. cepa quando expostas a piperina no pré (50 a 200 µM), simultâneo (todas as concentrações) e no pós-tratamento (todas as concentrações) em relação ao MMS. O efeito protetor também foi observado para a capsaicina, principalmente no pré (todas as concentrações) e no simultâneo (todas as concentrações), enquanto no pós-tratamento apenas a maior concentração (200 µM) reduziu o número de alterações cromossômicas. Além disso, a redução da maioria das alterações cromossômicas das células de A. cepa quando comparadas com o MMS reforça o efeito protetor exercido pelas duas moléculas. Portanto, o presente estudo evidenciou a importante atividade quimiopreventiva da piperina e capsaicina, que está indiretamente relacionada com a prevenção e/ou tratamento de doenças como o câncer, sendo complementar aos poucos estudos toxicogenéticos que foram realizados com a piperina e capsaicina puros para investigar seus efeitos no DNA.

 

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FRANCIELLE ALLINE MARTINS - UESPI
Presidente - 042.244.756-00 - PEDRO MARCOS DE ALMEIDA - UFPE
Interno - 1508800 - SERGIO EMILIO DOS SANTOS VALENTE