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Banca de QUALIFICAÇÃO: DAYSEANNY DE OLIVEIRA BEZERRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DAYSEANNY DE OLIVEIRA BEZERRA
DATA: 31/01/2018
HORA: 09:00
LOCAL: Núcleo Integrado de Morfologia e Pesquisas com Células-Tronco
TÍTULO: USO DE CÉLULAS-TRONCO MESENQUIMAIS E CÉLULAS PRIMÁRIAS RENAIS TUBULARES NA SÍNDROME DE ISQUEMIA/REPERFUSÃO RENAL EM SUÍNOS
PALAVRAS-CHAVES: terapia celular; rim, células primárias renais tubulares, célula tronco mesenquimal, isquemia, reperfusão.
PÁGINAS: 68
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
SUBÁREA: Clínica e Cirurgia Animal
ESPECIALIDADE: Clínica Veterinária
RESUMO:

A síndrome de isquemia/reperfusão renal (IRR) representa cerca de 70% das causas de morbimortalidade relacionadas à lesão renal aguda. Ocorre em diversas doenças, a exemplo da embolia da artéria renal, além de ser característica em transplantes renais. A IRR durante a agressão isquêmica leva à necrose tubular aguda e na reoxigenação celular é caracterizada pelo aumento na peroxidação lipídica, no dano celular e na redução da função de filtração e excreção renal. O objetivo deste estudo foi analisar o comportamento in vitro das células primárias renais tubulares de suínos (CPRT-su) comparando às células-tronco mesenquimais da medula óssea de suínos (CTMMO-su), e avaliar o potencial terapêutico dessas células na síndrome de isquemia/reperfusão renal. Foram utilizados amostras de medula óssea e fragmentos renais de suínos, para isolamento de CTMMO-su e CPRT-su, respectivamente. Após estabelecimento da cultura foram realizados ensaios de cinética celular, unidade formadora de colônia fibroblastoide (UFC-F), citometria de fluxo, diferenciação celular em três linhagens e avaliação da morfologia celular. Para avaliação da terapia celular, foram utilizados 15 suínos machos, sadios, com idade entre 60 a 70 dias, divididos em três grupos de cinco animais (GC – Controle, G1- tratamento com CTMMO-su e G2 - tratamento com CPRT-su), os quais foram submetidos à indução da nefropatia por modelo de isquemia total bilateral durante uma hora, seguido de reperfusão sanguínea. As CTMMO-su e CPRT-su, foram marcadas com nanocristais fluorescentes (Q-tracker®). Nos animais do GC, foi infundido 1mL de solução fisiológica, via local; nos suínos do G1, realizou-se a infusão de CTMMO-su (1x106/animal); e no G2, CPRT-su (1x106/animal). Os animais foram avaliados por meio de ultrassonografia renal, bioquímica sérica e urinálise, antes e após infusão celular e foi realizada análise histopatológica após quatro e oito dias do tratamento. Os resultados foram submetidos à análise estatística com dados paramétricos colocados em parcela subdividida e comparação de médias por teste F e dados não paramétricos por teste Kruskal-Walis a 5% de significância. As CPRT-su e CTMMO-su apresentaram comportamento semelhante, aderência ao plástico, morfologia fibroblastoide, positivas ao ensaio de UFC-F, diferenciação em linhagens condrogênica, adipogênica e osteogênica. Na caracterização imunofenotípica por citometria de fluxo contínuo, as CTMMO-su apresentaram-se negativas para CD14 (100%) e positivas para CD105 (78%) e CD90 (99%); as CPRT-su, analisadas em duas passagens (P2 e P4), apresentaram em P2 negatividade para CD14 (100%) e CD105 (98%) e positividade para CD90 (86%); em P4 negatividade para CD14 (100%), CD105 (100%) e CD90 (75%). Quanto aos resultados in vivo, as análises histopatológicas, demonstraram diferenças estatísticas significativas, para as variáveis de degeneração tubular, necrose/apoptose tubular e ectasia tubular, com menor média para G2, comparado ao GC e G1, entretanto estes, não diferiram entre si (p<0,05). As demais avaliações laboratoriais não apresentaram diferença estatística, porém os gráficos das médias demonstram uma tendência para o mesmo comportamento visto no estudo histopatológico. As células primárias renais demonstraram semelhanças in vitro às CTMMO-su. No entanto, nas condições deste estudo, até esta fase da pesquisa, não foi possível a realização de repiques em taxas 1:2, a partir da quarta passagem, diferentemente das CTMMO-su, sendo necessários, estudos mais direcionados à senescência e caraterização dessas células. Com base nos achados teciduais e laboratoriais, podemos concluir que os animais tratados com CPRT-su apresentaram melhores resultados quando comparados ao grupo controle e grupo tratamento de CTMMO-su. Este é o primeiro estudo a explorar as propriedades terapêuticas das células primárias renais tubulares e sua relação com as células-tronco mesenquimais na regeneração tecidual no Núcleo Integrado de Morfologia e Pesquisas com Células-Tronco/UFPI, Estado do Piauí


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 422578 - MARIA ACELINA MARTINS DE CARVALHO
Interno - 1691866 - NAPOLEAO MARTINS ARGOLO NETO
Externo ao Programa - 2458968 - AVELAR ALVES DA SILVA
Externo ao Programa - 1880449 - SILVIA DE ARAUJO FRANCA BAETA
Notícia cadastrada em: 18/01/2018 13:13
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