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Banca de DEFESA: SÂMIA CLARA RODRIGUES DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SÂMIA CLARA RODRIGUES DE OLIVEIRA
DATA: 25/07/2014
HORA: 08:00
LOCAL: Núcleo Integrado de Morfologia e Pesquisas com Células-Tronco - NUPCelt
TÍTULO:

Estudo da morfogênese testicular a partir da avaliação de xenoenxertos de células testiculares de catetos (Tayassu tajacu) e suínos (Sus domesticus) em modelo de camundongos imunodeficientes


PALAVRAS-CHAVES:

testículo, espermatogênese, compartimento tubular, citoarquitetura testicular, cateto, xenoenxerto, células de Leydig

 


PÁGINAS: 8
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Medicina Veterinária
RESUMO:

O xenoenxerto de células testiculares isoladas trata-se de uma abordagem estabelecida recentemente e que recapitula o desenvolvimento dos testículos sob a pele de camundongos imunodeficientes. Esta técnica permite manusear diferentes tipos de células testiculares, a fim de investigar as suas interações durante a organização do órgão. Além disso, esta técnica revela-se útil para a conservação e armazenamento de material genético de diferentes espécies de mamíferos ameaçados ou de alto valor zootécnico. O cateto (Tayassu tajacu) apresenta uma citoarquitetura testicular única, no qual as células de Leydig estão localizadas em torno dos túbulos seminíferos formando lobos. Esta característica particular poderia representar um indício importante relacionado com os mecanismos que regulam o desenvolvimento dos testículos em mamíferos. Desta forma, este trabalho teve o intuito de investigar a capacidade de interação funcional das células dos testículos de cateto e de suíno em retomar o desenvolvimento testicular após a dissociação enzimática. Para isto, foram utilizados testículos de 6 catetos de três meses e 6 suínos de 30 dias de idade. As suspensões celulares obtidas a partir de cada uma das espécies foram misturadas e sedimentadas formando os seguintes grupos: células de Leydig de suíno com túbulos seminíferos de catetos; células de Leydig de cateto com túbulos seminíferos de suíno, e os controles (suspensões puras de cateto e de suíno). Os pellets foram inseridos sob a pele de camundongos CB-17/SCID castrados e avaliados aos 10/16 dias, 1, 2 e 4 à 8 meses após o enxerto. Por se tratar de um órgão andrógeno-dependente, o peso da vesícula seminal é um importante marcador biológico para se verificar a viabilidade do enxerto. Assim, foi observado que 2 meses após o enxerto a vesícula seminal dos camundongos castrados e que receberam os pellets de células testiculares já apresentavam o peso compatível com controle não-castrado. As análises histológicas dos enxertos revelaram que aos 10 dias nenhuma estrutura testicular típica estava presente, mas aos 16 dias uma rede testicular central e alguns cordões seminíferos já eram reconhecidos. Os cordões testiculares foram observados até 4 meses e a partir de 5 meses os enxertos da mistura de células de Leydig de suíno com túbulos seminíferos de catetos bem como aqueles formados a partir da suspensão de suíno já apresentavam túbulos seminíferos contendo células germinativas em diferentes fases de desenvolvimento. Aos 6 meses nos mesmos grupos supracitados o processo espermatogênico avançou até a espermiação. O padrão testicular típico de cateto no qual as células de Leydig se concentram circundando os lobos de túbulos seminíferos foi observado aos 8 meses, especificamente nos enxertos que se formaram a partir da mistura célula de Leydig de suíno com túbulos de cateto.  Estes resultados demonstraram, pela primeira vez na literatura, que misturas celulares de espécies diferentes são capazes de interagir e formar o testículo funcional. Além disso, a partir do presente estudo pode ser sugerido que fatores emanados do compartimento tubular estariam atuando na sinalização para o estabelecimento da citoarquitetura testicular descrita para catetos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1550696 - ANTONIO AUGUSTO NASCIMENTO MACHADO JUNIOR
Externo à Instituição - ANTONIO CHAVES DE ASSIS NETO - USP
Externo à Instituição - DANILO JOSE AYRES DE MENEZES - UFCG
Externo à Instituição - GLEIDE FERNANDES DE AVELAR - UFMG
Externo à Instituição - GUILHERME MATTOS JARDIM COSTA - UFMG
Presidente - 422578 - MARIA ACELINA MARTINS DE CARVALHO
Notícia cadastrada em: 23/06/2014 12:34
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