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Banca de DEFESA: ARACELLI DE SOUSA LEITE

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ARACELLI DE SOUSA LEITE
DATA: 25/08/2015
HORA: 14:30
LOCAL: RENORBIO
TÍTULO:

Bioprospecção toxicogenética do líquido da casca da castanha do caju (Anacardium occidentale I.) para formulações biotecnológicas.


PALAVRAS-CHAVES:

Líquido da Casca da Castanha do Caju. Genotóxico. Mutagênico.

 


PÁGINAS: 258
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Biologia Geral
RESUMO:

O cajueiro (Anacardium occidentale L.) é comum na região nordeste do Brasil. Seu fruto, a castanha do caju, libera um líquido vesicante e viscoso, o Líquido da Casca da Castanha do Caju (LCC) que dependendo da sua extração, é classificado em LCC in natura (LCCi), extração a frio por solventes; e LCC técnico (LCCt), o industrial. Atividades larvicida, antitumoral e antimicrobiana, além de suas aplicações industriais, como antioxidante natural despertam importâncias biotecnológicas. O estudo objetivou a bioprospecção toxicogenética do LCCi e do LCCt, e do composto isolado cardanol, para avaliar possíveis atividades tóxicas, citotóxicas, genotóxicas e/ou mutagênicas, bem como de seus efeitos antioxidantes e/ou antimutagênicos diante de danos genéticos induzidos pelo sulfato de cobre e peróxido de hidrogênio, em estudos não clínicos, em eucariotos, com aplicação de biomarcadores toxicogenéticos em A. salina, Allium cepa, Saccharomyces cerevisiae e Mus musculus. Toxicidades e CL50 de 91,67 e 36,96 µg.mL-1 para o LCCt e LCCi, respectivamente, foram observadas em A. Salina. Os líquidos foram diluídos em Tween (500 µg/mL) até as concentrações de 17,37; 34,75 e 69,5 µg/mL e testados em raizes de A. cepa. Doses de 17,37; 34,75 e 69,5 mg/Kg-1 dos LCCs e do cardanol foram testadas quanto à genotoxicidade (teste cometa) e mutagenicidade (micronúcleos) em camundongos. Toxicidade, pela inibição do crescimento de raízes e citotoxicidade, pela inibição de divisão celular foram observadas para o LCCi e citotoxicidade para o LCCt em 69,5 µg/mL. Mutagenicidade foi observada também para a mesma concentração, para o LCCi, pelo aumento de micronúcleos em meristemas de raízes de A. cepa. Entretanto, nas menores concentrações os LCCs preveniram (pré-tratamento) e repararam (pós-tratamento) os danos induzidos pelo sulfato de cobre (1,2 µg.mL-1), além de  inibirem danos em co-tratamento. Ambos os LCCs, nas concentrações testadas, não foram oxidantes em S. cerevisiae proficientes e mutadas em defesas antioxidantes, mas apresentaram efeitos de proteção, antioxidantes e de reparo frente aos danos induzidos pelo peróxido de hidrogênio. O LCCt não foi genotóxico em medula óssea de camundongos, mas o seu isolado, cardanol,  foi genotóxico em todas as doses testadas, e o LCCi foi genotóxico nas duas maiores concentrações, em fêmeas. Esses danos ao DNA de medula óssea não foram confirmados no teste de micronúcleos, pois os LCCs e o cardanol não foram mutagênicos. Os efeitos toxicogenéticos observados pode ser previamente atribuídos aos compostos químicos majoritários identificados, 82,90 % de ácido anacárdico (LCCi) e 79,40% de cardanol (LCCt). Assim, dependendo da concentração e/ou dose, e do parâmetro toxicogenético, os tipos de LCCs são fontes naturais e renováveis para formulações farmacológicas e/ou cosméticas, devido aos seus efeitos, tóxicos, citotóxicos, genotóxicos e mutagênicos, e especialmente os antioxidantes e antimutagênicos.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1167629 - FERNANDA REGINA DE CASTRO ALMEIDA
Externo ao Programa - 1167750 - FERNANDO AECIO DE AMORIM CARVALHO
Externo ao Programa - 1439403 - GILBERTO SANTOS CERQUEIRA
Presidente - 422496 - JOSE ARIMATEIA DANTAS LOPES
Interno - 1512631 - LIVIO CESAR CUNHA NUNES
Notícia cadastrada em: 18/08/2015 14:49
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