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Banca de DEFESA: DENISE BARBOSA SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DENISE BARBOSA SANTOS
DATA: 22/12/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Sala virtual
TÍTULO: SEGURANÇA FARMACOLÓGICA E CAPACIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DE UMA FRAÇÃO ANTIPROLIFERATIVA COM DITERPENOS CLERODÂNICOS
PALAVRAS-CHAVES: Análise Toxicológica, Atividade Anti-inflamatória, Diterpenos Clerodânicos, Casearia sylvestris Sw.
PÁGINAS: 146
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

Os produtos naturais têm sido reconhecidos ao longo do tempo como uma rica fonte que leva a descobertas de novos medicamentos. Atualmente, apenas doze dos 71 fitoterápicos derivados de plantas medicinais disponíveis na RENISUS são oferecidos à população, dentre as espécies constantes nessa relação encontra-se a Casearia sylvestris Sw. Das pesquisas realizadas com a espécie, a capacidade de risco sistêmico e ação antiinflamatória de uma Fração com Diterpenos Clerodânicos (FC) foi pouco explorada. Dessa forma o presente estudo teve como objetivo a investigação da toxicidade e seu potencial como anti-inflamatório. Para tanto, a presente tese foi dividida em dois capítulos. No primeiro capítulo, foi realizada a avaliação da toxicidade aguda e subaguda através de protocolos in vitro e in vivo. Os estudos in vitro demonstraram que a FC causou citotoxicidade em células humanas e animais, além de induzir danos ao DNA em leucócitos ex vivo e in vivo. Os testes in vivo revelaram que a FC nas doses de 100 e 400 mg/kg, vias intraperitoneal e oral, respectivamente, foi considerada tóxica e que no teste de 30 dias, a FC nas doses de 5 e 10 mg/kg, via i.p., causou mielossupressão, perda de peso, alterações bioquímicas e hematológicas, além de comprometimento hepático. O segundo capítulo avaliou a toxicidade subcrônica in vivo e ação anti-inflamatória da FC nas doses de 25 e 50 mg/kg, via i.p. e 50 e 100 mg/kg, via oral, através dos testes de edema de pata induzidos por carragenina, diversos compostos flogísticos, migração leucocitária e permeabilidade vesical. O teste subcrônico revelou ausência de toxicidade nos animais tratados por 90 dias com FC nas doses 5 e 10 mg/kg, via oral, através da análise de parâmetros bioquímicos, hematológicos e histológicos. Dos testes de inflamação, pôde-se inferir que a FC em todas as doses reduziu o edema de forma significativa no teste do edema por carragenina, além de modular negativamente o TNFα e a IL-1β, com esta última apresentando redução de forma significativa pelo grupo tratado pela via i.p. Foram realizadas análises histológicas das patas, com a inferência que os grupos tratados pela via i.p. diminuiu o edema e o infiltrado inflamatório de forma semelhante àqueles tratados por via oral. Em seguida, selecionou-se as menores doses de cada via e seguiu-se com os demais testes, como modelo de edema de pata por diversos agentes flogísticos (composto 48/80, PGE2, histamina e serotonina), teste de peritonite e o de permeabilidade vesical por azul de Evans. Os resultados dos testes de edema de pata, revelou uma ação antiedematogênica da FC administrada tanto por via oral, quanto por via i.p., no entanto, em alguns testes a via oral sobrepujou os resultados da via i.p na redução do edema. No teste de peritonite a FC também reduziu significativamente, tanto por via oral, quanto por via intraperitoneal o número de neutrófilos (57.7% e 86.5%, respectivamente), quando comparados com o grupo que recebeu o veículo e no teste de permeabilidade vesical por azul de Evans revelou que o pré-tratamento com FC 25mg/kg (i.p.) e FC 50 mg/kg (oral), trinta minutos ou uma hora, respectivamente, antes da administração de ifosfamida preveniu o aumento do extravasamento vesical causado por ifosfamida em torno de 38% e 48%, respectivamente. Possivelmente as ações antiedematogênicas sejam devido à diminuição da expressão dos mediadores pró-inflamatórios. Com isso, os resultados indicam possibilidades reais para esta espécie de planta como alternativa terapêutica aos estados patológicos com quadro inflamatório agudo, além de apresentar vantagens em relação aos ani-inflamatórios não esteroidais, principalmente no que se refere aos efeitos adversos no trato gastrointestinal.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1638239 - PAULO MICHEL PINHEIRO FERREIRA
Externo ao Programa - 1654493 - MARCIA DOS SANTOS RIZZO
Externo ao Programa - 2128442 - FELIPE CAVALCANTI CARNEIRO DA SILVA
Externo ao Programa - 039.729.303-80 - ANTONIA AMANDA CARDOSO DE ALMEIDA - UFPI
Externo à Instituição - ANA PAULA PERON - UTFPR
Notícia cadastrada em: 11/12/2020 18:10
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