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Banca de DEFESA: MICHELY LAIANY VIEIRA MOURA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MICHELY LAIANY VIEIRA MOURA
DATA: 31/10/2022
HORA: 15:00
LOCAL: Sala NTF - UFPI
TÍTULO: DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE NANOSSISTEMAS LIPOSSOMAIS CONTENDO CITRININA: Avaliação toxicogenética, antioxidante e antitumoral em estudos pré-clínicos.
PALAVRAS-CHAVES: Produtos naturais; Nanotecnologia farmacêutica; Lipossomas; Citotoxicidade; Câncer de mama.
PÁGINAS: 110
GRANDE ÁREA: Outra(s)
ÁREA: Biomedicina
RESUMO:

Os fungos endofíticos são fontes de produtos naturais com atividades biológicas para formulações farmacêuticas. Dentre estes, a citrinina, isolada do fungo endófito Penicillium citrinum, se destaca por possuir atividades citotóxicas, antioxidantes e neuroprotetoras, porém, com conhecidos efeitos adversos, tais como, nefrotoxicidade, falta de seletividade e hepatotoxicidade. Nesse sentido, a utilização de nanotecnologia pode ser uma ferramenta interessante para melhoria das atividades farmacológicas de produtos naturais. Assim, o estudo objetivou o desenvolvimento de carreadores nanoestruturados tipo nanolipossomas contendo citrinina (LP-CIT) e sua avaliação nanotoxicogenética, antioxidante/oxidante e antitumoral em estudos in vitro (diferentes células tumorais humanas) e modelos in vivo para câncer de mama, com monitoramentos comportamentais, bioquímicos, hematológicos, histopatológicos e genotóxicos. No primeiro capítulo, os nanossistemas foram preparados e caracterizados utilizando os seguintes parâmetros: aspectos macroscópicos, pH, diâmetro de partículas, índice de polidispersão, potencial zeta e percentual de incorporação da molécula no carreador nanométrico. As avaliações in vitro, com o intuito de verificar citotoxicidade, foram realizadas utilizando-se o ensaio de MTT com as linhagens normais (L929 - fibroblastos) e tumorais (CT26 – carcinoma de cólon, S180 – sarcoma murino, MCF7 e MDA-MB-231 – câncer de mama humano) e por fim, a avaliação antioxidante/oxidante com Saccharomyces cerevisiae. Nanoformulações contendo citrinina, cujos parâmetros avaliados apresentaram relevantes resultados de tamanho de partícula, distribuição, carga de superfície e alta taxa de incorporação do ativo no carreador (92,8%) fazem desses nanossistemas uma opção para incorporação deste derivado fúngico para testes in vitro e in vivo. Citrinina lipossomal bem como a citrinina forma livre (não estruturada) apresentaram efeitos citotóxicos para todas as linhagens celulares avaliadas, com resultados mais eficientes de citotoxicidade e seletividade para a citrinina nanoestruturada, demonstrados pelo coeficiente de citotoxicidade e índice de seletividade tumoral, respectivamente. Além disso, tanto a citrinina livre, mesmo nas concentrações mais baixas, como nas preparações de citrinina lipossomal apresentaram capacidade antioxidante demonstrada pela capacidade protetora e reparadora diante dos danos oxidativos do peróxido de hidrogênio. No segundo capítulo, o câncer de mama em Mus musculus foi induzido pelo DMBA (6 mg/Kg, v.o.). O câncer de mama foi caracterizado como carcinoma mamário invasivo pela análise histopatológica. Foram utilizadas nos testes antitumorais, a citrinina livre (2 μg/Kg-1, v.o.), ciclofosfamida (25 mg/Kg-1, i.p.) como controle positivo e a LP-CIT nas concentrações de 2 e 6 μg/kg. A indução do câncer de mama ocorreu em onze semanas e a terapia com citrinina livre, Ciclofosfamida e LP-CIT em 3 semanas. Nenhuma alteração comportamental, hematológica e bioquímica foi observada quando os animais foram tratados com LP-CIT, porém, a citrinina livre reduziu o número de monócitos e causou hepatotoxicidade. Tanto citrinina livre como LP-CIT foram capazes de reduzir significantemente o tamanho do tumor quando comparados ao tratamento com DMBA, sendo os resultados mais significativos com a citrinina lipossomal. Estudos adicionais mostraram que a citrinina livre induziu efeitos genotóxicos em células tumorais de mama, fígado, medula óssea e células sanguíneas, porém, quando na forma LP-CIT demonstrou melhores resultados, devido menor efeito genotóxico observado diante das células normais. Ademais, os mecanismos de reparo de DNA das células sanguíneas tiveram a capacidade de diminui os danos causados pela CIT e suas nanoformulações, ao contrário do que ocorreu com os danos induzidos pela CPA nessas células. Ainda para efeitos toxicogenéticos, a CPA induziu efeitos mutagênicos pela formação de micronúcleos em células tumorais, fígado e medula óssea, porém, a CIT livre e suas nanoformulações não causaram tal efeito clastogênico, com exceção para a CIT-LP (6 ug/mL) em células neoplásicas de mama. As duas concentrações da citrinina lipossomal (2 e 6 μg/kg) apresentaram atividade anticâncer possivelmente relacionadas com a capacidade citotóxica e genotóxica demonstrada no presente estudo. Assim, a citrinina é uma molécula promissora para uso em sistemas de liberação de ativos farmacêuticos, sendo a nanoestruturação do tipo lipossomal uma forma viável para aumentar a capacidade antitumoral e reduzir os efeitos adversos do metabólico fúngico em questão.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2157495 - ANDERSON NOGUEIRA MENDES
Externo ao Programa - 2128442 - FELIPE CAVALCANTI CARNEIRO DA SILVA
Presidente - 1731057 - JOAO MARCELO DE CASTRO E SOUSA
Externo ao Programa - 023.174.063-80 - LINA CLARA GAYOSO E ALMENDRA IBIAPINA MORENO - UFPE
Externo ao Programa - 1654493 - MARCIA DOS SANTOS RIZZO
Notícia cadastrada em: 17/10/2022 09:46
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