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Banca de QUALIFICAÇÃO: PABLO CAVALCANTE COSTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PABLO CAVALCANTE COSTA
DATA: 27/11/2019
HORA: 15:00
LOCAL: Sala de Defesa - Nº 317/CCHL
TÍTULO: A VOZ DO MORRO: TERRITORIALIDAE E RESISTÊNCIA NO SAMBA DE BEZERRA DA SILVA
PALAVRAS-CHAVES: Territorialidade. Samba. Bezerra da Silva. Modernidade
PÁGINAS: 92
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Sociologia
RESUMO:

Esse trabalho aborda como o Samba, em especial o samba de Bezerra da Silva, enquanto manifestação artística do povo negro põe-se resistente a lógica do projeto de mundo moderno ocidental, contrariando os planos de uma pretensa racionalidade desvinculada de qualquer subjetividade como quer a tradição epistêmica colonial. Nesse sentido, busca-se indagar: como se expressa a territorialidade negra no samba de Bezerra da Silva?. A hipótese a ser desenvolvida a partir da questão posta, leva em consideração que o samba de Bezerra de Silva, ao expressar a territorialidade negra, consegue ir contra o que pretende o projeto de modernidade, e unir razão (objetividade) e emoção (subjetividade), com fundamento em Luís Alberto Warat, bem como associa resistências, denúncias e pensamentos expressos em versos, com o sentir do ritmo batucado, das festas e danças típicas do gênero. O objetivo geral segue a proposta de debater a questão da territorialidade negra a partir do discurso musical presente nos sambas de Bezerra da Silva, buscando constatar os elementos de reencontro entre razão e emoção que aparentemente se distanciaram a partir do projeto da modernidade. Já os objetivos específicos encaminham-se em: compreender como o projeto da modernidade empenhou-se em causar a ruptura entre razão e emoção, demonstrando para tanto as evidências de que razão e emoção de fato não se separaram na modernidade; analisar como o samba de Bezerra da Silva, passou de produto criminalizado a patrimônio cultural e examinar como a territorialidade negra é retratada nos sambas de Bezerra da Silva. A metodologia  empregada no trabalho leva em conta o modelo quadripolar de Bruyne, Herman e Schoutheete (1977). Esse modelo metodológico estrutura a dinâmica da pesquisa no âmbito das ciências sociais em quatro polos, quais sejam: morfológico, epistemológico, teórico e técnico. O polo epistemológico garantirá a formação de um objeto cientifico para este trabalho, tratando-se de uma verdadeira crítica à epistemologia eurocentrada da modernidade, ou como Mignolo (2008) propõe uma “desobediência epistemológica”. O polo teórico será aplicado buscando a elaboração das hipóteses e a construção dos conceitos a serem empregados na análise dos fenômenos sociais estudados, seguindo o proposto por Luis Alberto Warat, Eduardo Gonçalves Rocha, Anibal Quijano, Arturo Escobar e outros. Já o polo morfológico, buscando a organização e articulação do fenômeno pesquisado, será processado através da análise do campo simbólico, que permitirá a revelação do diálogo entre razão e emoção. Por fim, o polo técnico se dará essencialmente através de uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo juntamente com a análise dos 10 (dez) sambas selecionados, a partir dos critérios metodológicos propostos e de um itinerário analítico que leva em conta o pertencimento territorial.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1581663 - MARIA SUELI RODRIGUES DE SOUSA
Interno - 1756788 - SAMUEL PIRES MELO
Externo à Instituição - SILVANA MARIA PANTOJA DOS SANTOS - UESPI
Notícia cadastrada em: 14/11/2019 17:33
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