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Banca de DEFESA: SANTINA BARBOSA DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: SANTINA BARBOSA DE SOUSA
DATA: 06/02/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do Tropen
TÍTULO: FUNGOS E PLANTAS COM POTENCIAL FUNGICIDA CONHECIDOS OU UTILIZADOS POR COMUNIDADES RURAIS NO NORDESTE BRASILEIRO
PALAVRAS-CHAVES: Etnobotânica. Etnomicologia. Sustentabilidade. Conservação da natureza
PÁGINAS: 117
GRANDE ÁREA: Outra(s)
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

As plantas e os fungos estão presentes, como produto útil, ao longo da história da humanidade, sendo aproveitados para fins diversificados. Objetivou-se com este estudo verificar os saberes etnomicológicos e etnobotânicos em comunidades rurais da região Sul do Piauí, nordeste brasileiro, buscando-se conhecer a percepção dominante dos moradores quanto aos fungos e plantas com potencial fungicida. Realizou-se 176 entrevistas, com 99 participantes do gênero feminino e 77 do masculino, por meio de formulários semiestruturados e cheklist de fotografias. Utilizou-se a técnica “turnê-guiada” para as coletas micológicas e botânicas, sendo o material identificado e incorporado ao Herbário Graziela Barroso (TEPB) da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Todas as informações foram submetidas a análise qualitativa e quantitativa, utilizando-se os softwares NTSYSpc v.2.10t, PCORD v.6.08 e o Índice de Margaref. Também determinou-se o índice Valor do Uso (VU) e o Índice de Importância Relativa (IR). Foram citados quatro fungos com uso atual e potencial na categoria medicinal, Podaxis pistillaris (L.) Fr., Fomitiporia sp, Hexagonia hydnoides (Sw.) M. Fidalgo e Pycnoporus sanguineus (L.) Murrill. O maior VU atual e potencial e a maior importância cultural foram do P. sanguineus. O conhecimento dos fungos medicinais está mais presente no gênero feminino na faixa etária adulta. Das plantas fungicidas identificaram-se 36 espécies, distribuídas em 24 famílias e 35 gêneros, sendo as famílias mais representadas em número de espécies: Euphorbiaceae (6), Solanaceae (3), Anacardiaceae, Asclepiadaceae e Cucurbitaceae (2 cada). As espécies mais citadas foram Tragia sp (40), Plumbago scandens L. (18), Senna macranthera (DC. ex Collad.) H. S. (16), Lagenaria siceraria (Molina) Standl. (15) e Calotropis procera (Aiton) W.T.Aiton (13). A maioria das espécies (84%) são indicadas para tratamento de micoses em humanos, 10% para animais domésticos e 6% para controle de pragas. Quanto a riqueza e percepção dos macrofungos, identificaram-se 51 espécies, distribuídas em 18 famílias e 33 gêneros, apresentando riqueza de espécies (S=10,4), percebidas como importantes para a natureza, mas sem importância direta para humanos, irrelevante para qualquer função e de uso medicinal. Os saberes sobre os fungos tratados e das plantas fungicidas da população pesquisada, são relevantes para ampliação do uso das espécies que estão disponíveis localmente, com potencial interesse para a medicina humana e veterinária, mas que ainda não se encontram integrados ao acervo do etnoconhecimento, possibilitando investigação de bioativos pelo meio científico. Apesar de serem utilizadas poucas espécies, os macrofungos possuem importante valor cultural na população estudada que requer maior investimento em pesquisas etnomicológicas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 423289 - JOAO BATISTA LOPES
Interno - 1046342 - ELAINE APARECIDA DA SILVA
Externo ao Programa - 423426 - JOSE DE RIBAMAR DE SOUSA ROCHA
Externo à Instituição - EDNA MARIA FERREIRA CHAVES - IFPI
Externo à Instituição - MARIA PESSOA DA SILVA - UESPI
Externo à Instituição - MÁRCIA PERCÍLIA MOURA PARENTE - UFPE
Externo à Instituição - REINALDO FARIAS PAIVA DE LUCENA - UFPB
Notícia cadastrada em: 17/01/2020 11:45
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