A partir da década de 2000 pode-se perceber o protagonismo das políticas educacionais no país e, consequentemente, a ênfase na política pública de educação profissional. Com o advento da Lei 11.892/2008, que criou a Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia e também os Institutos Federais, houve o aumento de mais de 400% no número de novas unidades dessas instituições. No Piauí, esse crescimento foi ainda maior em termos percentuais quando relacionado ao Nordeste e ao Brasil. Será com base nesse fenômeno da expansão que o presente trabalho, por meio de uma revisão da literatura, de análise documental e de entrevistas com os gestores envolvidos na expansão do Instituto Federal de Educação do Piauí, buscará compreender o papel desses na implantação das unidades durante as três fases da expansão, no período de 2005 a 2014. Para atingir este objetivo, esta pesquisa levou em consideração as três diretrizes do MEC (formulador da política), que são: a interiorização, a questão social e o desenvolvimento regional, além dos critérios para cada fase da expansão. A ênfase deste estudo será na fase de implementação, pois é nessa fase que será possível identificar as ações dos burocratas envolvidos na implantação das unidades do IFPI. Assim, será realizada uma análise de política pública do caso pesquisado, buscando verificar se os atores envolvidos usaram apenas critérios meramente técnicos e qual o grau de discricionariedade desses gestores e se isso ocasionou alguma mudança no rumo da política implementada.