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Banca de DEFESA: DANIEL GALENO MACHADO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIEL GALENO MACHADO
DATA: 25/03/2014
HORA: 15:00
LOCAL: Auditório do Departamento de Enfermagem - UFPI
TÍTULO: CRAVING EM USUÁRIOS DE CRACK CADASTRADOS NOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ÁLCOOL E DROGAS DO PIAUÍ
PALAVRAS-CHAVES: Enfermagem. Saúde Mental. Comportamento Aditivo
PÁGINAS: 70
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO: O craving constitui-se no desejo intenso de utilizar uma específica substância, o qual, deve ser uma variável importante no tratamento da dependência química. No caso específico do craving por crack, é descrito pelos usuários como incontrolável, de uso compulsivo, com padrão diário de consumo, suscitando na interrupção da abstinência do crack. Objetivo: Traçar o nível de craving em usuários de crack cadastrados nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas do Piauí. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e transversal com uma amostra de 331 usuários de crack sob tratamento onde foi desenvolvido por meio da aplicação de um questionário com dados socioeconômicos e da escala Cocaine Craving Questionnaire-Brief (CCQ-B) entre os meses de outubro de 2012 a junho de 2013. Para o processamento e análise estatística dos dados utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Science 18.0 for Windows. A análise estatística incluiu os Testes não-paramétricos de Mann-Whitney e Kruskal-Wallis com nível de significância adotado de 5%. Resultados: A amostra foi composta pela maioria do sexo masculino (88,5%), faixa etária de 21 a 30 anos (46,8%), com religião (86,4%), solteiros (65,9%), ensino fundamental incompleto (41,7%), pardos (57,1%), procedente de Teresina (79,2%) e renda familiar entre 1 a 3 salários mínimos (47,4%). Quanto ao comportamento do usuário de crack em razão do uso, a faixa etária na qual mais se experimentou crack pela primeira vez foi entre os 17 a 20 anos (48,9%), foi constatado uso de crack nos últimos 12 meses (86,7%), uso de crack com bebidas alcoólicas (69,5%). O uso de crack fora de controle foi informado como “às vezes” (46,2%), foi visto também quantidades maiores de crack para ter o efeito desejado (84,0%), tentativa de parar usar crack e não ter conseguido (78,5%), facilidade em conseguir crack (97,0%), compra na última vez que usou (76,7%), não realização de crimes motivados por drogas (55,9%) e detenção (57,7%). O nível de craving por crack na amostra estudada mostrou 42,0% como craving grave, seguidos de craving moderado (27,2%), craving mínimo (17,8%) e craving leve (13,0%). Houve associação de craving com a raça (p=0,018), uso de crack fora de controle (p<0,001), quantidades maiores de crack para ter o efeito desejado (p=0,037) e parou de usar crack e não conseguiu (p=0,006). Conclusão: O estudo evidenciou nível de craving grave em quase metade da amostra do estudo. Assim, a identificação precoce do craving pode facilitar a prevenção do uso e controle do crack. A enfermagem tem papel fundamental no cuidado ao usuário de crack frente ao craving. Por isso, é primordial entendê-lo dentro da perspectiva de cada usuário, sendo indispensável um cuidado individual para que cada um seja respeitado e assistido dentro de sua singularidade.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1167726 - CLAUDETE FERREIRA DE SOUZA MONTEIRO
Externo à Instituição - LILIANA MARIA LABRONICI - UFPR
Interno - 1167764 - TELMA MARIA EVANGELISTA ARAUJO
Notícia cadastrada em: 15/03/2014 08:57
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