Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: JOÃO VITOR ARAÚJO SALES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOÃO VITOR ARAÚJO SALES
DATA: 18/09/2018
HORA: 10:00
LOCAL: Sala de reunião do PPGHB
TÍTULO: ECCLESIA UNA: O Processo de Separação do Bispado do Piauí e Maranhão (1822- 1903)
PALAVRAS-CHAVES: História. Império. Igreja Católica. Bispado. Piauí. Maranhão.
PÁGINAS: 167
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: História
RESUMO:

 Resumo: Analisar o processo de separação do bispado de São Luís do Maranhão entre as províncias do Piauí e Maranhão. Durante o século XIX e início do século XX, Maranhão e Piauí disputavam por maior espaço de poder no âmbito nacional e regional. Neste contexto, Estado e Igreja foram instrumentos de consolidação e expansão de domínio, à medida que estas entidades detinham jurisdição sobre os indivíduos e as instituições de poder. Sob julgo de um Padroado originariamente regalista, mediante a contínua redução de investimentos do Governo Imperial face ao aumento de demanda civil- religiosa, resguardaram- se os dirigentes da diocese do Maranhão na manutenção de seus domínios, de modo a assegurar sua auto- sustentação e sua capacidade de investimento ao menos na Sede Episcopal. Desta sujeição eclesiástica, e parcialmente, comercial e jurídica, surgiu uma crescente articulação política das elites piauienses, especificamente entre 1822 e 1838,  no intuito de erradicar ou minorar a tutela das estruturas que lhe cerceavam a atuação independente e interesseira, sobretudo, na sociedade, onde se constituem os laços patrimoniais, e as articulações políticas e burocráticas. Pelo válido pretexto da dinâmica familiar de casamentos endogâmicos arbitrados pela elite eclesiástica maranhense, com implicações na economia, uma vez que estas uniões extraordinariamente ordinárias eram monetizadas em benefício dos cofres eclesiásticos do Maranhão, percebe- se a tentativa piauiense de provincializar a Igreja, sumarizada na disputa política entre o governo secular do Piauí e o governo eclesiástico do Maranhão, intermediada pelo Executivo e Legislativo Imperial. Não sendo suficiente a reiterada pressão política piauiense, face ao prestígio da mitra maranhense e ao próprio desinteresse do Império, este movimento cessa até que um novo cenário mais receptivo se instaure. Na conjuntura da separação entre Igreja e Estado, inaugurados com a República (1889), a dinâmica pastoral figura- se como centro da atuação eclesiástica, desafiada pela laicização do Estado e da secularização da sociedade. Gestada pela reforma ultramontana iniciada no Segundo Reinado, o protagonismo político é secundarizado pelo clero reformado, sedento de uma administração eclesiástica menos precária. Neste sentido, a atuação do pe. Joaquim de Oliveira e de outras lideranças entre 1898 e 1903 consolidam o processo, com a criação de direito (1901), e de fato (1903) da diocese do Piauí. Para tal compreensão, analisou- se a atas e resoluções do Conselho de Presidência de Província e do Conselho Geral de Província do Piauí, além das discussões e projetos leis da Assembleia Legislativa Provincial. Também verificou- se as correspondências do bispado do Maranhão com as autoridades civis e eclesiásticas piauienses e vice- versa, além de outros registros pastorais.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1551249 - JOHNY SANTANA DE ARAUJO
Presidente - 747.008.043-00 - MARCELO DE SOUSA NETO - UESPI
Interno - 2174309 - PEDRO VILARINHO CASTELO BRANCO
Notícia cadastrada em: 17/08/2018 10:40
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb04.ufpi.br.sigaa 25/04/2024 01:05