A engenharia de tecido ósseo surgiu como alternativa para terapias de regeneração óssea e apresenta a associação de scaffolds a células-tronco como abordagem terapêutica promissora. O objetivo deste trabalho foi produzir scaffolds de poliuretano de mamona, caracterizá-lo e avaliar sua capacidade de regeneração óssea em associação com células-tronco de medula óssea in vivo. A caracterização foi realizada com espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier, análise termogravimétrica, microscopia eletrônica de varredura e análise de porosidade. Em seguida, capacidade do scaffold de suportar adesão crescimento celular em sua superfície foi avaliada com técnica histológica e microscopia eletrônica de varredura. A análise de citotoxicidade foi feita com ensaio de MTT. Em tíbias de coelhos foram realizados defeitos ósseos e avaliada capacidade de regeneração óssea dos grupos scaffold, scaffold com células-tronco e controle após 4 e 8 semanas com espectroscopia de Raman, microtomografia computadorizada e histomorfometria. O scaffold apresentou porosidade adequada, com tamanho médio de poro 209,5 µm, ausência de citotoxicidade e suporte para adesão e proliferação celular. No entanto, não houve diferenças significativas entre os grupos estudados in vivo nos dois períodos de avaliação. São necessários estudos acerca dos fatores que influenciam a associação de scaffoldsa células-tronco em engenharia de tecido ósseo.