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Banca de DEFESA: FRANCISCO DE TARSO RIBEIRO CASELLI

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCO DE TARSO RIBEIRO CASELLI
DATA: 26/03/2019
HORA: 08:30
LOCAL: TROPEN/UFPI
TÍTULO: ANÁLISE DA SUSTENTABILIDADE DA CADEIA PRODUTIVA DO BABAÇU (Attalea speciosa) NA MATA DOS COCAIS
PALAVRAS-CHAVES: Pegada Ecológica. Babaçu. Extrativismo
PÁGINAS: 174
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

A busca de processos mais limpos e ambientalmente seguros é uma das grandes preocupações da atualidade. Neste sentido, a obtenção de recursos florestais por meio do extrativismo vegetal é um cenário a ser explorado e potencializado. Neste contexto, temos o coco babaçu, que é abundante na Mata dos Cocais, entre os estados do Maranhão e Piauí, onde as populações o têm como componente integrante da economia local, em que suas partes do coco apresentam diversas possibilidades de uso como alimento humano e animal, bem como na indústria farmacêutica e ainda, como fonte de biocombustíveis, a partir do óleo e da biomassa. Objetivou-se estudar o modelo da cadeia produtiva de exploração do coco babaçu em seus aspectos econômicos e ambientais. Especificamente, pretende-se: a) mapear a cadeia produtiva do coco babaçu na Mata dos Cocais nos municípios de Batalha, Campo Largo, Esperantina e São João do Arraial; b) estimar o potencial de geração de biomassa do coco babaçu para geração de energia; c) identificar os pontos críticos da cadeia produtiva do babaçu, d) analisar a sustentabilidade da cadeia produtiva do babaçu por meio da pegada ecológica. O estudo encontra-se dividido em cinco artigos. No primeiro, a metodologia consistiu da utilização de imagens de satélite LandSat 5 e 8 TM e construção de carta de uso e ocupação do solo para quatro munícipios do território, entre os anos de 1990 e 2015. Também, foram utilizados dados estatísticos do IBGE sobre a produção do babaçu. Os resultados apontam para o aumento da área do solo exposto entre 1990 e 2015, de 2% para 8% do território estudado, enquanto a mata ciliar foi reduzida a 50% e a produção de amêndoa de 72% na análise da série entre os anos de 1975 e 2015. No segundo estudo, foi realizada revisão bibliográfica e documental, análise de dados secundários de fontes oficiais e entrevista direta com atores dos diversos níveis da cadeia produtiva do babaçu para analisar sua estrutura. Os dados foram analisados usando-se estatística descritiva, modelo de mapeamento de Arranjo Produtivo Local e análise do conteúdo. Os resultados indicam a cadeia é incipiente para formar um APL, necessitando de ações para melhorar e estimular o nível de confiança entre os atores. No terceiro artigo, os dados obtidos foram analisados a partir de revisão bibliográfica, entrevistas e formulários para entender a relação extrativismo e sustentabilidade. O conhecimento limitado acerca do mercado, capacidade organizacional incipiente e baixa escolaridade dos catadores foram as principais dificuldades encontradas. Necessitando de adoção de ações conjuntas é possível que ocorra a ampliação dos ganhos na extração do coco babaçu, utilizando-se de métodos éticos e sustentáveis. No quarto artigo, foram utilizados dados secundários a partir de amplo levantamento bibliográfico para analisar relação entre a comunidade e o extrativismo do babaçu. Os resultados mostram que a cadeia produtiva tem baixo nível de organização, que interfere na viabilidade da biomassa do babaçu como matéria-prima para biocombustíveis. Também se verificou que as quebradeiras enfrentam dificuldades relacionadas ao acesso à coleta coco, comercialização da produção, e a natureza árdua da atividade. O quinto artigo tratou da sustentabilidade da extração de óleo da amêndoa do coco babaçu, por meio da ferramenta pegada ecológica. Foram consultados agentes, que trabalham com a quebra do coco e empresas de beneficiamento, visando levantar dados relativos ao consumo de energia, água, geração de resíduos, papel e alimentação e utilização de transporte na produção do óleo artesanal e industrial na região. Também, foram utilizados dados secundários de instituições oficiais e de bibliotecas e de sítios da internet. Em seguida, foram estimadas as pegadas ecológicas do óleo artesanal, cujo valor foi de -590,296 gha/pessoa e do óleo industrializado de, -720,348 gha/pessoa, indicando boa sustentabilidade dos processos de extração do óleo da amêndoa de babaçu. A ferramenta pegada ecológica mostrou que pode ser de grande ajuda no processo e avaliação e planejamento da sustentabilidade do processo produtivo de extração do óleo da amêndoa do coco babaçu.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - EDSON VICENTE DA SILVA - UFC
Interno - 1046342 - ELAINE APARECIDA DA SILVA
Externo ao Programa - 1787957 - EULALIO GOMES CAMPELO FILHO
Externo à Instituição - HELANO DIOGENES PINHEIRO - UESPI
Presidente - 423289 - JOAO BATISTA LOPES
Externo à Instituição - MARIA ALEXSANDRA DE SOUSA RIOS - UFC
Interno - 1167785 - ROSELI FARIAS MELO DE BARROS
Notícia cadastrada em: 15/03/2019 16:09
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