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Banca de DEFESA: FÁBIO JOSÉ VIEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FÁBIO JOSÉ VIEIRA
DATA: 28/03/2014
HORA: 08:00
LOCAL: AUDITORIO DO TROPEN/UFPI
TÍTULO:

USO DE FITOCOMBUSTÍVEL NO SEMIÁRIDO  BRASILEIRO: PREFERÊNCIAS LOCAIS E ATRIBUTOS FÍSICOS DA MADEIRA


PALAVRAS-CHAVES:

Caatinga, carvão, cerrado, lenha, propriedades da madeira


PÁGINAS: 118
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

USO DE FITOCOMBUSTÍVEL NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO:

PREFERÊNCIAS LOCAIS E ATRIBUTOS FÍSICOS DA MADEIRA

Resumo

A lenha e o carvão são utilizados como fonte de energia primária em muitos países,

principalmente, pelas comunidades rurais para suprir suas demandas de cozinhar e

aquecimento, constituindo-se numa atividade geradora de forte pressão extrativista nas

Florestas Tropicais. Entender que fatores estão ligados na dinâmica de consumo e

preferência por esse recurso tem sido alvo de diversos estudos, porém ainda, é

necessário mais pesquisas para compreensão e adoção de medidas conservacionistas

nestas áreas. Baseado neste cenário, duas comunidades rurais, no semiárido do Nordeste

do Brasil, foram selecionadas para verificar a existência de diferença entre o

conhecimento, uso e preferência de espécies para fitocombustível; se ocorre domínio do

tipo vegetacional (caatinga ou cerrado) com relação às espécies citadas; relacionar os

fatores socioeconômicos na quantidade de lenha consumida e avaliar as propriedades

físicas das madeiras citadas para fitocombustível, afim de relacioná-las com o uso e

preferência por fitocombustíveis. Ainda foi objetivo desse estudo, avaliar duas técnicas

de coleta de informações sobre preferência por fitocombustível. Para isso, foram

realizadas 55 entrevistas semiestruturadas (um em cada domicilio pesquisado), para

coleta de informações socioeconômicas e dados sobre o conhecimento, uso e

preferência de espécies para fitocombustível. Realizou-se pesagem do consumo médio

diário durante 12 meses nas residências, para quantificar o consumo por família.

Utilizou-se o exercício de ordenamento (metodologia participativa) para elencar a

ordem de preferência pelas espécies mais citadas como preferidas para fitocombustível.

Para determinação do Indíce do Valor de Combustível (IVC) verificou-se a densidade,

umidade e teor de cinzas das espécies citadas. Na analise de dados usou-se os testes não

paramétrico de Wilcoxon, qui-quadrado e o teste G (Williams) e também a Correlação

de Spearman, Kruskal-Wallis e GLM. Por fim, calculou-se o índice de saliência (IS) das

espécies consideradas como mais preferidas pelas comunidades, levando-se em

consideração os ordenamentos realizados durante a metodologia participativa. Foram

reportadas 57 espécies como fitocombustível nas duas comunidades, das quais 48 são

efetivamente utilizadas e 19 são citadas como preferidas. As duas comunidades se

diferenciam no número de espécies conhecidas. Os principais resultados desta

investigação mostram que o ambiente não parece ser um fator importante na seleção de

plantas, uma vez que não foram encontradas diferenças no número de espécies

conhecidas entre os tipos vegetacionais (caatinga/cerrado). Somente houve relação

significativa entre o consumo médio diário e o número de pessoas nas residências.

Encontrou-se correlação positiva significativa apenas entre as citações de uso e os

valores de IVC sem cinza para as duas comunidades, e citação de uso e IVC com cinzas

para apenas uma das comunidades. Em relação aos métodos utilizados para coleta de

preferência, os mesmos mostraram semelhanças de resultados, porém a metodologia

participativa torna-se mais vantajosa, pois há um ganho de tempo na coleta de dados.

Neste sentido, o uso e a preferência por fitocombustível parecem estar ligada a outros

fatores que não o ambiente, e as propriedades físicas. A seleção de espécies pode estar

mais associada a outros fatores, tais como: a qualidade e a disponibilidade do recurso.

Acredita-se que a relação entre o consumo e a renda não foi percebido, principalmente,

por conta do uso consorciado da lenha e carvão com o GLP em todas as residências

pesquisadas. Esses dados são importantes para esclarecer fatores que podem interferir

na seleção e consumo de lenha, além de fornecerem direções para futuras estratégias de

conservação de espécies na região. Assim, é importante que futuras pesquisas busquem

investigar o peso relativo dos fatores mencionados para melhor compreender a seleção

de espécies no uso fitocombustível.



MEMBROS DA BANCA:
Interno - 423289 - JOAO BATISTA LOPES
Externo à Instituição - MARCELO ALVES RAMOS - UFRPE
Externo à Instituição - MARIA IRACEMA BEZERRA LOIOLA - UFC
Externo ao Programa - 1792038 - NELSON LEAL ALENCAR
Presidente - 1167785 - ROSELI FARIAS MELO DE BARROS
Notícia cadastrada em: 24/02/2014 10:12
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