Notícias

Banca de DEFESA: MARCO ANTONIO CONCEIÇÃO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARCO ANTONIO CONCEIÇÃO
DATA: 03/03/2020
HORA: 16:00
LOCAL: Sala de Vídeo I, no Centro de Ciências Humanas e Letras/UFPI - Campus Petrônio Portella-Teresina-PI.
TÍTULO: Filosofia e Cinema: o uso de filmes nas aulas de filosofia no Ensino Médio.
PALAVRAS-CHAVES: Ensino de Filosofia; Neopragmatismo; Cinema; Linguagem;
PÁGINAS: 159
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Filosofia
SUBÁREA: História da Filosofia
RESUMO:

Este estudo tem como objeto de pesquisa o uso do cinema, especificamente o gênero fílmico, nas aulas de Filosofia no Ensino Médio. Seu objetivo central é produzir, a partir de cinco filmes selecionados, um manual de unidades didáticas que contemple cinco eixos temáticos da filosofia, intervindo como contribuição no espaço escolar e como acervo crítico e cultural da disciplina. O ensino de filosofia pode ocorrer de forma dialógica e expositiva sem, no entanto, desprezar as possibilidades de aprendizagem quando se alia o cinema ao uso de livros didáticos baseados na história da filosofia ou no recorte temático. A avaliação sobre a temática do ensino de filosofia encontrada nos autores referenciados e em muitos outros textos que exploram esse tema por diversas perspectivas nos mostra que ainda é muito habitual a apresentação dos conteúdos disciplinares pelos professores de filosofia de forma expositiva, estática e abstrata. No projeto rortyano de uma utopia liberal, gêneros como romance, filme e televisão, ocupam o lugar dos vocabulários mais tradicionais por se mostrarem mais eficazes ao provocarem o desenvolvimento da capacidade imaginativa, mais poderosa, que a capacidade investigativa. Essa substituição ainda não ocorre de forma mais acelerada porque, por um lado “a grande parte dos não intelectuais continuam ligados a alguma forma de fé religiosa ou a alguma forma de racionalismo iluminista” (RORTY, 1992, p. 18) e, por outro lado, o número de ironistas liberais que não acreditam na existência de uma tal ordem é mínima e insuficiente. Para Rorty (1992), o cinema, como outras formas narrativas, é uma ferramenta mais eficaz para lidarmos com o fato da impossibilidade de encontrarmos um metavocabulário capaz de dar conta de todas as maneiras possíveis de julgar e de sentir, e que tornaria dispensáveis os diversos vocabulários usados por nós. O reconhecimento dessa contingência da linguagem, em função da impossibilidade deste metavocabulário, justifica a inconsequência de apreendermos de maneira monoperspectivista, em um único vocabulário, um mundo que se apresenta diante de nós de forma pluriperspectivista, por diversos vocabulários. Para Cabrera (2006), a partir do surgimento do cinema e da noção de logopatia, é possível classificar os filósofos como pensadores “apáticos” ou “páticos”, sendo que esses últimos seriam os filósofos cinematográficos. Goodenough (2005) afirma que o filme é feito para a filosofia, pois ele muda ou coloca luz diferente sobre qualquer filosofia que tenha especulado sobre aparência e realidade, sobre atores e personagens, sobre ceticismo e dogmatismo, sobre presença e ausência, mas também, a partir do efeito produzido no espectador e explicado a partir da noção frozen pode também ser caracterizado como filosofia propriamente dita. Mas, ele também pode ser filosofia. Assim, esse estudo propõe a utilização de filmes como recurso didático-metodológico para um ensino de filosofia menos discursivo-teórico e mais narrativo. Compreendemos que a partir da diversidade dos temas, gêneros e perspectivas abordados pelo cinema, como alternativa à forma expositiva e conceitual que predomina atualmente no cenário escolar, poderemos aproximar os alunos do Ensino Médio à filosofia, tornando-a mais próxima, mais significativa e atribuindo-lhe sentido. Inicialmente, a dissertação apresenta um breve histórico
da presença e influência da filosofia no Brasil, do pragmatismo, do movimento Escola Nova e
do neopragmatismo rortyano, da arte e linguagem cinematográfica e posteriormente o manual
de unidades didáticas.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2184886 - EDNA MARIA MAGALHAES DO NASCIMENTO
Externo ao Programa - 1764151 - JOSE ELIELTON DE SOUSA
Interno - 1446976 - JOSE RENATO DE ARAUJO SOUSA
Notícia cadastrada em: 21/02/2020 17:37
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb05.ufpi.br.instancia1 29/03/2024 04:22