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Banca de QUALIFICAÇÃO: MALENA ARAÚJO ALVES DE LIMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MALENA ARAÚJO ALVES DE LIMA
DATA: 16/11/2018
HORA: 17:30
LOCAL: Sala de Aula do Mestrado
TÍTULO: Cartografia dos modos de sujeição e resistência de mulheres acerca da violência de gênero
PALAVRAS-CHAVES: violência de gênero; processo de subjetivação; sujeição e resistência.
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

A violência contra a mulher foi se constituindo um dispositivo complexo, historicamente, marcado por processos de violência simbólica e modos de ser que são produtos de milênios de dominação masculina, não sem movimentos de resistência. Na contemporaneidade, – mesmo com o avanço do movimento feminista, nos anos 50 e 60 do século XX, no que se refere à luta contra a discriminação sexual e a naturalização da reprodução da vida, – a violência de gênero continua afetando a vida das mulheres, tanto que se tornou um grave problema de saúde pública, haja vista as evidências de que é uma das principais causas de mortalidade de mulheres em todo mundo. No Brasil, desde a década de 70, o feminino e os feminismos vêm sendo recriados, social, cultural e historicamente e as mulheres vêm inventando outros modos de existir e resistir às violências: “artes de fazer” no cotidiano e modos de pensar as relações corporais, subjetivas, amorosas e sexuais, introduzindo outras maneiras de organizar o espaço, produzir conhecimento e formular políticas públicas. Não obstante, os gêneros e a violência de gênero estão inscritos na fabricação social dos corpos e as identidades de gênero são construídas socialmente em todo um universo de instituições do qual extraem e produzem subjetividades. Assim, enquanto existem homens e mulheres que encontram espaços para desfazer gênero e desnaturalizar enquadramentos biologizantes e heteronormativos, há mulheres que tecem linhas de resistência a outras violências. Portanto a produção das subjetividades masculinas e femininas e os modos de sujeição e resistência à violência de gênero estão em circulação nos conjuntos sociais, entre instâncias individuais e coletivas, agenciamento do desejo com diferentes entradas e múltiplas saídas, sendo a violência psicológica uma das entradas que afeta, diariamente, as mulheres em seus territórios existências e que, às vezes, encontra na arte uma saída. Diante dessa problemática, nos perguntamos como se configuram os processos de subjetivação de mulheres acerca da produção dos modos de sujeição e resistência em violência de gênero? Neste estudo, partimos dessa problematização para que possamos traçar um plano do comum entre o corpo em campo da mulher pesquisadora e as performances das mulheres do movimento Slam das Minas Phb, compondo com elas paisagens psicossociais da cidade. Slam das Minas é um movimento feminista de poesia falada, geralmente, em espaços públicos, sobre temas que permeiam a vida da mulher. Nosso objetivo é cartografar processos de subjetivação de mulheres acerca da produção dos modos desujeição e resistência em violência de gênero. Para fazer registros iremos utilizar diário cartográfico e para produção das informações, iremos utilizar como método a cartografia, um modo de fazer pesquisa-intervenção que se constitui como metodologia do encontro e experimentação de territórios existências. Além da composição do movimento, durante apresentações nas ruas e praças, realizaremos três encontros: a) cartografias do corpo; b) tenda da poesia; c) círculo de cultura e d) apresentação do Slam das Minas Phb na UFPI. Participarão desta pesquisa, 10 mulheres de 18 anos ou mais que já sofreram/sofrem violência psicológica por parte do parceiro (a) íntimo (a) e/ou assédio na rua pela condição de ser mulher, façam parte do Slam e tenham assinado o TCLE. A análise dos processos de subjetivação cartografados com a produção de poesias e poemas durante a pesquisa e as apresentações será feita por meio de ferramentas-conceitos da esquizoanálise. Apostamos que o resultado da pesquisa poderá reconhecer as poesias das Minas Phb não só como objetos relacionais da arte, mas também como escrita de si e a as performances como modos de intervenção que possam apontar para uma nova estética da existência e resistência à violência de gênero.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2231565 - ANTONIO VLADIMIR FELIX DA SILVA
Interno - 2140896 - LANA VERAS DE CARVALHO
Externo ao Programa - 578.523.913-20 - MARCOS RIBEIRO MESQUITA - UFAL
Notícia cadastrada em: 06/11/2018 10:59
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