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Banca de QUALIFICAÇÃO: FRANCISCA MARIA VÉRAS LINHARES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCISCA MARIA VÉRAS LINHARES
DATA: 09/12/2022
HORA: 10:00
LOCAL: Google Meet – On-line
TÍTULO: Biografia Menor: jovens marcados para morrer
PALAVRAS-CHAVES: Criminologia, Direitos humanos, Juventude, Medida Socioeducativa, Sociopoética
PÁGINAS: 55
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

A construção do jovem socialmente perigoso no Brasil envolve sobretudo determinações discriminatórias e estigmatizantes elaboradas sobre as pessoas negras, empobrecidas e periféricas, sujeitos histórico e culturalmente marcados para morrer. Em 2019, por exemplo, foram 45.503 homicídios registrados, deles, 34.466, o correspondente a mais de ¾, são de pessoas negras, sendo que mais da metade (23.327) do total geral são jovens (Cerqueira et al., 2019). Os dados demonstram a realidade que foi construída no Brasil a partir da colonização até os dias de hoje. Isso revela o Mito da Democracia Racial vivenciado no Brasil e o abolicionismo inconcluso que impõem ao povo preto condições de miséria e criminalização no intuito de excluir e matar. A Biografia do corpo marcado para morrer ou a necrografia acontece na incorporação de etiquetas que estigmatizam os jovens negros no Brasil e no mundo, autorizando suas mortes. São os efeitos da Necropolítica (Mbembe, 2018) a tática de extermínio que produz a morte ou deixa viver. Nesse sentido, os mais diversos dispositivos de controle social atuam como mantenedores dos privilégios das elites e consequentemente submetem parcelas específicas da população a políticas de regulação dos corpos e promoção da morte. Mesmo com tal imposição, o objetivo desta pesquisa é investigar qual juventude é produzida pelos jovens em cumprimento medida socioeducativa (MSE), assistidos pelo Centro de Referência Especializado da Assistência Social - Creas, e descobrir suas grafias de vida ou Biografia Menor, que evidencia como eles habitam seus territórios, traçam linhas de fuga e produzem vida. Para a produção dos dados, a Sociopoética foi a principal inspiração. Segundo essa abordagem de pesquisa, é possível criar dados, facilitar vínculos entre o grupo e promover experiências de pesquisa decolonizadoras, com o mínimo de sofrimento (Gauthier e Adad, 2020).


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA KARENINA DE MELO AARAES AMORIM - UFRN
Interno - 1402780 - GUILHERME AUGUSTO SOUZA PRADO
Presidente - 1728592 - SHARA JANE HOLANDA COSTA ADAD
Notícia cadastrada em: 28/11/2022 09:54
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