O objetivo desta extensão é analisar as estratégias linguísticas e discursivas usadas pela mídia no processo de construção da realidade discursiva, sobretudo dos discursos de violência. Para tanto, dialogamos com alguns documentos oficiais como os PCN (2000) e as Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006), com o intuito de discutir a proposta do ensino de língua pautado na capacidade de interpretar os discursos presentes em gêneros textuais diversos, considerando, para isso, as escolhas linguísticas e extralinguísticas dos enunciadores. Essa discussão será completada com as contribuições de Bakhtin (2011); Charaudeau (2009, 2012); Bucci (2003); Dias (2008); Possenti (2008) e Sontag (2003), a partir das quais trataremos das estratégias linguístico-discursivas utilizadas pela instância midiática no processo de construção da realidade discursiva. Além disso, apresentaremos breves noções sobre a multimodalidade discursiva, haja vista que os textos midiáticos envolvem, no processo de construção de versões da realidade, vários modos de representação da linguagem (semioses), que se integram na construção de significados em interações sociais. Essa abordagem será feita a partir de estudos como os de Dionísio (2005); Kress, Van Leeuwen (1996). Refletiremos, ainda, sobre a leitura como um processo de construção de sentidos, em que o leitor aciona conhecimentos de várias ordens em um processo de constante diálogo. Essa discussão será estruturada com as colaborações de Koch, Elias (2010); Marcuschi (1999); Solé (1998); Desll’isola (2001), Soares (2005), dentre outros. Por fim, apresentaremos algumas contribuições de Marcuschi (2008) sobre gêneros textuais, sobretudo, os do domínio jornalístico.
Na área da educação, a análise ou ao menos a compreensão básica sobre as questões semióticas e de análise do discurso são essenciais, tendo em vista, principalmente no que se referem os sentidos e interpretações que damos às representações disponibilizadas em livros, jornais, revistas e outros produtos culturais que fazem parte do nosso cotidiano. Para Fairclough (2003, apud MASTELLA, 2015, p. 24), representar é “construir textualmente o mundo social” e as constituições discursivas possibilitadas pela linguagem incluem “aspectos do mundo físico (seus processos, objetos, relações, parâmetros espaciais e temporais), aspectos do ‘mundo mental’ de pensamentos, sentimentos, sensações [...] e os aspectos do mundo social. A Análise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 1989), uma perspectiva teórica com abordagem transdisciplinar, considera a linguagem como uma forma de prática social. Tal prática pode ser estudada em materiais escritos, impressos, fílmicos ou televisionados, cuja significância dos elementos visuais é extremamente evidente e na qual os elementos imagéticos e verbais operam de forma tão interativa que se torna muito difícil isolá-los.
Na área da educação, a análise e a compreensão básica sobre as questões semióticas e de análise do discurso são essenciais, tendo em vista, principalmente no que se referem os sentidos e interpretações que damos às representações disponibilizadas em livros, jornais, revistas e outros produtos culturais que fazem parte do nosso cotidiano. Para Fairclough (2003, apud MASTELLA, 2015, p. 24), representar é “construir textualmente o mundo social” e as constituições discursivas possibilitadas pela linguagem incluem “aspectos do mundo físico (seus processos, objetos, relações, parâmetros espaciais e temporais), aspectos do ‘mundo mental’ de pensamentos, sentimentos, sensações [...] e os aspectos do mundo social”. A Análise Crítica do Discurso (Fairclough, 1989), uma perspectiva teórica com abordagem transdisciplinar, considera a linguagem como uma forma de prática social. Tal prática pode ser estudada em materiais escritos, impressos, fílmicos ou televisionados, cuja significância dos elementos visuais é extremamente evidente e na qual os elementos imagéticos e verbais operam de forma tão interativa que se torna muito difícil isolá-los.
Nesse contexto, a análise do discurso realizada neste evento procura evidenciar categorias da multimodalidade, em gêneros da mídia impressa, a partir das funções da Gramática do Design Visual (GDV), um aparato teórico-metodológico do campo da sociossemiótica, proposto por Kress e van Leeuwen (1996) e inspirado nos fundamentos fundamentados na Gramática Sistêmico-Funcional (Halliday, 1994). Assim, com base nas funções representacional, interativa e composicional (dimensões de análise da GDV), apresentaremos significados atribuídos socialmente aos discursos de violência.
Kress e van Leeuween (1996) consideram que a linguagem visual/imagética - assim como a linguagem verbal – apresenta tri funcionalidade. As três meta-funções podem ser assim compreendidas: a Representacional – é onde o usuário da língua (verbal ou imagética) reproduz as experiências de vida; a Interacional – é responsável pela credibilidade no discurso do participante interativo (PI), de modo que suas posições sejam transparentes quando transmitidas ao participante representativo (PR); e a Composicional refere-se ao modo de estruturação das informações dentro de um texto conforme com sua relevância.
No que se refere à proposta da Gramática Visual os autores frisam a importância de um letramento visual, na medida em que a comunicação visual está se tornando cada vez mais um domínio crucial nas diversas redes de práticas sociais inclusive de informações públicas. Por isso, “não ser visualmente letrado‟ começará a atrair sanções sociais. Letramento visual ‟começará a ser uma questão de sobrevivência, especialmente no ambiente de trabalho” (Kress; Van Leeuwen, 1996, p.3).
24/06
8h: Reunião com os palestrantes
8h30: Roda de conversa A mídia impressa e a construção dos discursos de violência: análise de estratégias multissemióticas (Dr. Allan de Andrade Linhares)
10h às 10h30: Sessão de debates mediados
10h30: Roda de conversa A Mídia Impressa e o Ensino de LP: novos olhares e perspectivas de análise (Dra. Maria Angélica Freire de Carvalho)
12h às 12h30: Sessão de debates mediados
12h30: Roda de conversa A construção da realidade no contexto midiático: uma abordagem multimodal (Alunos do curso PRIL Letras)
14h30: Sessão de debates mediados
15h às 17h Círculo de leitura de gêneros discursivos da esfera jornalística (Mediação: Dr. Allan de Andrade Linhares)
25/06
8h: Mesa de abertura
8h30: Palestra Metáfora, violência e construção dos sentidos (Dra. Márcia Ananda Soares Siqueira de Sousa) - 01026994373
10h30: Palestra Estereótipos e resistência feminina: uma análise multimodal e discursiva de capas de revistas (Dra. Grasiela Maria de Sousa Coelho)
12h30: Uma análise multimodal das representações da violência construídas em capas de jornal(Dr. Allan de Andrade Linhares / Dra. Grasiela Maria de Sousa Coelho)
15h: Círculo de leitura para discussão da obra Discurso das mídias de Patrick Charaudeau (Alunos do curso de Letras PRIL e Dr. Allan de Andrade Linhares)
16h30 às 17h: Sessão de debates
26/06
8h: Mesa
8h30: Palestra As práticas discursivas da violência nas mídias digitais (Francisco Romário) – CPF:
10h30 às 12h30: Sessão de Debate Discurso de ódio na mídia: a cultura do medo e seus reflexos na sociedade (Francisco Romário)
14h30 às 17h: Minicursos
27/06
8h às 12h30: Apresentação de trabalhos
14h30 às 17h: Reunião de avaliação do evento e assembleia para definição de tema da próxima extensão
Comunidade acadêmica, sobretudo, dos cursos de Pedagogia Letras, docentes e demais pesquisadores
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