EUGENIA BRIDGET GADELHA FIGUEIREDO

COORDENAÇÃO DO CURSO DE PSICOLOGIA/CMRV

Ir ao Menu Principal

eugenia bridget gadelha figueiredo

PSP - COORDENAÇÃO DO CURSO DE PSICOLOGIA/CMRV

PPGS024 - TEORIA SOCIOLÓGICA I - Turma: 01 (2016.1)

Visualização de Notícia
  • O LUNAR SILVIO CALDAS
  • 24/03/2016 09:57
  • Texto:

    É noite de lua cheia. Majestosa, outonal e na semana santa. Contemplá-la, em um momento reflexivo, é revigorante. Para os amantes do sereno, na companhia das letras musicadas, evoco o artista Silvio Caldas que, em parceria com Orestes Barbosa, compuseram “a mais importante seresta já feita no Brasil”. A clássica canção CHÃO DE ESTRELAS é considerada a “seresta das serestas”, uma obra-prima do gênero que chegou a ser reverenciada por Manuel Bandeira. É título de um particular capítulo do texto escrito por Hugo Sukman sobre Silvio Caldas, “o seresteiro do Brasil”. Uma composição vista como “grande arte” em uma bela harmonia entre o poema da letra e a melodia musical. Uma criação das raízes da música popular brasileira que uso para emoldurar o encanto do visual noturno que hoje enche de clarão as nossas paisagens. Em meio aos terrores nossos de cada dia, dou uma trégua para o peso do cotidiano e vou ao encontro da beleza gratuita e leve das noites de serenata. Os trovadores urbanos ainda fazem parte dos nossos shows. Curta a lua e economize em remédios. É de graça. Dá para ver até pela janela do ônibus. Um ponto luminoso em meio às trevas diárias. Pão poético. No fundo sonoro, o barulinho bom da voz de Silvio Caldas, o “caboclinho querido”:

    Minha vida

    Era um palco iluminado

    Eu vivia vestido de dourado

    Palhaço das perdidas ilusões

    Cheio dos guizos falsos da alegria

    Andei cantando a minha fantasia

    Entre as palmas febris

    Dos corações

    Meu barracão no morro do Salgueiro

    Tinha o cantar alegre de um viveiro

    Foste a sonoridade que acabou

    E hoje,

    Quando do sol,

    A claridade

    Cobre o meu barracão,

    Sinto saudade

    Da mulher pomba-rola que voou

    Nossas roupas comuns

    Dependuradas

    Na corda,

    Qual bandeiras agitadas

    Pareciam um estranho festival

    Festa dos nossos trapos

    Coloridos

    A mostrar que nos morros mal vestidos

    É sempre feriado nacional

    A porta do barraco

    Era sem trinco

    E a lua, furando o nosso zinco,

    Salpicava de estrelas

    O nosso chão...

    E tu,

    Tu pisavas nos astros distraída

    Sem saber que a ventura desta vida,

    É a cabrocha,

    O luar

    E o violão...

    A porta do barraco

    Era sem trinco

    E a lua, furando o nosso zinco,

    Salpicava de estrelas

    O nosso chão...

    E tu,

    Tu pisavas nos astros distraída

    Sem saber que a ventura desta vida,

    É a cabrocha,

    O luar

    E o violão...

     



Voltar

SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | sigjb05.ufpi.br.instancia1 vSIGAA_3.12.1100 25/08/2024 00:27