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GRASIELLY ROCHA SOUZA
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Obtenção Tecnológica de Comprimidos de Liberação Modificada de Ácido alfa-lipoico
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Orientador : LIVIO CESAR CUNHA NUNES
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Data: 30/08/2018
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As doenças inflamatórias intestinais (DII) podem ser representadas pela doença de Crohn (DC) e pela retocolite ulcerativa (RCU), essas patologias caracterizam-se pelo caráter crônico e recidivante da inflamação. Ainda não existe consenso acerca do agente etiológico, mas alguns estudos apontam para a existência de fatores ambientais, genéticos, da microbiota intestinal, imunológicos, além do estresse oxidativo. Sabe-se que a formação de espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio está aumentada durante o processo inflamatório, sendo um fator agravante para a fisiopatologia das DII. Dessa forma, a utilização de um agente antioxidante como adjuvante no tratamento seria uma possibilidade para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O ácido alfa-lipoico (AAL) é um composto organossulfurado, contendo oito átomos de carbono e dois átomos de enxofre, está presente em células procarióticas e eucarióticas apresentando um papel central no metabolismo energético, além de possuir um potencial redox de -0,32 V, sendo denominado de antioxidante universal. Assim, o objetivo principal desse trabalho foi obter comprimidos de liberação modificada de AAL para utilização como adjuvante no tratamento das DII. Como etapas preliminares, realizou-se uma prospecção científica e tecnológica, a fim de verificar a utilização pré-clínica desse composto nas DII; desenvolveu-se e validou-se uma metodologia analítica para quantificar o AAL por espectrofotometria UV-Vis, realizou-se um estudo de pré-formulação do AAL, por meio da análise das propriedades de fluxo e pela caracterização do material utilizado como matéria-prima através da comparação com padrão analítico pelas técnicas de espectroscopia no infravermelho e ressonância magnética nuclear (RMN) e formulou-se os comprimidos com liberação modificada. Através da prospecção científica foi possível confirmar a eficácia do AAL nas DII, sendo a atividade atribuída principalmente as suas propriedades antioxidantes, enquanto que a prospecção tecnológica revelou uma área em potencial para exploração, uma vez que poucas patentes foram depositadas com essa aplicação. O método analítico foi desenvolvido, sendo este de fácil execução e de baixo custo, além disso, foi validado, uma vez que atendeu aos parâmetros estabelecidos pela legislação brasileira, sendo seletivo, linear, preciso, exato e robusto. A análise da morfologia das partículas por MEV demonstrou a característica cristalina, que foi confirmada pela difração de raios-X, além disso, apresentou uma média de tamanho de partícula de 250 µm. O estudo das propriedades de fluxo demonstrou a necessidade de utilização de excipientes específicos para a melhoria desta característica, pois o pó apresentou razão de Hausner de 1,51 e índice de Carr de 34,1%, ângulo de repouso e tempo de escoamento infinitos, revelando um fluxo ruim. As técnicas de espectroscopia no infravermelho e RMN confirmaram a identidade da matéria-prima utilizada para a obtenção dos comprimidos através de comparação com o padrão analítico. Foram obtidos comprimidos de AAL com a hidroxipropilmetilcelulose (HPMC), mesocarpo de babaçu e estearato de magnésio sem e com revestimento com Eudragit® S (lotes 2 e 4, respectivamente), os quais atenderam aos critérios de qualidade exigidos pela Farmacopeia Brasileira. O ensaio de dissolução in vitro mostrou que os comprimidos do lote 2 apresentaram uma liberação convencional, uma vez que 90% do conteúdo foi liberado em 30 minutos nos meios de dissolução com pH 1,2 e 7,4, enquanto que os comprimidos do lote 4 apresentaram uma liberação modificada, uma vez que não houve liberação do conteúdo em pH 1,2, sendo este totalmente liberado após 30 minutos em pH 7,4. Dessa forma, foram desenvolvidos comprimidos de liberação entérica, ideais para utilização por pacientes com DII.
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PAULO LEAL PEREIRA
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Avaliação do perfil de genotoxicidade de pacientes portadores de doença de crohn submetidos ao tratamento com infliximabe e associações.
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Orientador : LUCIANO DA SILVA LOPES
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Data: 30/08/2018
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A Doença de Crohn (DC) é uma doença inflamatória intestinal de origem não conhecida, caracterizada pelo acometimento focal, assimétrico e transmural de qualquer porção do tubo digestivo, da boca ao ânus. Apresenta-se sob três formas principais: inflamatória, fistulosa e fibroestenosante. Grande parte dos pacientes necessita de tratamento medicamentoso prolongado e, muitas vezes, por tempo indeterminado. O acompanhamento desses pacientes é fundamental para garantir a sua segurança, e a verificação dessas reações torna-se ponto chave dentro do acompanhamento farmacoterapêutico que deve ser realizada sobre todos os aspectos, inclusive considerando a possibilidade de danos ao material genético do paciente. O objetivo geral deste trabalho foi avaliar o potencial de genotoxicidade do Infliximabe quando utilizado isodalamente ou em associação com Azatioprina, Mesalazina, Sulfasalazina e Prednisona no tratamento de pacientes portadores de Doença de Crohn assistidos pelo Hospital Universitário Da Universidade Federal do Piauí – HU UFPI. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética do HUUFPI (Parecer nº 67293517.0.0000.8050) e foi feita a partir de um estudo experimental, descritivo e observacional. A pesquisa foi realizada no período de fevereiro a abril 2018, através da coleta de amostra de mucosa bucal de 40 pacientes com DC que fazem infusão de infliximabe e acompanhamento farmacoterapêutico no HU-UFPI. As amostras coletadas foram submetidas aos testes de Micronúcleo para identificar possíveis danos ao DNA destes pacientes. O perfil epidemiológico dos pacientes do presente estudo foi de indivíduos com prevalência do gênero feminino, etnia parda, graus de escolaridades e ocupações variadas, a maioria com estado civil casado, oriundos em sua grande maioria de Teresina e cidades do interior do Piauí. Os esquemas de fármacos identificados para o tratamento da DC utilizados pelos pacientes em estudo foram IFX, IFX + AZA, IFX + AZA + MSZ + PDN. O maior percentual de associação foi para o esquema terapêutico IFX + AZA. Foi observado aumento no número de micronúcleos em todos os grupos com IFX e suas associações, no entanto não houve diferenças entre o sexo feminino e masculino para os mesmos marcadores. Além disso foram observadas correlações positivas entre os marcadores do teste micronúcleo e os diferentes esquemas terapêuticos utilizados como tempo de tratamento e faixa etária.
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MAÍZA LACERDA BARBOSA
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Estudo toxicogenético da fluoxetina e de sua associação com vitaminas antioxidantes ácido ascórbico e palmitato de retinol.
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Data: 29/08/2018
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A depressão é um transtorno psiquiátrico comum que se tornou um problema de saúde pública. O estresse oxidativo pode estar envolvido no desenvolvimento desta patologia, pois o cérebro é muito sensível a danos oxidativos. Alimentos antioxidantes são protetores das células, pois atuam regulando o desequilíbrio entre oxidantes/ antioxidantes que pode ser o desencadeador de diversos eventos patológicos, incluindo processos carcinogênicos e neurodegenerativos. A fluoxetina é um antidepressivo amplamente utilizado e há poucos estudos sobre a associação desta com antioxidantes. O capítulo I realizou uma revisão sistemática para correlacionar os marcadores bioquímicos e moleculares do estresse oxidativo e da defesa antioxidante com transtornos depressivos por meio da avaliação de estudos clínicos obtidos das bases de dados PubMed, Scielo, BVS, Medline e Scopus com os descritores [depressive disorders], [oxidative stress], [vitamin antioxidants], [ascorbic acid], [vitamin C], [retinol palmitate], [vitamin A] e [depression] combinados entre si. Diversos marcadores de danos oxidativo que atingem as biomoléculas como DNA, RNA, proteínas e lipídios, como também marcadores de defesa antioxidante foram analisados em 30 artigos que obedeceram aos critérios de inclusão do estudo. A maior parte dos estudos avaliados nesta revisão encontrou diferenças significantes entre esses biomarcadores. Assim, há muitas perspectivas para o desenvolvimento de novas pesquisas que possam esclarecer a relação desses marcadores com transtornos depressivos. O capítulo II avaliou os efeitos oxidativos da fluoxetina e a possível modulação destes por meio de sua associação com vitaminas antioxidantes ácido ascórbico e palmitato de retinol no ensaio com Saccharomyces cerevisiae. A fluoxetina (10 e 20 µg/mL) induziu danos oxidativos em todas as linhagens testadas proficiente e deficientes em defesas antioxidantes no pré e co-tratamento, após incubadas em estufa a 30ºC +/- 1°C por 48hs. O ácido ascórbico (2 µMol) e o palmitato de retinol (100UI) modularam significativamente os danos induzidos pela droga, principalmente na menor dose testada e em associação com o ácido ascórbico isolado, apontando seus efeitos protetor e antioxidante. Terapias antioxidantes podem surgir como alternativa para reduzir os danos oxidativos e toxicogenéticos causados por essa droga. O capítulo III estudou os efeitos toxicogenéticos da fluoxetina e os efeitos de sua interação com as vitaminas antioxidantes num modelo de depressão induzida em camundongos Mus musculus. A indução da depressão foi feita com reserpina 2mg/Kg. Camundongos machos foram tratados por 7 dias, via intraperitoneal, com fluoxetina (10 e 20 mg/Kg), isoladas e associadas com ácido ascórbico (2 µMol) e o palmitato de retinol (100UI). No teste de campo aberto a associação foi eficiente na menor dose testada. No nado forçado, o tratamento com as vitaminas reduziu o tempo de imobilidade, mas não houve diferença estatística entre os outros grupos, assim como o teste de suspensão da cauda. A droga induziu genotoxicidade e mutagenicidade nas doses testadas em células de medula óssea, córtex frontal e hipocampo pelos testes cometa e micronúcleo, que foram reduzidas com a associação das vitaminas. Não foram encontradas alterações significativas no perfil bioquímico e hematológico dos camundongos. Apesar desses resultados, estudos são necessários para esclarecer a relação entre ácido ascórbico e palmitato de retinol com fármacos antidepressivos como estratégia na redução de danos toxicogenéticos causados por esse fármaco.
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JANSYCLEID PEREIRA GONÇALVES
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Desenvolvimento de formulação larvicida e repelente a partir do óleo essencial de Lippia origanoides e seus componentes majoritários contra Aedes aegypti.
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Orientador : MARIA DAS GRACAS FREIRE DE MEDEIROS
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Data: 28/08/2018
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As arboviroses são doenças transmitidas por mosquitos (Diptera: Culicidae), dentre as quais podemos destacar a dengue, chinkugunya, zika e febre amarela que são adquiridas através da picada das fêmeas da espécie Aedes aegypti. Uma das maneiras utilizadas para prevenir estas doenças é o combate ao mosquito vetor através da utilização de inseticidas e repelentes disponíveis no mercado. Os inseticidas mais empregados são os organoclorados e os organofosforados, entretanto, causam danos ao meio ambiente e aos organismos não-alvo. Uma alternativa para diminuir estes efeitos são produtos de origem natural, utilizando os óleos essenciais de plantas, seja como ativo principal ou coadjuvantes dos produtos sintéticos. A Lippia origanoides é um arbusto proveniente do Cerrado brasileiro, rico em óleos essenciais, com ampla utilização na medicina tradicional em desordens gastrointestinais e como antisséptico. As propriedades aromáticas marcantes do óleo essencial de suas partes aéreas, juntamente com estudos que já comprovam atividades farmacológicas em células. Nesta perspectiva, este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial larvicida e repelente das partes aéreas de Lippia origanoides H.B.K com aplicação para controle do mosquito Aedes aegypti, bem como os seus componentes majoritários, timol e carvacrol e a possível potencialização do seu efeito quando complexado com β-ciclodextrina. Para tanto foi realizada uma prospecção científica e tecnológica nas bases de dados científicas PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Web of Science e Scopus, e em outras relativas à patentes e modelos de utilidade Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), do European Patent Office (EPO) e da Patentes da América Latina e Espanha (LATIPAT), para identificar os estudos e patentes desenvolvidos já realizados acerca das propriedades dos óleos essenciais como larvicida e repelente. Portanto, foram encontrados 111 artigos e apenas 8 patentes, evidenciando a necessidade do desenvolvimento de estudos direcionados a elaboração de produtos com aplicações no mercado consumidor. O OELO e seus componentes majoritários apresentaram um bom potencial larvicida com CL50 de 112,68; 85,46; 93,1 μg/mL e CL90 156,1; 107,51; 108,5 μg/mL. Os testes larvicida com o OELO, timol e carvacrol complexados à β-ciclodextrina nas mesmas concentrações demonstraram atividade superior, quando consideradas as concentrações de ativos, presentes em cada complexo. O OELO solubilizados em tween 80, a 1%, nas concentrações de 250; 500 e 1000 μg/mL apresentaram a atividade repelente 100% nas concentrações de 500 e 1000 μg/mL e de 48% para 250 μg/mL. Foram desenvolvidas seis formulações-teste com o OELO e ao final do estudo de estabilidade preliminar foram aprovadas duas formulações. As duas formulações aprovadas seguiram para o teste de atividade repelente frente ao A. aegypti e apresentaram 100% de repelência em todo o teste , assim como atividade inseticida. Portanto, pode-se concluir que o OELO, assim como os seus componentes majoritários demonstram ser promissores agentes larvicidas e repelentes no desenvolvimento de produtos naturais para atuarem no combate ao A. aegypti.
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KALINY HENRI DA SILVA VELOSO GOIS
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Avaliação da Atividade Antidiabética da Diosgenina Lipossomal em Modelos Animais de Diabetes
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Orientador : HERCILIA MARIA LINS ROLIM
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Data: 31/07/2018
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A nanotecnologia é uma ciência de crescimento constante que visa uma tecnologia de amplo alcance. No campo da saúde traz grandes expectativas ao viabilizar tratamentos mais eficazes e com redução dos efeitos adversos. Os nanossistemas surgem neste cenário como objeto deste trabalho para o desenvolvimento de uma formulação lipossomal farmacêutica contendo a Diosgenina, uma saponina esteroidal, que tem ação hipoglicemiante. No intuito de investigar a atividade farmacológica em modelo de animais de diabetes induzido. O primeiro capítulo apresentou como objetivo realizar uma revisão sistemática sobre a Diosgenina, suas aplicações farmacêuticas, as conjunturas atuais e futuras sobre a aplicação no diabetes e suas complicações. Bases científicas como EBSCOhost, Biblioteca Virtual em Saúde, PubMed e ScienceDirect, foram utilizados, bem como as bases tecnológicas do Escritório Europeu de Patentes, Organização Mundial de Propriedade Intelectual, no Escritório Americano de Patentes e Marcas Registradas e no banco de dados Brasileiro Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Os descritores utilizados foram diosgenina, diabetes, hiperglicemia, nanossistemas, nanocarreadores, nanopartículas, lipossomas e suas correlações em Inglês e Português, com publicações de janeiro de 2007 a dezembro de 2017. A Diosgenina, molécula promissora, exibe grande aplicabilidade farmacológica para prevenção e tratamento do diabetes. O segundo capítulo apresentou como objetivo encapsular a Diosgenina em lipossomas convencionais e caracterizar quanto as suas propriedades físico-químicas e tempo de estabilidade. Os resultados obtidos apontam que é possível veicular a diosgenina em lipossomas, nanoencapsulada pelo método da hidratação de filme lipídico, na concentração de 5mg/mL. Os caracteres físico-químicos desta formulação apresentaram parâmetros viáveis para os testes in vivo. O diabetes experimental foi induzido pela administração de uma solução aquosa de aloxana a 2% injetada por via intraperitoneal, na dose única de 120 mg/kg de peso corporal. A Diosgenina Lipossomal na dose de 2,5 e 1,25 mg/kg (DL1 e DL2), foi administrada ao longo de sete dias de tratamento, após confirmação do diabetes induzido. A DL1 e DL2 demonstraram redução nos níveis glicêmicos, a partir do terceiro dia de tratamento, ao ser estatisticamente significativo em relação ao grupo diabético que recebeu solução salina, o mesmo foi observado em relação à glicosúria. Portanto, foi comprovada a atividade antidiabética da diosgenina em pequenas doses, e a nanoencapsulação viabiliza a veiculação desta saponina.
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DANIELLE FERNANDA FERNANDES VIEIRA
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTICONVULSIVANTE E ANTIOXIDANTE DO CARDANOL EM ROEDORES
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Orientador : LUCIANO DA SILVA LOPES
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Data: 02/07/2018
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As convulsões são causadas por descargas elétricas repentinas, excessivas e recorrentes das células cerebrais, causando um desequilíbrio no sistema oxidante e antioxidante do cérebro. A farmacoterapia é o principal suporte do tratamento para pacientes epilépticos, porém 30% deles estão incorretamente curados, justificando a busca de novos agentes terapêuticos, como produtos naturais por exemplo. O cajueiro contém em sua fruta o líquido da castanha do caju, uma fonte natural de fenóis como ácidos anacárdicos, cardanol, cardóis, que possuem atividades biológicas consideráveis: atividade moluscicida, antitumoral, antimicrobiana e antioxidante. Existem poucos estudos que avaliam o efeito do cardanol sobre a atividade elétrica cerebral, dessa forma, o presente estudo tem por objetivo avaliar a atividade anticonvulsivante e antioxidante de cardanol alquilado em modelos experimentais não clínicos, bem como investigar seu perfil de toxicidade aguda e os possíveis mecanismos de ação envolvidos. Os efeitos anticonvulsivantes do cardanol nas doses de 75, 150 e 300mg/kg, foram investigados em modelos animais de pentilenotetrazol, picrotoxina e pilocarpina. A maior dose do cardanol aumentou significativamente (p<0,05) a latência da primeira convulsão induzida pelo pentilenotetrazol (PTZ), e todas as doses zeraram a porcentagem de mortalidade quando comparados com o veículo neste modelo. Demonstrou-se através do mecanismo de ação com o flumazenil que o cardanol atua sobre os receptores gabaérgicos. Os efeitos da administração aguda do cardanol foram investigados sobre parâmetros comportamentais,
hematológicos e histológicos em camundongos Swiss machos (n=3/grupo) nas doses de 300 e 2000mg/kg i.p durante 7 dias. O tratamento não alterou o peso corporal e não causou toxicidade ou morte nos animais. A administração do cardanol (2000 mg/kg) produziu uma redução significativa da atividade locomotora em camundongos no teste campo aberto quando comparados com o grupo controle, e um déficit significativo na coordenação motora dos animais no teste rota-rod. Este estudo investigou os efeitos do cardanol nos níveis de peroxidação lipídica, teor de nitrito, concentração de glutationa reduzida (GSH) em homogenatos cerebrais de camundongos, que foram medidos através de métodos espectrofotométricos e os resultados comparados com os valores obtidos do grupo controle. O tratamento com cardanol reduziu significativamente o nível de peroxidação lipídica e conteúdo de nitrito e aumentou os níveis de GSH no hipocampo e córtex frontal de camundongos.
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SAMARA WANESSA CARDOSO SILVA
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ATIVIDADE ANTIMICROBIANA INTRÍNSECA DA CASCA DO CAULE DE Mimosa caesalpiniifolia Benth E SEU EFEITO MODULADOR DA RESISTÊNCIA A ANTIBIÓTICOS
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Orientador : HUMBERTO MEDEIROS BARRETO
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Data: 29/06/2018
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Mimosa caesalpiniifolia Benth (Fabaceae) é uma planta nativa da Caatinga e Cerrado, encontrada em vários estados do Nordeste brasileiro, vulgarmente conhecida como sabiá, unha-de-gato e sansão-do-campo. Na medicina popular, a infusão da casca do caule desta espécie tem sido utilizada no tratamento de bronquites, enquanto que o decocto da casca do caule vem sendo utilizada para estancar sangramentos e lavagem de feridas. Diversos estudos farmacológicos têm comprovado que M. caesalpiniifolia possui atividade antimicrobiana, antioxidante, antigenotóxica, entre outras. O presente estudo teve como objetivos avaliar a atividade antimicrobiana intrínseca da fração diclorometano obtida da casca do caule de M. caesalpiniifolia, bem como avaliar seu efeito na atividade de diferentes antibióticos contra cepas de Staphylococcus aureus resistentes a fluoroquinolonas devido a superexpressão de bombas de efluxo. Foram realizados ensaios de microdiluição para determinação da concentração inibitória mínima (CIM) contra diferentes microrganismos. Os resultados indicaram que a fração diclorometano apresentou atividade antimicrobiana moderada contra a maioria das cepas de S. aureus testadas (128 µg/mL) e uma fraca atividade antifúngica contra Candida albicans (512 µg/mL). Por outro lado, a fração não apresentou atividade contra Escherichia coli (CIM ≥ 1024 µg/mL). Para avaliação do efeito modulador da resistência bacteriana, as concentrações inibitórias mínimas dos antibióticos Norfloxacina. Ciprofloxacina e Brometo de Etídio contra a cepa S. aureus SA1199-B, superprodutora da bomba de efluxo NorA, foram determinadas na ausência e na presença de concentrações subinibitórias da fração diclorometano. Os resultados evidenciaram que a fração diclorometano foi capaz de reduzir a concentração inibitória mínima da Norfloxacina e da Ciprofloxacina contra esta linhagem. Um efeito modulador semelhante foi verificado quando os antibióticos foram substituídos pelo Brometo de Etídio, indicando que o efeito modulador apresentado pelo produto testado pode estar relacionado com a inibição de NorA. Resultados semelhantes foram verificados para Tetraciclina contra a linhagem de S. aureus que superexpressa tetK, bem como para o Brometo de Etídio contra a linhagem de S. aureus que superexpressa qacC. Por outro lado, o ácido betulínico isolado não apresentou atividade antimicrobiana intrínseca e nem atividade moduladora da resistência aos antibióticos. Estes resultados indicam que M. caesalpiniifolia é uma fonte de compostos moduladores da resistência a fluoroquinolonas, Tetraciclina e Brometo de Etídio em S. aureus, provavelmente pela inibição das bombas de efluxo NorA, TetK, QacC, respectivamente. Tais fitoquímicos poderiam ser utilizados em associação com a Norfloxacina ou com a Ciprofloxacina no tratamento de infecções ocasionadas por cepas de S. aureus multirresistentes.
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LEONARDO GUEDES RODRIGUES
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AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTIDEPRESSIVO DO CARDANOL EM MODELOS ANIMAIS DE DEPRESSÃO
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Orientador : LUCIANO DA SILVA LOPES
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Data: 29/06/2018
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A depressão é prevalente seguindo frequentemente, um curso crônico e/ou recorrente.Anacardium occidentaleLinn (caju) é um membro da família Anacardiaceae, esta fruta é composta por alguns importantes componentes como o ácido anacárdico, o Cardol e o Cardanol (LCC). O estudo teve como objetivo verificar o possível efeito antidepressivo do Cardanol em modelos animais e esclarecer seu provável mecanismo de ação sobre as desordens depressivas induzidas com/sem Lipopolissacarídeo (LPS). Inicialmente foi elaborada uma revisão de literatura envolvendo as propriedades do LCC com interesse terapêutico para constatar que estudos do Cardanol como antidepressivo são inovadores. As bases de dados pesquisadas foramScielo,PubMedeScienceDirectcom os descritores “Líquido da casca da castanha do Caju”, “Cardanol”, “Antidepressivo” e “Sistema Nervoso Central”. A partir destes foram encontrados 473 artigos nas bases de dados, dos quais 38 foram do Scielo (SciELO - Scientific Electronic Library Online), 124 artigos do Science Direct e 311 do PubMed, sendo após uma triagem utilizados 48 artigos. Para as análises de modelo experimental foram utilizados camundongosMus musculus da linhagemSwiss,albinos, machos, aprovados e cedidos pelo Comitê de Ética em Pesquisa junto com o Biotério Central da UFPI (Teresina – PI) sob nº 281/17. A primeira etapa foi realizada com 72 animais, divididos em 2 grupos (campo aberto e rota rod), onde cada grupo teve 18 animais organizados em 3 subgrupos com 6 animais cada (veículo, Cardanol 50 mg e Fluoxetina 10 mg). Os animais foram tratados por gavagem durante 28 dias e no 28° dia foram obtidos os resultados de que o Cardanol não alterou a ALE dos animais. Os resultados foram tabelados e a estatística feita através do teste ANOVA one way considerando p <
0,005. Após isso, foi feita uma segunda etapa de testes com LPS, utilizando 144 animais, divididos em quatro grupos (campo aberto, rota rod, nado forçado e suspensão pela cauda) organizados em 6 subgrupos com 6 animais cada (veículo, Cardanol 25 mg com LPS, Cardanol 50 mg com LPS, Cardanol 75 mg com LPS e a Fluoxetina 10 mg com LPS). Os animais também foram tratados durante 28 dias e no 28° dia foi administrado LPS I.P. e foram feitos os testes comportamentais. Estes resultados sugerem que a administração do Cardanol na dose de 50 mg exerce um efeito antidepressivo em camundongos. Os resultados estatísticos foram através do teste ANOVA one way considerando p < 0,005. Por fim, foram realizados os testes neuroquímicos em hipocampos de camundongos como TBARS, produção de nitrito, catalase, superóxido dismutase e glutationa reduzida. Cardanol reduziu o nível de peroxidação lipídica e o conteúdo de nitrito demonstrando potencial efeito antioxidante para atuar como agente neuroprotetor cerebral (p< 0,005). Assim, o uso do Cardanol como antidepressivo para o SNC associado às análises de parâmetros comportamentaise antioxidantespodem contribuir para que novos estudos envolvendo outras substâncias a partir de compostos naturais sejam feitos a fim de descobrir novas substâncias para tratamentos de depressão.
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JÔNATAS FERNANDES DA SILVA
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Avaliação da capacidade toxicogenética da antraquinona marinha hirsutatina a
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Orientador : FELIPE CAVALCANTI CARNEIRO DA SILVA
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Data: 28/06/2018
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O grupo de substancias hirsustatina foi isolado inicialmente em 2005, juntamente com outros compostos, onde, inicialmente, os estudos com estas substancias mostraram que algumas delas apresentavam função antiparasitária no tratamento contra a malária. Diversos agentes parasitários já foram descritos com potencial ação anticancerígena, devido aos seus efeitos altamente tóxicos. Nesse sentido o presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial toxico, citotóxico e mutagênico da hirsutatina. Os[f1] resultados obtidos a partir da exposição dos náuplios das artêmias a ação da hirsutatina a nos períodos de 24 e 48 horas, demonstram que a mesma possui elevada toxicidade, A atividade antimitótica foi avaliada utilizando o modelo de meristema de raiz de Allium cepa, O tratamento com hirsutatina a apresentou mudanças significativas no índice mitótico das raízes, quanto maior a dose testada maior foi a inibição ocasionada, demonstrando atividade dependente da concentração utilizada. O presente estudo também demonstrou que todas as concentrações da hirsutatina a apresentaram efeito citotóxico nas células de S180 conforme revelado pelo ensaio MTT, A genotoxicidade da hirsutatina a também foi avaliada no estudo através do ensaio de cometa, através dos resultados obtidos observou-se que a genotoxicidade da hirsutatina a pode estar associada a processos de estresse oxidativo. Através das avaliações realizadas no teste de CBMN, pode-se supor que os possíveis mecanismos de morte celular correlacionados com a hirsutatina são provocados por danos ao material genético das células. Os resultados dessa avaliação demonstram a necessidade de uma avaliação mais ampla da capacidade antitumoral dessa substância, porem a mesma se mostrou promissora para eventuais formulações antitumorais no futuRO.
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KARÍCIA LIMA DE FREITAS BONFIM
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ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO EM PACIENTES COM DOENÇA DE ALZHEIMER.
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Orientador : CHISTIANE MENDES FEITOSA
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Data: 08/06/2018
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Pacientes com doença de Alzheimer possuem vários fatores de risco, dentre eles a alteração da memória, da funcionalidade, dentre outros, que influenciam e compremetem, consequentemente, a adesão medicamentosa. O perfil farmacológico do tratamento das síndromes demenciais é responsável pela maior susceptibilidade às interações medicamentosas, uma vez que esse pode afetar sensivelmente tanto a farmacocinética como a farmacodinâmica da maioria dos fármacos. O objetivo do presente trabalho é avaliar a adesão e as interações medicamentosas em pacientes com a terapia para doença de Alzheimer. Delineamento transversal analítico, desenvolvido na Farmácia de Medicamentos Especializados, localizada na cidade de Teresina, no período de maio a agosto de 2017. A amostragem foi não probabilística, do tipo por conveniência e incluiu 305 representantes ou cuidadores dos pacientes que compareceram ao serviço da farmácia para recebimento de medicamentos e que tinham conhecimento sobre a rotina do paciente com doença de Alzheimer. Os dados foram analisados por meio do software IBM® SPSS® e foram calculadas estatísticas uni e bivariadas. Os pacientes com doença de Alzheimer apresentaram média de idade de 80,7 anos. O tempo médio de diagnóstico de Alzheimer dos pacientes foi de 5,3 anos. O principal medicamento prescrito foi a Donepezila e outros problemas de saúde foram apresentados por 74,4% dos pacientes. A maioria dos pacientes apresentou capacidade menos funcional (38,4%) para as atividades básicas e era dependente total (32,5%) para as atividades instrumentais. A presença de sintomas depressivos foi verificada em 37,4% dos pacientes. A baixa adesão medicamentosa
foi de 13,1% conforme Teste de Morisky-Green e foi de 92,5% na avaliação do Brief Medication Questionnaire, para a qual foram identificadas barreiras de crenças (93,1%), de recordação (90,8%) e de regime (57,4%). A prevalência global de interações medicamentosas foi alta (51,1%), sendo identificadas principalmente em pacientes com Alzheimer em uso de rivastigmina (58,6%), seguido da galantamina (50,9%) e donepezila (49,0%). Interações com a terapia utilizada para o Alzheimer foram verificadas, principalmente, com medicamentos que atuam no sistema nervoso (43,9%). A avaliação da adesão e das interações medicamentosas com a terapia de pacientes com doença de Alzheimer permitiu melhor compreensão sobre o problema, uma vez que o desenho do estudo propiciou medidas válidas de avaliação e verificação de associações entre essas variáveis e outras pertinentes ao estudo. Os dados obtidos nesta pesquisa servirão de base para reforçar a necessidade de acompanhamento farmacêutico e de outros profissionais da saúde aos pacientes ambulatoriais com doença de Alzheimer, bem como para fornecer orientações específicas sobre o tratamento medicamentoso, dentre outras e consequentemente melhorar a qualidade de vida desse público-alvo.
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SUYANNE KÁSSIA SOARES PEREIRA
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Atividades farmacológicas de um composto isolado de Jatropha mutabilis (Pohl) Baill na terapia da doença de Alzheimer
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Orientador : CHISTIANE MENDES FEITOSA
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Data: 30/05/2018
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Jatropha mutabilis (Pohl) Bail (Euphorbiaceae) é uma planta nativa do Brasil, conhecida popularmente como “pinhão de seda” e encontrada particularmente na região da caatinga do Brasil. A 8-C-β-D-glicosilapigenina denominada vitexina (Vix) é um flavonoide que pode ser isolado das folhas desta espécie e apresenta amplo estudo na literatura. Nesta pesquisa corroboramos com estes estudos através de testes in vitro qualitativo e quantitativo da enzima acetilcolineterase (AChE) seguindo o método de Elman adaptado pro Rhee. A vitexina apresentou significativa atividade inibidora da (AChE), enzima que hidrolisa o neurotransmissor acetilcolina nas sinapses nervosas, que sugere a possível aplicação desse flavonoide em doenças que apresentam, em seu processo fisiopatológico, uma redução dos níveis de acetilcolina, como é o caso da doença de Alzheimer (DA). A DA é neurodegenerativa, irreversível e progressiva é um distúrbio neural mais prevalente associado à demência e que atinge principalmente idosos, apesar de não ter cura, o uso de fármacos inibidores da AChE é um tratamento que tem sido bastante eficaz em diminuir os sintomas dessa doença. Nesse contexto, este estudo objetivou avaliar a atividade inibitória da vitexina, frente á enzima AChE e também avaliar o seu efeito sobre a memória de camundongos swiss, utilizando o teste comportamental de novo reconhecimento de objeto. A Vix apresentou CI 50 = 88,38 μg/mL para inibição da AChE in vitro. No novo teste de reconhecimento de objeto a Vix apresentou efeitos satisfatórios em atividades locomotoras ALE e rearing na maior dose 30 mg/kg, quando comparado com o controle negativo.
E apresentou atividades exploratórias para avaliar a memória de reconhecimento dos camundongos, do qual os animais testados com a Vix se lembraram do primeiro objeto igual ao treino e reagiu diante do novo aquele que não conhecia, onde a maiores doses de 10 e 30 mg/kg apresentaram melhor resultado em relação ao controle negativo. Portanto, os resultados obtidos foram promissores na continuação de novos estudos focados na terapia da DA.
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ÉRIKA ALVES BEZERRA
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Avaliação das atividades antioxidante, citotóxica, antileishmania e imunomoduladora do extrato hidroalcoólico, fração acetato de etila e compostos isolados das flores de Platonia insignis Mart.
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Orientador : DANIEL DIAS RUFINO ARCANJO
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Data: 01/03/2018
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As leishmanioses afetam mais de 12 milhões de pessoas em todo o mundo, com cerca de 3 milhões de novos casos a cada ano. As terapias de escolha para o seu tratamento são limitadas, apresentam efeitos tóxicos e contribuem para a resistência do parasita. A procura por novos compostos com ação terapêutica nos direciona para o conhecimento sobre princípios ativos de plantas. A espécie Platonia insignis Mart. ("bacurizeiro") tem demonstrado ser uma alternativa promissora ao tratamento de diversas enfermidades, por ser rica compostos ativos com propriedades antitumoral, anti-inflamatória, antioxidante, anticonvulsivante, citotóxica e antileishmania. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a atividade citotóxica, antioxidante, antileishmania e imunomoduladora do extrato hidroalcoólico (EHPi), fração acetato de etila (FAcOEt) e compostos isolados das flores de P. insignis. Para avaliação da citotoxicidade in vitro de EHPi, FAcOEt, mistura de biflavonas (MB) e garcinielliptona FC (GFC), foram realizados os ensaios do MTT em macrófagos peritoneais de camundongos BALB/c, o de atividade hemolítica em eritrócitos de carneiro e antioxidante in vivo em leveduras de S. cerevisiae. Constatou-se que a GFC foi a substância que apresentou o maior potencial citotóxico sobre os macrófagos murinos, com CC 50 =45,20 μg/mL e a FAcOEt o menor, com CC 50 =134,28 μg/mL, enquanto que a MB e o EHPi apresentaram valores de CC 50 intermediários, 81,77 e 159,68 μg/mL respectivamente. Os compostos não apresentaram atividade hemolítica em nenhuma das concentrações analisadas. O EHPi e a FAcOEt possuem atividade antioxidante independente da concentração. Para avaliação da viabilidade celular sobre as formas promastigotas, ultilizou-se o método colorimétrico da resazurina. A GFC apresentou o maior poder de redução da viabilidade de formas promastigotas (IC 50 =45,19 μg/mL) e amastigotas (IC 50 =8,48 μg/mL) de L. amazonensis. Para formas promastigotas, a FAcOEt, o EHPi e MB apresentaram IC 50 de 23,05, 30,80 e 45,71 μg/mL, reespectivamente. O EHPi (30 μg/mL) e a FAcOEt (60 μg/mL) reduziram estatisticamente a infecção de macrófagos, porém não foram capazes de reduzir a infectividade quando comparados ao controle (Anf B). Na avaliação dos mecanismos de imunomodulação de macrófagos, o EHPi, a FAcOET e a MB, mas não a GFC, promoveram aumento da atividade lisossomal, enquanto a FAcOET, a MB e a GFC foram capazes de promover aumento da capacidade fagocítica e da produção de nitrito. Portanto, conclui-se que a GFC apresenta significativo potencial antileishmania, demonstrado pela maior seletividade para o parasito, indicando uma menor citotoxicidade para macrófagos e eritrócitos. O EHPi, a FAcOEt e a MB podem ser utilizados como uma terapia de suporte à quimioterapia convencional antileishmania, pois demonstraram ser proponentes imunoestimuladores que auxiliariam no combate ao parasito.
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ELVILENE DE SOUSA COELHO
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Emulgel Tópico à base de Anfotericina B com manteiga de bacuri (Platonia Insignis Mart.) para o tratamento da leishmaniose cutânea: estudos in vitro e in vivo.
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Orientador : ANDRE LUIS MENEZES CARVALHO
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Data: 27/02/2018
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A leishmaniose é considerada uma doença infecciosa, com alta incidência e com capacidade de produzir deformidades, onde a forma cutânea é a mais disseminada. O tratamento preconizado pela OMS é agressivo e muito tóxico tornando assim o tratamento tópico uma alternativa promissora e menos agressiva. Este trabalho teve como objetivo desenvolver e caracterizar uma formulação tópica de anfotericina B (AmB) com manteiga de bacuri (Platonia insignis Mart.) e avaliar a sua ação antileishmania utilizando estudos in vitro. As formulações desenvolvidas foram avaliadas quanto às características organolépticas, resistência à centrifugação, tamanho das gotículas, pH, condutividade elétrica, viscosidade, espalhabilidade, teor, estabilidade preliminar, ensaio de liberação in vitro, avaliação da atividade antileishmania das formas promastigotas de L. major, citotoxicidade sobre macrófagos, Índice de Seletividade (IS) e atividade antileishmania in vivo foi avaliada em camundongos BALC/c machos e fêmeas. No estudo in vivo, após desenvolvimento das lesões leishmanióticas, os camundongos foram divididos em quatro grupos (n=6). Os animais foram tratados duas vezes ao dia, durante quinze dias consecutivos. Os animais tratados com o produto desenvolvido apresentaram redução significativa das lesões (nódulos e úlceras) característicos da doença, assim como da carga parasitária, em comparação aos animais do controle negativo. Diante das análises laboratoriais, observou-se ausência de sinais de nefrotoxicidade e hepatotoxicidade, bem como, de anemia, o que indica não haver agressão medular e nem danos à eritropoiese. Conclui-se que foi obtido emulgel de ação tópica, à base de Anfotericina B e manteiga de bacuri (Platonia insignis Mart.) inovador, para o tratamento da leishmaniose cutânea, de modo a reduzir os efeitos tóxicos promovidos pelos tratamentos convencionais.
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JOSÉ VICTOR DE OLIVEIRA SANTOS
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AVALIAÇÃO TOXICOGENÉTICA DO Ω-HIDROXIEMODINA ISOLADA DE FUNGOS ENDOFÍTICOS DE ALGAS MARINHAS PARA FORMULAÇÕES ANTITUMORAIS
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Data: 26/02/2018
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O câncer é uma patologia genética que tem como base as alterações ao material genético que podem culminar em mutações, principalmente em genes envolvidos no ciclo de divisão celular. A busca por novos fármacos ainda é alternativa para as terapias do câncer, uma vez que ainda existem controvérsias sobre os efeitos dos quimioterápicos em células não tumorais. Assim, os estudos com metabólitos de fungos derivados de algas marinhas continuam a ser uma fonte prolífica de compostos bioativos devido suas diversas propriedades farmacológicas. O estudo teve por objetivo a avaliação toxicogenética e antitumoral da ω-hidroxiemodina obtida do fungo Penicillium critrinum isolado da alga marinha Dichotomaria marginata, com aplicação de biomarcadores citogenéticos. A citotoxicidade, toxicidade e mutagenicidade da ω-hidroxiemodina foi avaliada nas concentrações de 1,7; 3,4 e 6,9 µM/mL em Artemia salina e Allium cepa, tendo como controle positivo o sulfato de cobre (6,9 µM/mL). Estudos de atividades antitumorais foram feitos em células de Sarcoma 180, linhagens leucêmicas, adenocarcinoma gástrico, melanoma e fibroblastos de pulmão. Em Sarcoma 180 foram avaliados os parâmetros citogenéticos indicativos de genotoxicidade, mutagenicidade e apoptoses com aplicação dos testes cometa e de micronúcleos com bloqueio de citocinese. A CL50 em 24 h em A. salina foi de 4,6 µM/mL e em 48 h de 3,6 µgM/mL. A elevada toxicidade observada em náuplios de A. salina assim como a inibição concentração dependente de mitose em A. cepa apontam apenas para toxi/citotoxicidade da ω-hidroxiemodina, fato que contribui para a não significância das alterações cromossômicas e formação de micronúcleos em meristemas de raízes de A. cepa. A CI50 da ω- hidroxiemodina foi de 6,068 µM/mL (Sarcoma 180), 16,55 µm/mL (linhagens leucêmicas), 2,93 µM/mL (adenocarcinoma gástrico), 4,51 µM/mL (melanoma) e 12,99 µM/mL (fribroblastos de pulmão). Mecanismos citogenéticos podem ser sugeridos para Sarcoma 180, tais como indução de genotoxicidade, alterações nucleares do tipo broto, pontes nucleoplasmáticas e micronúcleos, bem como por morte celular (apoptose e necrose) com baixos índices de divisão nuclear, com e sem morte celular. Os dados sugerem que a ω-hidroxiemodina apresenta mecanismos citogenéticos indicativos de compostos antitumorais, a exemplo da doxorrubicina e pode ser testada em formulações farmacêuticas para a
terapia oncológica.
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ROBERTA CARDOSO MELO
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APLICAÇÃO DE BIOPOLÍMERO DE ADENANTHERA PAVONINA EM FORMULAÇÕES COSMÉTICAS FOTOPROTETORAS.
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Orientador : MARCILIA PINHEIRO DA COSTA
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Data: 26/02/2018
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Um dos aspectos mais relevantes no desenvolvimento de produtos cosméticos de acordo com as tendências globais é a utilização de matérias-primas naturais. A aplicação de biopolímeros espessantes, como as galactomananas, em cosméticos pode influenciar as características intrínsecas da formulação modificando suas propriedades de fluxo, estabilidade e aplicabilidade. As galactomananas podem, por tanto, otimizar de forma considerável formulações cosméticas. O objetivo deste trabalho foi obter e caracterizar formulações com propriedades fotoprotetoras, utilizando as galactomananas obtidas do endosperma de sementes de Adenanthera pavonina L. Inicialmente o estudo perpassou por uma prospecção científica e tecnológica sobre a espécie vegetal estudada. Posteriormente, a galactomanana foi extraída e purificada e caracterizada por FTIR, DRX, potencial zeta, análises térmicas e estudos de fotoestabilidade. Além disso, estudos de toxicidade do biopolímero foram realizados com o bioensaio em microcrustáceo Artemia salina, além da atividade antioxidante in vitro. O biopolímero não apresentou toxicidade frente ao ensaio, e foi confirmada sua atividade antioxidante. Após os estudos de caracterização do biopolímero foram preparadas formulações fotoprotetoras que passaram por testes de centrifugação e estresse térmico. Após estas análises, quatro formulações foram selecionadas para caracterização físico-química, análise de FPS invitro e análises de estabilidade ciclo gela-degela. As formulações que utilizaram o polímero como excipiente apresentaram FPS entre 15 e 21, boas características de coesão, adesão e boa espalhabilidade. Sendo assim, concluiu-se que a galactomanana das sementes de A. pavonina L. é um promissor agente polimérico natural para formulações cosméticas fotoprotetoras.
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AG-ANNE PEREIRA MELO DE MENEZES
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BIOMONITORAMENTO TOXICOGENÉTICO EM SANGUE PERIFÉRICO DE PACIENTES COM GASTRITE EM TERAPIA COM OMEPRAZOL
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Data: 26/02/2018
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A gastrite é uma infiltração na parede do estômago, devido ao desequilíbrio entre os agentes lesivos (ácido clorídrico e pepsina). Os principais fármacos de escolha no tratamento de patologias associadas aos efeitos do ácido gástrico incluem os inibidores da bomba de prótons (IBP’s) que promovem um bloqueio eficaz da secreção ácida basal. Porém os IBP’s estão associados com algumas alterações patológicas, pois esses fármacos são de uso prolongado e intermitente, o que pode acarretar em alguns danos genotóxicos e/ou efeitos carcinogênicos. O presente estudo teve por objetivo avaliar os efeitos do omeprazol associados à morte celular e monitorar seus efeitos toxicogenéticos em terapias clínicas de pacientes com gastrite. Para os estudos de toxicogenética clínica com aplicação da versão alcalina do ensaio cometa, bem como dosagem de perfil antioxidante endógeno, 132 pacientes foram distribuídos nos grupos sem gastrite (26 pacientes); com gastrite (26 pacientes); com gastrite infectados com Helicobacter pylori (16 pacientes); sem gastrite em terapia com omeprazol (22 pacientes); com gastrite em terapia com omeprazol (26 pacientes); com gastrite e H. pylori em terapia com omeprazol (16 pacientes). Os estudos apontaram que o omeprazol apresenta efeitos controversos, pois pode prevenir a morte celular e ter capacidade apoptótica. O omeprazol induziu danos genotóxicos e apoptoses em pacientes com gastrite na presença e na ausência do H. pylori, entretanto, os danos ao DNA em linfócitos dos pacientes foram significantemente aumentados na terapia com omeprazol. Também foi observado aumento de catalase e superóxido dismutase, bem como de peroxidação lipídica e aumento de nitrito. Correlações positivas foram evidenciadas entre os biomarcadores citogenéticos, bem como entre o tabagismo, exercício físico e exposição a químicos com os danos ao DNA e com apoptose. Os dados apontam que o omeprazol induz danos oxidativos, especialmente por peroxidação lipídica e por aumento de nitrito, que mesmo com aumento de defesas antioxidantes ainda levam a apoptose e instabilidade genética por genotoxicidade. Assim, oestudo aponta a necessidade de biomonitoramento clínico da
terapia com omeprazol.
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FELIPE EMANNUEL ALVINO DE JESUS
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AVALIAÇÃO TOXICOGENÉTICA DO COMPOSTO TELURANA RF07 EM ENSAIOS NÃO CLÍNICOS
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Orientador : JOAO MARCELO DE CASTRO E SOUSA
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Data: 23/02/2018
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Na última década surgiu um crescente interesse no estudo de compostos de telúrio como agentes quimioterápicos devido aos seus efeitos na angiogênese, na citotoxicidade de várias linhagens de células de câncer e na indução da apoptose em células humanas HL-60. Dentre os organometais a base de Telúrio, tem-se a Telurana RF-07. Porém os efeitos genotóxicos desse composto na terapia do câncer ainda são desconhecidos, por conta disto é relevante buscar ensaios que avaliem o efeito do uso da Telurana RF07 a nível celular em diferentes sistemas teste, para entender melhor quais os possíveis riscos da exposição a esta substância. A maioria dos agentes quimioterápicos atuam de forma não especifcia sobre células neoplásicas, atigindo também as células normais, o que resulta em reações em todo o organismo. Os efeitos adversos mais estudados estão relacionados à ação sobre a proliferação celular, como: toxicidade hematológica (anemia, plaquetopenia e leucopenia), gastro-intestinal (náuseas, mucosite, vômitos e diarréia), alopecia, lesões de pele, insuficiência renal e hepática e cardiotoxicidade. Além disso, estas drogas apresentam uma janela terapêutica estreita no sentido em que a dose terapêutica é muito próxima da dose tóxica para diversos órgãos. Os efeitos terapêuticos e tóxicos dos quimioterápicos dependem do tempo de exposição e da concentração plasmática da droga. A toxicidade é variável para os diversos tecidos e depende da droga utilizada. Por isso, a comparação de paremetros bioquimicos e hematologicos de animias não tratatos com o composto telurana RF07 e os tratados, é relevante para a observação do seu reflexo no organismo completo. O possível uso do composto Telurana RF07 na terapia do câncer reforça a necessidade de conhecimentos sobre seus efeitos genotóxicos. A escassez de estudos sobre a genotoxicidade da Telurana RF07 leve o presente estudo ao objetivo de avaliar o potencial citotóxico, mutagênico e antioxidante do composto otimizando seu uso na terapêutica.
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ANTONIO LIMA BRAGA
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AVALIAÇÃO TOXICOGENÉTICA DO OMEPRAZOL EM ESTUDOS NÃO CLÍNICOS
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Data: 22/02/2018
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O omeprazol (OME) é considerado o mais rápido inibidor da bomba de prótons usado em terapias gástricas. Entretanto, os seus efeitos adversos em relação am material genético ainda são pouco conhecidos. O objetivo da pesquisa foi de avaliar os efeitos toxicogenéticos do omeprazol em estudos não clínicos in vivo e in vitro; e o possíveis efeitos moduladores da associação do palmitato de retinol e ácido ascórbico frente aos danos induzidos ao material genético de Saccharomyces cerevisiae, de linhagem celular de Sarcoma – 180, Allium cepa e em Mus muscullus com aplicação de biomarcadores citogenéticos. Em S. cerevisiae e Sarcoma 180, as concentrações de omeprazol utilizadas foram de 10, 20 e 40 µg/mL. O palmitato de retinol e o ácido ascórbico foram usados nas concentrações de 100 UI/mL e 2,0 µM, respectivamente. Nos tratamentos em Mus musculus, as doses do omeprazol foram de 10, 20 e 40 mg/kg e de 100 UI/kg para o palmitato de retinol e 2,0 µM/Kg. O omeprazol induziu significantes danos oxidativos, em linhagens de S. cerevisiae e toxicogenéticos (micronúcleos, pontes citoplasmáticas, brotos nucleares, apoptose e necrose) e genotóxicos (danos nucleares) em Sarcoma 180, assim como induziram efeitos mutagênicos, citotóxicos, e genotóxicos em células de Allium cepa, de sangue periférico e de medula óssea de camundongos. Entretanto, o palmitato de retinol e ácido ascórbico apresentaram efeitos antioxidantes, antigenotóxicos e antimutagênicos frente aos danos induzidos pelo omeprazol nas células em estudo. Estes dados demonstram que o omeprazol induz instabilidades genéticas em células eucarióticas, incluído as tumorais. Entretanto, os danos citogenéticos relatados podem ser modulados em terapias com suplementação de vitaminas antioxidantes, como alternativas para a prevenção de riscos para desordens neoplásicas.
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NÁRCIA MARIANA FONSÊCA NUNES
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DETERMINAÇÃO DE IMPACTOS CELULARES E SISTÊMICOS DE ADITIVOS ALIMENTARES DE AROMA E SABOR USANDO MODELOS LABORATORIAIS in vitro E in vivo: ENFOQUE TOXICOLÓGICO, FISIOLÓGICO E NUTRICIONAL
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Orientador : PAULO MICHEL PINHEIRO FERREIRA
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Data: 19/02/2018
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Os aditivos alimentares apresentam importância tecnológica na indústria de alimentos. Contudo, há poucas pesquisas quanto às propriedades toxicológicas em nível celular e sistêmico. Diante disto, o objetivo desse estudo foi avaliar a atividade citogenotóxica in vitro de aromas alimentares sintéticos idênticos ao natural, identificar os constituintes do aromatizante de manteiga e alterações toxicológicas in vivo. Para tanto, uma revisão de literatura foi realizada a respeito do uso, legislação, bem como os riscos de classes de aditivos utilizando banco de dados, avaliação da citogenotoxicidade em células de Allium cepa e tumorais humanas (ensaio MTT) e em culturas primárias de células mononucleares do sangue periférico (PBMC) e murinos com o ensaio de Alamar blue dos aromas sabor de manteiga, queijo cheddar e cebola. Por fim, caracterização do AM por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa (CG-MS) e avaliação da citotoxicidade frente à Artemia salina e em células normais humanas de fibroblasto de pulmões (MRC-5) por Alamar blue, seguidos do estudo toxicológico em dose única observando parâmetros gerais de comportamento por screening hipocrático, taxa de letalidade e estimativa da DL 50 , assim como avaliação da atividade exploratória, coordenação motora e ansiedade por meio dos testes de campo aberto, barra giratória e labirinto em cruz elevada. Foi possível constatar um considerável número de publicações mostrando as diversas formas de uso, legislações nacional e internacional e atividades toxicológicas em nível celular e sistêmico das principais classes de aditivos. Os aromas sabor de manteiga, queijo cheddar e cebola demonstraram efeito citogenotóxico com diferenças significativas quando comparado ao controle em todos os testes (p<0,05). Os resultados por CG-MS demonstraram que os constituintes presentes no AM foram butanoato de etila (97,75 %), 2,3-butonadiona (1,51%), Ácido butanoico (0,39%) e hexanoato de etila (0,35%). Em 24 horas o AM revelou CL50 14,7(13,7-15,7) mg/mL revelando-se não citotóxico aos náuplios. Na avaliação da atividade citotóxica de
MRC-5 observou-se CI 50 >50 μg/mL, revelando atóxico às células. Na toxicidade aguda in vivo, observou- se morte em todas as doses testadas, incluindo-se a amostra na categoria 3 de acordo a Globally Harmonised System (GHS) e OECD. Os resultados do screening hipocrático mostraram à ausência de mortalidade no 1º dia analisado e presença de sinais clínicos sugestivo de toxicidade, e nos ensaios comportamentais alterações comportamentais exploratórias e motoras. Na analise do efeito do AM no trato gastrointestinal observou-se aumento percorrido pelo carvão ativado e consequentemente diminuição do peso relativo (p<0,05). É interessante destacar que nenhuma investigação anterior avaliou a segurança desse aromatizante em modelos animais ou nos modelos in vitro aqui utilizados. Assim, ao estimar a DL 50 e determinar a toxicidade sistêmica, criou-se condições essenciais para o desenvolvimento de novos trabalhos sobre as propriedades toxicológicas e antinutricionais dos aromatizantes.
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