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FERNANDO LEOPOLDO RODRIGUES MEDEIROS
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RISCO CARDIOMETABÓLICO EM ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS
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Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
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Data: 16/12/2021
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Introdução: As mudanças no estilo de vida que, geralmente, ocorrem na adolescência aumentam os riscos cardiometabólicos e a exposição a doenças cardiovasculares como a hipertensão arterial. Objetivo: Analisar os fatores de risco cardiometabólico em adolescentes. Método: Estudo transversal que incluiu 137 adolescentes selecionados aleatoriamente com idades entre 12 e 18 anos. A coleta de dados foi realizada em maio e junho de 2021 em oito escolas públicas estaduais na cidade de Pedro II-PI. Foram investigadas variáveis sociodemográficas, medidas antropométricas (índice de massa corpórea, circunferência da cintura e circunferência do pescoço), pressão arterial e aplicados questionários validados para avaliação da atividade física, padrão de sono, maturação sexual, uso do álcool e tabaco. Utilizou-se os testes de Qui- quadrado e Exato de Fisher para análise de associação entre as variáveis categóricas, e o teste de comparação múltipla de KrusKal Wallis para as variáveis qualitativas. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Science. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí mediante parecer de nº 452.842 e seguiu todas as recomendações éticas. Resultados: A maioria dos participantes se consideravam pardos (48.9%), pertenciam ao sexo feminino (59.1%) e tinham faixa etária ≤ 16 anos (56.2%). No tocante a avaliação do estado nutricional, 17.5% evidenciaram obesidade geral e 29.2% apresentaram obesidade abdominal. A elevação do índice de conicidade foi mais expressiva nas adolescentes (86.1%). Grande parte dos estudantes tinham distúrbio do sono (51.1%). A ocorrência do sedentarismo foi de 8%, enquanto que dos irregularmente ativos foi de 60.6%. A prevalência de hipertensão arterial foi de 16.8%. As varáveis sexo e alterações do índice de massa corpórea, circunferência da cintura e circunferência do pescoço foram as que apresentaram associação com hipertensão arterial (p=0.04, p=0.006, p<0.001 e p=0.003, respectivamente). A obesidade abdominal foi a variável mais associada a ocorrência da hipertensão arterial (OR= 6.249). Conclusão: Os resultados dessa investigação indicam a necessidade de implementação de estratégias para controle e monitorização da pressão arterial, visto que a hipertensão arterial se apresenta como importante fator de risco para danos cardiovasculares e vem se demostrando como um dos principais desdobramentos para os demais riscos cardiometabólicos.
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MARIA DAS GRAÇAS DE MELO SOUSA
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FATORES ASSOCIADOS AO POLICONSUMO DE ÁLCOOL, TABACO E DROGAS ILÍCITAS EM ADOLESCENTES ESCOLARES
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Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
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Data: 18/11/2021
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Introdução: O policonsumo de drogas é definido como o consumo de duas ou mais substâncias psicoativas em um determinado período de tempo e associa-se a uma variedade de consequências psicológicas, sociais e de saúde. Objetivo: Analisar os fatores associados ao policonsumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas entre adolescentes escolares participantes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015. Métodos: Estudo de corte transversal utilizando dados da Amostra 2 da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar realizada em 2015, sendo incluídos 4.914 escolares de 13 a 17 anos. A variável dependente foi o policonsumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas nos 30 dias anteriores à realização da pesquisa. As variáveis independentes foram incluídas em um modelo hierárquico de análise dividido em três níveis de determinantes. No nível distal, incluíram-se as variáveis do bloco 1, referentes às características sociodemográficas; no nível intermediário, as variáveis do bloco 2, relacionadas ao contexto familiar, e, no nível proximal, as variáveis do bloco 3, referentes às situações estressoras e aspectos comportamentais. Todas as variáveis com significância estatística de p-valor<0,20 na análise bivariada obtidas pelo Qui-quadrado de Wald foram incluídas no modelo multivariado. Foi utilizada a razão de prevalência como medida de efeito obtida pela regressão de Poisson múltipla, realizada de acordo com o modelo hierarquizado estruturado em blocos. Partiu-se de um modelo que incluiu todas as variáveis do mesmo bloco, sendo retiradas as variáveis com valor de p maior que 0,05 através do método backward elimination, obtendo-se, ao final, três modelos de regressão, nos quais as razões de prevalência foram ajustadas pelas variáveis do mesmo nível ou superiores. Em todas as análises, considerou-se o efeito do desenho amostral para amostras complexas, utilizando-se pesos amostrais calculados no módulo “Análise Amostras Complexas” do software SPSS. Este estudo utilizou banco de dados secundários disponibilizado publicamente, portanto não houve necessidade de apreciação em comitê de ética local. Resultados: No modelo 1, mantiveram-se associadas ao policonsumo as variáveis exercer trabalho (RP = 2,15; IC95%: 1,72 – 2,68), morar nas regiões Sul (RP = 1,65; IC95%: 1,15 – 2,38) e Sudeste (RP = 1,56; IC95%: 1,09 – 2,23). Ser filho de mães com ensino médio foi considerado protetivo (RP = 0,68; IC95%: 0,51 – 0,89). No modelo 2, as variáveis faltar aulas sem permissão dos pais (RP = 1,84; IC95%: 1,47 – 2,29), pais não saberem o que os filhos fazem no tempo livre (RP = 1, 75; IC95%: 1,41 – 2,18), ser filho de fumantes (RP = 1,64; IC95%: 1,31 – 2,07) e possuir histórico de agressão física intrafamiliar (RP = 1,46; IC95%: 1,13 – 1,89) mantiveram-se associadas ao policonsumo. No modelo 3, as maiores associações com a ocorrência do policonsumo foram observadas em escolares cujos amigos usam drogas (RP = 28,29; IC95%: 11,72 – 68,29) e em adolescentes que sofreram relação sexual forçada (RP = 1,61; IC95%: 1,27 – 2,04). Conclusão: O policonsumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas associou-se a fatores sociodemográficos, familiares, comportamentais e eventos estressantes, devendo ser considerados no planejamento de estratégias de prevenção voltadas para adolescentes.
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PAULA DE MOURA LOPES
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ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO INVENTORY OF STATEMENTS ABOUT SELF-INJURY (ISAS) PARA O PORTUGUÊS DO BRASIL
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Orientador : CÁSSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
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Data: 31/08/2021
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Introdução: A autolesão não suicida é definida como a destruição deliberada e auto infligida de tecido corporal que não é socialmente sancionada e sem intenção suicida. No Brasil existem poucos estudos sobre o tema que é agravado pela falta de instrumentos de medida com evidências de validade. O Inventory of Statements About Self-injury (ISAS) é um instrumento criado e validado no Canadá que objetiva o rastreio desse fenômeno e identifica a tipificação dele. O ISAS ainda não foi adaptado para o português e tão pouco teve suas propriedades psicométricas avaliadas para utilização no Brasil. Objetivo: Adaptar transculturalmente o Inventory of Statements About Self-Injury (ISAS) para o português do Brasil. Métodos: Estudo metodológico de adaptação transcultural realizado através de seis etapas. A tradução e retrotradução foi realizada por quatro tradutores bilíngues de forma independente. A síntese da tradução foi realizada pela autora utilizando critérios de padronização e adequação. A síntese da retrotradução foi realizada em consonância com tradutores e pesquisadora. As evidências de validade de conteúdo foram obtidas por meio de um comitê formado por 19 especialistas. Foram verificadas as equivalências de conteúdo semântica e idiomática, cultural e conceitual seguindo os critérios de Hambleton e Zeninsky (2010). O item foi considerado “essencial” e sem a necessidade de revisão ou mudança quando atingiu CVR>0,474. A análise semântica do instrumento adaptado foi realizada por meio do pré-teste com 30 universitários em ambiente virtual utilizando o método de sondagem e codificação de resposta através de uma escala likert. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí no parecer 4.347.886. Resultados: A síntese das traduções se deu com a padronização do termo autolesão não suicida e dos gerúndios em 12 itens. A adequação de sinônimos foi realizada em três itens e a adequação de comando em um item. Na análise de conteúdo, os seis itens que obtiveram CRV >0,474 foram modificados. As equivalências semântica e idiomática, cultural e conceitual e os índices de concordância foram superiores a 47%. No pré-teste os graus médios de compreensão verbal demonstram valores médios superiores a 4,30, com índice de compreensão global de 4,98. Foram modificados dois itens com sugestões dos universitários. A versão brasileira do ISAS (ISAS-BR) foi encaminhada ao autor original do instrumento. Conclusão: A adaptação transcultural foi realizada adequadamente e possibilitou a criação do ISAS-BR que pode gerar parâmetros investigativos futuros relacionados ao tema da autolesão não suicida no Brasil. Posteriormente será realizado pré-teste de forma virtual e a validação das propriedades psicométricas do ISAS–BR.
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ALINE DE SOUSA JUSTINO
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PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO SOBRE SUA SAÚDE NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19 EM UM ESTADO DO NORDESTE
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Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO
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Data: 31/08/2021
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INTRODUÇÃO: A pandemia da Covid-19 alterou as emoções sentidas pelo professor. É importante reconhecer e refletir sobre as dificuldades que surgiram após a suspensão das aulas presenciais devido a pandemia da Covid-19. OBJETIVO: Avaliar as emoções dos professores na pandemia da COVID-19 no estado do Piauí. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, descritivo realizado com docentes da rede pública de ensino do estado do Piauí. A coleta ocorreu no período de 29 de setembro a 10 de dezembro de 2020. As variáveis referem-se as características sociodemográficas, emoções, percepção de saúde e percepção da situação dos alunos. Aplicou-se o modelo de análise bivariada pelo teste Qui-quadrado de Pearson, considerando o nível de significância a 5% para verificar as associações e para analisar a confiabilidade do questionário, calculou-se a consistência interna pelo coeficiente alfa de Cronbach. RESULTADOS: Observou-se que houve associação significativa com emoções, as características sociodemográficas: sexo (p: 0,000), idade (p: 0,038) e cor de pele (p: 0,038). Assim como entre a percepção do professor e emoções (p: 0,000) e entre expectativa de oposição e emoções (p: 0,023). Quanto a percepção do professor em relação a sua saúde e trabalho 42,6% classificaram como bastante satisfeito; sobre a situação dos alunos durante a pandemia da covid-19, 50,1% concordaram parcialmente que houve danos causados aos alunos. Quanto as emoções, 90,2% têm o sentimento de desesperança; 56,8% possuem boas expectativas quando a pandemia da covid-19 acabar. CONCLUSÃO: A desesperança foi a emoção mais percebida pelos professores. Por conseguinte, os professores perceberam-se satisfeitos com sua saúde e trabalho. Não houve influência das características sociodemográficas sobre a desesperança percebida. Além do que afirmarem ter boas expectativas quando a pandemia acabar. Quanto a situação dos alunos, identificou-se que concordaram parcialmente que houve danos. Portanto é necessário um estudo mais específico sobre os aspectos psicológicos afetados durante e após a pandemia. Os dados produzidos nesse estudo, permite aos gestores uma reflexão e pontuação de informações relevantes para a formulação de programas e estratégias direcionadas as necessidades de saúde do professor.
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CONCEIÇÃO DE MARIA CASTRO DE ARAGÃO
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NOTIFICAÇÕES DE LESÃO AUTOPROVOCADA EM ADOLESCENTES NO AMBIENTE ESCOLAR
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Orientador : CÁSSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
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Data: 30/08/2021
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INTRODUÇÃO: As lesões autoprovocadas caracterizam-se por agressões provocadas contra si de maneira proposital, podendo ocorrer com ou sem intenção suicida. Manifestam-se principalmente na adolescência, sendo importante verificar a sua ocorrência no ambiente escolar. OBJETIVO: Analisar as notificações de lesão autoprovocada em adolescentes no ambiente escolar. METODOLOGIA: Estudo transversal analítico, com abordagem quantitativa e análise de série temporal. Foram analisadas as notificações de lesão autoprovocada em adolescentes de 10 a 19 anos, ocorridas no ambiente escolar no Brasil, registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período de 2011 a 2018. Verificaram-se as associações estatísticas por meio do teste do qui-quadrado de Pearson (X²), com nível de significância de 5%. Razões de proporção (RP) e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram estimados por regressão de Poisson com variância robusta. A tendência temporal das taxas de notificação foi verificada por meio do modelo de regressão linear de Prais-Winsten. RESULTADOS: Foram notificados 1.989 casos de lesão autoprovocada em adolescentes nas escolas do Brasil. A maioria das vítimas era do sexo feminino (77,1%), com idade de 10 a 14 anos (57,3%), de cor branca (54,9%), residente na zona urbana (88,7%), notificadas em serviços da região Sudeste (46,7%). Lesão autoprovocada na escola foi associada à ocorrência diurna (RP=10,03; IC95% 8,27;12,17), reincidência (RP=1,34%; IC95% 1,22;1,47), ameaça (RP=5,25; IC95% 2,23; 12,33), força corporal (RP=5,18; IC95% 2,29;11,71), objeto contundente (RP=4,85; IC95% 2,12;11,11) e objeto cortante (RP=4,65; IC95% 2,09;10,32). A taxa de notificação variou de 0,09 a 2,75/100 mil adolescentes, com tendência crescente tanto para sexo feminino (VPA=66,0%; IC95% 39,0;98,3) quanto para sexo masculino (VPA=55,2%; IC95% 29,9;85,4). A região Norte apresentou tendência de estabilidade; as regiões Sudeste e Sul apresentaram tendência crescente, destacando-se o Rio de Janeiro (VPA=85,5%; IC95% 58,0;117,8) e o Paraná (VPA=73,6%; IC95% 41,9;112,3). No Centro-Oeste somente o Mato Grosso do Sul apresentou incremento (VPA=54,5%; IC95% 16,9;104,2). CONCLUSÃO: As notificações de lesão autoprovocada na escola foram mais frequentes em adolescentes do sexo feminino, de cor de pele branca, na idade de 10 a 14 anos, tendo a força corporal, objeto contundente, objeto cortante e ameaça como principais meios de autolesão. Houve tendência de aumento na taxa de notificação de lesão autoprovocada em adolescentes no ambiente escolar no Brasil. Faz-se necessário que os serviços de saúde e educação direcionem a atenção aos adolescentes com comportamento de risco para lesões autoprovocadas, priorizando ações de prevenção assim como suporte adequado aos grupos de risco e suas famílias, devendo também sensibilizar os profissionais sobre a importância da notificação e assistência a esse agravo à saúde.
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MYKAELLE SOARES LIMA
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O PROGRAMA DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA NA PERCEPÇÃO DOS ODONTÓLOGOS
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Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO
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Data: 30/08/2021
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INTRODUÇÃO: O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) visava a realização de pagamentos por desempenho aos profissionais que fizessem adesão ao programa, tendo em vista a melhoria da qualidade dos processos da Atenção Básica à Saúde, com base em monitoramento e avaliação de resultados mensuráveis (ABS). Nesse cenário, a inserção da odontologia na ABS ocorreu mediante a necessidade de ampliar a atenção em saúde bucal para a população brasileira. Assim, este estudo destaca a importância de analisar a percepção dos odontólogos da ABS sobre o PMAQ-AB no Piauí. MÉTODO: Tratou-se de uma pesquisa qualitativa descritiva com análise de conteúdo de Bardin (2011) e exploração de dados através da análise de similitude produzida pelo Software IRAMUTEQ. O instrumento para coleta de informações foi um questionário semiestruturado que obedeceu a um roteiro elaborado pelos pesquisadores. Os dados foram analisados em eixos temáticos a priori, decorrentes dos objetivos da pesquisa, e eixos temáticos emergentes advindas das discussões geradas nos grupos focais e entrevistas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram evidenciados 4 eixos temáticos, a saber: a ABS antes do PMAQ-AB; Impactos do PMAQ-AB e suas repercussões no processo de trabalho dos odontólogos da ABS: o PMAQ-AB que deu certo; Entraves e dificuldades do PMAQ-AB sob a perspectiva dos odontólogos: o PMAQ-AB que não deu certo; e sugestões para o aprimoramento do PMAQ-AB. CONCLUSÃO: Os odontólogos participantes desse estudo perceberam que o PMAQ-AB ampliou seu escopo de práticas, apoiadas pela gestão municipal, avançando nas modificações relacionadas ao processo de trabalho para qualificação da Estratégia Saúde da Família (ESF), com a implantação de metas a serem cumpridas conjuntamente pelas equipes. No decorrer dos grupos focais e entrevistas foi possível perceber com a implantação do programa houveram melhorias, incluindo a importância de se continuar empenhando esforços para a desprecarização dos vínculos de trabalho, com destaque para a pluralidade de formas de vínculos na ABS. Portanto, este trabalho pode contribuir para futuras reaplicações do programa em prol do fortalecimento das diretrizes e princípios da ABS.
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ELTON FILIPE PINHEIRO DE OLIVEIRA
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HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS EM ADULTOS E IDOSOS RESIDENTES EM TERESINA-PI
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Orientador : MALVINA THAIS PACHECO RODRIGUES
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Data: 26/08/2021
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Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença com elevada prevalência em âmbito mundial e baixas taxas de controle tornando-se um problema de saúde pública. Inúmeros fatores, tais como, idade, sexo, raça/cor, escolaridade, renda, acesso aos serviços de saúde e hábitos de vida são descritos como influenciadores da prevalência da HAS e precisam ser investigados em estudos de base populacional. Objetivo: Analisar a prevalência e os fatores associados à hipertensão arterial sistêmica em adultos e idosos residentes em Teresina, Piauí, Brasil. Métodos: Estudo transversal, do tipo inquérito de base populacional, com 898 indivíduos (adultos e idosos). A amostragem foi probabilística complexa por conglomerados. A coleta de dados ocorreu de outubro de 2018 a dezembro de 2019. Foi utilizada análise de regressão múltipla de Poisson, com abordagem hierarquizada, em que as variáveis do estudo foram organizadas em três blocos hierárquicos: características sóciodemográficas (Distais), características relativas ao acompanhamento da saúde (Intermediárias), características de estilo de vida (Proximais). A Razão de Prevalência (RP) e respectivos intervalos de confiança de 95% foram calculados para verificar a força de associação entre as variáveis e as que apresentaram valor de p ≤ 0,20 na análise bivariada foram inseridas no modelo hierarquizado, pelo método Backward Stepwise Elimination. As variáveis com valor p ≤ 0,05 entraram no modelo final (modelo 3) da regressão. Resultados: A prevalência da HAS autorreferida foi de 27,9%. No modelo 1, os fatores associados à HAS foram: idade ≥ 60 anos (RP = 12,92; IC95%: 6,07; 27,50) e sem escolaridade (RP = 2,04; IC95%: 1,40; 2,97). No modelo 2: idade ≥ 60 anos (RP = 10,21; IC95%: 4,79; 21,76), sem escolaridade (RP = 1,89; IC95%: 1,29; 2,77) e última aferição da PA no período < 6 meses (RP = 2,89; IC95%: 1,70; 4,92). No modelo final da análise hierarquizada, os fatores identificados foram idade ≥ 60 anos (RP = 8,08; IC95%: 3,72; 17,52), sem escolaridade (RP = 1,73; IC95%: 1,18; 2,54), última aferição da PA no período < 6 meses (RP = 2,64; IC95%: 1,56; 4,47), consumo regular de sal (RP = 0,70; IC95%: 0,52; 0,93), CC alterada (RP = 1,56; IC95%: 1,29; 1,90) e PA alterada (RP = 1,64; IC95%: 1,35; 2,01). Conclusão: A prevalência da HAS autorreferida foi alta em comparação com os diferentes estudos nacionais e internacionais realizados nos últimos anos e apresentou crescimento linear, associado ao incremento da faixa etária. Os fatores associados identificados refletem os grupos vulneráveis para a HAS já conhecidos. Diante da elevada prevalência da HAS em Teresina, da sua alta carga de morbimortalidade e de ser a principal causa evitável de morte prematura torna-se necessário a intensificação das ações de promoção de saúde e prevenção de agravos no município.
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LARYZA SAMPAIO DE OLIVEIRA
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ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO DE ALIMENTOS CARIOGÊNICOS POR PRÉ-ESCOLARES
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Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
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Data: 24/08/2021
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INTRODUÇÃO: O difundido uso de alimentos cariogênicos pode ter repercussão no estado nutricional de crianças e ter impacto negativo na sua saúde geral. OBJETIVO: Investigar a existência de correlação do estado nutricional de pré-escolares da rede pública e privada com seu consumo de alimentos cariogênicos. METODOLOGIA: Estudo descritivo, analítico e transversal com amostra representativa de pré-escolares de escolas públicas do Centro Municipal de Ensino Infantil (CMEIS) e uma escola da rede privada. O estado nutricional foi avaliado pelo IMC/Idade. As variáveis independentes estudadas foram: sexo, idade, instituição de ensino, escolaridade materna, renda familiar mensal, estado nutricional. As variáveis categóricas foram apresentadas em porcentagens, aplicou-se o Bartlett's test, t de Student, c2 (qui-quadrado) e Correlação de Pearson. RESULTADOS: Foram avaliadas 2.016 crianças, com idade média de 3,6 anos, com predomínio do sexo feminino na escola privada (51,1%) e masculino na escola pública (51,7%). A média de peso foi igual na média geral (18,1 Kg), em ambos o sexo nas diferentes escolas. A altura, na instituição privada a média geral de 0,84 cm e 0,80cm da escola pública. A escolaridade materna referente à Escola Pública, foi prevalente o ensino fundamental e médio, 45,2% e 51%, e na Escola Privada, 100% das mães possuíam ensino superior. A porcentagem de eutróficos foi 67,7%. Com relação ao excesso de peso, 19,8% eram alunos da escola pública e 15,8% da escola privada. A obesidade foi maior (16,5%) na instituição privada, nos pré-escolares da escola pública, 12,5%. Verificou–se forte correlação entre o excesso de peso e obesidade, r2 = 0,7 a 0,9 (p < 0,005), em detrimento do consumo de alimentos cariogênicos: achocolatados, biscoitos doces, chocolates e sorvetes e doces. CONCLUSÃO: Foi prevalente a eutrofia nos pré-escolares pesquisados (67,7%), ainda que tenha sido observado moderada prevalência de excesso de peso e obesidade. O consumo de alimentos cariogêncios foi considerado de moderado a alto, correlacionando-se portanto, com o estado nutricional alterado.
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DANIELLE CARVALHO FERREIRA
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SEXUALIDADE PÓS LESÃO MEDULAR: A PERCEPÇÃO DE MULHERES EM TERESINA - PIAUÍ
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Data: 20/08/2021
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Introdução: A sexualidade da mulher está relacionada a aspectos que vão muito além do ato sexual. Envolve toda a complexidade do ser humano, e integra sentimentos, feminilidade, desejo sexual, autoestima e subjetividade. A lesão medular pode afetar aspectos físicos, psicológicos e socioculturais da sexualidade nas mulheres acometidas por esta deficiência. Objetivo: Conhecer o impacto da lesão medular na sexualidade de mulheres atendidas no Centro Integrado de Reabilitação (CEIR), em Teresina, PI. Métodos: Pesquisa do tipo descritiva, exploratória, de abordagem qualitativa. A amostra foi composta por mulheres selecionadas por conveniência. Foram realizadas 15 entrevistas guiadas por roteiro estruturado até a saturação dos dados, com duração média de 16 minutos. Os critérios de inclusão foram: mulheres maiores de 18 anos, com relato de lesão medular de qualquer natureza e com no mínimo 6 meses de evolução. O critério de exclusão foi: mulheres com alterações cognitivas e/ou neurológicas que poderiam dificultar a comunicação e a entrevista. Os dados foram analisados e codificados a partir das categorias de análise previamente estabelecidas na elaboração do roteiro estruturado de entrevista: 1. Aspectos biológicos e funcionais da resposta sexual; 2. Aspectos psicológicos e emocionais da sexualidade; 3. Aspectos socioculturais que envolvem a sexualidade. Trechos das falas das mulheres foram descritas em todas as categorias de análise, sendo possível identificar subcategorias. Resultados: A amostra foi caracterizada, na sua maioria, por mulheres jovens, de raça/etnia negra, com escolaridade e renda familiar baixas e até 8 anos de lesão medular. Pelo relato das mulheres, houve mudanças biopsicossociais significativas nas suas vivências após a lesão medular. A necessidade de se readaptar às atividades anteriormente realizadas e a dependência de outras pessoas constituem desafios. As mudanças corporais mais frequentes foram alterações nas funções do corpo e na sensibilidade, constipação, dor, variação no peso corporal, mudanças estéticas negativas, transpiração corporal assimétrica e espasticidade. As transformações corporais mobilizaram sentimentos e atitudes de superação, indiferença ou insatisfação com a autoimagem. A prática sexual se manteve com a sensação de algum tipo de prazer, apesar ter sido descrita como qualitativamente pior. A qualidade da vida sexual das mulheres entrevistadas piorou pela ausência ou dificuldade de sentir prazer no toque do corpo e frequente anorgasmia. Houve também a percepção do constrangimento de ser um corpo passivo a esperar pelo outro. O autoerotismo pela prática da masturbação permaneceu infrequente depois da lesão medular. Conclusão: Houve manutenção da vida sexual, embora menos prazerosa, com menos orgasmos e com atitude de passividade durante a prática sexual.
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ANTONIO QUARESMA DE MELO NETO
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PREVALÊNCIA DE QUEDAS E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL
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Orientador : MARCIO DENIS MEDEIROS MASCARENHAS
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Data: 20/07/2021
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Introdução: A incidência e a gravidade das quedas aumentam consideravelmente a partir da sexta década de vida. Estima-se que 30% dos idosos não institucionalizados caem a cada ano, sendo esses episódios indicadores de perda da funcionalidade, principal causa de hospitalizações e mortes acidentais entre idosos. Objetivo: Analisar a prevalência de quedas e fatores associados em idosos residentes na área urbana da cidade de Teresina. Métodos: Estudo transversal com dados do “Inquérito de Saúde Domiciliar do Piauí (ISAD-PI)”, realizado no período de outubro/2018 a dezembro/2019. Adotou-se amostragem por conglomerado em dois estágios (setores censitários e domicílios). Selecionaram dados de 218 idosos residentes em Teresina-PI. Associações estatísticas foram verificadas por meio do teste de Qui-quadrado de Pearson. Realizou-se análise de regressão de Poisson com variância robusta para estimar as prevalências e razões de prevalência bruta (RP) e ajustada (RPa) e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Os participantes do estudo foram, em sua maioria, do sexo feminino (66%), com escolaridade de 0 a 7 anos de estudo (64,4%), renda familiar de até dois salários mínimos (54,8%), eram insuficientemente ativos (53,7%), com comorbidades (80,7%), em uso de três ou mais medicamentos (64,8%). A prevalência de quedas foi de 44,5%, sendo mais frequente no sexo feminino (52,8%). Predominaram quedas na residência (56,5%) e quedas do mesmo nível (42,4%). A prevalência de queda foi associada estatisticamente com o sexo feminino (RPa:1,89; IC95%:1,38-2,57; p=0,001), menor escolaridade (0-7 anos de estudos) (RPa:1,48; IC95%:1,01-2,20; p=0,04), tabagismo (RPa:1,40; IC95%:1,09-1,80; p=0,009), dependência para realizar atividades diárias (RPa:1,72; IC95%:1,24-2,40; p=0,002), doença mental (RPa:1,82; IC95%:1,19-2,78; p=0,007), depressão (RPa:1,56; IC95%:1,01-2,43; p=0,04), uso de antidepressivos (RPa:2,14; IC95%:1,03-4,45; p =0,04) e antiparkinsonianos (RPa:2,29; IC95%:1,01-5,21; p=0,04). O uso de medicamentos antiosteoporóticos mostrou-se protetor para a ocorrência de quedas (RPa:0,37; IC95%:0,15-0,90; p=0,03). Conclusão: A prevalência de quedas em idosos não institucionalizados residentes em Teresina foi elevada e sua ocorrência foi associada ao sexo feminino, baixa escolaridade, tabagismo, doenças mentais e uso de medicamentos com atuação no sistema nervoso central. Ao apresentar o padrão de ocorrência e fatores de riscos para quedas em idosos comunitários, o estudo contribui para orientar profissionais de saúde e gestores no planejamento de ações públicas que previnam essas ocorrências e promovam a saúde da pessoa idosa.
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MICHELLY DA SILVA PINHEIRO
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AUTOAVALIAÇÃO DE SAÚDE NEGATIVA E FATORES ASSOCIADOS ÀS CONDIÇÕES DE SAÚDE DE IDOSOS
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Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
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Data: 19/07/2021
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Introdução: A autoavaliação de saúde (AAS) consiste na percepção que os indivíduos possuem sobre sua própria saúde, demonstrando uma importante relação com o bem-estar geral. Nessa perspectiva, a Organização Mundial de Saúde recomenda a AAS como importante indicador de saúde, capaz de estimar e monitorar efeitos decorrentes do processo de envelhecimento. Objetivo: Investigar a associação entre a AAS negativa e fatores relacionados às condições de saúde em idosos no Piauí. Métodos: Estudo de natureza transversal, de base populacional, realizado com idosos (n=350), domiciliados nos municípios de Teresina e Picos – Piauí. Foram coletados dados sociodemográficos, econômicos, de hábitos alimentares, sobre condições de saúde e antropométricos. A AAS negativa foi considerada a partir da resposta ao questionamento: “Em geral, como o(a) senhor(a) avalia a sua saúde?”, que avaliaram sua saúde como Regular/Ruim/Muito ruim. Para verificar a associação entre a AAS negativa e as variáveis independentes, foi empregada a regressão de Poisson com variância robusta, expressa em Razão de Prevalência (RP). Utilizou-se o modo survey do programa STATA, versão 14.0, devido a amostragem complexa do estudo. Considerou-se o nível de significância de 5% e Intervalos de Confiança de 95%. Resultados: A prevalência de AAS negativa foi de 60,3%, com maior prevalência no sexo feminino (RP=2,08; p=0,01) e nos idosos que apresentaram circunferência da cintura elevada (RP=1,81; p=0,03). O hábito de consumir de salada crua foi protetor para a AAS negativa em idosos (RP-0,41; p=0,03). Com relação à presença de morbidades, a AAS negativa associou-se significativamente com a hipertensão (RP=2,02), doenças cardiovasculares (RP=1,71) e hipercolesterolemia (RP=2,26). Além disso, a AAS negativa foi mais prevalente em idosos que utilizavam três ou mais medicamentos por dia (RP=2,34; p=0,04) e que utilizaram de serviços de emergência nos últimos 12 meses (RP=1,87; p=0,005). Conclusão: O estudo mostrou que a AAS negativa em idosos é mais prevalente nas mulheres, naqueles com obesidade abdominal e naqueles que autorrelataram a presença de doenças crônicas. Além disso, foi verificado efeito protetor do hábito de consumir salada crua em relação a AAS negativa em idosos. Esses achados reforçam a importância de analisar os aspectos que estão envolvidos com a AAS negativa em idosos, como forma de subsidiar estratégias de saúde coletiva para a promoção da saúde nesse grupo etário.
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CÂNDIDA JOSÉLIA DE SOUSA
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INFLUÊNCIA DA INATIVIDADE FÍSICA SOBRE AS CONDIÇÕES DE SAÚDE DE ESTUDANTES
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Orientador : JESUSMAR XIMENES ANDRADE
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Data: 16/07/2021
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Introdução: A falta da prática de exercícios físicos e o aumento de hábitos sedentários, influenciam diretamente a desfechos de diversos problemas de saúde. O crescimento de sobrepeso e obesidade em jovens representa um problema de saúde pública. Existem evidências que adolescentes acima do peso tendem a fomentar insatisfação em relação ao corpo, onde muitas vezes recorrem às práticas extremas. Objetivo: Analisar a influência da inatividade física sobre as condições de saúde (estado nutricional, sentimento em relação ao corpo e problemas de saúde) de estudantes adolescentes. Métodos: Trata-se de um estudo transversal observacional e analítico, por meio de dados secundários extraídos da Amostra 2 da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015. Foram incluídos 10.926 adolescentes de ambos os sexos, com idade de 13 a 17 anos. Resultados: Os resultados apresentaram que 50,5% dos adolescentes eram do sexo masculino, com idade média de 14,8 (±1,36) anos e 60,6% de cor não branca. Foi verificado que 52,5% dos adolescentes relataram ter problemas de saúde, estado nutricional de eutrofia (75,1%). A inatividade física foi prevalente em 67,6% dos estudantes e o sentimento de insatisfação em relação ao corpo foi de 31,8%. Os dados evidenciaram que a inatividade foi relacionada apenas com o sentimento de insatisfação em relação ao corpo, a idade, o sexo feminino e ser da cor não-branca é um fator de proteção. Adolescentes inativos da região Sul têm chances aumentadas em 29% de apresentarem problemas de saúde. Conclusão: Houve alta prevalência de inatividade física e insatisfação com a imagem corporal, a maior parcela foi diagnosticada com eutrofia e relataram ter problemas de saúde. A inatividade física foi associada a insatisfação com a imagem corporal, ao sexo feminino e aumenta com a idade. Esses fatores devem ser levados em conta no planejamento de estratégias de intervenções que visem o aumento da prática de atividade física e de hábitos saudáveis nas escolas. Trata-se de um ponto de partida para a promoção das condições de saúde por meio da redução da inatividade física em adolescentes.
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ALANA PAULINA DE MOURA SOUSA
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CONSTRUÇÃO E AVALIAÇÃO DE UMA HISTÓRIA EM QUADRINHOS PARA PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA INFÂNCIA
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Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
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Data: 28/05/2021
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Introdução: As mudanças no consumo alimentar e no estilo de vida da população brasileira levaram ao aumento de doenças crônicas não transmissíveis entre indivíduos cada vez mais jovens. O desenvolvimento, principalmente, da obesidade na infância é preocupante, pois é durante essa fase que geralmente são formados os hábitos que se estendem por toda a vida. Ressalta-se que, para reduzir o excesso de peso na infância é de suma importância a definição, o desenvolvimento e o apoio de intervenções que visem a promoção da alimentação saudável por meio da educação em saúde. Objetivo: Construir e avaliar uma história em quadrinhos para promoção da alimentação saudável na infância. Métodos: A pesquisa foi do tipo metodológica de desenvolvimento e avaliação de um material educativo, foi realizada durante os meses de fevereiro de 2019 a janeiro de 2021. A primeira etapa foi a realização de uma revisão integrativa para identificar e avaliar os materiais educativos desenvolvidos para promoção da alimentação saudável na infância, no Brasil. Em seguida, foi realizada a elaboração da história em quadrinhos, com o conteúdo baseado no Guia Alimentar para a População Brasileira, o enredo e as personagens inspirados em livros infantis, desenhos animados e em quadrinhos. O material foi diagramado e ilustrado por um profissional de designer gráfico. Na terceira etapa, foi aplicado um formulário online com três instrumentos. Todos os juízes, de conteúdo e técnicos, responderam aos instrumentos de caracterização da amostra e o Suitability Assemment of Materials. Somente os juízes de conteúdo (docentes e assistenciais), responderam ao questionário para avaliar a linguagem, o conteúdo e a aparência da história em quadrinhos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Campus Senador Helvídio Nunes de Barros da Universidade Federal do Piauí, com número de parecer 3.764.326. Resultados e Discussão: A história em quadrinhos foi intitulada “A aventura de Camila: comer bem para crescer com saúde”, que visa a promoção da alimentação saudável na infância, e foi avaliada por 21 juízes. Em relação as características desses juízes, 33,3% eram enfermeiros, 33,3% nutricionistas, 23,8% pedagogos e 9,5% juízes técnicos de design. Em relação à maior titulação dos juízes, 28,6% eram doutores. Na análise dos juízes em relação à linguagem, ao conteúdo e à aparência, o material atingiu Índice de Validade de Conteúdo em todos os domínios acima de 0,96, com confiabilidade (Alpha de Cronbach > 0,960) e concordância das respostas altas (Coeficiente de Correlação Intraclasse > 0,950) e percentual de adequação igual a 67,7%, assim sendo o material foi considerado adequado. Foi realizado ainda o Teste de Legibilidade de Flesch, que avaliou o material como uma história de leitura padrão. Conclusão: Os juízes consideraram a história em quadrinhos adequada e com conteúdo confiável e verídico, podendo ser utilizada com o público infantil para a promoção da alimentação saudável.
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IZABELA CRISTINA PEREIRA
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PRÁTICAS EDUCATIVAS DOS NUTRICIONISTAS NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA
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Orientador : HILDA MARIA MARTINS BANDEIRA
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Data: 11/05/2021
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Introdução: Educação em saúde constitui processo de produção do conhecimento, mediado por práticas educativas intencionais que ampliam a consciência crítica e reflexiva dos partícipes nutricionistas. Objetivo: Analisar a relação das práticas educativas de nutricionistas do Programa Saúde na Escola com estratégias de nutrição. Métodos: Estudo qualitativo, do tipo explicativo, com nutricionistas que desenvolvem práticas educativas no Programa Saúde na Escola em 10 municípios-sede de regiões de saúde do estado do Piauí. Na primeira etapa do estudo, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 22 nutricionistas, no período de março a maio de 2020. A segunda etapa foi constituída de oficinas formativas, que ocorreram em julho do mesmo ano e tiveram a participação de duas nutricionistas participantes da primeira etapa. Os dados obtidos foram transcritos e analisados, segundo Bardin (1977), e, após essa análise, foram submetidas ao software Iramuteq, que realizou análises quantitativas dos dados textuais, para apresentação em nuvens de palavras e análise de similitude. Resultados: Foram evidenciados quatro eixos temáticos: práticas educativas no contexto do PSE; planejamento de ações; necessidades pontuais de promoção da saúde para atender às escolas; e intersetorialidade. A pesquisa constatou que a prática educativa, na realidade dos nutricionistas, é vista como orientação, repasse e intervenção. O planejamento de ações, o diagnóstico situacional, o tempo e os recursos devem ser considerados para execução das práticas. Quanto ao atendimento às condições de saúde, no sentido escolar, nem sempre as escolas levam aos profissionais as demandas, ficando a cargo do nutricionista realizar o diagnóstico. Para os partícipes, a Saúde é protagonista no enfrentamento das ações do Programa Saúde na Escola, e há ausência da intersetorialidade. Conclusão: As estratégias utilizadas pelos partícipes, de modo geral, acontecem esporadicamente e são pautadas no ensino tradicional, ou seja, na transmissão do conhecimento. Geralmente, essas práticas educativas, para mudanças de comportamentos, são de cunho autoritário. O estudo sugere outra perspectiva de educação em saúde, com a participação da sociedade, centrada na autonomia do sujeito. O uso das oficinas para discussão das práticas educativas criou possibilidades para os partícipes refletirem sobre o modo como estão desenvolvendo e de como é o funcionamento do Programa, assim como possibilitar práticas educativas mais dialógicas.
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SARA FERREIRA COELHO
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MORTALIDADE FEMININA POR AGRESSÃO NO MARANHÃO, 2000-2017
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Data: 29/03/2021
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Introdução: A morte feminina por agressão é a face mais perversa da violência contra a mulher, sendo um problema de saúde pública mundial. Objetivo: Analisar os casos de mortalidade feminina por agressão notificados no estado do Maranhão entre 2000 a 2017. Métodos: Trata-se de estudo ecológico, de série temporal, tendo como cenário o estado do Maranhão. Os dados são de origem secundária, obtidos do Sistema de Informação sobre Mortalidade. Foram avaliados todas as mortes femininas notificadas nos códigos X85-Y09 da Classificação Internacional de Doenças (versão 10), com análise de características das mulheres e dos óbitos. Realizou-se o cálculo dos coeficientes de mortalidade feminina por agressão por ano, no estado e nas cinco mesorregiões. Para análise da tendência dos coeficientes de mortalidade aplicou-se o modelo de regressão linear de Prais-Winsten, com cálculo da variação percentual anual (VPA) e seus intervalos de confiança a 95% (IC95%). Foram calculados coeficientes de correlação de Pearson (r) para avaliar a associação entre indicadores socioeconômicos, demográficos e de saúde e os coeficientes de mortalidade. Resultados: Houve notificação de 1.666 mortes femininas por agressão. Ocorreu elevação progressiva do coeficiente de mortalidade em todo o estado no período estudado. Predominaram os óbitos na faixa etária de 20-29 anos (30,7%), solteiras (62,8%), com quatro a sete anos de estudo (29,8%), pardas (70,6%) e tendo a residência como principal local da morte (32,7%). Entre 2000 e 2015 houve tendência de aumento do coeficiente de mortalidade no estado (VPA=+7,53;IC95% 5,24;9,86), com os maiores valores observados nas mesorregiões Sul (VPA=+12,36;IC95% 8,30;16,57) e Leste VPA=+11,07;IC95% 8,09;14,13). Observou-se correlação significativa com a proporção de famílias chefiadas por mulheres (r=0,643; p<0,001) e taxa de mortalidade masculina por agressão (r=0,634; p<0,001). Conclusões: Houve crescimento na mortalidade feminina por agressão no Maranhão, sendo mulheres jovens, pardas e de baixa escolaridade as principais vítimas.
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MARIANA RODRIGUES DA ROCHA
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VALIDAÇÃO CLÍNICA DE UMA CARTILHA EDUCATIVA SOBRE CONHECIMENTO DAS AÇÕES PREVENTIVAS DE SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES
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Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
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Data: 04/03/2021
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Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) constitui grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Ultimamente, os estudos têm demonstrado sua frequente presença entre crianças e adolescentes. Dessa forma, as ações educativas para orientação dos adolescentes devem ser intensificadas e aprimoradas, para evitar o desenvolvimento de seus fatores de risco. O uso de cartilhas educativas é uma estratégia de educação em saúde relevante para promover conhecimento sobre SM. Objetivo: Validar clinicamente uma cartilha educativa para promoção do conhecimento sobre prevenção da SM em adolescentes. Método: Estudo quase experimental, realizado no ano de 2020 com 37 adolescentes de cinco escolas públicas da rede estadual de Picos-PI. Foi realizado em duas fases: 1) desenvolvimento de roteiro de questões sobre prevenção da SM e sua validação de conteúdo por 17 especialistas; 2) quase-experimento com implementação da intervenção educativa com a cartilha “Síndrome Metabólica: como me prevenir?”, e avaliação do nível de conhecimento dos adolescentes pré e pós-leitura via roteiro de questões. Para analisar a validade de conteúdo do roteiro de questões foi calculado o Índice de Validade de Conteúdo (≥ 0,78) e teste binomial, considerando nível de significância de 5%. A análise do efeito da intervenção educativa no conhecimento dos adolescentes sobre o tema foi verificada por meio do teste de McNemar, considerando 5% de nível de significância. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí no parecer 3.644.984. Resultados: O roteiro de questões foi validado com IVC total de 0,86. Três assertivas foram eliminadas (IVC<0,78). No teste binomial, a maioria das questões obteve p>0,05, confirmando a concordância das respostas dos itens entre os juízes. Com relação à avaliação do efeito da intervenção no conhecimento dos adolescentes, o percentual de acerto das questões sobre o tema no pós-teste foi igual ou superior em sua maioria, sem diferença significativa entre o pré e pós-teste, exceto no item “11 - Atualmente o número de crianças e adolescentes com a síndrome metabólica é cada vez maior” (p=0,031). Sobre a situação geral do conhecimento dos adolescentes, 45,9% melhoraram seu conhecimento, sem diferença significativa na melhoria da pontuação total (p = 0,067). Conclusão: O conhecimento foi maior em quase metade dos adolescentes no pós-teste, sem estatística significativa e a intervenção (leitura da cartilha educativa) contribuiu na melhoria do conhecimento em um item do roteiro de questões. O roteiro de questões foi validado quanto ao conteúdo, configurando-se instrumento adequado para avaliar conhecimento de adolescentes sobre SM.
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HAYLLA SIMONE ALMEIDA PACHECO
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MOTIVAÇÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NO CONTEXTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
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Orientador : JOSE WICTO PEREIRA BORGES
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Data: 01/03/2021
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Resumo: O universo da motivação evidencia o indivíduo em interação ativa com o ambiente e configura-se como uma ferramenta para a compreensão das diferenças individuais no seguimento ao tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). A utilização da Teoria da Autodeterminação (TAD) propicia o estudo do comportamento humano com foco na distinção entre motivação autônoma e motivação controlada, assemelhando-se ao universo da adesão terapêutica da HAS à medida que esse processo é fortemente influenciado pelo meio e suas relações sociais. Assim, objetivou-se compreender a motivação ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica de pessoas atendidas na Atenção Primária à Saúde (APS). Trata-se de um estudo analítico de abordagem qualitativa com utilização de grupos focais, realizado na cidade de Teresina-PI. Ao todo foram incluídas 52 pessoas com HAS divididas em oito grupos focais, com média de seis participantes em cada um e duração média de uma hora e meia, cada grupo, durante os meses de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020. Os dados foram processados por meio do software IRAMUTEQ (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires), com utilização da Classificação Hierárquica Descendente (CHD), Análise Fatorial de Correspondência (AFC), análise de similitude e nuvem de palavras. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob parecer de número 3.662.514. O conteúdo resultante da análise, cujos dados foram processados pelo software, encontrou 52 textos, com 266 segmentos de textos, sendo 212 (79,70%) deles analisáveis e retidos na CHD. A CHD dividiu o corpus em cinco classes, nomeadas de acordo com características das palavras reunidas e aspectos relacionados ao tratamento da HAS. Houve uma predominância de motivação ao tratamento da HAS do tipo extrínseco, com forte influência dos serviços de saúde, na figura do médico, assim como das complicações decorrentes da não adesão terapêutica, pontos de maior correlação, conforme evidenciado na AFC. O tratamento medicamentoso foi considerado o ponto central, representado pela palavra “remédio”, conforme evidenciado também pela análise de similitude e nuvem de palavras, enquanto o tratamento não-medicamentoso, representado pela mudança de estilo de vida, apresentou relatos de todos os tipos de motivação, desde sujeitos totalmente desmotivados, até aqueles com alto grau de interesse e satisfação inerente. Os resultados desta pesquisa demonstram que a motivação ao tratamento da HAS no contexto da APS é predominantemente do tipo extrínseca, com uma abordagem terapêutica mais voltada para a doença e suas complicações, caracterizando um processo regulatório com pouca ou nenhuma internalização de valores essencial para o seguimento terapêutico, necessitando de estratégias de incentivo ao fortalecimento da autonomia do paciente frente ao seu processo de cuidar, ao reconhecimento de competência e à consolidação de um suporte social eficaz.
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LAÉCIO DE LIMA ARAUJO
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Fatores de risco cardiovascular e sua associação com a inatividade física e o comportamento sedentário em adolescentes
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Orientador : CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA
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Data: 29/01/2021
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Introdução: na última década, diversos estudos têm relatado o aumento da exposição de escolares a fatores de risco para a saúde cardiovascular como baixos níveis de atividade física, hábitos sedentários, hábitos alimentares inadequados, consumo de cigarro e álcool e que esses hábitos podem ser consolidados para o resto da vida. Objetivo: analisar a associação dos fatores sociodemográficos e de risco com a inatividade física e o comportamento sedentário em adolescentes. Métodos: estudo transversal e analítico, tipo inquérito de base escolar, com adolescentes de 14 a 18 anos. Utilizou-se questionários da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, socioeconômico, alimentação aterogênica e consumo de álcool. Realizou-se avaliação antropométrica: massa corporal, estatura e circunferências da cintura e pescoço, além da avaliação da pressão arterial. Foi analisada prevalência de inatividade física e comportamento sedentário e fatores associados com o teste de regressão logística, por meio de odds ratio (OR) e qui-quadrado de Pearson. Resultados: a prevalência da inatividade física foi de 73,4% (IC95%: 67,0-79,0), de comportamento sedentário 54,6% (IC95%: 48,0-61,0) e consumo elevado/excessivo de alimentos aterogênicos de 80,3% (IC95%: 75,0-85,0). O fator associado à inatividade física foi escolaridade da mãe (p=0,05) e os fatores associados ao comportamento sedentário foram tabagismo (OR=1,92; 1,01-3,65) e circunferência do pescoço alterada (OR=0,33; 0,16-0,70). Conclusão: houve elevada prevalência de inatividade física, comportamento sedentário e consumo de alimentos aterogênicos entre os adolescentes, sendo necessária intervenção, no sentido de promover um estilo de vida saudável entre os adolescentes, como o aumento do nível de atividade física e orientações referentes à alimentação saudável.
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