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ANDREA NUNES MENDES DE BRITO
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PADRÃO ALIMENTAR E RESISTÊNCIA À INSULINA EM ADOLESCENTES
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Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
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Data: 16/12/2019
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INTRODUÇÃO: A análise dos padrões alimentares é uma valiosa ferramenta para ampliar o conhecimento a respeito do papel da dieta sobre determinados fatores de risco à saúde. A avaliação do consumo alimentar de adolescentes vem ganhando crescente atenção, devido à associação dos hábitos alimentares inadequados com o desenvolvimento das doenças crônicas na vida adulta, como a resistência à insulina, desencadeadora da síndrome metabólica e doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Correlacionar os padrões alimentares com a resistência à insulina em adolescentes. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal, realizado em 2015, com 153 adolescentes estudantes das escolas particulares localizadas na zona urbana de Picos-PI. Foi realizado avaliação antropométrica, bioquímica e dietética feita por entrevistadores treinados. As variáveis sociodemográficas utilizadas foram sexo e a idade. As variáveis antropométricas foram: peso, estatura, índice de massa corporal, circunferência da cintura, relação cintura- estatura e índice de conicidade. As variáveis bioquímicas empregadas foram: Glicemia, Insulina e Resistência à insulina, sendo esta determinada pelo o modelo de avaliação da homeostase. A avaliação dietética foi obtida por meio do recordatório de 24 horas aplicado uma única vez. Empregou-se a análise de componentes principais para determinação dos padrões alimentares e regressão logística multivariada para correlacioná-los com a resistência à insulina. RESULTADOS: A resistência à insulina foi observada em 25,5% dos adolescentes avaliados, sendo que as meninas apresentaram maior prevalência (69,2%). Identificou-se cinco padrões alimentares classificados em Componentes 1: “Frutas e laticínios”, 2:“Farinhas, féculas, massas e carnes brancas”, 3:“Açúcares, produtos de confeitaria e bebidas”, 4:“Cereais, leguminosas, carnes vermelhas e produtos industrializados” e 5:“Hortaliças e panificados”. Juntos os cinco componentes explicaram 61,18% da variância total. Verificou-se correlação dos padrões com parâmetros dietéticos e o sexo (p<0,05), exceto o Componente 3. Este padrão “Açúcares e produtos de confeitaria” correlacionou-se apenas com energia, carboidratos e lipídeos. O Componente 4: “Cereais, leguminosas, carnes e produtos industrializados” reflete hábitos alimentares de um cenário de transição nutricional, pois inclui alimentos tradicionais piauienses e alimentos ultraprocessados. Entretanto, não foi observada correlação entre os padrões alimentares e a RI em adolescentes. deste estudo. CONCLUSÃO: Apesar de não ter sido verificado correlação entre os padrões alimentares e a resistência à insulina em adolescentes deste estudo, sabe-se que a diversidade alimentar presente em cada população possui características próprias e impactam na formação de cada padrão alimentar, o que evidencia a necessidade estudos prospectivos em larga escala. No entanto, é fundamental que as escolas forneçam aos adolescentes um ambiente físico favorável à alimentação saudável e à prática de atividade física para possibilitar o enfrentamento mais eficaz de doenças crônicas.
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LANA RAYSA DA SILVA ARAUJO
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CONSUMO DE FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS POR ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS
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Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
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Data: 04/12/2019
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Introdução: A adolescência é uma fase do desenvolvimento humano caracterizada por mudanças de origem biológica, psíquica e social, correspondendo a um momento de alterações no estilo de vida, podendo afetar as escolhas alimentares. Objetivo: Avaliar o consumo de frutas, legumes e verduras (FLV) por adolescentes de escolas públicas e privadas. Métodos: Estudo transversal com 651 adolescentes de escolas públicas e privadas de Teresina, Piauí, em 2016, selecionados por amostragem probabilística estratificada proporcional. O estudo faz parte de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), intitulada “Saúde na escola: diagnóstico situacional do ensino médio”. Foram coletados dados sociodemográficos, estado nutricional utilizando IMC/Idade e recordatório de 24h. A análise de FLV foi realizada por meio da Tabela para Avaliação do Consumo Alimentar em Medidas Caseiras e a classificação de FLV nativos da região Nordeste foi realizada por meio da utilização do livro “Alimentos Regionais Brasileiros”. Foram utilizados os testes 2 (qui-quadrado), teste t de Student e o teste de Correlação de Pearson. Considerou-se intervalo de confiança de 95% (IC95%) e um erro alfa de 5% (p≤0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI. Resultados: Os adolescentes eram em sua maioria do sexo feminino, com renda familiar entre um e dois salários mínimos e ensino médio como escolaridade materna. Escolaridade materna (p= 0,005) e renda (p= 0,012) se associaram ao consumo de frutas. A ingestão em gramas frutas foi maior do que legumes e verduras. As frutas foram consumidas por 45,9% dos adolescentes e 31% consumiram legumes e verduras. A adequação de consumo foi de 11,1% para escolas públicas e 11,9% para instituições privadas. Não houve associação estatisticamente significativa entre as instituições de ensino quanto consumo e adequação de FLV. As frutas mais consumidas foram banana, maracujá e goiaba e os legumes e verduras foram tomate, alface e pepino. Quanto ao estado nutricional, houve uma fraca correlação entre o consumo de banana, laranja, maçã e melão e a eutrofia e uma correlação muito forte entre o repolho e a desnutrição. Conclusão: O consumo de frutas, legumes e verduras foi considerado baixo e inadequado não havendo associação entre as instituições de ensino. Escolaridade materna e renda familiar se associaram ao consumo de frutas indicando que essas variáveis influenciaram a ingestão pelos adolescentes pesquisados. Sugere-se o fortalecimento e maior ênfase às estratégias de educação alimentar e nutricional, realizadas em ambiente escolar e familiar, bem como faz-se necessário uma maior reflexão sobre consumo de FLV e disponibilidade de renda.
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MARIANNE LIRA DE OLIVEIRA
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VIOLÊNCIA FAMILIAR INFANTO-JUVENIL E O FRACASSO ESCOLAR
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Orientador : CASSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
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Data: 19/09/2019
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Introdução: A violência familiar infantojuvenil é caracterizada por atos ou omissões praticadas por pais, parentes ou responsáveis e pode produzir comportamentos autodestrutivos, reclusão, depressão, raiva e problemas de aprendizado, como os que caracterizam o fracasso escolar. Objetivo: Analisar a correlação entre a percepção de violência familiar infanto-juvenil e o fracasso escolar. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal utilizando a triangulação dos dados, realizado com 117 escolares do 6º do ensino fundamental de escolas públicas da cidade de Chaval-CE. Esta pesquisa foi desenvolvida em 02 escolas da zona urbana e 01 da zona rural totalizando 06 turmas participantes da coleta de dados. Os dados quantitativos foram coletados por meio de questionário sociodemográfico, aplicação da escala de Sinalização do Ambiente Natural Infantil (SANI) e avaliação objetiva do fracasso escolar, sendo analisados utilizando os testes t de student, Exato de Fisher e teste de Spearman. As entrevistas semiestruturadas foram realizadas com 20% dos escolares, compostos por 10% com maior pontuação e 10% com menor pontuação na escala SANI. Utilizou-se a saturação teórica e as informações foram avaliadas por meio da análise do discurso na vertente francesa. Resultados: Dentre os escolares da amostra, 52,1% eram do sexo masculino e 47,9% do sexo feminino com média de idade de 10,9 anos. A pesquisa demonstrou ainda que 86,3% dos escolares eram matriculados na zona urbana e 53,8% estudavam no turno da manhã. Após análise bivariada verificou-se que não houve diferença significativa entre as médias de percepção de violência familiar para as variáveis de turno, renda familiar e quanto ao fracasso escolar. Em contraponto, houve diferença significativa (p ≤ 0,05) na relação entre a pontuação na escala SANI e as zonas urbana e rural. A partir das entrevistas semiestruturadas foi possível identificar que a maioria dos participantes mora com os pais ou só com a mãe e, quando ausentes, os tios têm exercido o papel de responsáveis pelos escolares. Quanto aos tipos de violência presenciada, a física e a psicológica foram as mais citadas pelos escolares, tendo como agressores mais frequentes os pais e a vítima mais frequente foi a irmã (o). Conclusão: Mediante análise entre a percepção de violência familiar e fracasso escolar verificou-se que não houve correlação significativa, ainda que as pontuações estejam acima da média da escala SANI, o que permite concluir que mesmo presenciando situações de violência, os escolares podem desenvolver estratégias de autoproteção que auxiliem no desempenho escolar satisfatório.
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FABIANA NEVES LIMA
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Risco cardiovascular e fatores associados em adolescentes
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Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
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Data: 24/05/2019
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Reconhecer fatores de risco cardiovascular em adolescentes, tornou-se uma avaliação importante em estudos epidemiológicos, visto que, a presença destes fatores está associada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). O processo inicial da DCV pode ocorrer durante a infância e adolescência. Diante disto, a identificação precoce da presença de fatores de risco pode subsidiar o planejamento e o desenvolvimento de programas de intervenção em idade ideal. O estudo objetivou analisar a frequência de fatores de risco cardiovasculares em adolescentes. Estudo transversal realizado com 251 adolescentes, matriculados em uma escola de tempo integral da rede pública de ensino na cidade de Teresina-Piauí, com idade entre 14 a 17 anos, de ambos os sexos, selecionados por amostragem probabilística aleatória simples. Os desfechos investigados foram: comportamento sedentário, nível de atividade física, qualidade do sono, sonolência diurna excessiva, tabagismo, consumo de álcool, hipertensão arterial, excesso de peso, circunferência da cintura e do pescoço. Usaram-se estatística descritiva, testes t de Student, ANOVA, Mann-Whitney e Kruskall-Wallis para comparação das médias entre os grupos. A significância estatística adotada foi (p<0,05). Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, parecer nº 2.838.003/2018. A média de idade dos adolescentes foi de 16,2 ± 0,76 anos, 60,1% dos adolescentes do sexo feminino. Os fatores de risco mais frequentes foram excesso de sonolência diurna (88%), inatividade física (38,2%), circunferência do pescoço alterado (10,8%) , consumo de álcool e tabaco (8,4%, 6,0%) respectivamente, pré-hipertensão (e pelos valores de pressão arterial sistólica (14,7%) e pressão arterial diastólica (27,1%). Em relação aos dados antropométricos, o sexo feminino obteve média de índice de massa corporal maior que o masculino (p<0,05), já em comparação à circunferências da cintura e do pescoço o sexo masculino apresentou médias superiores (p<0,05). Sobre as variáveis clínicas, o sexo masculino apresentou pressão arterial sistólica e diastólica superiores e frequência cardíaca inferior ao sexo feminino (p<0,05). Com relação ao consumo de álcool, os que estavam na zona de alto risco ou uso nocivo de álcool apresentaram valores médios elevados de pressão arterial sistólica (p<0,05). Constatou-se uma existência de fatores de risco em adolescentes. A presença e associações positivas entre os fatores de riscos que podem contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares servem como sinalizadores para que medidas preventivas sejam tomadas, através de ações de promoção de saúde no contexto escolar.
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PATRÍCIA VIANA CARVALHEDO LIMA
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VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSORES EM ESCOLAS DO ENSINO MÉDIO
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Orientador : MALVINA THAIS PACHECO RODRIGUES
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Data: 10/04/2019
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INTRODUÇÃO: A violência escolar tem se configurado como um importante problema de saúde pública. Neste contexto, o professor é um dos profissionais que está mais exposto a situações que ameaçam sua integridade física e moral. OBJETIVO: Analisar a ocorrência de violência contra professores de escolas públicas e privadas do ensino médio e os fatores associados. METODOLOGIA: Estudo transversal analítico, realizado com 279 professores do ensino médio em Teresina-PI.Para verificar a associação entre as variáveis foi utilizado o teste de Wald e análise multivariada pelo modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência (RP) e intervalo de confiança de 95% (IC95%) foi adotado nível de significância de 5%. RESULTADOS: A maior parte dos docentes era do sexo masculino (58,1%), com até 40 anos de idade (58,5%) e lecionavam em escolas particulares (50,2%). A média do tempo de docência foi de 13,1 anos. A prevalência de professores que vivenciaram alguma situação de violência foi de 54,8%. Os insultos verbais foram os eventos mais frequentes (39,4%). Escolas localizadas nas regionais leste (RP=1,65; IC95% 1,14; 2,39) ou sul (RP=1,48; IC95% 1,05;2,08) apresentaram associação positiva com violência em comparação às escolas da regional centro/norte. Ter sido alvo de insultos verbais foi associado positivamente ao trabalho em escolas de administração pública (RP=1,45; IC95% 1,00;2,11) e com aquelas que se se encontram nas regionais leste (RP=1,85; IC95% 1,17;2,93) e sul (RP=1,59; IC95% 1,05;2,41) em comparação às escolas do centro/norte. Trabalhar em apenas uma escola foi associado negativamente ao assédio sexual (RP=0,93; IC95% 0,86; 0,99). CONCLUSÃO: A maior parte dos professores sofreu algum tipo de violência no ambiente escolar, associada a fatores como o sexo, tipo de gestão, localização da escola e a quantidade de locais em que lecionava. Os dados encontrados podem facilitar o diagnóstico da situação dos professores no ensino médio, bem como servir de subsídio para a elaboração de um plano de intervenção. Enfatiza-se a necessidade de buscar formas de prevenção e enfrentamento da violência, bem como a capacitação de professores e gestores para que possam gerir os conflitos de modo que esses não se concretizem em atos violentos.
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SEMIRA SELENA LIMA DE SOUSA
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ANÁLISE DA QUALIDADE DO SONO DE HIPERTENSOS ASSISTIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA
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Orientador : FERNANDO FERRAZ DO NASCIMENTO
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Data: 25/03/2019
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INTRODUÇÃO: Dados revelam que pessoas com hipertensão tem pior qualidade do sono e são mais suscetíveis a terem distúrbios do sono, em especial a síndrome da apneia obstrutiva do sono, que tem a sonolência diurna excessiva como um dos principais sintomas. A síndrome da apneia obstrutiva do sono influencia no surgimento da hipertensão e vice-versa, juntas somam altas taxas de morbidade na população e possuem uma relação bilateral. OBJETIVO: Analisar a qualidade do sono de hipertensos assistidos na atenção básica. METODOLOGIA: Estudo transversal, realizado no perímetro urbano da rede básica de saúde do Município de Teresina-PI, que foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com o parecer 2.379.741. Participaram 390 hipertensos, avaliados pelos instrumentos: Índice de Qualidade do Sono Pittsburgh, Escala de Sonolência de Epworth, Questionário Clínico de Berlim; e o Questionário sociodemográfico, comportamental e clínico. Realizou-se análise univariada, com procedimentos de estatística descritiva; bivariada com o teste qui-quadrado de Pearson; e multivariada com regressão de Poisson. Foram calculadas as Razões de Prevalências (RP), para todas as variáveis que obtiveram um p<0,20 na análise bivariada e significância avaliada pelo teste de Wald. O critério de nulidade foi de p<0,05. RESULTADOS: A média da idade dos hipertensos foi de 60,24 (±12,15) anos sendo a maioria do sexo feminino (73,3%). A qualidade do sono foi ruim com possíveis distúrbios do sono para 73,6% (IC 95%: 69,0-77,7) dos hipertensos, 62,6% (IC 95%: 57,0-67,2) apresentaram risco para síndrome da apneia obstrutiva do sono e 42,1% (IC 95%: 37,0-47,0) para sonolência diurna excessiva. Ainda assim, na análise bivariada, não houve associação da qualidade do sono e dos distúrbios do sono com hipertensão. Após o modelo de regressão (p<0,20), as variáveis atividade física regular (RP=1,34; IC95%: 1,02 – 1,75) e dependência alcoólica (RP=1,38; IC95%: 1,03 – 1,83), estiveram associadas estatisticamente a sonolência diurna excessiva (p=0,048) e alto risco para síndrome da apneia obstrutiva do sono (p=0,045), respectivamente. CONCLUSÃO: A qualidade do sono de pacientes hipertensos assistidos nas unidades básicas de saúde da cidade de Teresina-PI é ruim com possíveis distúrbios do sono, possuem alta prevalência de risco para sonolência diurna excessiva e síndrome da apneia obstrutiva do sono, associados a ausência de atividade física e possível dependência alcóolica, respectivamente. Ademais, acredita-se também que o diagnóstico preciso e o tratamento efetivo dos distúrbios do sono, em especial da síndrome da apneia obstrutiva do sono, poderiam reduzir os níveis pressóricos desses hipertensos.
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RONIELE ARAUJO DE SOUSA
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Fatores associados à utilização dos serviços de saúde por adolescentes
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Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO
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Data: 28/02/2019
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INTRODUÇÃO: O conhecimento sobre a utilização dos serviços de saúde por uma população é fundamental para avaliação do sistema de saúde, além de contribuir para o conhecimento, desenvolvimento e melhorias dos serviços. No entanto, este tema ainda é pouco pesquisado entre os adolescentes. OBJETIVO: Analisar os fatores associados à procura dos serviços de saúde pelos estudantes do 9º ano do ensino fundamental da rede pública de Parnaíba-PI. MÉTODO: Estudo transversal do tipo inquérito populacional, cujos entrevistados foram os adolescentes do 9º ano do ensino fundamental público da zona urbana de Parnaíba-PI. A coleta de dados ocorreu no período de outubro de 2017 a maio de 2018. As variáveis referiram-se às características sociodemográficas, aspectos familiares, comportamentos de risco, situação de saúde e uso dos serviços de saúde. Foram calculadas as prevalências e seus respectivos intervalos de confiança a 95% (IC95%). Aplicou-se o modelo de regressão logística múltipla para verificar as associações. RESULTADOS: Observou-se que menos da metade (42,8%) dos adolescentes procuraram algum serviço de saúde, sendo a maior procura pelo sexo feminino (61,1%). A Unidade Básica de Saúde foi relatada em 58,9% como o local preferencial de acesso. Os adolescentes que fumam, consomem álcool, não utilizam métodos contraceptivos e/ou não usam capacete tiveram menor prevalência na procura pelos serviços. No modelo de ajuste final, foi verificado que usar drogas ilícitas (OR: 0,50; IC95%: 0,28;0,93) teve associação estatística negativa com a procura dos serviços de saúde. CONCLUSÃO: A procura pelos serviços de saúde pelo sexo feminino pode estar relacionada ao maior cuidado com a saúde. Consumir drogas ilícitas pode dificultar a percepção de saúde. É recomendado a realização de estudos específicos para melhor compreensão da relação dos comportamentos de riscos e situação de saúde com o uso dos serviços. As informações produzidas servirão para gestores e profissionais de saúde refletirem sobre as ações e os serviços de saúde estabelecidos, assim como permitirão o desenvolvimento de programas e estratégias mais eficazes para uma atenção à saúde integral dos adolescentes.
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JULIANE DANIELLY SANTOS CUNHA
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CONHECIMENTO OBJETIVO E PERCEBIDO SOBRE VACINAS ENTRE ADOLESCENTES ESCOLARES
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Orientador : MALVINA THAIS PACHECO RODRIGUES
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Data: 28/02/2019
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INTRODUÇÃO: A imunização assume um papel fundamental para que a saúde seja resguardada. Entre os adolescentes, a aquisição de conhecimentos acerca da vacinação é extremamente necessária, pois tal processo fornecerá subsídios para que o nível de aceitabilidade das vacinas seja aumentado e tenha repercussões diretas no aumento da cobertura vacinal e, consequentemente, na diminuição das doenças imunopreveníveis. OBJETIVO: Analisar o conhecimento objetivo e percebido dos adolescentes escolares sobre a vacinação. MÉTODO: Estudo transversal e analítico realizado com 674 adolescentes, selecionadas por amostragem probabilística. O estudo faz parte de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), intitulada “Saúde na escola: diagnóstico situacional no ensino médio”. A coleta de dados ocorreu no ano de 2016 nas escolas públicas e privadas da Cidade de Teresina-PI sendo utilizado um questionário semi-estruturado, pré-codificado e pré-testado. Foram realizadas análises univariadas por meio de estatística descritiva; bivariada utilizando o teste qui-quadrado de Pearson; e multivariada, por meio de Regressão Logística Múltipla. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI parecer nº 1.495975. RESULTADOS: Predominaram adolescentes do sexo feminino (56,7%), com média de idade de 16 anos e estudantes da escola pública (64,7%). A maior parte dos estudantes demonstrou conhecimento objetivo e percebido baixo com 97,9% e 73,7%, respectivamente. Houve associação estatística entre o conhecimento percebido e a renda familiar, mostrando que possuir renda familiar maior que um salário mínimo está associado significativamente com o alto conhecimento percebido, tanto na análise bivariada (p= 0,000) como na regressão logística (OR=0,586; IC95%: 0,402-0,854). CONCLUSÃO: O conhecimento dos adolescentes escolares sobre vacinas é baixo. Acredita-se que essa deficiência de informações na vida do escolar pode resultar na baixa procura por esses imunobiológicos, tornando-os vulneráveis as doenças imunopreveníveis. Sendo assim, é fundamental orientar esse público quanto aos comportamentos de risco estimulando-os a adotarem medidas preventivas, como a atualização da carteira de vacinação, além da busca do conhecimento e de sua efetivação na prática.
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VANDOVAL RODRIGUES VELOSO
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Sentimento de insegurança e estratégias de enfrentamento por adolescente da rede privada de ensino de Teresina-Piauí
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Orientador : CASSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
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Data: 28/02/2019
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INTRODUÇÃO: A violência envolvendo adolescentes no contexto escolar configura-se como um problema de saúde pública e justifica o sentimento de insegurança daqueles que a frequentam. O sentimento de insegurança traz implicações diretas ao processo de integração de adolescentes à escola e à sociedade, sendo fundamental compreender a atuação desse construto no campo da saúde pública. OBJETIVO: Analisar as estratégias de enfrentamento ao sentimento de insegurança por adolescentes das escolas da rede privada de Teresina-Piauí. METODOLOGIA: Estudo transversal, de metodologia mista sequencial explanatória, composta de uma etapa quantitativa, seguida de uma etapa qualitativa. Na etapa quantitativa foi aplicado um questionário englobando aspectos sociodemográficos e violência em 238 adolescentes. Foram realizadas análises univariada, por meio de estatística descritiva, e bivariada, utilizando-se o teste de correlação de Spearman, teste Qui-quadrado de Pearson (χ2) e Regressão Logística Binária com intervalos de confiança de 95% (IC95%) e nível de significância de 5%. Na segunda etapa, foram selecionados dois alunos de cada uma das duas escolas com maior e menor prevalência do sentimento de insegurança, totalizando oito alunos, com igual distribuição entre os sexos. RESULTADOS: A amostra estudada apresentou idade média de 16,0 (±1,1) anos, sendo 47,5% do sexo masculino e 52,5% do sexo feminino. A prevalência do sentimento de insegurança foi de 17,6%, com predominância no sexo feminino. Os fatores associados significativamente (p<0,05) com o sentimento de insegurança incluíram os adolescentes que sofreram ameaças (OR=3,40; IC95%: 1,63-7,09) e intimidação (OR=2,92; IC95%: 1,43-5,95). Os achados qualitativos revelaram que os adolescentes das duas escolas de maior prevalência de sentimento de insegurança apresentaram relatos de atos violentos de maior gravidade nas categorias Experiência de violência observada na escola e Vivência de experiência de violência, enquanto os adolescentes das duas escolas de menor prevalência de sentimento de insegurança relataram atos violentos de menor gravidade, para essas mesmas categorias. CONCLUSÃO: Os adolescentes afirmaram sentir insegurança nos arredores das escolas e no trajeto casa-escola-casa em ambas as etapas da pesquisa, porém, não houve relato, nas entrevistas, de estratégias de enfrentamento ao sentimento de insegurança no interior das escolas, apenas em seus arredores e no trajeto casa-escola-casa. A triangulação entre métodos apontou para a convergência dos resultados das etapas quantitativa e qualitativa da pesquisa (categorias Experiência de violência observada na escola e Vivência de experiência de violência). Os achados indicam a necessidade de maior compreensão das estratégias de enfrentamento ao sentimento de insegurança por adolescentes no contexto das escolas privadas a fim de se implementar ações que proporcionem um clima escolar favorável à aprendizagem e diminuam os danos emocionais e psicológicos relacionados às situações adversas às quais estão expostos.
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DEBORAH FERNANDA CAMPOS DA SILVA
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USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS ENTRE ADOLESCENTES NO SEMIÁRIDO NORDESTINO
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Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
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Data: 28/02/2019
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SIMONE BARROSO DE CARVALHO
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Conhecimento, atitude e prática de adolescentes sobre vacinação contra Papilomavírus Humano
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Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
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Data: 28/02/2019
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Título:CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA DE ESCOLARES SOBRE VACINAÇÃO CONTRA PAPILOMAVÍRUS HUMANO
INTRODUÇÃO: A infecção pelo Papilomavírus Humano é responsável por aproximadamente 500 mil casos novos de neoplasia cervical em todo o mundo, e é na adolescência que existe o maior risco de infecção por este vírus em virtude do início precoce da atividade sexual, das práticas sexuais desprotegidas, grandes números de parceiros e contato com outras Infecções Sexualmente Transmissíveis. A vacinação é uma estratégia relevante para a saúde pública, pois é uma ação preventiva reconhecida pelo impacto na redução da morbimortalidade de doenças imunopreveníveis. OBJETIVO: avaliar o conhecimento, a atitude e a prática de escolares acerca da vacinação contra Papilomavírus Humano.METODOLOGIA: estudo avaliativo do tipo Conhecimento, Atitude e Prática, de corte transversal, realizado em 22 escolas públicas do interior piauiense, com meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A amostra foi calculada com base em uma margem de erro de 3% e nível de confiança de 95% e proporção máxima de ocorrência do fenômeno de 50%,totalizando 631 indivíduos. A coleta de dados ocorreu em salas reservadas no período de fevereiro a novembro de 2018, por meio de um questionário. Os dados foram compilados e analisados com o auxílio do software estatístico SPSS versão 20.0. Para a análise do conhecimento, atitude e prática utilizou-se os itens de avaliação de escala likert apresentados na Classificação dos Resultados das Intervenções de Enfermagem e para as associações entre as variáveis, foi utilizado o Teste Qui-quadrado de Pearson. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com parecer nº 2.429.531 e seguiu os princípios éticos estabelecidos na resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: Dos 631 entrevistados, 56,4% eram mulheres. A idade variou entre 09 a 14 anos 11 meses e 29 dias, com predomínio de escolares com 11 anos. Nos dois sexos, foi maior a proporção de indivíduos de cor da pele parda 44,5%. A maioria dos escolares era solteiro 82,4%, católicos 59,6%, apenas estudava 85,7% e possuía renda familiar menor que um salário mínimo. O inquérito Conhecimento, Atitude e Prática, permitiu identificar que a maioria dos escolares foram classificados com conhecimento, atitude e prática adequada, 65,9%, 80,5% e 65,8%, respectivamente. Verificou-se uma associação estatisticamente significativa entre o conhecimento e a prática (p= 0,028), não houve significância estatística na busca de associação entre a atitude e a prática (p= 0,663). CONCLUSÃO: Observou-se que ter conhecimento adequado aumentou a probabilidade de ter uma prática adequada. A educação em saúde envolvendo escolares e familiares, consulta programada, busca ativa e fortalecimento do Programa Saúde na Escola são alternativas e propostas que precisam ser revistas e avaliadas quanto a sua efetividade, pois são imprescindíveis para a conscientização e participação dos escolares acerca dos serviços de saúde aos quais têm direito. A participação do profissional de saúde é essencial, principalmente o enfermeiro, visto que é um ator em ações adequadas no enfrentamento dos problemas de saúde.
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CRISTIANE CRONEMBERGER DE ARRUDA MARQUES
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CONSUMO DE MICRONUTRIENTES POR ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS
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Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
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Data: 26/02/2019
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OBJETIVO: analisar o consumo dos micronutrientes na alimentação dos adolescentesde escolas públicas e privadas em Teresina-Pi. MÉTODOS:Estudo transversal, realizado com estudantes do ensino médio entre 10 e 19 anos idade, de escolas públicas e privadas.A amostra foi do tipo probabilística estratificada proporcional (LUIZ et al, 2005), totalizandoem 685 adolescentes na pesquisa.O consumo alimentar dos adolescentes foi obtido mediante utilização do recordatório de 24 horas – R24h.Foram aplicados o teste qui-quadrado (c2) e o teste t de Student para verificar diferença significativa entre as médias.RESULTADOS:Dos 673 adolescentes analisados, 436(64,7%) eram alunos da escola pública. 43,8% eram do sexo masculino e 56,2% do sexo feminino.O consumo de cálcioe de potássio foi baixo para os diferentes sexos de ambas as instituições. A ingestão de fósforo, de magnésio e de ferro foi adequada para os adolescentes do sexo masculino em ambas as redes de ensino. O consumo de sódioapresentou-se elevado para o sexo masculino nas duas instituições de ensino. A média de consumo para zinco e manganês das escolas públicas e privadas foi maior que a recomendação.A ingestão de cobre não foi atingida por adolescentes femininas da rede pública e a de Vitamina A e C foi maior nos adolescentes da rede privada. O consumo de Vitamina B12 se apresentou acima da adequação para todos os adolescentes estudados. CONCLUSÃO: Os adolescentes necessitam de um acompanhamento nutricional, com a realização de intervenção objetivando melhorar o consumo de micronutrientes e prevenção de futuras doenças.
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FELIPE BARBOSA DE SOUSA COSTA
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ABUSO SEXUAL CONTRA ADOLESCENTES NO AMBIENTE ESCOLAR E NAS PARCERIAS ÍNTIMAS: EXPERIÊNCIA DE VITIMIZAÇÃO E SEUS IMPACTOS
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Orientador : CASSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
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Data: 22/02/2019
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Introdução: O abuso sexual contra adolescentes é entendido como problema social e de saúde pública, estando os adolescentes sujeitos a este tipo de violência em diversas esferas relacionais, inclusive em suas parcerias íntimas. Objetivo: Caracterizar o abuso sexual contra adolescentes no ambiente escolar e nas parcerias íntimas. Metodologia: Estudo de abordagem mista, baseado em triangulação de métodos. Na abordagem quantitativa foi realizado estudo transversal com 367 adolescentes escolares do ensino médio de Caxias, MA, selecionados por amostragem probabilística estratificada proporcional. Na abordagem qualitativa foram realizadas entrevistas semiestruturadas com cinco escolares que sofreram violência sexual nas parcerias íntimas. Realizaram-se análises univariada, por meio de estatística descritiva; bivariada, por meio de Odds Ratio e multivariada, através de regressão logística múltipla, com Odds Ratio ajustadas e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) com nível de significância estatística de 5%. Os dados qualitativos foram interpretados com base na análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Os estudantes apresentaram idade média de 17,3 (±1,2) anos, predomínio do sexo feminino (65,9%), autodeclarados pretos/pardos (83,9%), de religião católica (54,2%) e morando com ambos os pais (43,6%). A prevalência de vitimização por abuso sexual foi de 35,9%. Observou-se alta prevalência de vitimização sexual por namorado(a)/ex-namorado(a) (14,4%; IC95%: 10,6-18,3). Os fatores associados significativamente (p<0,05) com sofrer violência sexual incluíram, dentre outros, ter realizado consulta com profissional especializado (OR=3,05; IC95%: 1,55-5,98), ideação suicida (OR=2,31; IC95%: 1,14-4,68) e uso de drogas nos últimos 12 meses (OR=2,55; IC95%: 1,01-6,43). Os dados qualitativos mostraram desde experiências sutis de violência, a exemplo de carícias e toques indesejados, até tentativas de manutenção de relação sexual forçada nas relações de namoro, frequentemente precedidas de experiências anteriores em outras esferas relacionais e sobreposição de violências. Alguns adolescentes não reconheceram experiências sofridas como sendo eventos violentos, inclusive apresentando discursos legitimadores de violência. As principais formas de enfrentamento incluíram partilha das experiências com as mães, mudanças de atitude frente aos relacionamentos, e apenas uma adolescente recorreu a órgãos de proteção, sofrendo processo de revitimização. O conjunto do estudo mostrou que os impactos produzidos diferem conforme as características da violência sofrida, porém sentimentos de medo, culpa, vergonha e isolamento social foram comuns, bem como comportamentos suicidas e consumo de álcool e outras drogas. Conclusão: Verificou-se alta prevalência de violência sexual entre os escolares do ensino médio na cidade de Caxias, no estado do Maranhão, em diferentes esferas relacionais, com destaque para as parcerias íntimas, associada a fatores como consumo de bebidas alcóolicas e outras drogas, ideação suicida e importantes problemas emocionais e/ou psicológicos.
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MARIA ANDRÉIA BRITO FERREIRA LEAL
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Conhecimento objetivo, percebido e confiante sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco à saúde cardiovascular entre escolares
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Orientador : CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA
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Data: 22/02/2019
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INTRODUÇÃO: Hábitos e comportamentos prejudiciais à saúde cardiovascular presentes na infância, representam um relevante problema de saúde pública, haja vista que se associam ao risco aumentado para surgimento precoce de comorbidades e ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares fatais na vida adulta. Acredita-se que o conhecimento de crianças sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco cardiovascular, pode contribuir para a incorporação de boas práticas de saúde que se prolongam por toda vida. Contudo investigações dessa natureza ainda são limitadas. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento objetivo, percebido e confiante sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco à saúde cardiovascular entre crianças escolares. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com 397 escolares na faixa etária de 7 a 11 anos, matriculados em escolas contempladas com o Programa Saúde na Escola, no município de Teresina, Piauí, Brasil. O conhecimento objetivo foi avaliado utilizando-se o questionário CardioKids e o percebido utilizando-se uma escala pictórica do tipo Likert com quatro opções de resposta (nada confiante a muito confiante). O conhecimento confiante foi obtido a partir da multiplicação do escore do conhecimento objetivo pelo conhecimento percebido informado em cada ítem. Utilizou-se o modelo de Regressão de Poisson na análise multivariada com nível de significância de 5% (p˂0,05). O critério para inclusão das variáveis nesse modelo foi a associação ao nível de 20% (p˂0,20) na análise bivariada. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer nº. 2.308.923.RESULTADOS: Os escolares apresentaram elevado conhecimento objetivo e percebido com percentual médio total de acerto de 84,3% e de confiança de 84,9%. O conhecimento confiante apresentou-se inferior com média percentual total de 74,1% de confiança nas respostas corretas. A análise bivariada mostrou associação entre o menor conhecimento confiante e ter idade de 7 a 8 anos (p<0,001), escolaridade materna até o ensino fundamental incompleto (p=0,005), estudar nas séries 1º, 2º e 3º ano (p<0,001) do ensino fundamental, em escolas de tempo integral (manhã e tarde) (p<0,001) e realizar atividades complementares na escola (p=0,029). Na análise multivariada, o menor conhecimento confiante prevaleceu apenas entre os que estudavam da 1ª à 3ª séries (RP = 2,069; IC95%: 1,063-4,027). CONCLUSÕES: Verificou-se que os escolares apresentaram elevados níveis globais de conhecimento objetivo e percebido sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco à saúde cardiovascular. Contudo, ao avaliar o conhecimento confiante percebe-se um nível de confiança deficiente em informações sobre hábitos e comportamentos que são prejudiciais à saúde cardiovascular, o que pode ter contribuído para a manutenção desses comportamentos por parte dessa população. Dessa maneira, sugere-se repensar iniciativas de educação em saúde cardiovascular no contexto escolar a fim de contribuir para que escolares, especialmente de séries iniciais, se apropriem de saberes que conduzam a mudanças de comportamentos, bem como à promoção da saúde cardiovascular dessa população.
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ANDRESSA LIMA RAMOS
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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA ÀS PESSOAS COM HIPERTENSÃO E/OU DIABETES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
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Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
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Data: 21/02/2019
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Resumo: As doenças crônicas, em particular a hipertensão e o diabetes, requerem monitoramento e ações que possam contribuir com o manejo clinico adequado dessas patologias, pois representam uma grande sobrecarga no sistema de saúde e impacto na qualidade de vida das pessoas acometidas. Nesse sentido, realizou-se um estudo avaliativo, tipo normativo, com abordagem quantitativa, que tem como objetivo geral de avaliar a qualidade da assistência à pessoa com hipertensão e/ou diabetes mellitus tipo 2 na atenção primária à saúde de Araioses, Maranhão. A amostra foi composta por 190 prontuários de usuários com HAS e/ou DM e por 51 profissionais da equipe de saúde, abrangendo 17 enfermeiros, 17 médicos e 17 técnicos ou auxiliares de enfermagem. Os dados foram coletados por meio de seis instrumentos já validados adaptados à realidade do local do estudo com vista a obter dados relacionados aos componentes avaliativos estrutura e processo, a partir de observação direta das estruturas, recursos e ações desenvolvidas nas unidades voltadas à pessoa com HAS e DM tipo 2. A pesquisa foi realizada de acordo com a Resolução nº 466/12, sendo aprovado sob parecer n.º 2.344.652/2017. Identificou-se diferença estatisticamente significativa entre as distribuições dos níveis de qualidade da assistência nos subcomponentes de avaliação da estrutura, sendo que os níveis para recursos materiais e humanos são mais de 40% superior à média dos demais. Enquanto que as condições de edificações e a disponibilidade de medicamentos antihipertensivos e hipoglicemiantes obtiveram as menores avaliações (11,8%, 34,1% e 36,9%, respectivamente). Quanto ao componente processo, todos os profissionais da equipe mínima apresentaram médias altas de nível de qualidade da assistência, com destaque dos enfermeiros, os quais estão à frente do processo de cuidado e acompanhamento desse público utilizando a consulta de enfermagem e atividades grupais para obterem melhores resultados. Evidenciou-se que o nível de qualidade da assistência total foi considerado como moderado em 88,2% das UBS, com menores níveis de qualidade identificados no componente ‘estrutura’. Deste modo, esse estudo pode contribuir para a adequação das condições físicas das UBS, bem como para o provimento adequado de medicamentos e insumos, impactando diretamente na dimensão ‘resultado’, a partir da avaliação periódica das condições de saúde dos usuários atendidos, bem como da satisfação dos usuários relacionada à assistência. Para isso, faz-se necessário o compartilhamento desses resultados com os profissionais e gestores municipais, a fim de dar visibilidade e promover reflexão sobre a avaliação realizada.
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STEPHANIE SARAH CORDEIRO DE PAIVA
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ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO HEART DISEASE KNOWLEDGE QUESTIONNAIRE PARA ADOLESCENTES BRASILEIROS
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Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
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Data: 21/02/2019
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O presente estudo teve como objetivo traduzir, adaptar transculturalmente e validar o Heart Disease Knowledge Questionnaire para adolescentes brasileiros, portanto, trata-se de um estudo metodológico. A diretriz adotada, Beaton et.al (2007), tem aceitação internacional e consistiu nas seguintes etapas: tradução, síntese das traduções, retrotradução, comitê de especialistas, pré-teste, submissão da versão final à autora do instrumento. Todo o processo aconteceu de janeiro a novembro de 2018. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e pesquisa com o parecer nº 2.344.661. O instrumento foi reorganizado em 35 itens para as etapas 1-4. A tradução foi feita por dois tradutores, um informado e outro não informado sobre os conceitos abordados no instrumento, ambos bilingues, cuja língua materna era o português – resultando nas versões T1 e T2. A síntese das traduções foi realizada por meio de consenso entre os tradutores e todo o processo registrado e mediado pela pesquisadora – resultando na versão T12. Outros dois tradutores fizeram as retrotraduções, ambos cegos sobre o instrumento original, bilíngues, cuja língua materna era o inglês – resultando nas versões RT1 e RT2. O comitê de especialistas foi formado por sete profissionais a partir de critérios que garantissem a qualidade e competência para avaliação da equivalência da tradução, que foi julgada em quatro aspectos: semântica, idiomática, cultural e conceitual. Dos 35 itens, 24 obtiveram índice de validade de conteúdo (IVC) ≥ 0,80, não sendo necessárias alterações na versão T12 destes itens. Após ajustes implementados com base nas sugestões dos especialistas, outros 10 itens obtiveram aprovação pelo IVC. O IVC geral do instrumento foi de 0,93. O item 25, que não havia obtido IVC suficiente para aprovação foi alterado em posterior análise e submetido à avaliação da autora, que aprovou a versão proposta. O pre-teste foi realizado com 30 adolescentes de 13 a 18 anos de Teresina, Piauí. Foi utilizada uma escala likert para avaliar a compreensão dos itens, e a estratégia de brainstorming para obter sugestões dos adolescentes para os itens não compreendidos. Após esta etapa onze itens necessitaram de adaptações. A versão brasileira do instrumento foi retrotraduzida para submissão à autora, que não apresentou objeção ao questionário adaptado. A versão brasileira – Questionário de Doenças Cardíacas – permaneceu com os 30 itens do instrumento original, e o segmento criterioso das etapas do referencial adotado para adaptação transcultural, garantiu o alcance da equivalência e validade de conteúdo dos itens. Estudo subsequente será realizado para identificar as propriedades psicométricas do instrumento adaptado.
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ERISONVAL SARAIVA DA SILVA
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ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM PESSOAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS
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Orientador : JOSE WICTO PEREIRA BORGES
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Data: 11/02/2019
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Introdução. O Acidentes Vascular Cerebral (AVC) é uma Doença Crônica Não Transmissível que ocupa a segunda posição como causa de morte e incapacidades no mundo, tendo a hipertensão arterial sistêmica como o principal fator associado. Objetivo. Analisar a prevalência e fatores de risco associados ao AVC em pessoas com hipertensão arterial sistêmica.Método. Estudo seccional analítico com 378 hipertensos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do município de Floriano (Piauí) selecionados por amostragem aleatória simples entre as 17 unidades de saúde da zona urbana. Realizou-se análise estatística uni, bi e multivariada. Na primeira fez-se análise descritiva, com medidas de tendência central e dispersão. Na segunda, o teste estatísticos qui-quadrado e t de Student. Na terceira, regressão logística com blocagem hierárquica de variáveis considerando no plano distal (características socioeconômicas), intermediário (características de saúde) e proximal (características do estilo de vida). Todas as análises consideraram nível de significância estatística de 5%. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados. O estudo encontrou prevalência estimada de 11,6% de ocorrência de AVC. Os fatores de risco que se associaram significativamente (p<0,05) com a ocorrência do evento foram: no bloco distal, o sexo (OR=0,47; IC95%: 0,23-0,95) e a idade (OR=1,03; IC95%:1,01-1,06); no medial, possuir familiar com AVC (OR=2,01; IC95%: 1,00-4,04) e ter ido à emergência com a pressão arterial alterada (OR=2,01; IC95%: 1,00-4,05); no bloco proximal, fazer uso de comida gordurosa (OR=2,33; IC95%: 1,15-4,72), consumir doce ao menos uma vez por semana (OR=2,37; IC95%:1,15-4,90) e o tempo de fumante em anos completos (OR=1,02; IC95%:1,00-1,04). Conclusão. Considerando a gravidade da ocorrência do AVC encontrou-se uma prevalência elevada dessa complicação. O modelo proposto mostrou que existe uma hierarquia entre os fatores de risco na ocorrência do AVC, revelando de maneira proximal os fatores de estilo de vida consumo de comida gordurosa, consumo de doce e o tempo de fumante, de maneira intermediária as condições de saúde como possuir familiar com AVC e buscar a emergência com a PA alterada, e de maneira distal o sexo e a idade.
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CYNTIA MENESES DE SÁ SOUSA
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IDEAÇÃO SUICIDA EM ESCOLARES ADOLESCENTES: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
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Orientador : MARCIO DENIS MEDEIROS MASCARENHAS
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Data: 06/02/2019
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Introdução: O adolescente experimenta comportamentos que podem gerar quadros depressivos e resultar em ideações suicidas, a qual se refere a pensamentos de como acabar com a própria vida, considerada um importante fator de risco para o suicídio. Objetivo: Analisar a prevalência da ideação suicida e fatores associados entre escolares do ensino médio. Métodos: Estudo transversal com 674 adolescentes de escolas públicas e privadas em Teresina, Piauí, em 2016, selecionados por amostragem probabilística estratificada proporcional. O estudo faz parte de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), intitulada “Saúde na escola: diagnóstico situacional no ensino médio”. Foi utilizado questionário semi-estruturado, baseado no questionário da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE-2012) e no Inquérito de vitimização utilizado por Lecoque (2003). Realizou-se análise bivariada com o teste do Qui-quadrado e análise múltipla pelo modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência (RP) e intervalos de 95% de confiança (IC95%). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI (parecer nº 1.495.975). Resultado: Os participantes do estudo foram em sua maioria do sexo feminino (56,7%), negros (77,4%), que moravam com os pais (85%), cujas mães apresentavam escolaridade ≥ 8 anos de estudo (68,8%), com renda familiar maior que um salário mínimo (58,3%), praticantes de alguma religião (86,8%) e procedentes de escola pública (64,7%). A prevalência de ideação suicida foi de 7,9%. Maior frequência de ideação suicida foi relatada entre estudantes do sexo feminino (10,2%), com p-valor de 0,052, se encontrando no limite da significância estatística. Ideação suicida foi associada estatisticamente aos alunos que referiram não residir com os pais (RP ajustada: 2,27; IC95%: 1,26-4,10; p<0,05) e àqueles que informaram ter sofrido violência sexual por outros alunos, professores ou funcionários da escola (RP ajustada: RP: 3,40; IC95%: 1,80-6,44; p<0,05), com uma prevalência de ideação suicida três vezes maior que a observada entre aqueles que não referiram esse tipo de violência. Conclusão: A ideação suicida entre adolescentes escolares de Teresina estava associada ao sexo feminino, a não residir com os pais e a ter sido vítima de violência sexual na escola.
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LARISSA CARVALHO RIBEIRO DE SÁ
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Síndrome metabólica em adolescentes e sua associação com a qualidade da dieta
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Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
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Data: 29/01/2019
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Introdução: A síndrome metabólica (SM) é uma desordem complexa que acomete não somente adultos, mas também adolescentes, devido à tendência crescente da obesidade. Dentre os fatores associados à SM, o padrão alimentar, que em geral é inadequado na adolescência, constitui um dos mais importantes. Objetivo: Analisar a prevalência de SM e sua associação com a qualidade da dieta dos adolescentes. Métodos: Pesquisa transversal realizada com 327 adolescentes do ensino médio da rede pública e particular de Teresina-PI. Obteve-se dados socioeconômicos, antropométricos, de consumo alimentar, para obtenção do Índice de Qualidade da Dieta Revisado, e relativos à SM (glicemia, pressão arterial, circunferência da cintura, triglicerídeos e HDL-c). As variáveis contínuas foram descritas por médias, desvios padrão e intervalos de confiança de 95%. Para verificar a associação entre as variáveis dependentes e as explanatórias, calculou-se o odds ratio ajustado. O nível de significância adotado para os testes foi de p <0,05. Resultados: A prevalência de SM foi 3,3%, sendo a baixa concentração de HDL-c a alteração mais frequente (50,5%). A média de pontuação no Índice de Qualidade da Dieta Revisado foi 55,4 pontos. Piores escores foram obtidos em cereais integrais, vegetais verde-escuros e alaranjados, óleos, leites e derivados e frutas integrais. Em contrapartida, cereais totais, e carnes, ovos e leguminosas tiveram pontuações próximas ao máximo estipulado. O menor tercil de vegetais verde-escuros, alaranjados e leguminosas demonstrou risco para baixo HDL-c e o segundo tercil foi protetor para níveis glicêmicos elevados. Quanto ao grupo do leite, seu menor consumo aumentou as chances para níveis elevados de triglicerídeos e de pressão arterial. Conclusão: Apesar da baixa prevalência de SM, houve alterações relevantes em seus fatores, havendo associações entre menor consumo de importantes componentes da qualidade da dieta e alterações da SM
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