Dissertações/Teses

2024
Descrição
  • NEYLANY RAQUEL FERREIRA DA SILVA
  • CONHECIMENTOS, ATITUDES E PRÁTICAS RELACIONADOS À PREVENÇÃO DA COVID-19: inquérito populacional EpiCOVID-Piauí
  • Orientador : MARCIO DENIS MEDEIROS MASCARENHAS
  • Data: 25/09/2024
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  • Introdução: Inquéritos sobre conhecimentos, atitudes e práticas (CAP) podem contribuir na investigação de doenças de transmissão respiratória como a covid-19 e influenciar as medidas de prevenção recomendadas. Objetivo: Analisar conhecimentos, atitudes e práticas relacionados à prevenção da covid-19 em adultos residentes no Piauí. Métodos:  Estudo transversal analítico com dados de adultos (≥18 anos de idade) participantes do inquérito sorológico de base populacional sobre infecção pelo novo coronavírus (EpiCOVID-Piauí) no período de março a novembro de 2022. Adotou-se amostragem probabilística por conglomerado em três estágios (setor censitário, quadra, domicílio). As entrevistas ocorreram durante visitas domiciliares, utilizando formulário digital do programa EpiCollect®. Foram obtidos dados sociodemográficos, aspectos clínicos, além dos conhecimentos (16 questões), atitudes (7 questões) e práticas (11 questões) em relação à covid-19. As perguntas foram adaptadas de instrumentos utilizados em inquéritos de saúde previamente realizados no Brasil durante a pandemia de covid-19. Foram calculadas frequências ponderadas, prevalências, razões de prevalência (RP) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) por meio da regressão de Poisson. Utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson, ao nível de significância de 5%, para verificar a associação entre as variáveis independentes e o desfecho. As análises foram realizadas no programa Stata, no módulo svy. O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI, conforme parecer nº. 4.644.991. Resultados: Foram entrevistados 1.806 adultos. O conhecimento adequado (85,0%) foi associado a residir no interior (RP=1,09; IC95%: 1,03-1,15), ter escolaridade de nível superior (RP=1,14; IC95%: 1,06-1,22) e covid-19 prévia (RP=1,07; IC95%: 1,02-1,12). A atitude positiva (87,4%) associou-se a residir no interior do estado (RP=1,06; IC95%: 1,01-1,12), ter 40-59 anos (RP=1,06; IC95% 1,01-1,13) ou ≥60 anos de idade (RP=1,09; IC95%:1,03-1,14), ter recebido ≥2 doses de vacina contra covid-19 (RP=1,36; IC95%: 1,12-1,66) e ter conhecimento adequado (RP=1,46; IC95%: 1,29-1,64). A prática adequada (70,2%) foi associada a ter 40-59 anos de idade (RP=1,21; IC95%: 1,10-1,34), ter recebido ≥2 doses de vacina contra a covid-19 (RP=1,96; IC95%: 1,32-2,91), ao conhecimento adequado (RP=1,58; IC95%: 1,39-1,80) e à atitude positiva (RP=1,66; IC95%: 1,40-1,96). Conclusão: Houve bom desempenho em relação a conhecimentos e atitudes, com desempenho inferior em relação às práticas de prevenção da covid-19 entre adultos no Piauí. O melhor conhecimento foi observado no sexo feminino e escolaridade médio completo ou incompleto. A atitude foi influenciada positivamente pelo aumento da idade, vacinação contra a covid-19 e conhecimento adequado sobre a doença. A prática foi influenciada positivamente pelo aumento da idade, vacinação, conhecimento adequado e atitude positiva. Os resultados do estudo podem subsidiar políticas públicas mais eficazes para prevenir a propagação da covid-19 no Piauí, reduzir a morbidade e mortalidade associada à doença.

  • BEATRIZ CAROLINE LEÃO LIMA
  • ANÁLISE TEMPORAL E ESPACIAL DAS NOTIFICAÇÕES DE LESÕES AUTOPROVOCADAS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO BRASIL, DE 2013 A 2022
  • Orientador : JOSE WICTO PEREIRA BORGES
  • Data: 20/09/2024
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  • Introdução: No Brasil, a saúde mental de crianças e adolescentes vem apresentando danos ao longo do tempo e as notificações de lesões autoprovocadas nessa população podem seguir a tendência mundial de crescimento. Lesão autoprovocada é uma forma de lesão auto-infligida, podendo ter intencionalidade suicida ou não. A análise do padrão temporal e espacial desse agravo é fundamental, tendo em vista a conjuntura social atual que reverbera na saúde mental da sociedade e a necessidade de conhecer a magnitude e o comportamento do agravo, podendo ter relação com o espaço e os respectivos fatores socioeconômicos no contexto em que o indivíduo está inserido. Objetivo: Analisar a ocorrência temporal e espacial das lesões autoprovocadas em crianças e adolescentes no Brasil, entre 2013 e 2022. Métodos: Estudo transversal e ecológico misto sobre lesões autoprovocadas na faixa etária de 5 a 19 anos, no Brasil. Utilizaram-se as variáveis: sexo, faixa etária, método, local de ocorrência, caráter repetitivo, ano, região, município e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Os dados foram obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). O modelo de análise de Prais-Winsten foi utilizado para análise de tendência temporal. O software QGIS foi utilizado para a construção de mapas temáticos para análise espacial. Neste estudo, o nível de significância considerado foi de < 5%. Resultados: Houve 234.190 notificações de lesões autoprovocadas em crianças e adolescentes ao SINAN, no período estudado. Os casos notificados tinham como características predominantes: sexo feminino (77,1%), faixa etária de 15 a 19 anos (70,3%) e ocorrência na região Sudeste (45,5%). O Brasil e suas regiões apresentaram crescimento das taxas no período, exceto em 2020. Observou-se tendência crescente no Brasil [variação percentual anual (VPA): 28,7; IC95% 19,9; 38,2; p: < 0,001)] e nas regiões Norte (VPA: 26,6; IC95% 18,5; 35,3; p: < 0,001), Nordeste (VPA: 32,7; IC95% 24,4; 41,5; p: < 0,001), Sudeste (VPA: 27,8; IC95% 20,1; 36,1; p: < 0,001), Sul (VPA: 26,5; IC95% 12,8; 41,8; p: 0,001) e Centro-Oeste (VPA: 31,5; IC95% 23,5; 40,0; p: < 0,001). A distribuição espacial apresentou incremento na concentração das taxas de lesão autoprovocada, com destaque para o ano de 2022. Observou-se dependência espacial em todos os períodos (2013-2015: 0,331 p: <0,001; 2016-2018: 0,447 p: <0,001; 2019-a2021: 0,475 p: <0,001; 2022: 0,431 p: <0,001). Observou-se correlação global das taxas de lesão autoprovocada com o IDHM (2013-2015: 0,139 p: <0,001; 2016-2018: 0,242 p: <0,001; 2019-2021: 0,300 p: <0,001; 2022: 0,248 p: <0,001). Conclusão: O estudo apontou tendência temporal crescente, incremento na concentração espacial e dependência entre aglomerados de altas ou baixas taxas de lesões autoprovocadas em crianças e adolescentes entre os municípios no Brasil, ao longo do período estudado. Observou-se correlação entre o IDHM e as taxas de lesões autoprovocadas, sendo possível verificar altos índices de IDHM e baixas taxas de lesões autoprovocadas em municípios localizados na região Sudeste, enquanto baixos índices de IDHM e altas taxas de lesões autoprovocadas estavam localizados em municípios da região Nordeste.
     
  • CLÁUDIO FERNANDO GOMES GONÇALVES
  • RELAÇÃO ENTRE ATIVIDADE FÍSICA E DEPRESSÃO PRÉ-NATAL EM ADOLESCENTES
  • Data: 20/09/2024
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  • Introdução: A depressão pré-natal é um grave problema de saúde pública que afeta as gestantes, especialmente adolescentes. A atividade física pode promover uma melhor saúde mental, porém os níveis de atividade física entre esse público costumam ser insatisfatórios. Objetivo: Analisar a relação entre a atividade física e a depressão pré-natal em adolescentes do município de Teresina, Piauí. Métodos: Trata-se de estudo transversal e analítico, realizado entre abril de 2023 a março de 2024, com adolescentes grávidas entre 10 e 19 anos que residiam e faziam acompanhamento pré-natal no município. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista estruturada, utilizando formulário sobre aspectos sociodemográficos, comportamentais, obstétricos e relacionados à situação conjugal. Utilizou-se a Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo para verificar a prevalência de depressão pré-natal e o Questionário de Atividade Física para Gestantes para as informações sobre hábitos de atividade física. A associação entre a variável dependente e as independentes foi avaliada pelo teste do qui-quadrado de Pearson/teste exato de Fisher. Todas as variáveis que mostraram p<0,20 foram incluídas na análise multivariada, realizada por meio de regressão logística múltipla e cálculo de odds ratio ajustada (ORaj) e intervalos de confiança de 95% (IC95%). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: Foram entrevistadas 182 adolescentes. O risco de desenvolver depressão pré-natal foi de 31,3%. A maioria não praticava exercícios físicos (67,6%), mas se considerava levemente ativa/ativa durante a gestação (73,6%). Contudo, a maior parte delas era sedentária (85,7%). Grande parte dos profissionais de saúde (78,0%) não recomendou prática de atividade física durante a gravidez e apenas 8,5% das adolescentes o fazia sob orientação de um profissional de educação física. A caminhada foi o tipo de exercício predominante (83,0%) e a maior parte do tempo era gasto em tarefas domésticas (55,0%) e de lazer (65,9%). Houve aumento da chance de depressão pré-natal nas consideradas sedentárias no deslocamento (ORaj=2,40; IC95% 1,01-5,68). Por outro lado, aquelas que praticavam exercício físico (ORaj=0,22; IC95% 0,05-0,94) e tiveram gasto energético leve em atividade domésticas (ORaj=0,26; IC95% 0,07-0,98) apresentaram menor chance de desenvolver depressão pré-natal. Conclusões: A prevalência de depressão pré-natal e de sedentarismo durante a gravidez foi elevada. Praticar exercício físico e ser ativa em atividades domésticas combatem os sintomas de depressão pré-natal. Os achados revelam a necessidade de promover políticas públicas que ofereçam suporte e orientação profissional adequada para essa população, visando aumentar os níveis de atividade física e, consequentemente, reduzir a prevalência de depressão pré-natal.

  • KALINY VIEIRA DOS SANTOS ALVES PEREIRA
  • DESENVOLVIMENTO DE TECNOLOGIA EDUCATIVA DIGITAL A RESPEITO DA DOENÇA DE CHAGAS
  • Orientador : VAGNER JOSE MENDONCA
  • Data: 18/09/2024
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  • Introdução: A doença de Chagas é uma doença infecciosa com fase aguda ou crônica causada pelo vetor Triatoma infestans, mais conhecido como barbeiro. É considerada uma doença negligenciada, gerando a necessidade de intervenções de caráter de saúde pública. Objetivo: Desenvolver e validar uma tecnologia educativa a respeito da doença de Chagas. Métodos: Pesquisa metodológica de natureza quantitativa, que possui três fases: Pré-produção, produção e pós-produção de vídeo educativo. O processo de validação contou com 15 juízes especialistas (9 em conteúdo e 6 técnicos) além da validação do público-alvo (17 adolescentes). Os dados foram analisados por meio do programa Microsoft Office Excel e do programa estatístico SPSS versão 25. Na avaliação dos juízes, foi mensurado o Índice de Validade de Conteúdo. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com parecer n. 5.878.972 e os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Quanto a validação dos especialistas em conteúdo, observou-se que 66,7% possuem doutorado na área de interesse, 33,3% mestrado e 44,4% possuem especialização. Além disso, 55,6% tem experiência na área de doença de Chagas e 44,4% atenção primária à saúde e/ou no programa saúde na escola. A distribuição de concordância entre os especialistas de conteúdo a respeito das categorias e subcategorias do instrumento do roteiro do vídeo educativo foi avaliada de forma positiva e em nenhuma das subcategorias, a proporção de concordância foi inferior a 80% e nenhum item recebeu avaliação menor que 0,8 no índice de Validade de Conteúdo. Na validação dos especialistas técnicos foi possível observar que 83,3% eram doutores na área de interesse, 16,7% eram mestres, 83,3% possuem especialização, 50% dos profissionais participantes possuem experiência de Tecnologias Educativas e/ou Validação de Instrumento, 66,7% possuem experiência na área de Cinema/Comunicação social e 83,3% possuem publicações relacionadas a Tecnologias Educativas e/ou Validação de Instrumento. Na distribuição de concordância entre os especialistas de conteúdo a respeito das categorias e subcategorias do instrumento do roteiro do vídeo educativo, os participantes expressaram uma parcial unanimidade em suas análises, demonstrando um alto nível concordância nas suas avaliações (100%) exceto na categoria eficiência, onde a subcategoria “tempo proposto” alcançou uma porcentagem de 83,3%. Apesar do item ter apresentado uma concordância acima de 80%, as sugestões foram acatadas visando a melhor qualidade do material. Nenhum item recebeu avaliação menor que 0,8 no Índice de Validade de Conteúdo. Nas evidências de validade do conteúdo do roteiro pelo público-alvo, o sexo feminino foi o mais predominante (58,8%), com uma porcentagem igual de alunos que estudavam no 7º e 8º ano (23,5%). Na distribuição de concordância, todos os itens atingiram porcentagem acima de 80%. O vídeo foi divulgado no ambiente escolar através da ação educativa “Conhecendo a doença de Chagas”. Conclusão: Por se tratar de uma tecnologia de fácil acesso, a mesma poderá ser utilizada nas práticas educativas por profissionais da saúde e da educação, fornecendo informações relevantes sobre a temática e contribuindo para a promoção da saúde.

  • LUZIA CLEIA DA SILVA
  • EXCESSO DE PESO E FATORES ASSOCIADOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 NO PIAUÍ: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL
  • Orientador : CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA
  • Data: 13/09/2024
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  • Introdução: O excesso de peso está se tornando cada vez mais prevalente globalmente, afetando todas as faixas etárias e condições socioeconômicas. Essa condição, provoca sérios problemas de saúde e representa um desafio significativo para a saúde pública em todo o mundo. Além disso, a pandemia da COVID-19 pode ter aumentado ainda mais essa situação, devido às restrições sanitárias implementadas. Dado o aumento da prevalência de excesso de peso entre crianças e adolescentes juntamente com o crescente consumo de alimentos ultraprocessados e a adoção de medidas restritivas que foram realizadas para combater o avanço da pandemia da COVID-19, torna-se essencial intervir na prevenção da obesidade ao abordar seus fatores de risco. Objetivo: analisar o excesso de peso e fatores associados em crianças e adolescentes durante a pandemia da COVID-19 no Piauí, Brasil. Métodos: Estudo transversal, analítico, de base populacional domiciliar e abordagem quantitativa, realizada por meio de um inquérito sorológico no Piauí, denominada EpiCOVID-Piauí no período de março a novembro de 2022. A amostra foi 314 crianças e adolescentes de 5 a 19 anos. Foram investigadas variáveis sociodemográficas, econômicas, situação de saúde, consumo alimentar e estilo de vida. As entrevistas foram realizadas durante visitas a domicílios sorteados, utilizando um formulário digital padronizado com o programa EpiCollect5. Foram calculadas frequências ponderadas, prevalências, razões de prevalência (RP) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) por meio uma regressão Logística, com correção robusta da variância. A diferença entre os sexos foi avaliada através do teste de qui-quadrado (χ2) de Pearson ajustado Rao-Scott. O limiar de significância adotado foi de 5%. As análises foram realizadas no programa Statistical Package for Social Science, versão 20.0, no módulo svy. A pesquisa seguiu todas as recomendações éticas e houve aprovação de um Comitê de Ética em Pesquisa (nº. 4.644.991). Resultados: A prevalência de excesso de peso foi de 34,1%, compreendendo 12,2% de casos de sobrepeso e 21,9% de casos de obesidade, sendo maior no sexo masculino (38,4%) do que o sexo feminino (30,6%). O excesso de peso foi associado à idade de 5 a 9 anos no sexo feminino (RP=14,66; IC95%=2,84 - 75,54), idade entre 5 a 9 anos no sexo masculino (RP=17,08; IC95%=2,66 - 109,93), 10 a 14 anos no sexo masculino (RP=8,14; IC95%=2,07 - 32,08). A prevalência de excesso de peso foi associada ao nível de escolaridade mais baixo 94,5 (OC95%61,2 - 99,5). Não houve diferenças significativas em relação à cor da pele, infecção da COVID-19 e consumo de frutas, legumes, verduras, alimentos enlatados, processados ou congelados. Conclusão: O excesso de peso é mais comum em crianças de 5 a 9 anos do que em adolescentes de 15 a 19. O sexo, cor da pele, consumo alimentar e COVID-19 não tiveram impacto significativo. Esses resultados destacam a necessidade de estratégias de prevenção e mais pesquisas sobre o excesso de peso.

  • NÁGILA SILVA ALVES
  • CONHECIMENTOS, ATITUDES E PRÁTICA DE PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE SOBRE PREVENÇÃO E CONTROLE DA COVID-19 E FATORES ASSOCIADOS
  • Orientador : MALVINA THAIS PACHECO RODRIGUES
  • Data: 30/08/2024
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  • Introdução: Em todo o mundo, as pessoas privadas de liberdade apresentam inúmeras condições de vulnerabilidade sanitária e de adoecimento devido às condições de confinamento inadequadas em que vivem. Tal realidade amplia a predisposição ao risco de contágio e transmissão da covid-19, o que requer que ações preventivas de enfrentamento devam ser realizadas para controlar o número de casos e prevenir contaminação em massa. Objetivo: Analisar os conhecimentos, atitudes e prática de pessoas privadas de liberdade em relação à prevenção e controle da covid-19. Métodos: Estudo transversal e analítico de base institucional realizado em sete unidades prisionais do Piauí, com uma amostragem probabilística por conglomerado. A coleta de dados ocorreu de abril a outubro de 2022, por meio da aplicação de um formulário adaptado constituído por perguntas referentes a variáveis sociodemográficas, características da cela, conhecimentos, atitudes e prática em relação à covid-19, sendo as três últimas classificadas por escores. As análises dos dados foram realizadas com o uso do Stata. Foram calculados razão de prevalência (RP) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) por meio de regressão de Poisson com variância robusta. A pesquisa seguiu todas as recomendações éticas e houve aprovação de um Comitê de Ética em Pesquisa (nº 4.578.002). Resultados: Foram entrevistados 857 detentos. A população privada de liberdade apresentou bom desempenho quanto à prevenção e controle da covid-19. A melhor classificação foi na dimensão atitude, seguida da prática. O conhecimento sobre a doença e sua forma de prevenção e controle obtiveram menor escore comparado aos demais. O conhecimento adequado demonstrou associação com a faixa etária de 25 a 34 anos (RP=1,09; IC95%=1,01-1,19; p=0,043), religião evangélica (RP=1,10; IC95%=1,01-1,20; p=0,021) e nível de escolaridade fundamental completo ou mais (RP=1,12; IC95%= 1,04-1,20; p=0,002). A atitude positiva associou-se ao sexo masculino (RP=0,89; IC95%=0,84-0,94; p=0,001) e com pessoas que se declararam amarelas e indígenas (RP=1,18; IC95%=1,09-1,28; p=0,001). A prática adequada foi associada ao sexo masculino (RP=0,73; IC95%=0,61-0,88; p=<0,001), não ter religião (RP=0,78; IC95%=0,67-0,92; p=0,003), escolaridade fundamental completo ou mais (RP=1,10; IC95%=1,01-1,21; p=0,039), possuir companhia conjugal (RP=1,14; IC95%=1,01-1,29; p=0,037), disponibilidade de água (RP=1,45; IC95%=1,03-2,06; p=0,035) e sabão (RP=2,47; IC95%=1,46-4,19; p=0,001) para a higienização das mãos e o recebimento de máscaras faciais (RP=1,26; IC95%=1,11-1,43; p=<0,001). Conclusão: Os achados demonstram a necessidade da adoção de estratégias a fim de que as pessoas privadas de liberdade possam ter conhecimentos, atitudes e prática adequadas em relação à prevenção e controle da covid-19 e reduzir os riscos de adoecimento. Esta pesquisa pode contribuir para a elaboração de políticas públicas de modo a favorecer com o direito à saúde no sistema prisional.

  • CLEIANA FRANCISCA BEZERRA MESQUITA
  • IDEAÇÃO SUICIDA NO PERÍODO DA PANDEMIA DE COVID-19 NO PIAUÍ: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
  • Orientador : MALVINA THAIS PACHECO RODRIGUES
  • Data: 23/08/2024
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  • Introdução: A ideação suicida é uma das fases dos comportamentos suicidas que requer atenção e intervenção, uma vez que o surgimento de ideias suicidas pode aumentar o risco para a efetivação do suicídio. Objetivo: Analisar a prevalência e fatores associados à ideação suicida durante a pandemia da Covid-19 no estado do Piauí, Brasil. Métodos: Inquérito de base populacional realizado em 24 municípios piauienses (EpiCOVID-Piauí) no período de março a novembro de 2022. Foram entrevistados 1.806 adultos (≥18 anos de idade) quanto a características sociodemográficas, econômicas e clínicas durante visitas domiciliares. Aspectos da saúde mental, incluindo a ideação suicida, foram obtidos por meio do Self Report Questionnaire (SRQ-20). Foram calculadas a prevalência e razão de prevalência (RP) da ideação suicida, com intervalo de confiança de 95% (IC95%), por meio da regressão de Poisson. O teste Qui-quadrado de Pearson foi utilizado para avaliar a associação entre as variáveis independentes e presença de ideação suicida. O nível de significância adotado para os testes foi de p < 0,05. As análises foram realizadas no programa Stata, versão 16.1, utilizando-se o módulo survey. Resultados: Foram entrevistados 1.806 indivíduos. A prevalência de ideação suicida foi de 5,8% (IC95% 4,6-7,2), significativamente menor entre residentes fora da capital (RP=0,36; IC95% 0,21-0,60), idosos (RP=0,43; IC95% 0,25-0,70), com companhia conjugal (RP=0,63; IC95% 0,43-0,90) e renda familiar maior que 3 salários-mínimos (RP=0,42; IC95% 0,23-0,70). A ideação suicida foi significativamente maior em evangélicos (RP3=3,40; IC95% 2,08-5,50), pessoas que perderam emprego (RP=2,85; IC95% 1,60-5,00), beneficiários do governo federal (RP=1,59; IC95% 1,04-2,40), presença de comorbidades (RP=2,69; IC95% 1,77-4,09), aumento do consumo de álcool (RP=1,98; IC95% 1,02-3,86) e sofrimento mental (RP=17,6; IC95% 8,67-33,56). Conclusão: A ideação suicida deve ser priorizada a partir da identificação e envolver toda a rede intersetorial, colocando-a como prioridade no cotidiano dos profissionais que atuam nesses serviços.

     

  • MANUELA FERNANDES DA SILVA PEREIRA CONCEIÇÃO
  • NECESSIDADES FORMATIVAS DE COORDENADORES PEDAGÓGICOS NA PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO SEXUAL COMO ESTRATÉGIA DE PREVENÇÃO DO HPV: PESQUISAR E FORMAR
  • Orientador : HILDA MARIA MARTINS BANDEIRA
  • Data: 09/07/2024
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  • Introdução: Saúde e educação são constantemente evocadas quando a questão gira em torno das condições da qualidade de vida das pessoas, em especial dos jovens e adolescentes em idade escolar. Nesse caso, a vacina contra o HPV apresenta-se como uma estratégia eficaz de promoção da educação sexual. Para isso, é necessário que pais, profissionais de saúde e educadores orientem crianças e adolescentes sobre comportamento sexual e HPV como estratégia para promover saúde e qualidade de vida e idealizar adultos saudáveis a partir de criação de políticas públicas que passem a instituir a educação sexual como grade curricular e que envolva todos os sujeitos envolvidos. Objetivo: Analisar as necessidades formativas na promoção da educação sexual como estratégia de prevenção do HPV na perspectiva dos coordenadores pedagógicos nas escolas de Piripiri/PI. Métodos: Pesquisa qualitativa, do tipo explicativa com coordenadores pedagógicos de 12 escolas públicas de ensino fundamental anos finais (6º ao 9º ano) de Piripiri-PI. Na produção de dados, foi utilizado o questionário para caracterização pessoal e profissional dos coordenadores pedagógicos, realizado em setembro de 2023 e o grupo focal para identificar as manifestações tipológicas de necessidades formativas, realizado em setembro de 2023. A pesquisa foi dividida em cinco etapas: diagnóstico, planejamento, implementação, análise e síntese. Os dados coletados foram analisados a partir da técnica de análise de conteúdo. O estudo apresentou como resultado as manifestações tipológicas de necessidade como discrepância ou lacunas, diagnóstica, sistema e possibilidades. A manifestação tipológica de necessidade do sistema, considerando a falta de oferta de cursos de formação específica para coordenadores pedagógicos pela SEDUC que contemplem a atuação como coordenador pedagógico em suas dimensões: articuladora, formadora e transformadora. Os coordenadores pedagógicos relatam que o principal desafio enfrentado no exercício da profissão é o excesso de atribuições. Eles possuem formação inicial em alguma licenciatura, que não possui relação alguma com a função de coordenador pedagógico, um trabalho essencialmente administrativo que exige formação técnica sobre as múltiplas faces dos fazeres pedagógicos. Ao concluir o grupo focal, observou-se a escassez de discussões sobre sexualidade, especialmente aquelas relacionadas à prevenção do HPV, o que evidenciou as necessidades formativas como lacunas. Levando em conta também a campanha de vacinação contra o HPV no município, fomos incentivados pelos partícipes da pesquisa a desenvolver uma proposta formativa que abordasse distintos aspectos da sexualidade. A pesquisa possibilitou constatar que os assuntos que careciam de uma formação mais peculiar eram: conceitos em sexualidade (sexo, sexualidade e relações de gênero); educação sexual – por quê, para que e como ensinar trabalho intersetorial na promoção da saúde no contexto escolar e infecções sexualmente transmissíveis, em especial o HPV. Conclusão: Com a realização do grupo focal, os coordenadores pedagógicos puderam compartilhar suas vivências e experiências, manifestar suas necessidades formativas, bem como repensar suas práticas e seu papel como CP. Ainda, foi desenvolvida uma proposta formativa em Educação Sexual nas escolas: currículos e práticas para atender suas necessidades em como trabalhar com essa temática no ambiente escolar.

  • ANA LYS MARQUES FEITOSA
  • PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS A HESITAÇÃO VACINAL CONTRA COVID-19 ENTRE ESCOLARES NO PIAUÍ: um estudo de base populacional
  • Orientador : FERNANDO FERRAZ DO NASCIMENTO
  • Data: 19/06/2024
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  • Introdução: A pandemia de covid-19 teve um grande impacto em todo o mundo, afetando diversos setores da sociedade, inclusive a educação. Nesse contexto, a prevalência da hesitação vacinal é particularmente alta entre crianças e adolescentes entre diferentes faixas etárias, regiões e países, pois os mesmos apresentam uma variedade de razões e preocupações que influenciam sua decisão de não se vacinarem, contribuindo assim, para a resistência das famílias quanto à eficácia e segurança das imunizações contra a covid-19. Objetivo: Estimar a prevalência e fatores associados à hesitação ao uso da vacina contra covid-19 na população de crianças e adolescentes no estado do Piauí, segundo as características sociodemográficas, econômicas e de situações de saúde, consoante relato dos responsáveis pelo domícilio. Metodologia: Este estudo se caracteriza como transversal, analítico, de base populacional domiciliar, com dados de entrevistas que ocorreram durante visita a domicílios sorteados, por meio de formulário eletrônico que compreenderam uma subamostra de 313 crianças e adolescentes de 5 a 19 anos de idade – integrando uma pesquisa mais ampla, participante de um inquérito sorológico no estado do Piauí (EpiCOVID-Piauí), realizado no período de março a novembro de 2022. Estimou-se a prevalência de indicadores, segundo características sociodemográficas, econômicas, situação de saúde, por meio das diferenças estatísticas, através do teste que-quadrado de Pearson. Calculou-se a estimativa de prevalência da hesitação vacinal e a razão de prevalência (RP), com intervalo de confiança de 95% (IC 95%), estimado pela regressão de Poisson. O nível de significância adotado para os testes foi de p < 0,05. As análises do plano amostral complexo foram realizadas no programa STATA (versão 16.1). Resultados: A prevalência de hesitação vacinal foi de 9,8% (IC95% 5,2-18,0), não apresentando diferenças significativas entre a capital e o interior (9,3% e 10,1%, respectivamente, com um Risco Proporcional - RP - de 1,09), sexo masculino (9,9 %; RP = 1,03; IC95% (0,43-2,42), faixa etária de 5 a 9 anos apresenta a maior taxa de hesitação (22,2%; RP = 1,00; IC95% 10,4-41,2)  de escolaridade, com ensino fundamental completo (18,8%; RP = 1,00; IC95% 4,4-53,9) pertencentes às religiões de denominação evangélica (20,1 %; RP = 3,32; IC95% 0,72-15,42) e diferenças significativas também foram observadas em relação ao número de ≤4  moradores no domicílio (16,6%; RP = 1,00; IC95%  0,74-63,51) e  que possuem acesso à rede de esgoto (19,5%; RP = 3,40; IC95% 0,99-11,58). No entanto, algumas características socioeconômicas e demográficas, assim como região e raça/ cor da pele, não tiveram diferença estatística. Percebeu-se que, em relação às condições de saúde dos entrevistados, aqueles que não possuem um plano de saúde apresentam uma taxa de hesitação vacinal de 10,6%. Com relação à razão de prevalência, a faixa etária, tanto entre os indivíduos 10 e 14 anos, quanto os de 15 a 19 anos, apresentaram menor prevalência (respectivamente 13% e 11%) de hesitação vacinal (RP: 0,13; IC95%: 0,04-0,45; RP: 0,11; IC95%: 0,03-0,35). Ter 5 ou mais moradores no domícilio também apresentou cerca de 15% menor prevalência de ter hesitação vacinal (RP:0,15; IC95%: 0,04-0,55), assim como ter doenças cardiovasculares apresentou 4,48 maior razão de prevalência para hesitação vacianal (RP:4,48; IC95%: 1,13-17,72). Conclusão: Mediante o exposto, observa-se que a prevalência de hesitação vacinal na população de crianças e adolescentes apresenta associação com fatores individuais, contextuais e clínicos que revelam os grupos etários e contextos mais resistentes, devendo merecer atenção especial das estratégias públicas para garantir a ampla vacinação dessa população.

  • JULIETA LOPES FERNANDES
  • ADOLESCENTES DE UMA COMUNIDADE QUILOMBOLA: fatores associados ao uso de álcool e outras drogas
  • Orientador : OLIVIA DIAS DE ARAUJO
  • Data: 29/05/2024
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  • Introdução: O tema do uso de drogas em adolescentes permanece sendo complexo, principalmente quando é em populações em que os negros são predominantes e em situação econômica desfavorável. Nas comunidades quilombolas, o uso de certas drogas, como o álcool, faz parte da cultura local e é socialmente aceito. Entretanto, há escassez de estudos sobre a temática. Objetivo: Analisar os fatores associados ao uso de álcool e outras drogas em adolescentes de uma comunidade quilombola. Métodos: Trata-se de estudo transversal, realizado com adolescentes quilombolas de ambos os sexos, na faixa etária de 12 a 18 anos, residentes no quilombo Mimbó e que os pais ou responsáveis e eles mesmos ter assinado os termos de consentimento e de assentimento. Considerou-se o uso de substâncias psicoativas nos últimos 12 meses como variável dependente, sendo avaliado pelo questionário DUSI. As variáveis independentes foram características sociodemográficas. Para a análise univariada foi usada estatística descritiva por meio de frequências absolutas e percentuais. Na análise bivariada utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson para avaliar a associação entre as variáveis quantitativas explicativas e a variável resposta do estudo, e a razão de chance bruta, para associar as variáveis independentes. Para explicar o efeito conjunto das variáveis preditoras sobre a variável dependente foi utilizada a regressão de logística múltipla. O critério para inclusão de variáveis no modelo logístico foi à associação significativa na análise bivariada ao nível de 0,20. O critério de permanência das variáveis no modelo regressão de logística múltipla, por sua vez, foi à associação em nível de 5%. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: Participaram deste estudo 78 adolescentes. Tanto na associação do uso de álcool e outras drogas no último mês com as características sociodemográficas (ORaj = 12,10; IC95% 1,46-100,23) quanto na associação do padrão de uso de álcool e outras drogas nos últimos 12 meses com as características sociodemográficas (ORaj = 5,63; IC95% 2,06 - 15,35) não possuir religião aumentou as chances do uso de álcool e outras drogas, respectivamente. A maioria dos adolescentes era do sexo feminino (51,3%), idade entre 15 e 17 anos (48,7%). Em relação ao gênero (50,0%) se identificaram como mulher, heterossexuais (67,9%), pretos (78,2%), não possui religião (41,0 %), ensino fundamental II (6º ao 9º ano) (67,9%), solteiros (87,2%), renda familiar de até 1 salário-mínimo (60,3%) residiam com pai e mãe (37,2%), trabalhava de forma remunerada (53,8%). Em relação ao tipo de droga usada pelos adolescentes no último mês, houve predomínio do uso de drogas lícitas, sendo o álcool o mais frequentemente usado (74,6%). Seguidas pelas drogas ilícitas: maconha (35,6%). Os resultados do padrão de uso de álcool e outras drogas dos adolescentes apontaram um percentual maior de uso experimental 38 (48,7%). Conclusão: A ausência de filiação religiosa está associada ao aumento do uso de álcool e outras drogas entre os adolescentes neste estudo. Nesse sentido, é necessário o incentivo de estratégias institucionais locais para prevenir o uso de álcool e outras drogas por adolescentes.

     
  • MANOEL BORGES DA SILVA JUNIOR
  • SAÚDE MENTAL E SOBRECARGA DE TRABALHO EM CUIDADORES INFORMAIS DE SOBREVIVENTES DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: ESTUDO DE MÉTODOS MISTOS
  • Orientador : JOSE WICTO PEREIRA BORGES
  • Data: 16/05/2024
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  • Introdução: O cuidado após a alta hospitalar do sobrevivente do Acidente Vascular Cerebral exige a presença de um cuidador, geralmente informal, que desempenha papel fundamental no atendimento de necessidades humanas básicas e no processo de reabilitação. As demandas cotidianas do cuidador informal geram sobrecarga de trabalho que repercute na saúde mental dessas pessoas. Objetivo: Avaliar a saúde mental e a sobrecarga de trabalho de cuidadores informais de sobreviventes de Acidente Vascular Cerebral. MetodologiaEstudo de métodos mistos, do tipo convergente, concomitante, em que dados quantitativos e qualitativos foram coletados simultaneamente, havendo igual destaque a ambos os conjuntos de dados. Os participantes do estudo quantitativo foram 76 cuidadores informais de sobreviventes de Acidente Vascular Cerebral. Desses, 11 participaram da fase qualitativa, respondendo a entrevista semiestruturada.  A saturação teórica foi aplicada nesta fase. Para investigar o sofrimento mental, utilizou-se o instrumento Self Reported Questionnaire (SRQ-20), e para a sobrecarga de trabalho, o instrumento de Zarit. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, parecer n. 5.981.191. Resultados: Observou-se que 63,2% dos cuidadores informais tinham entre 20 a 59 anos, 72,4% não eram alfabetizadas, 85,5% residiam no endereço e 97,4% possuiam parentesco com o sobrevivente de Acidente Vascular Cerebral. Os pacientes cuidados por eles tinham acima de 60 anos (94,5%), eram do sexo masculino (76,8%), sem companheiro (58,3%) e não alfabetizados (88,2%). O sofrimento mental e sobrecarga de trabalho estiveram presentes, respectivamente, em 44,7% e 64,5% dos cuidadores. A média  do escore SRQ-20 foi de 6,97 pontos e 31,42, na escala de Zarit, com forte correlação (r=0,707, p<0,000). O sofrimento mental mostrou associação estatisticamente significativa com ter comorbidade (p=0,003) e paciente não alfabetizado (p=0,04), mas não teve com a sobrecarga. Três categorias temáticas foram obtidas: descrição do trabalho habitual, efeitos na vida do cuidador informal e redes de estratégia de cuidado. O trabalho habitual mostrou rotina repetitiva com dupla carga de trabalho, doméstico e atividades de cuidado, com jornada em torno de 17 horas diárias. Os efeitos do trabalho na vida do cuidador foi de sofrimento, com sintomas relacionados ao desgaste físico e emocional decorrente da alta carga de trabalho. A rede de estratégia de cuidado perpassa a família e vizinhos, que substitui o cuidador apenas quando ele busca a Estratégia Saúde da Família. O elo do Agente Comunitário de Saúde é reconhecido como forte, porém, nas visitas domiciliares, os profissionais de saúde se atentam apenas para o sobrevivente de Acidente Vascular Cerebral (AVC). A análise do perfil dos cuidadores e dos sobreviventes converge às categorias do trabalho habitual e dos efeitos na vida dos cuidadores. A rede de estratégia de cuidado ultrapassa os resultados quantitativos e explica as dificuldades para (auto)cuidado dessas pessoas advindas da sobrecarga de trabalho que resulta no sofrimento mental. Considerações finais: Evidenciou-se sobrecarga de trabalho e sofrimento mental nos cuidadores informais e dificuldade para a realização de (auto)cuidado pelo pouco suporte social encontrado. Os resultados tensionam para a elaboração de propostas e promoção de mudanças estruturais em programas sociais e de saúde para os cuidadores.

  • SÉRGIO MENDES RODRIGUES
  • COBERTURA VACINAL DO ESQUEMA BÁSICO PARA O PRIMEIRO ANO DE VIDA NO ESTADO DO PIAUÍ ENTRE 2000 E 2021
  • Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Data: 29/04/2024
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  • Introdução: A imunização está entre as estratégias de saúde públicas mais eficazes para o controle das doenças imunopreveníveis. No contexto das crianças menores de um ano, diversos motivos podem proporcionar uma baixa Cobertura Vacinal (CV) entre essa população, tais como a necessidade de conscientização à população, dos pais ou responsáveis oferecerem cuidados, e motivos intrínsecos como a forma de organização do sistema de saúde. Objetivo: Analisar a tendência temporal da cobertura vacinal no primeiro ano de vida nas macrorregiões de saúde do Piauí entre o período de 2000 e 2021. Métodos: Estudo analítico de séries temporais, com abordagem quantitativa, que utilizou dados secundários sobre as CV dos imunobiológicos ofertados para o primeiro ano de vida, extraídos do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) no período de 2000 a 2021, nas macrorregiões do Piauí. Foram analisadas as vacinas da BCG, hepatite B, pentavalente, poliomielite, rotavírus, pneumocócica 10, meningocócica C e febre amarela. Os dados coletados foram inseridos e tabulados no Software Microsoft Office Excel® (2019). Posteriormente foram importados para o Software Joinpoint Regression Program®, versão 5.0, onde foi analisada a tendência das taxas de CV, e a Variação Percentual Anual (VPA), foi considerado o nível de significância de 5% (p<0,05) e o Intervalo de Confiança de 95% (IC95%). Resultados: Os resultados evidenciaram que dentre os oito imunizantes disponíveis no Calendário Nacional de Vacinação para menores de um ano, todos apresentaram redução na CV nas quatro macrorregiões de saúde do Piauí. As taxas de cobertura das vacinas Hepatite B e Pneumocócica-10 mantiveram estabilidade na série temporal analisada para todas as macrorregiões do estado (p>0,05). Enquanto as vacinas poliomielite (VIP) e meningocócica C foram decrescentes (VPA<0,0 e p<0,05) em todas as regiões. A CV para a vacina BCG foi estatisticamente decrescente em três das quatro macrorregiões: Litoral (VPA= -3,3%); Meio Norte (VPA= -1,4); e Semiárido (VPA= -1,6%). As VPA da CV para pentavalente (VPA= -3,8%), rotavírus (VPA= -1,1) e febre amarela (VPA= -1,0) foram decrescentes apenas na macrorregião do Meio-Norte. Conclusão: Houve diminuição consistente nas taxas de CV, com nenhuma das vacinas apresentando tendência para crescimento nas macrorregiões de saúde do Piauí. Desta forma, evidencia-se a necessidade da elaboração e implantação de políticas públicas específicas para as quatro macrorregiões de saúde, a fim de contemplar todo o estado e reverter as tendências estacionárias e decrescente das vacinas.

  • ZILDÂNYA DA SILVA BARROS
  • CONHECIMENTOS, ATITUDES E PRÁTICA DE ADOLESCENTES SOBRE SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA: evidências de validade de inquérito
  • Orientador : FERNANDO FERRAZ DO NASCIMENTO
  • Data: 22/04/2024
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  • Introdução: O início precoce da vida sexual é cada vez mais frequente entre adolescentes, o que aumenta os riscos de infecções sexualmente transmissíveis (IST) e de uma gravidez indesejada. Assim, há a necessidade de desenvolver um instrumento que permita mensurar os conhecimentos, as atitudes e a prática em saúde dessa população, a fim de que estratégias sobre promoção da saúde sexual e reprodutiva e prevenção de IST e gravidez sejam planejadas e implementadas. Objetivo: Identificar as evidências de validade do inquérito de conhecimentos, atitudes e prática (CAP) de adolescentes sobre saúde sexual e reprodutiva. Métodos: Estudo metodológico, desenvolvido em três fases: construção do inquérito CAP; evidências de validade de conteúdo; e evidências de validade do processo resposta. Na primeira fase, foi realizada uma revisão integrativa de literatura buscando as principais evidências científicas. As evidências de validade de conteúdo e as evidências de validade baseadas no processo de resposta foram avaliadas por 15 especialistas e 15 adolescentes, respectivamente. Para a análise de dados, foi utilizado o programa Software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 25. Na avaliação dos especialistas, foi mensurado o Índice de Validade de Conteúdo (IVC) e na avaliação dos adolescentes o Índice de Concordância. Realizou-se o teste de distribuição binomial em ambas. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com parecer n. 5.981.228. Resultados: A amostra final da revisão integrativa foi de 46 artigos, que permitiram, após análise, a proposição de três categorias temáticas que nortearam a construção do inquérito, com 38 questões (19 Conhecimentos, 9 Atitudes e 10 Prática). Quanto aos especialistas consultados para segunda fase da pesquisa, 86,7% eram sexo feminino, 60,0% tinham entre 30 e 42 anos de idade, 86,7% graduados em enfermagem, 60,0% possuíam entre 10 e 18 anos de formados, 100,0% eram doutores, 46,6% possuíam de 3 a 11 anos de experiência na área, 20,0% tinham publicações na área de construção e/ou validação do inquérito e 46,7% participaram de pesquisas de validação na área. Quanto aos itens do CAP, nenhum item recebeu avaliação menor que 0,8 no IVC-I e, em todo, foi identificado p<0,05. O IVC do critério clareza foi de 0,95; do critério relevância, 0,96; e o global, também 0,96. Na descrição geral dos critérios de avaliação, 87,0% julgaram os itens suficientes (p=0,007), 80,0% disseram que mede o que se propôs (p=0,035) e 93,0% que atende a dimensionalidade conhecimentos, atitudes e prática (p=0,001). Em relação aos participantes da terceira fase, as evidências de validade do processo resposta, verificou-se que 86,7% possuíam de 17 a 18 anos de idade, 46,7% eram pardos, 93,3%, solteiros, 100% não possuíam filhos, 73,3% eram alunos do 3º ano e 66,7% realizavam curso técnico integrado ao médio. O Índice de Concordância foi superior a 80,0% e todos os itens apresentaram p<0,05. Conclusão: O instrumento possui evidência de validade, de modo que pode ser aplicado em pesquisas posteriores com intuito de avaliar conhecimentos, atitudes e práticas de adolescentes sobre saúde sexual e reprodutiva.

  • PALLYSSON PAULO DA SILVA
  • ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL DE CRIANÇAS AOS 24 MESES EM TERESINA-PI: Inquérito Domiciliar
  • Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
  • Data: 27/03/2024
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  • Introdução: A cobertura vacinal é um indicador fundamental para a avaliação da efetividade dos programas de vacinação, e historicamente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) manteve por longos anos taxas de vacinação superiores a 95%, o que permitiu conquistas exitosas. Contudo, desde 2016, identifica-se declínio nas coberturas, fato que, nenhuma das metas previstas para a vacinação infantil foram alcançadas pelos estados brasileiros no período de 2016-2021. Entretanto, estimar as coberturas vacinais adequadamente, depende de quão próximos os dados estão da realidade. Para isso, inquéritos domiciliares surgem como uma alternativa eficaz, pois proporcionam a extração de informações mais acuradas, e possibilitam compreender fatores e determinantes sociais associados a não vacinação. Objetivo: Analisar a cobertura vacinal aos 24 meses de crianças nascidas na coorte de 2017 e 2018 e residentes em Teresina-PI. Métodos: Estudo analítico, transversal, do tipo inquérito domiciliar, com amostragem por conglomerado de setores censitários, estratificados segundo condições socioeconômicas (A: nível alto, B: médio, C: baixo e D: muito baixo). Foram coletadas informações socioeconômicas da criança, mãe, responsável, família e domicílio, mediante entrevista estruturada, e dados vacinais através da fotografia da caderneta vacinal. Estimou-se os indicadores de cobertura, acesso, adesão e abandono vacinal, por frequências percentuais e intervalo de confiança de 95% (IC95%), com pesos amostrais atribuídos aos estratos de residência. Realizou-se regressão logística uni e multivariada com razão de chances bruta (OR-b) e ajustada (OR-a) ao modelo, para associar a incompletude vacinal para o esquema básico e completo, com as características socioeconômicas da criança, mãe e família. Resultados: Amostra final, de 899 crianças, apresentou cobertura completa de 63,6% (IC95%=55,49;71,07%). Entre os estratos, a maior cobertura foi observada no estrato B [74,9% (IC95%=60,65;85,31%), e as menores entre os estratos mais extremos, 57,7% (IC95%=36,7;76,27%) no A, e 60,5% (IC95%=50,81;69,46%) no D. A incompletude vacinal para o esquema básico associou-se a crianças que frequentaram berçário ou creche (OR-b=1,47), que foram o segundo, terceiro, quarto ou mais filho na ordem de nascimento (OR-b=1,51; 1,73; 1,82, respectivamente), e consequentemente, às mães em média mais de um filho (OR-b=1,29; OR-a=1,21), escolaridade materna entre 9-12 anos (OR-a=1,55), e ao estrato B (OR-b=1,59; OR-a=1,41). Para o esquema completo, associou-se à incompletude a crianças que foram o segundo filho na ordem de nascimento (OR-b=1,38), às mães com média superior a um filho (OR-b-a=1,17), e a famílias com renda superior a 8.000 reais (OR-b=2,22; OR-a=2,81) ou que não informaram a renda (OR-a=1,68). Enquanto houve menor chance de associação em crianças que utilizaram o serviço privado para vacinação (OR-b=0,70), escolaridade materna >=16 anos (OR-a=0,64) e aos estratos mais baixos: B, C e D (OR-b=0,61). Conclusão: Evidenciou-se coberturas ineficazes e heterogêneas para as vacinas analisadas, divergências entre os estratos socioeconômicos e entre o esquema básico e completo. Houve considerável acesso ao serviço, contudo, com altas taxas de abandono para os esquemas multidoses. Portanto, suscita-se melhorias na interoperabilidade entre os sistemas de informação, maiores investimentos para qualificação dos profissionais, e que os resultados apontados sirvam de base para melhoria efetiva nas coberturas vacinais.

  • CARINA NUNES DE LIMA
  • SITUAÇÃO VACINAL E CONHECIMENTO DE ADOLESCENTES ESCOLARES SOBRE A COVID-19
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Data: 19/03/2024
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  • INTRODUÇÃO: Com a pandemia COVID-19, que se espalhou por todo território mundial, a busca pelo imunizante para doença tornou-se um objetivo compartilhado entre todos os países, estendendo-se para todas as faixas etárias. Tendo em vista os impactos negativos causados pela pandemia covid-19, conhecimento e a situação vacinal devem ser abordados, principalmente em âmbito escolar, onde o público desta faixa etária é mais abrangente. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento e situação vacinal dos adolescentes escolares acerca da COVID-19. MÉTODO: Estudo descritivo de caráter observacional, com abordagem quantitativa. Realizado em 08 escolas públicas do município de Valença do Piauí, com 834 estudantes entre 10 e 19 anos. A coleta de dados aconteceu nas escolas, de março à agosto de 2023, utilizando um instrumento composto por cinco etapas, adapta a um estudo realizado por Viegas et al., 2019. Para a análise de dados, foi utilizado o programa SPSS Versão 26. Para a associação entre as variáveis quantitativas do estudo, utilizou-se os testes não-paramétricos Teste Qui-Quadrado, com correção de yates, ao nível de 5% e Teste U de Mann-Whitney, ao nível de 5%. Este estudo, foi submetido à avaliação de um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Piauí (UFPI), através da Plataforma Brasil em conformidade com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) 466/2012, e obteve o parecer de número 5.889.416. RESULTADOS: A maioria eram do sexo feminino (50,8%), com faixa etária acima de 13 anos (78,5%). Em relação ao conhecimento, o espirro caracterizou-se como a maior meio de transmissão (91,7%). Os sintomas mais citados foi dores de cabeça (79,4%). Relataram já ter se contaminado (9,1%). A internet foi o meio de conhecimento sobre a vacina covid-19 mais citado (97%). Sobre a importância da vacinação (84,2%) consideraram importante, dentre eles (86,8%) tomaram o imunizante, (35,1%) foi por vontade própria. A dor no local foi a reação mais citada (67,5%). Sobre as doses da vacina, enfatiza-se (13,5%) ainda não tomaram nenhuma dose. Aqueles escolares que não tomaram a vacina (54,1%), foi por influência religiosa. Ter tomado ou não a vacina contra a Covid-19, não esteve associado as informações (p>0,05). Os adolescentes que receberam a vacina contra a Covid-19, apresentaram associação com o conhecimento sobre as vias de transmissão do vírus (p<0,005). Os participantes que indicaram tosse, febre, dores de cabeça, fraqueza, diarreia, e a coriza, como sintomas, tiveram mais chances de terem tomado a vacina (OR>1). Os participantes que informaram não conhecer os sintomas apresentam menos chances de terem recebido o imunizante contra a covid-19 (OR=0,015). Entre as comorbidades estudadas, apenas 8 adolescentes possuíam diabetes, dentre eles, (0,8%) tomaram a vacina. Os adolescentes asmáticos, (3%) fizeram uso do imunobiológico. Em relação a obesidade, 10 adolescentes relatam possuir a comorbidade, a maioria tomou a vacina (p<0,0115). CONCLUSÃO: Os adolescentes apresentam um conhecimento relevante sobre a covid-19, entretanto ainda existe indivíduos dessa faixa etária sem o uso de nenhuma dose do imunizante contra a doença.

  • ANNE RAFAELE DA SILVA MARINHO
  • IMPACTOS DA COVID-19 NA GUSTAÇÃO, OLFAÇÃO E NO PADRÃO ALIMENTAR DE ESCOLARES
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 08/03/2024
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  • Introdução: A pandemia da doença coronavirus infectious disease (COVID-19) teve um impacto marcante e de longo prazo em toda população. As consequências para a saúde de indivíduos de todas as idades se manifestam de médio e longo prazo, denominando-se Síndrome pós COVID-19. Destacando as disfunções olfativas e gustativas. Dessa forma, observou-se poucos estudos desses sintomas em crianças. Objetivo: Avaliar os impactos da COVID-19 na gustação, olfação e no padrão alimentar de escolares. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal de base populacional, domiciliar e analítico, parte de um macro projeto, denominado EPICOVID. Foram entrevistados escolares de 5 a 19 anos, entre março e novembro de 2022. Foram coletados dados socioeconômicos, idade, sexo, escolaridade e situação de saúde, por meio da aplicação de um formulário digital padronizado, usando o programa EpiCollect/RedCap. Para análise dos resultados, um banco de dados foi criado e analisado no software SPSS. Foi utilizado teste binominal, qui-quadrado de Mantel Hanszel e teste do qui-quadrado de Pearson para as variáveis nominais. O limite de significância mantido foi de 5 %. Resultados: Foram incluídos 314 crianças e adolescentes. 65% eram domiciliados na capital. Prevaleceu o grupo de adolescentes no intervalo de 10 a 19 anos do sexo feminino em Teresina, representando 65,4%, cor parda 68,5% e renda familiar de um salário mínimo 39,3%. Entre os pesquisados, a maioria relatou não ter adquirido COVID-19, sendo 78,7% eram do interior e 51,2% capital. Quando comparados com os testes sorológicos para IgG pode-se observar que a maioria dos indivíduos já havia tido contato com o vírus, 47,9%. 65 dos pesquisados apresentaram alguns sintomas para COVID-19, 13 referiram ter disfunção gustativa e 13 referiram alteração olfativa. Quanto a frequência alimentar, pode- se observar que o consumo ≥5 dias na semana pelos escolares se concentrou nos alimentos feijão com 63,9%, arroz/macarrão 80,8%, Leites/derivados 57,2% Frango 42,9%, enquanto que o consumo de ultraprocessados tiveram elevado consumo 2 a 4 vezes na semana. Conclusão: Crianças e adolescentes são assintomáticas na maioria dos casos e, consequentemente, poucos relataram anosmia e ageusia após infecção pelo vírus. Com relação a frequência de consumo alimentar, os indivíduos apresentaram-se em situação de insegurança alimentar devido a redução do consumo de alimentos importantes para sua alimentação regular. Seja por questões socioeconômica ou pela perda sensorial.

  • FRANCISCA RAYANE OLIVEIRA DE SOUSA
  • CONSUMO ALIMENTAR, ESTADO NUTRICIONAL E COMORBIDADES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 NO PIAUÍ
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 07/03/2024
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  • Introdução: A COVID-19 é considerada um problema de Saúde Pública. Esta doença acomete crianças e adolescentes, além de ter impactos indiretos na saúde deste público, afetando o estado nutricional e consumo alimentar desta população, desta forma, é indispensável a identificação precoce de fatores associados à inadequação da alimentação para estabelecer estratégias que possam viabilizar ações de saúde pública. Objetivo: Analisar o consumo alimentar, estado nutricional e comorbidades de crianças e adolescentes durante a pandemia da COVID-19 no Piauí. Métodos: Trata-se de um estudo transversal de base populacional, domiciliar, de caráter quantitativo, analítico, um recorte de uma pesquisa mais ampla, conduzida por meio de um inquérito sorológico em todo o Piauí, denominada EpiCovid. O estudo foi realizado no estado do Piauí e incluiu crianças e adolescentes de 04 a 18 anos. Assim, foram investigadas as variáveis: sociodemográficas e socioeconômicas, estado nutricional, comorbidades e consumo alimentar. Resultados: Das 296 crianças e adolescentes, 60,8% residiam em Teresina, onde 52,2% eram do sexo feminino, a faixa etária com maior número de participantes foi de 14 a 18 anos tanto na capital (18,5%) como no interior (20,6%), a maioria da população tinha renda familiar de até um salário mínimo (36,8%). 85,8% das crianças estavam matriculadas em instituição de ensino, sendo a maior parte em ensino remoto. Em relação ao peso houve um incremento de peso de 0,8g entre os homens e 2,5Kg entre as meninas durante a pandemia. As crianças de 04 a 05 anos foram classificadas com peso adequado para idade antes e durante a pandemia, 60% e 80% respectivamente, assim como 75% estavam com estatura adequada para idade. As crianças de 05 a 10 anos de idade também foram classificadas com eutrofia em sua maioria, antes da pandemia (41,2%) e depois (33,4%), porém houve aumento da taxa de sobrepeso durante a pandemia (20,5%). 29,9% dos adolescentes estavam eutróficos antes da pandemia e 37,2% durante a pandemia, também houve aumento de sobrepeso para 9,8%. Houve consumo regular de FLV, arroz e feijão, ovos, sendo o frango a carne mais consumida pelos entrevistados, assim como houve elevado consumo de alimentos industrializados. Em relação as comorbidades as mais prevalentes foram: asma, outras doenças respiratórias e obesidade. Conclusões: As crianças e adolescentes residiam em sua maior parte na capital, a maioria era do sexo feminino, e adolescentes, estavam eutróficos, estatura adequada para idade e houve menor prevalência de excesso de peso e obesidade. O estudo apontou consumo regular em relação aos alimentos básicos do hábito alimentar regional (arroz, feijão), assim como consumo de ovos, em relação a carnes houve maior consumo de frango, o consumo de frutas foi considerado regular enquanto consumo de alimentos ultraprocessados foi considerado inadequado. As comorbidades mais prevalentes foram: asma e obesidade.
     
  • BRUNA GRAZIELLE MENDES RODRIGUES
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE O CONSUMO DE ALIMENTOS IN NATURA/ MINIMAMENTE PROCESSADOS E ULTRAPROCESSADOS COM A SÍNDROME METABÓLICA: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL ISAD-PI
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 07/02/2024
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  • INTRODUÇÃO: O comportamento alimentar inadequado é um dos principais fatores etiológicos para a síndrome metabólica (SM). Diante disso, o maior risco para desenvolver a SM está associado a ingestão excessiva de gorduras saturadas, carboidratos simples, açúcares, sódio, os quais estão presentes nos alimentos ultraprocessados (AUP). Em contrapartida, a dieta rica em alimentos in natura e minimante processados atua de forma benéfica nessa patologia. OBJETIVO: Verificar a associação entre consumo de alimentos ultraprocessados e a síndrome metabólica em adultos e idosos. METODOLOGIA: Estudo de natureza transversal, de base populacional e domiciliar, realizado com a subamostra do Inquérito de Saúde Domiciliar nos municípios de Teresina e Picos (ISAD – PI). Participaram deste estudo 262 indivíduos com idade ≥ 20 anos, de ambos os sexos residentes em Teresina, Piauí. Foram coletados dados demográficos, socioeconômicos, estilo de vida, antropométricos, bioquímicos e de pressão arterial. O consumo alimentar foi obtido por meio da aplicação de Recordatório 24 horas (R24h). O diagnóstico da SM foi realizado conforme os critérios do National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III). O teste do qui-quadrado e a regressão de Poisson, expressa em Razão de Prevalência (RP), foram utilizados para verificar as associações. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (nº 2.552.426). RESULTADOS: Dos 262 participantes, 38,2% (n=100) dos indivíduos possuíam idade de 20 a 39 anos e 61,8% (n=162) com ≥ 40 anos, sendo a maior parte do sexo feminino (72,5%). Em relação ao diagnóstico da SM e seus componentes, observou-se que os indivíduos de ≥ 40 anos possuíam maior prevalência de SM (57,4%), bem como apresentaram elevada a glicemia (13,0%), a pressão arterial (54,9%) e a circunferência da cintura. Em indivíduos de ≥ 40 anos que possuíam maior prevalência do diagnóstico de SM (54,3%), estavam com maior circunferência da cintura (50,6%) e pressão arterial (54,9%). Com relação ao consumo alimentar, a ingestão calórica de AUP foi de 20% das calorias totais e a ingestão energética total de AUP foi maior entre o grupo mais jovem (24,4%). Verificou-se que indivíduos com ≥ 40 anos apresentaram 35% maior prevalência de SM, enquanto os que consumiam quantidades de alimentos in natura/ minimamente processados tinham proteção de 34% para o diagnóstico de SM. CONCLUSÃO: A prevalência de SM no municipio foi elevada e mais comum em individuos de maior faixa etária. O maior consumo de AUP e alimentos in natura/minimamente processados encontra-se associado a individuos com maior e menor risco de diagnóstico da SM, respectivamente. Desse modo, ressalta-se a importância de monitorar esse consumo, estimular a criação de politicas públicas que desestimulem o consumo de AUP, através da disseminação de informações sobre seu conteúdo e conscientização para adoção de estilo de vida mais saudável, visando tratamento e prevenção das doenças crônicas não-transmissíveis e melhora na qualidade de vida.

  • HAYLANE NUNES DA CONCEIÇÃO
  • RELAÇÃO ENTRE DESRESPEITO E ABUSO DURANTE O PARTO E DEPRESSÃO PÓS-PARTO
  • Data: 05/02/2024
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  •  Introdução: O desrespeito e abuso no parto (DAP) constitui uma grave violação dos direitos humanos, afetando muitas mulheres nas instituições de saúde em todo o mundo. Mulheres expostas ao DAP podem apresentar maiores probabilidades de problemas de saúde mental, como a depressão pós-parto (DPP). Entretanto, há escassez de estudos sobre a temática. Objetivo: Analisar a relação entre desrespeito e abuso durante o parto e depressão pós-parto. Métodos: Trata-se de estudo transversal, realizado com mulheres residentes na zona rural e urbana de Caxias, Maranhão, e que receberam atendimento durante o trabalho de parto e parto na maternidade pública do município. Considerou-se a DPP como variável dependente, sendo avaliada pela Escala de Depressão Pós-Natal de Edimburgo. As variáveis independentes foram características sociodemográficas, antecedente de saúde mental, aspectos comportamentais relacionados à saúde no período gestacional, características obstétricas e autopercepção do DAP (abuso físico; abuso verbal; abuso sexual; discriminação; não cumprimento de normas profissionais recomendadas; relações inadequadas entre mulheres e profissionais de saúde; e condições do sistema de saúde e restrições). O teste do qui-quadrado de Pearson foi empregado para avaliar a associação entre o desfecho (DPP) e a ocorrência de DAP. Além disso, utilizou-se a regressão logística múltipla, com cálculo de odds ratio ajustada (ORaj) e intervalos de confiança de 95% (IC95%). O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: Foram entrevistadas 190 mulheres. A DPP apresentou prevalência de 16,6%. A ocorrência de pelo menos um tipo de DAP foi de 97,4%, com predomínio das condições do sistema de saúde e restrições (94,7%). Mais da metade das mulheres (66,3%), foram submetidas simultaneamente a dois tipos de DAP, enquanto três ou mais formas foram relatadas por aproximadamente um quarto das entrevistadas (22,6%). Sofrer dois (ORaj=3,01; IC95% 1,08-8,33) ou três ou mais formas de DAP (ORaj=3,41; IC95% 1,68-24,40) aumentaram de 3 a 3,4 vezes a chance da ocorrência de DPP, respectivamente. Conclusões: A experiência de dois ou três ou mais tipos de DAP aumentou em aproximadamente 3 vezes a chance de desenvolver DPP, evidenciando associação significativa entre DAP e DPP. Nesse sentido, é necessário a elaboração de estratégias institucionais locais para melhorar a assistência durante o parto, para garantir atendimento digno e respeitoso às mulheres e reduzir a chance de desenvolver DPP.

  • SÉRGIO HENRIQUE DA ROCHA SOUSA
  • TRABALHO NA PANDEMIA DA COVID-19 E SAÚDE DOS DOCENTES
  • Orientador : JESUSMAR XIMENES ANDRADE
  • Data: 05/02/2024
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  •  Introdução: No processo de ensino-aprendizagem, o professor sempre esteve à frente da transmissão de conhecimento, com o desenvolvimento de atividades pedagógicas e docentes. Com a chegada da pandemia da COVID-19, estes trabalhadores foram colocados à prova com novos desafios atrelados ao processo de ensino-aprendizagem. Desta forma, foi iniciada uma corrida aos meios digitais, pelos docentes, para viabilizar o ensino remoto. Acredita-se que estas condições possam contribuir para o adoecimento dos docentes e/ou podem ter atuado como intensificador de distúrbios ou agravos relacionados ao trabalho. Objetivo: Analisar as mudanças ocorridas nas condições e processo de trabalho decorrentes da pandemia da Covid-19 e os impactos na saúde dos docentes. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, desenvolvida em uma escola da rede pública, de nível fundamental de ensino, localizada no município de Floriano-PI, com participação de 06 professores que atuavam no ensino fundamental I (1° ao 5º ano) da unidade escolar. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas individuais, realizadas de forma presencial em sala reservada dentro da unidade escolar, com os dados coletados com uso de gravador manual de voz, e avaliados pela análise de conteúdo de Bardin, em apreciação sob à luz do que propõe a teoria da ergonomia da atividade. Quanto aos procedimentos éticos foi solicitada autorização junto à secretaria municipal de educação de Floriano–PI e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (UFPI), sob CAAE nº 66423222.3.0000.5214. Resultados: Ocorreram mudanças no processo de realização de trabalho, como também do local de trabalho, levando à invasão do ambiente domiciliar e sobrecarga de trabalho, causando impactos na saúde física e mental dos professores. Nos domínios físicos da saúde, diante das novas formas de trabalhar, foram gerados e/ou agravados desordens osteomusculares, como lombalgias e lesões por esforço repetitivo. Assim como, na saúde mental, onde se destacam a ocorrência de quadros de ansiedade, estresse e medo. Considerações Finais: As alterações ocasionadas pelo ensino remoto emergencial contribuíram com a intensificação de agravos que já se apresentavam na precarização do trabalho docente anterior a pandemia, com desordens tanto na saúde física quanto mental, sob a influência de diversos fatores como a quebra de vínculo profissional, a pressão psicológica sofrida, aumento de carga horária e as condições inadequadas de trabalho. Tendo em vista que esses impactos foram analisados em curto prazo, entre o cessamento da pandemia e o retorno à rotina ao ambiente escolar, o que pode impedir a detecção de impactos cuja a latência seja superior ao tempo em que foi realizado esse estudo, ressalta-se a necessidade de acompanhamento com novas pesquisas. 
     
2023
Descrição
  • VANESSA DA SILVA DO NASCIMENTO
  • TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS E CONSUMO ALIMENTAR EM ADULTOS E IDOSOS DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: Estudo Populacional EpiCOVID-Piauí - 2022
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 17/11/2023
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  • Introdução: O estilo de vida, com destaque o consumo alimentar, representa aspecto modificável para prevenção de doenças, em especial os transtornos mentais comuns (TCM). Durante o período pandêmico observou-se mudanças comportamentais e de estilo de vida, como redução da atividade física e aumento do consumo de alimentos não saudáveis na população, configurando uma situação preocupante, visto que a literatura aponta tais comportamentos como determinantes para alterações da saúde mental. Objetivos: Analisar a prevalência de TCM e verificar associação com o consumo alimentar e fatores associados em adultos e idosos de Teresina-PI. Métodos: Trata-se de um estudo transversal analítico, de base populacional, domiciliar, de caráter quantitativo, conduzida por meio de um inquérito sorológico em todo o Piauí, denominada EpiCOVID-Piauí. O estudo foi realizado no município de Teresina (PI) e incluiu pessoas a partir dos 20 anos de idade. Assim, foram investigadas variáveis sociodemográficas, econômicas, situação de saúde, transtornos mentais comuns, consumo alimentar e estilo de vida. As entrevistas ocorreram durante as visitas aos domicílios previamente sorteados, por meio de um formulário digital padronizado, usando o programa EpiCollect5. Os entrevistadores foram profissionais de saúde, alunos de graduação e pósgraduação da área de saúde previamente treinados. A análise dos dados foi realizada pelo programa STATA (versão 14.0), sendo utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson para avaliar a associação entre as variáveis independentes e presença de TMC. Calculou-se a estimativa de prevalência da TMC e a razão de prevalência (RP), com intervalo de confiança de 95% (IC95%), estimado pela regressão de Poisson. Além disso, foram estimadas as RP brutas e ajustadas por faixa etária, sexo, estado civil, renda e presença de sequelas da covid-19. O nível de significância adotado para os testes foi de p < 0,05. Resultados: Participaram do estudo 833 indivíduos, sendo 614 adultos e 219 idosos. Observou-se que a maioria era do sexo feminino (56,2%), de raça parda (65,4%), com escolaridade até o ensino superior (39,8%) e sem companheiro (51,9%). Em relação aos dados socioeconômicos, a maioria tinha renda ≥2 salários mínimos (56,7%), com atividade remunerada antes da pandemia covid-19 (58,6%) e sem desemprego durante a pandemia (59,1%). A prevalência de TMC foi de 31,3%. Ser do sexo feminino (RP: 3,77; IC95%: 1,40-10,12) e consumir bebidas alcoólica 5 vezes ou mais por semana (RP: 4,54; IC95%: 1,16-17,8) foram fatores que aumentaram a prevalência de TCM. Enquanto aqueles que não tiveram covid-19 - com limitações das atividades diárias (RP: 0,50; IC95%: 0,30-0,84) e apresentaram consumo alimentar mais saudável como maior consumo dos grupos frutas, verduras e legumes (FVL) (RP: 0,35; IC95%: 0,14-0,86), leites e derivados (RP: 0,61; IC95%: 0,40-0,91), ovos (RP: 0,52; IC95%: 0,28-0,98) e carnes brancas (RP: 0,38; IC95%: 0,21-0,71; RP: 0,44; IC95%: 0,22-0,90) tiveram efeito protetor para TMC. Conclusão: Aproximadamente um terço da população do estudo apresentou TMC, com destaque para os adultos. Sexo feminino e ingestão regular de bebidas alcoólicas foram considerados como fatores de risco para TMC. Entretanto, características da covid-19 foram consideradas protetores para o desenvolvimento do TMC, como não ter sintomas ou sequelas após a covid-19, sem limitação das atividades diárias devido aos sintomas e sequelas da covid-19. Além disso, consumo de alimentos saudáveis como FVL, leites e derivados, ovos, carne vermelha e carne branca estavam associados a redução do risco de TMC. 

  • EDILDETE SENE PACHECO
  • SÍNDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE POR COVID-19 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO PIAUÍ E SUA CORRELAÇÃO COM A VULNERABILIDADE SOCIOECONÔMICA
  • Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
  • Data: 27/10/2023
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  • Introdução: A covid-19 se espalhou rapidamente e a crise global provocada por ela ceifou milhões de vidas. Embora a letalidade da covid-19 em crianças e adolescentes seja menor do que em outros grupos etários, estudos demonstraram importante aumento na morbimortalidade da doença nesse público. O Brasil é um país com dimensões continentais onde há forte contexto de desigualdades sociais, econômicas e políticas, assim, a covid-19 tende a produzir impactos diferentes de acordo com as condições de vida dos indivíduos. Objetivo: Analisar as taxas de morbimortalidade pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por covid-19 em crianças e adolescentes e correlacioná-las com indicadores socioeconômicos do estado do Piauí. Métodos: Estudo ecológico de casos e óbitos de SRAG por covid-19 em crianças (0 a 09 anos) e adolescentes (10 a 19 anos), residentes no estado do Piauí, de abril de 2020 a maio de 2022, registrados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe). Foram calculadas as taxas de incidência, mortalidade e letalidade para cada município do Piauí. Análises bivariadas com o emprego do teste de Spearman, foram efetuadas objetivando verificar correlações entre as taxas de morbimortalidade e as variáveis socioeconômicas (Índice de Vulnerabilidade Social, Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, Índice de Gini e PIB per capita) estimando a grandeza dos efeitos encontrados. Resultados: No período foram notificados 585 crianças e adolescentes hospitalizadas com SRAG por covid-19 residentes no estado do Piauí, sendo a maioria do sexo masculino (53,8%), com idade entre 01 e 04 anos (33,9%), de cor da pele parda (79,3%) que residiam na zona urbana (82,1%). Destes, 45 evoluíram a óbito (7,7%). Quanto às características clínicas, observou-se predominância do sinal e sintoma febre (80,2%) seguido por dispneia (71,4%) e tosse (69,6%). Quanto aos que evoluíram a óbito, o sinal e sintoma mais frequentemente relatado foi a dispneia (90%), seguido pela saturação de oxigênio menor que 95% (85%) e febre (71,1%), onde 57,8% possuíam algum fator de risco ou comorbidade previamente. O estado do Piauí apresentou taxa de incidência de SRAG por covid-19 de 58,5/100.000 crianças e adolescentes, taxa de mortalidade de 4,5/100.000 e letalidade hospitalar de 7,7%. As regiões de saúde que apresentaram as maiores taxas de incidência e mortalidade foram: Chapada das Mangabeiras, Entre Rios e Planície Litorânea. As maiores taxas de letalidade foram detectadas na região Vale do Rio Guaribas (50%), seguida por Vale do Sambito (40%) e Cocais (12,9%). Observou-se correlações entre o PIB per capita entre todas as variáveis desfecho analisadas: incidência com magnitude de impacto fraca, mortalidade com magnitude de impacto muito forte e com magnitude de impacto forte. Constatou-se correlações estatisticamente significativas entre o IDHM e a taxa de mortalidade e letalidade. Conclusões: No estado do Piauí, as taxas de morbimortalidade da SRAG por covid-19 em crianças e adolescentes são mais altas do que em estudos internacionais, reflexo da complexidade enfrentada no combate à pandemia. As correlações identificadas sugerem que há municípios e regiões mais vulneráveis no estado e esses podem apresentar maior probabilidade de piores desfechos da doença.

  • DÉBORAH ÉLLEN DE MATOS RIBEIRO
  • PRÁTICA DOCENTE E SAÚDE DE PROFESSORES DOS ANOS INICIAIS: REFLEXÕES EM TEMPOS DE PANDEMIA DE COVID-19
  • Orientador : HILDA MARIA MARTINS BANDEIRA
  • Data: 10/10/2023
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  • Introdução: O cenário brasileiro descortinado pela crise pandêmica da covid-19 resultou em desafios, entre outros contextos, na educação, na curtura, na arte, na economia e nas mais diversas áreas devido à necessidade de isolamento social e reinvenções de práticas para lidar com um inimigo invisível, um vírus. Assim, nos leva a refletir as nuances da educação pública e como se colocam os profissionais docentes a partir das mudanças às quais foram submetidos, cabendo discussão sobre sua saúde física e emocional. Esta pesquisa tem como questão principal: Quais estratégias da prática docente no contexto de pandemia da covid-19 refletem na saúde dos professores dos anos iniciais do ensino fundamental de escolas públicas? Objetivo: Analisar as estratégias da prática docente no contexto de pandemia da covid-19 refletem na saúde dos professores dos anos iniciais do ensino fundamental de escolas públicas de São Raimundo Nonato – PI. Métodos: Este estudo utilizou abordagem qualiquantitativa e como base teórica a pesquisa adota Afanasiev (1968) que considera como método de conhecimento da realidade o Materialismo Histórico Dialético e princípios da pesquisa colaborativa. A realização do estudo se utiliza da aplicação de Escala Likert virtualmente e de encontros colaborativos realizados e gravados virtualmente via plataforma Google Meet. Para análise dos resultados quantitativos foi utilizado o modelo de análise fatorial, com uso do software SPSS. E para organização dos dados qualitativos foi usado como referencial a análise de conteúdo de Bardin (1977) e o software Iramuteq como ferramenta para síntese das informações coletadas. Resultados: Os testes estatísticos aplicados demonstraram que o estudo tem confiabilidade e significância, ademais, a análise fatorial apresentou resultados com quatro constructos extraídos, com destaque aos aspectos relacionados à infraestrutura e suporte oferecidos pelas escolas, que pode estar relacionado à sensação de conforto diante as adaptações da prática docente. Em relação às questões norteadoras do estudo, foi possível demonstrar que as estratégias desenvolvidas pelos professores em suas práticas docentes, no contexto de pandemia da covid-19, tiveram e tem reflexos sobre sua saúde. Além da pesquisa-formação ter proporcionado espaço colaborativo de reflexão crítica, compartilhamento de experiências e reelaboração de práticas conforme as necessidades formativas evidenciadas. Conclusão: A saúde do professor, antes mesmo da situação pandêmica, já era negligenciada e palco para adoecimentos diversos. Com as configurações e adaptações que se fizeram necessárias nos últimos anos foram evidenciadas e intensificadas as fragilidades as quais esse público é exposto. Contudo, é importante ressaltar também as potencialidades evidenciadas pelos docentes, tais como possibilidades de recursos pedagógicos na prática docente e também de autocuidado. Os dados indicam que o suporte dado pelas escolas aos professores, está diretamente relacionado à percepção de conforto do docente diante das adaptações ocorridas na pandemia da covid-19. Destarte, é indispensável considerar o contexto social, histórico, cultural e político, para fornecer subsídios que respondam às necessidades formativas dos professores e que possibilitem o desenvolvimento da prática docente.

     
  • ELIVELTON CARDOSO VIEIRA
  • COMPORTAMENTO SUICIDA EM ADOLESCENTES ESCOLARES DO PERÍODO PANDÊMICO E SUAS ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO
  • Orientador : CÁSSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
  • Data: 26/09/2023
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  • Introdução: O suicídio é um problema de saúde pública em âmbito mundial, com taxa ascendente de crescimento entre adolescentes e jovens, constituindo-se como a segunda causa de morte em adolescentes do sexo feminino e a terceira nos do sexo masculino. Objetivo: Analisar o comportamento suicida em adolescentes escolares no período pandêmico (COVID-19) e suas estratégias de enfrentamento. Métodos: Estudo de abordagem mista, baseado em triangulação metodológica sequencial.  Na etapa quantitativa, foi realizado um estudo transversal com 388 adolescentes escolares matriculados no ensino médio de Teresina – PI, selecionados por amostragem probabilística estratificada proporcional. Na etapa qualitativa, foram realizadas entrevistas clínicas de orientação psicanalítica com 6 escolares que tentaram suicídio, pelo menos, uma vez de março de 2020 a dezembro de 2022. Empregou-se o teste de qui-quadrado de Pearson e o teste exato de Fisher; a força de associação foi medida pela odds ratio (OR bruta), com respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) e valor de p. Os dados qualitativos foram interpretados com base na análise psicanalítica de discurso. Resultados: A maioria tinha 17 anos (36,1%), era do sexo feminino (53,6%), possuía cor/raça preta/parda (63,2%) e estava matriculada na 3ª série do ensino médio (37,9%). O comportamento suicida (ideação, planejamento e/ou tentativa) foi significativamente associado (p<0,05) ao sexo; luta corporal; luta corporal na escola, número de tentativas de suicídio, lesão após a tentativa e tristeza em excesso, violência no relacionamento e abuso sexual. Adolescentes do sexo feminino apresentaram associação com ideação suicida (OR=3,29; IC95% 2,09-5,20), maiores chances de planejar como porão fim à própria vida (OR=2,99; IC95% 1,84-4,88) e de tentarem suicídio (OR=2,80; IC95% 1,60-4,90). Aqueles que se sentiram excessivamente tristes ou sem esperança durante a pandemia apresentaram 4,75 vezes maiores chances de terem ideação suicida (OR=4,75; IC95% 2,88-7,84), 7,86 vezes maiores chances de planejarem tirar a vida (OD=7,86, IC95% 4,20-14,71) e 4,72 vezes maiores chances de tentarem tirar a vida (OR=4,72; IC95% 2,45-9,11). Na etapa qualitativa, foram identificadas estratégias de enfrentamento que jovens que já tentaram tirar a vida utilizam para lidar com o mal-estar. As estratégias giraram em torno de espaços protegidos de fala, mostrando que é imprescindível que haja pessoas/espaços para que esses jovens consigam ser escutados. Foram destacados, no estudo, os amigos, as famílias, os profissionais da saúde mental (psicólogos, psicanalistas, médicos, etc.) e, especialmente, a escola. Conclusão: Foram encontrados os fatores associados ao comportamento suicida, assim como identificadas algumas estratégias de enfrentamento, como a utilização de espaços protegidos de fala. Por se tratar de um tema bastante pesquisado, o estudo traz contribuições significativas para a temática do suicídio em adolescentes. Além disso, ele pode proporcionar perspectivas novas a partir do entrelace entre a Saúde Coletiva e a Psicanálise.

  • TATIANA CUSTÓDIO DAS CHAGAS PIRES GALVÃO
  • DEPRESSÃO ANTENATAL E VIOLÊNCIA POR PARCEIRO ÍNTIMO NA GESTAÇÃO ENTRE ADOLESCENTES ESCOLARES
  • Data: 28/08/2023
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  • Introdução: A depressão antenatal é o transtorno psiquiátrico mais comum durante a gravidez, podendo levar a desfechos negativos como trabalho de parto prematuro, aborto espontâneo e baixo peso ao nascer. A violência por parceiro íntimo durante a gravidez pode causar resultados negativos na saúde mental, prejudicando a qualidade de vida e práticas saudáveis durante a gestação de adolescentes. Objetivos: Analisar a depressão antenatal e a violência por parceiro íntimo durante a gravidez entre adolescentes escolares. Métodos: Trata-se de pesquisa observacional, transversal e analítica. A amostra foi composta por adolescentes grávidas entre 10 e 19 anos, matriculadas em escolas municipais ou estaduais de Teresina. Realizou-se entrevista estruturada, com perguntas sobre aspectos sociodemográficos, comportamentos relacionados à saúde, histórico de violência, características obstétricas da mulher e da relação conjugal, assim como variáveis sobre o parceiro íntimo. O instrumento World Health Organization Violence Against Women Study foi empregado para avaliar a violência e a Escala de Depressão Pós-Natal de Edimburgo para avaliar a depressão antenatal. Para testar a associação entre as variáveis independentes e depressão foi realizada análise bivariada por meio dos testes qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher, com cálculo de odds ratios (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC95%). O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: Foram entrevistadas 187 adolescentes, sendo a prevalência do risco de depressão antenatal de 47,5%. A violência por parceiro íntimo durante a gravidez foi relatada por 31% das adolescentes, sendo a violência psicológica a mais comum (29,4%). Evidenciou-se maior chance de depressão antenal entre adolescentes que não tinham parceiro (OR=4,18; IC95% 2,23–7,83), que moravam com a família (OR=4,83; IC95% 2,14-10,90), que tinham antecedentes de doença mental anterior à gestação (OR=3,82; IC95% 1,77-8,24), cuja gravidez não foi planejada (OR=3,52; IC95% 1,24-10,00) ou foi indesejada (OR=6,51; IC95% 2,89- 14,61), que sofreram VPIG (OR=17,44; IC95% 7,26–41,89), que vivenciaram violência psicológica por parceiro íntimo (OR=149,65; IC95% 19,94-1123,02), que relataram comunicação ruim com o parceiro (OR=8,19; IC95% 3,22-20,85). Adolescentes cujos parceiros consumiam cigarro apresentaram menor chance de depressão (OR=0,38; IC95% 0,19-0,76). Conclusões: O risco de depressão antenatal foi alto entre as adolescentes entrevistadas, apresentando associação com violência por parceiro íntimo durante a gravidez e fatores sociodemográficos, obstétricos, comportamentais do parceiro e características da relação conjugal. Tais dados suscitam a importância de intervenções desenvolvidas por gestores, profissionais de saúde e familiares direcionadas à promoção da saúde mental das adolescentes para contribuir de forma mais eficaz no combate à depressão antes, durante e após a gravidez.

  • LÉLIA IBIAPINO MOURA CHAVES
  • TECNOLOGIAS EDUCATIVAS EM DOENÇA DE CHAGAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
  • Orientador : VAGNER JOSE MENDONCA
  • Data: 06/06/2023
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  • Introdução: A doença de Chagas, causada pelo parasita Trypanosoma cruzi, é uma infecção parasitária endêmica nas Américas, incluindo o Brasil, afetando tanto animais silvestres quanto humanos. Apesar de ser listada como uma doença negligenciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), sua prevalência é significativa, especialmente em regiões rurais com condições habitacionais precárias. Objetivo: Identificar nas bases de dados científicas a existência de materiais didáticos para educação em saúde em Doença de Chagas. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, onde as buscas aconteceram no período de junho de 2022 a junho de 2023, nas seguintes bases de dados: PUBMED, SCIELO e LILACS. Os termos de busca utilizados nos descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subject Headings (MESH): educação em saúde, doença de chagas, material didático. A estratégia de busca utilizada combinou dois ou mais descritores por meio do conector ‘AND’ no campo ‘descritor de assunto’. Foi utilizado o fluxograma PRISMA. Resultados e Discussão: Os resultados desta pesquisa foram descritos em forma de artigo. Foram identificados inicialmente, 34.027 artigos dos quais dois foram excluídos por estarem duplicados nas bases de dados. Desta forma, foram selecionados 34.025 artigos para leitura do título e resumo o que resultou em 33.963 exclusões devido aos critérios de inclusão e exclusão. Após esta etapa, restaram 62 artigos para a leitura completa e destes, 10 atenderam todas as prerrogativas propostas. Considerações finais: Há uma importância contínua da pesquisa e desenvolvimento de abordagens educacionais eficazes, envolvendo a comunidade, formação de profissionais de saúde e métodos criativos para combater a doença de Chagas. 

  • APARECIDA DO ESPIRITO SANTO DE HOLANDA ROCHA
  • INFLUÊNCIA DO DIABETES MELLITUS NA GRAVIDADE DE PACIENTES HOSPITALIZADOS POR COVID-19: UM ESTUDO DE COORTE RETROSPECTIVA – PIAUÍ, 2020-2021
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Data: 10/02/2023
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  • Introdução: A forma grave da covid-19 está associada a vários fatores, tendo o diabetes mellitus (DM) papel importante nessa condição. Objetivo: analisar a influência do DM na gravidade em pacientes hospitalizados por covid-19 no estado do Piauí. Métodos: Estudo de coorte retrospectiva realizado a partir de dados secundários sobre pacientes hospitalizados com covid-19 confirmados laboratorialmente no Piauí, durante o período de março de 2020 a junho de 2021. A fonte dos dados foi o Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe). O desfecho considerado foi a gravidade por covid-19 definida pela a presença de saturação de oxigênio < 95% em ar ambiente e uso de suporte ventilatório (invasiva ou não invasiva). As variáveis independentes foram agrupadas em: sociodemográficas (sexo, idade e raça/cor) e clínicas (febre, tosse, e as comorbidades diabetes mellitus e doença cardiovascular crônica). Os critérios de inclusão foram dados de adultos ou idosos, casos confirmados de covid-19. Foram excluídas notificações de pacientes residentes em outros estados, pacientes grávidas e dados mal preenchidos (incompletude > 30%). Para organização e análise foi utilizado o software Stata versão 14.0 (StataCorp LP, College Station, EUA). Foram empregadas análises descritivas, bivariada e ajustada através de regressão de Poisson multivariada. A medida de associação foi expressa em Risco Relativo (RR) com Intervalo de Confiança de 95% (IC95%). A submissão do projeto ao comitê de ética em pesquisa ficou dispensada por se tratar de estudo com dados secundários anônimos. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (60,1%), com faixas etárias avançadas (idoso) (20,0%, 60 a 69 anos, 17,8%, 70 a 79 anos, e 14,7%, 80 anos e mais), cor/raça parda prevalente (76,2%), apresentava febre (76,5%) e tosse (84,8%). O diabetes e doença cardiovascular estiveram presentes em 25% e 81,5% dos pacientes, respectivamente. Houve maioria com saturação de O2 < 95% em ar ambiente (80,6%) e uso de suporte ventilatório (78,2%). O grupo com covid-19 grave era idoso (55,4% vs 39,2; p < 0,0001), com maior ocorrência de diabetes (26,8% vs 17,2%; p < 0,0001) e doença cardiovascular (82,1% vs 77,6%; p < 0,0001). O DM apresentou risco 3% maior entre os indivíduos com covid-19 grave (RR: 1,03; IC95%: 1,01-1,05). As faixas de idade avançada apresentaram risco aumentando em 14% (RR: 1,14; IC95%: 1,02- 1,28) entre aqueles na faixa de 70 a 79 anos e 16% (RR: 1,16; IC95%: 1,04-1,30) entre os que tinham 80 anos e mais, e a raça/cor indígena 26% (RR: 1,26; IC95%: 1,20-1,32) e preta 9% (RR: 1,09; IC95%: 1,04-1,14). Conclusão: a presença do diabetes mellitus apresentou risco para a covid-19 grave, ressaltando-se a importância de maiores cuidados a esses pacientes, principalmente, quando se associa a presença de outros fatores de rico como a idade avançada e a raça/cor preta.

  • ANTONIA ALMEIDA ARAUJO
  • DINÂMICA ESPACIAL E TEMPORAL E FATORES ASSOCIADOS À LETALIDADE DE PESSOAS HOSPITALIZADAS POR COVID-19 NO PIAUÍ
  • Orientador : OLIVIA DIAS DE ARAUJO
  • Data: 09/02/2023
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  • Introdução: A pandemia de covid-19 configurou-se como um dos maiores desafios sanitários
    que já ocorreu em escala mundial no século XXI, causando impactos heterogêneos que
    apresentaram expressiva dimensão territorial, colocando os governos subnacionais na linha de
    frente da gestão da crise no período pandêmico. Objetivo: Caracterizar a dinâmica espaçotemporal
    associada a letalidade de pessoas hospitalizadas por covid-19 no Piauí, 2020 – 2021.
    Método: Estudo ecológico analítico sobre a distribuição espaço-temporal de pessoas
    hospitalizadas por covid-19 no Piauí, realizado com dados secundários de pacientes notificados
    no SIVEP-Gripe, de março de 2020 a dezembro de 2021. Os dados foram analisados quanto ao
    seu comportamento espaço-temporal, por meio da taxa de letalidade hospitalar (TLH),
    autocorrelação espacial utilizando o Índice Global de Moran e o método LISA (Local Indicator
    of Spatial Association), a relação entre a letalidade e fatores socioeconômicas foi analisada pelo
    método OLS (Ordinary Least Squares). Resultados: Após a internação, o maior número de
    hospitalizados ocorreu entre pessoas do sexo masculino (56,5%) 2020, (56,8%) 2021 com TLH
    de 34, 3% e 34,7% para feminino e masculino respectivamente. A maioria das pessoas
    hospitalizadas possuíam algum tipo de comorbidade (63,0%), e as pessoas que fizeram uso de
    suporte ventilatório invasivo apresentaram maior TLH (88,0%). A TLH aumenta
    continuamente de acordo com a faixa etária, com TLH de 9,8% para população de 0 a 19 anos,
    e TLH de 57,0% para a população de 80 anos ou mais. A curva da quantidade de casos de
    hospitalizações, apresentou duas ondas, similarmente ao padrão de ondas apresentado pelos
    casos totais de covid-19, e a regressão linear da TLH mostrou um comportamento crescente
    durante todo o período do estudo. Os mapas coropléticos apresentaram que de 2020 para 2021
    houve um espalhamento da letalidade por covid-19 entre os municípios, as maiores TLH se
    concentraram nas regiões de saúde Vale do Rio Guaribas, Vale do Sambito e Tabuleiros do
    Alto Parnaíba. Um cluster de TLH foi observado na microrregião de saúde Vale do Rio
    Guaribas. Observando os municípios de internação o município de Picos apresentou a maior
    TLH (99,8%). Na análise de regressão as variáveis distância até o centro de internação mais
    próximo (β= 0,298156; p=0,000000), renda per capta municipal (β= 0,413016; p=0,000532) e
    taxa de analfabetismo (β= 1,837721; p=0,000000) mostraram correlação positiva com TLH.
    Conclusão: Observou-se que idade, comorbidade e uso de suporte ventilatório foram fatores
    de maior relevância para aumento da TLH, enquanto sexo se mostrou fator indiferente. As
    maiores TLH foram observadas no interior do estado, com ênfase na microrregião de saúde
    Vale do Rio Guaribas, o que pode ser influência de estados vizinhos. No que tange os
    municípios de internação, Picos e Piripiri apresentaram altíssima taxa de letalidade hospitalar.
    A taxa de analfabetismo em maiores de 15 anos, a distância em relação aos municípios de
    internação e a renda per capta foram determinados como fatores cruciais no aumento da TLH,
    que em conjunto com análises da literatura focadas nos dados individuais dos pacientes sugere
    que as maiores letalidades ocorrem em pessoas pobres de regiões ricas distantes dos grandes
    centros de saúde.

  • ANTONIELDO ARAÚJO DE FREITAS
  • VULNERABILIDADE EM SAÚDE DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA À COVID-19: ANÁLISE À LUZ DO MODELO SUJEITO-SOCIAL
  • Orientador : JOSE WICTO PEREIRA BORGES
  • Data: 23/01/2023
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  • Introdução: A Covid-19, doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2 e de alta transmissibilidade, instaurou uma pandemia em 2020, em que professores tiveram cotidianos e atividades laborais modificados, tornando-os vulneráveis ao contexto pandêmico e à infecção pelo vírus. No contexto da Vulnerabilidade em Saúde (VS), o modelo sujeito-social permite analisar condições que, quando precarizadas ou agenciadas, potencializam ou fragilizam a vulnerabilidade. Objetivo: Avaliar a VS à Covid-19 entre os anos de 2020 e 2022 de professores da educação básica à luz do modelo sujeito-social. Método: Estudo analítico, transversal on-line (e-survey), quantitativo, com 703 professores da rede pública estadual da zona urbana de Teresina/Piauí-Brasil, por meio de questionário com variáveis independentes sobre o perfil socioeconômico, situação de saúde, condições de trabalho e estilo de vida. O desfecho considerado foi o autorrelato do diagnóstico de Covid-19 nos anos de 2020, 2021 e 2022. Para análise dos dados utilizou-se os testes qui-quadrado e exato de Fischer. Aplicou-se o modelo de regressão múltipla para as variáveis com p<0,2 pelo método Backward baseado no Teste de Wald (Backward Wald). A magnitude de associações foi estimada no modelo de regressão para as variáveis com p<0,05. Todas as análises foram realizadas adotando-se nível de significância de 95% (p<0,05). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, Parecer nº 5.303.183. Resultados: Em 2020, potencializaram a VS à Covid-19: área de formação (p=0,001), carga horária de trabalho semanal na rede estadual (p=0,001), vínculo(s) com outra(s) rede(s) de ensino (p=0,003), dividir horário de trabalho com outros afazeres (p=0,040), inatividade por motivo de saúde relacionado ao trabalho docente (p=0,001), procura por serviços de saúde (p=0,001), agravamento de doenças crônicas (DC) (p=0,001), diagnóstico de DC antes de 2020 (p=0,001), e planejamento de lazer (p=0,001); por outro lado, fragilizaram a VS: fornecimento de face shield ou óculos de proteção pela escola (p=0,001), prática de atividades físicas (p=0,001) e suporte social de amigos (p=0,005). Em 2021, as variáveis potencializadoras da VS à Covid-19 foram: trabalho fora do horário habitual (p=0,001), procura pelos mesmos serviços de saúde (p=0,001) e prática de atividades físicas (p=0,001); enquanto isso, fragilizaram a VS: mobília do trabalho remoto ergonomicamente adequada (p=0,004), inatividade por motivo de saúde relacionado ao trabalho (0,001), agravamento de DC durante a pandemia (p=0,001) e planejamento de lazer (p=0,001). Para 2022, o trabalho fora do horário habitual (p=0,017) mostrou-se potencializador da VS à Covid-19; e, mostraram-se fragilizadoras da VS: capacitação para o trabalho remoto (p=0,013), procura pelos mesmos serviços de saúde (p=0,001) e suporte social da família (p=0,012). Conclusão: No ano de 2020, os professores tiveram mais variáveis/conceitos com associação com a Covid-19, indicando condições de precarização e, consequentemente, de potencialização da VS à Covid-19. Também em 2020, houve mais conceitos/variáveis sobre comportamentos de proteção e promoção da saúde com associação. Em todo o período analisado, as condições de trabalho, especialmente, excesso de carga horária e situação do ambiente laboral, mostraram as práticas e a situação física no trabalho como indicadoras de potencialização da VS à Covid-19 nos professores.

2022
Descrição
  • ANTONIA KAROLINE DOS SANTOS DE SOUSA
  • DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA INCIDÊNCIA, LETALIDADE E MORTALIDADE POR COVID-19 NO PIAUÍ, 2020-2021 Teresina
  • Orientador : CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA
  • Data: 20/12/2022
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  • Introdução: A pandemia da covid-19 representa a maior crise sanitária e hospitalar
    do século, com altas taxas de infecção e mortalidade. No Piauí, a primeira morte
    aconteceu em 28 de março de 2020. Após um ano do primeiro óbito, em relação ao
    Brasil, o estado alcançou a maior média móvel de óbitos por semana, com cerca de
    269 óbitos registrados. Objetivo: analisar a distribuição espacial da incidência,
    letalidade e a mortalidade por covid-19 no Piauí e sua correlação com indicadores
    socioeconomicos e demográficos, durante o primeiro ano de pandemia. Métodos:
    Estudo ecológico com dados de incidência e mortalidade por covid-19, ocorridos de
    março de 2020 a fevereiro de 2021, notificados no Painel Epidemiológico Piauí –
    covid-19. Utilizou-se como variáveis dependentes o número de casos confirmados,
    número de óbitos e as taxas de incidência, letalidade e mortalidade. As variáveis
    independentes foram Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), razão de renda e
    densidade demográfica por km² e as regiões de saúde. As informações foram obtidas
    no site da secretaria estadual de saúde, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
    e do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Realizou-se a
    correlação de Spearman para verificar se há relação monótona entre as variáveis
    sociais e os indicadores de saúde para covid-19. O nível de significância adotado foi
    de 5%. Foram construídos mapas elaborados pelo programa QGis 3.18 Zurich para as
    taxas de incidência, letalidade e mortalidade por município e região de saúde.
    Resultados: Foram registrados 174.008 casos e 3.352 óbitos por covid-19 no Piauí
    durante o primeiro ano de pandemia. A região Entre Rios apresentou o maior número
    de casos (80.325) e de óbitos (1.670) enquanto a Vale do Sambito apresentou o menor
    número de casos (4.354) e a Vale do Canindé o menor número de óbitos (63). A maior
    taxa de letalidade foi registrada na região de Vale do Sambito (2,30) e a menor na
    região de Tabuleiros do Alto Parnaíba (1,37). Houve correlação positiva e significativa
    entre taxa de incidência, IDH e a densidade; correlação positiva entre taxa de
    letalidade e as variáveis socioeconômicas, densidade e razão de renda; e correlação
    positiva entre a taxa de mortalidade e o IDH. Conclusão: características
    socioeconômicas exerceram influências na disseminação e mortalidade por covid-19
    quando associados os indicadores epidemiológicos. Torna-se necessário monitorar e
    fortalecer os níveis de atenção à saúde, o qual desenvolve função fundamental na
    redução das iniquidades em saúde.

  • LAYANNE LIMA MONTE
  • COMPORTAMENTO SEXUAL DE RISCO DE ADOLESCENTES ESCOLARES NO BRASIL: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
  • Data: 24/10/2022
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  • Introdução: A adolescência se caracteriza por ser uma fase de intensas transformações nos aspectos biológicos, psicológicos e sociais. É nessa fase da vida vivenciam a iniciação sexual que aliada à falta de informações, pode levar esses jovens à prática de comportamento sexual de risco. Objetivos: caracterizar o comportamento sexual de risco de adolescentes escolares do Brasil e identificar os fatores a ele associados. Métodos: Trata-se de pesquisa transversal e analítica, tendo como cenário o Brasil, as cinco regiões e 26 estados, além do Distrito Federal. Os dados são secundários, oriundos da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, edição 2015, cuja população foi composta por escolares matriculados e frequentando escolas públicas e privadas, do 6º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. A variável dependente foi o comportamento sexual de risco (CSR), caracterizado pelo não uso de preservativo na última relação sexual e dois ou mais parceiros sexuais ao longo da vida. Já as variáveis independentes foram sociodemográficas, práticas de comportamento de risco, características de saúde sexual e reprodutiva, de saúde mental e de sociabilidade, orientações na escola e autoimagem corporal. Empregou-se o teste do qui-quadrado para avaliar eventuais diferenças de proporções. A associação entre as variáveis independentes e dependente foi expressa em razões de prevalências ajustadas (RPaj), com intervalos de confiança de 95% (IC95%). A análise multivariada, por meio da regressão de Poisson, foi realizada com hierarquização das variáveis independentes em blocos. Resultados: Houve prevalência de CSR de 19% no país, com os maiores percentuais nas regiões Sudeste (21,2%), Nordeste (19,2%) e Norte (19,1%) e nos estados de São Paulo (23,4%), Pará (22,2%) e Bahia (21,7%). O CSR foi associado com o sexo masculino (RPaj=1,17; IC95% 1,10-1,29), com a prática de bullying (RPaj= 1,51; IC95% 1,39-1,62), ter tido primeira relação sexual com idade de 9 anos ou menos (RPaj= 2,67; IC95% 1,64-3,01), ter vivenciado a gravidez na adolescência (RPaj= 1,68; IC95% 1,34-1,98) ou ter sido vítima de violência sexual (RPaj= 1,42; IC95% 1,18-1,86), além de ter usado drogas ilícitas (RPaj= 1,67; IC95% 1,21-2,01), cigarro (RPaj= 1,58%; IC 1,33-1,76) e bebidas alcoólicas (RPaj=1,52; IC95% 1,32-1,96). Em contrapartida, observou-se menor prevalência de CSR entre os adolescentes que moravam com mãe e/ou pai (RPaj=0,82; IC95% 0,71-0,95), que receberam orientações sobre prevenção de gravidez (RPaj= 0,80; IC95% 0,72-0,90) e entre aqueles que usaram preservativo na primeira relação sexual (RPaj=0,26; IC95% 0,23-0,35). Conclusões: Os dados apontam alta prevalência de CSR entre adolescentes escolares no Brasil, notadamente nas regiões e estados com os piores índices socioeconômicos. Variáveis socioeconômicas, de saúde sexual e reprodutiva, de comportamentos de risco, assim como a vivência de violência sexual e de bullying demonstraram associação ao desfecho. Há necessidade de planejamento e implementação de políticas e programas que visem à redução desses índices e que possibilitem a vivência da sexualidade entre adolescentes de forma plena e saudável no país.

  • GUIDA GRAZIELA SANTOS CARDOSO
  • CORRELAÇÃO ENTRE A INGESTÃO DIETÉTICA DE VITAMINA D, CÁLCIO, FÓSFORO E MACRONUTRIENTES COM A PRESSÃO ARTERIAL EM ADOLESCENTES
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 13/10/2022
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  • Introdução: A adolescência é caracterizada por importantes transformações físicas, mentais, sexuais e sociais, especialmente as de natureza comportamental. Considera-se este, um período de vulnerabilidade nutricional e consolidação dos hábitos alimentares, que, quando não adequados, podem aumentar o risco de desenvolvimento de inúmeras doenças. Apesar do conhecimento de que existe uma associação direta entre envelhecimento e maior prevalência da hipertensão, os casos de hipertensão arterial sistêmica vêm aumentando em indivíduos cada vez mais jovens. Objetivo: Avaliar a correlação entre ingestão dietética de vitamina D, cálcio, fósforo e macronutrientes com a pressão arterial em adolescentes de Teresina - PI. Metodologia: Estudo transversal realizado com 629 adolescentes, de 14 a 19 anos de idade, do ensino médio de escolas públicas e privadas de Teresina - PI. Foram sorteadas uma escola pública e outra privada de cada porte, em cada regional, totalizando 24 escolas, sendo 12 públicas e 12 privadas. O estado nutricional foi avaliado pelo IMC/Idade. As variáveis independentes estudadas foram: sexo, idade, peso, altura, consumo alimentar pela aplicação do recordatório de 24 horas, com análise da adequação do VET, macronutrientes e de micronutrientes (cálcio, vitamina D e fósforo). A variável dependente foi pressão arterial. Foram aplicados os testes do qui-quadrado para variáveis nominais e teste t de Student para comparação dos valores encontrados do consumo alimentar em relação ao recomendado. Por meio da ANOVA utilizou-se a análise de comparação múltipla o teste de Tukey. O nível de significância adotado foi de 5% (p≤0,05) com Intervalo de Confiança de 95%. Foi realizado o estudo de correlação de Pearson em relação ao consumo e pressão arterial e estado nutricional. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Institucional. Resultados: Foram avaliados 629 adolescentes, com predominância feminina (56,6%). O sobrepeso foi observado em 98 adolescentes (16,1%) e obesidade em 55 (8,7%), sendo predominantes no sexo masculino (16,1% e 9,2%). Observou-se prevalência de pressão arterial elevada de 13,4%, maior no sexo masculino (16,9%). Quanto ao consumo alimentar, a maioria dos adolescentes apresentou inadequado consumo energético, de macronutrientes e micronutrientes. Somente o fósforo apresentou consumo acima do recomendado. Ao comparar o consumo alimentar com a pressão arterial observou-se uma baixa correlação entre as variáveis analisadas. Conclusões: Não foi observada correlação entre o consumo de macronutrientes e micronutrientes (cálcio, fósforo e vitamina D) com excesso de peso e pressão arterial alterada nos adolescentes estudados. Somente constatou-se correlação moderada entre ingestão energética e estado nutricional.

  • JOANA CÉLIA FERREIRA MOURA
  • DESENVOLVIMENTO DE UM WEBSITE SOBRE CONTRACEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA
  • Orientador : MALVINA THAIS PACHECO RODRIGUES
  • Data: 30/08/2022
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  • Introdução: Apesar da disponibilização gratuita de métodos contraceptivos e atividades de educação em saúde, a gravidez na adolescência ainda é um desafio social, principalmente em países mais pobres, com graves repercussões para os adolescentes. Logo, se torna importante que informações em saúde validadas sejam disponibilizadas para esse público especifico. Como alternativa de aproximação com o público adolescente, vêm ganhando destaque as tecnologias em saúde que tem fortalecido a promoção em saúde. Dessa forma, torna-se relevante desenvolver um website sobre contracepção voltado para os adolescentes, apresentando informações confiáveis e obedecendo a um processo de validação. Objetivo: Desenvolver um website sobre contracepção para adolescentes. Método: Estudo metodológico que utilizou o método DADI (Definition, Architecture, Design and Implementation). Foi realizada uma revisão integrativa para construir o roteiro. Para validação do conteúdo textual do roteiro utilizou-se o Instrumento de Validação de Conteúdo Educativo em Saúde e, para validar a aparência, o Instrumento de Validação de Aparência de Tecnologia Educacional em Saúde. Na análise dos dados, foi calculado o índice de concordância (IC) e realizado o Teste Binomial para verificar a concordância entre os especialistas, sendo adotado o índice de concordância igual ou superior a 0,85 (≥ 85%) e nível de significância (α) de 5%. Após a validação dos especialistas, foi realizada a análise semântica pelos adolescentes. Resultados: A revisão integrativa incluiu 41 estudos de onde foram extraídas informações sobre os tipos de métodos contraceptivos, modos de uso, contraindicações e efeitos adversos. As informações disponíveis foram complementadas com literatura cinzenta. O website está organizado em: página inicial; tópico 1, abordando o conceito de contracepção; tópico 2, tem um quiz de Verdadeiro ou Falso; tópico 3, descreve os métodos contraceptivos; e tópico 4, com dicas extras. O processo de validação do conteúdo do website com os sete especialistas alcançou IC geral de 0,99. A aplicação do teste Binomial demonstrou que todas as proporções de concordância para cada atributo das áreas foram consideradas maiores ou iguais a 85%. O Índice de Validação de Aparência contou um índice geral de 0,99. Foram sugeridas alterações no conteúdo e na aparência. Os adolescentes que realizaram análise semântica consideraram o conteúdo do website adequado e não propuseram alterações. Conclusão: O website AdoleSer se mostra como uma alternativa que poderá ampliar o conhecimento sobre contracepção, pois apresenta informações validadas com linguagem acessível e atualizadas, imagens claras e explicativas, além do conteúdo interativo sobre contracepção.

  • JULIANA DAYSE DE CARVALHO SILVA
  • PRESSÃO ARTERIAL, CONSUMO DE NUTRIENTES E ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 28/07/2022
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  • Introdução: Os hábitos de vida adquiridos na adolescência estão diretamente ligados a uma vida saudável na idade adulta. Nesse período, assim como nos demais, o consumo de nutrientes e estado nutricional inadequados podem influenciar no aparecimento da hipertensão arterial. Por isso, é de suma importância identificar a presença e associação de fatores de risco nessa população. Objetivo: Avaliar a relação do consumo de nutrientes, estado nutricional e a pressão arterial em adolescentes. Método: Estudo secundário, transversal e analítico com 665 adolescentes de escolas públicas e privadas em Teresina, Piauí, em 2016, selecionados por meio de amostragem probabilística estratificada proporcional. O estudo foi realizado a partir do banco de dados do subprojeto temático do Programa de Pós Graduação em Saúde e Comunidade da Universidade Federal do Piauí – UFPI, intitulado: “Saúde na Escola: diagnóstico situacional no ensino médio”. Foi utilizado questionário estruturado para coleta de dados sociodemográficos e Recordatório 24h para análise do consumo alimentar. Realizaram-se medições para a avaliação do perfil antropométrico e dos níveis pressóricos dos adolescentes. Analisaram-se os dados aplicando-se os testes do ꭕ2 (qui quadrado), t de Studente e correlação de Pearson. Resultados: Os participantes do estudo foram em sua maioria do sexo feminino (56,7%), com média de idade de 15,8 anos. Foi observado que 23,9% dos adolescentes estavam com excesso de peso e obesidade. A prevalência de hipertensão arterial foi de 12,6%. Entre os adolescentes com pressão alta, 39,4% tinham excesso de peso e 27,3% obesidade. Na análise dos nutrientes e pressão alta, houve forte correlação (0,82) com o consumo de sódio e moderada com o consumo de carboidratos (0,59). Conclusão: A pressão arterial apresentou correlação com o consumo alimentar e associação com o estado nutricional dos adolescentes.

  • JAINE MAGALHÃES PAZ DE LIMA
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE O CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS EM ADULTOS E IDOSOS: INQUÉRITO DE BASE DOMICILIAR
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 08/06/2022
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  • Introdução: Estudos indicam que o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados (AUP) podem ser consequência de sintomas de depressão e ansiedade ou mesmo ser fator desencadeador destes Transtornos Mentais Comuns (TMC), por estarem associados a processos inflamatórios, formação de radicais livres e desequilíbrio dos neurotramissores. Embora os TMC sejam comuns atualmente, nota-se ainda lacunas sobre a temática, pois há poucos estudos que avaliaram a associação do consumo alimentar classificados quanto ao grau de processamento (alimentos ultraprocessados) e os transtornos mentais na população adulta e idosa no Brasil. Objetivo: Avaliar a associação entre o consumo de AUP e TMC em adultos e idosos de uma capital do nordeste brasileiro. Métodos: Estudo transversal, de base domiciliar, com adultos (20-59 anos) e idosos (> 60 anos), residentes na área urbana de Teresina, Piauí. Foram coletados dados socioeconômicos e demográficos, de estilo de vida (consumo de álcool, prática de atividade física e tabagismo), presença de TMC, consumo alimentar e medidas antropométricas (peso e altura). O consumo alimentar foi obtido por meio do recordatório alimentar de 24 horas. Os AUP foram agrupados segundo a classificação NOVA, avaliando-se a contribuição calórica destes em relação ao valor energético total da dieta (VET) (%kcal). Para o rastreamento de TMC utilizou-se o Self-Report Questionnaire-20. As análises estatísticas foram realizadas no programa Stata versão 13.0. A associação entre o consumo de AUP (em tercis) e os TMC foi avaliada por meio da análise de regressão logística binária. O estudo foi submetido e aprovado pelo comitê de ética da Universidade Federal do Piauí (parecer nº 2.552.426). Resultados: A prevalência de TMC foi de 28,5%, sendo associado ao sexo feminino (p<0,01), ao ensino fundamental (p= 0,01) e obesos (p=0,006). Dos 495 participantes, a maioria era adulta (73,5%), do sexo feminino (66,9%), de cor de pele parda (62,4%), tinham companheiro (58,7%) e estudou até o ensino médio (41,0%). Em relação aos hábitos de vida, a maioria não consumia bebidas alcóolicas (59,9%), não fumava (77,8%) e eram fisicamente ativos (80,3%). Quanto ao estado nutricional, a maioria tinham excesso de peso (57,1%). A média do consumo de AUP foi maior em adultos na amostra total e na presença de TMC (20,8% e 23,6% do VET), em indivíduos que não fumavam e sem TMC (20,6% e 20,0% do VET) e com ensino superior e sem TMC (24,8% e 24,3% do VET) (p<0,05). Na amostra total no terceiro tercil de consumo de AUP apresentaram maior odds de TMC em relação ao primeiro tercil (OR: 1,58; IC: 0,95-2,65; p=0,03). Em adultos e idosos não foi observado associações estatisticamente significativas. Conclusão: O estudo mostrou que houve associação entre o consumo de AUP e TMC, onde o maior risco de TMC foi associado ao maior consumo de AUP. A média de contribuição calórica do consumo de AUP em adultos foi maior que em idosos quase um terço da população adulta e idosa de Teresina apresentavam TMC. Tais resultados reforçam a importância de ações de educação alimentar e nutricional voltadas para a redução do consumo de AUP, visando a prevenção de TMC.

  • IRACYNETTA PASSOS DE SOUSA LEAL
  • VIOLÊNCIA SEXUAL EM ESCOLAS MÉDICAS NO PIAUÍ E FATORES ASSOCIADOS
  • Data: 28/04/2022
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  • Introdução: A violência sexual é um evento prevalente contra mulheres estudantes de medicina ao redor do mundo. A exposição ao toque, contato físico e incitações sexuais inoportunas podem ocorrer em vários ambientes de educação e da prática médica. Objetivo: Analisar a violência sexual contra mulheres estudantes de medicina ocorrida em escolas médicas no Piauí. Métodos: Pesquisa de caráter exploratório, observacional e analítico, de natureza quantitativa e de abrangência local. A amostra foi composta por 211 mulheres estudantes de medicina no Piauí entrevistadas entre maio e novembro de 2021. Utilizou-se um questionário online que abordou aspectos sociodemográficos, informações da instituição de ensino/do curso e aspectos relacionados à violência sexual no âmbito universitário. O teste de qui-quadrado de Pearson foi utilizado para a análise univariada. As variáveis independentes foram submetidas a análise multivariada pela regressão logística múltipla, com cálculo de odds ratio (OR) e intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: A amostra foi composta principalmente por jovens de 21 a 25 anos (60,2%), estudantes de instituições públicas (55,5%), do 5º ao 8º período do curso (56,9%) que se autodeclararam cisgênero (98,6%) e heterossexuais (85,8%). A violência sexual nos cursos de medicina piauienses foi relatada por 55% das estudantes e, especialmente, como evento único por 69,3% delas. O tipo de violência sexual mais relatado foi comentários sexistas ou sexualmente degradantes (87,8%), ocorridos em ambientes de prática (55,3%), no 1º e 2º anos dos cursos (63,0%), em disciplinas do ciclo básico (69,2%). Os agressores foram na sua maioria homens (99,0%), com mais de 40 anos (60,4%) e professores (59,3%). Segundo o relato das estudantes, a violência sexual resultou em sofrimento emocional para 47,3% delas e a maioria não realizou denúncia (92,9%). No modelo final da análise multivariada, houve maior chance de violência sexual contra estudantes que se autodeclararam bissexuais (OR=3,87; IC95% 1,20-12,48) e de instituições de ensino pública (OR=3,12; IC95% 1,67-5,82). Conclusões: A violência sexual contra mulheres estudantes de medicina no Piauí mostrou ocorrência significativa, resultando em sofrimento emocional para as vítimas. Os agressores, na sua maioria homens com mais de 40 anos e professores, abordaram as estudantes com comentários sexistas ou sexualmente degradantes em ambientes de prática, nos primeiros anos dos cursos. Estudar em instituição de ensino pública e ter orientação sexual bissexual aumentaram as chances de sofrer violência sexual em cursos de medicina no Piauí.

  • MARICÉLIA DE AQUINO SANTANA
  • SOROPREVALÊNCIA DA DOENÇA DE CHAGAS EM ÁREAS RURAIS DO TERRITÓRIO DE SAÚDE VALE DO CANINDÉ, PIAUÍ
  • Orientador : VAGNER JOSE MENDONCA
  • Data: 25/04/2022
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  • Introdução: A doença de Chagas (DCh), tripanossomíase americana, é uma infecção parasitária causada pelo Trypanosoma cruzi, uma enfermidade endêmica, que pode se manifestar de duas formas: aguda ou crônica. Objetivo: caracterizar a soroprevalência da doença de Chagas em áreas rurais do território de saúde, Vale do Canindé, Piauí. Método: estudo observacional transversal de soroprevalência da DCh, realizado com amostras aleatórias simples da população rural de cinco municípios da região de saúde Vale do Canindé. Os dados foram coletados entre os meses de fevereiro e setembro de 2021. Foram examinadas 876 pessoas que tiveram amostra de sangue coletada em papel de filtro, submetidas a testes screening, pela técnica de Imunofluorescência Indireta (IFI), em um único laboratório. As amostras com resultado reagentes ou indeterminado, no teste de IFI, foram revisitadas. O sangue venoso foi coletado para realização do teste de Ezyme Linked ImmunonoSorbent Assay (ELISA). Para as variáveis sociodemográficas, conhecimento do vetor e histórico familiar da doença, foi aplicado um questionário. Os dados dessa pesquisa foram analisados no software Statistical Package for the Social Science, versão 20. Ademais, destaca-se que foram utilizados os testes de Qui-quadrado, distribuição e associação (Odds ratio) para teste da independência dos resultados reagentes na técnica de IFI e ELISA. Afora o mencionado, foi utilizada a razão de prevalência como medida de efeito com intervalo de confiança de 95% (IC95%). Assim, todas as variáveis com significância estatística de p-valor<0,05 foram incluídas na análise bivariada. Resultados: Da avaliação conjunta dos testes observou-se uma prevalência de 6,3% para DCh na população do estudo. A maioria dos participantes se declararam negros [pardo+negro] apresentando 6,7% dos casos. Em relação ao sexo, entre os infectados 7,0% eram homens e 5,8% mulheres e 15% dos casos tinham idade ≥50 anos (p<0,008). Dos casos reagentes para doença 22,3% (p<0,001) eram analfabetos e 5% tinham o ensino fundamental completo ou incompleto. A renda de até um salário mínimo representou 6,3% (p<0,001). Conclusão: Os resultados desse estudo indicam alta prevalência da infecção pelo T. cruzi na população residente na zona rural de alguns municípios do Vale do Canindé, principalmente, entre os maiores de 50 anos de idade. A ausência da soropositividade em crianças e adolescentes mostra a importância do controle de triatomíneos para impedir a transmissão do agravo, reforçando a necessidade de controle epidemiológico rigorosos para evitar o avanço da doença em áreas endêmicas e não-endêmicas.

  • MAÍRA MESSIAS DO NASCIMENTO
  • EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NAS NECESSIDADES FORMATIVAS DE PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: REALIDADE E POSSIBILIDADE
  • Orientador : HILDA MARIA MARTINS BANDEIRA
  • Data: 19/04/2022
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  • Introdução: O aumento na prevalência de excesso de peso em escolares revela o cenário de insegurança alimentar e nutricional. Nesse sentido, a escola é importante espaço de promoção da educação alimentar e nutricional (EAN). Objetivo: Discutir sobre as estratégias de EAN nas necessidades formativas de professores do ensino fundamental de escolas públicas de Guadalupe-PI. Métodos: Estudo qualitativo, do tipo colaborativo. Foram realizados cinco encontros colaborativos por meio de curso de extensão com sete professores, no período de abril a maio de 2021. Os dados obtidos foram transcritos, analisados segundo Bardin (1977) e processados no software Iramuteq apresentados em nuvens de palavras e na análise de similitude. Utilizaram-se categorias do Materialismo Histórico Dialético, que contribuem para compreender o real e suas especificidades. Discutiram-se as categorias necessidades/casualidades e possibilidades/realidade e as tipologias das necessidades formativas; tática e estratégia. Resultados: Foram evidenciados quatro eixos temáticos: contexto sócio-histórico das necessidades dos partícipes: colaborar e cooperar; necessidade alimentar e nutricional; necessidades formativas na promoção da EAN; teoria e prática no planejamento. Os encontros colaborativos possibilitaram aos partícipes reelaborarem suas práticas quanto à EAN, de acordo com seus contextos, criando possibilidade de transformações dessa realidade. Os professores evidenciaram a necessidade de compreensão da EAN enquanto prática contínua e permanente, transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional na atividade docente e a carência de formação para lidar com questões de saúde pública, tais como: obesidade e sua consequência o bullying. Foi evidenciado ainda a dificuldade dos professores para relacionar a EAN com planejamento pedagógico, assim como a falta de apoio de pais/responsáveis na promoção da EAN. Conclusão: Os encontros colaborativos para discussão da EAN possibilitaram aos partícipes reelaborarem o modo como desempenham as ações e desenvolverem novas atitudes sobre a articulação da EAN com os conteúdos das disciplinas, e conforme as necessidades evidenciadas pelos alunos, considerando o contexto social, histórico, cultural e político.

  • JANAYRA KALINE BARBOSA OLIVEIRA
  • A IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES DE EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS A PARTIR DA PERCEPÇÃO DOS ATORES ENVOLVIDOS
  • Orientador : JESUSMAR XIMENES ANDRADE
  • Data: 11/03/2022
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  • Introdução: Dentro da estratégia de Educação Alimentar e Nutricional (EAN), do programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o papel dos atores envolvidos é central na sua implementação, em especial professores e os nutricionistas. Embora reconhecido como importante esse papel, o maior enfoque dos estudos tem recaído sobre a proposição de intervenções educativas voltadas para os escolares e pouco é abordado a fase de implementação que, apesar de planejada, constitui a etapa em que ocorre a maioria das falhas em programas públicos. Objetivo: Caracterizar a implementação das ações de educação alimentar e nutricional em escolas públicas, a partir da percepção dos professores e nutricionistas envolvidos. Métodos: Estudo de abordagem qualitativa do tipo exploratória-descritiva. Foram entrevistados 15 sujeitos, entre professores e nutricionistas da educação infantil sobre a implementação das ações de EAN nas escolas. Foi adotada a técnica de Análise de Conteúdo para análise das informações com o apoio do software IRAMUTEQ. A pesquisa foi submetida ao Comitê de Ética da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e aprovada com o número de protocolo 4.745.754. Resultados: O perfil dos professores é de mulheres, com idade entre 30 e 39 anos e formação em pedagogia e especialização. As professoras informaram que participam “às vezes” das ações de EAN. Já o grupo de nutricionistas é composto de mulheres, em faixas etárias diversas, com ensino superior completo e frequências de participação nas ações de EAN que variam entre “às vezes” e “diariamente”. Foram evidenciados cinco eixos temáticos: hábito alimentar das famílias, percepção sobre a implementação das ações de EAN, o que pode ser feito em termos de EAN, como são executadas essas ações e as atribuições dos nutricionistas. Dentre as percepções de destaque em ambos os grupos está o mau hábito alimentar das famílias, visão biológica frente a complexidade da alimentação, a baixa capacitação para o trabalho do tema, bem como, a sobrecarga de trabalho e inadequação do número de nutricionistas, refletindo diretamente na implementação das ações. A abordagem lúdica das ações foi a mais citada nas entrevistas. No comparativo entre as escolas, foi possível identificar dificuldades na implementação, com o hábito alimentar das famílias, com o modo de executar as ações e com a periodicidade nas diferentes zonas de Teresina - PI. Conclusões: Esta pesquisa identificou fatores que podem ser limitantes para implementação das ações, como a escolaridade dos profissionais, frequência de execução, habito alimentar das famílias, baixo aporte técnico-científico e compressão da complexidade alimentar para execução de EAN. Além disso, reconheceu a necessidade de articulação entre os envolvidos e continuidade das ações para sobrepor esses desafios. Essas ações permitem não só promover a EAN no âmbito da alimentação escolar como um processo complexo, como também reconhecer a importância de pesquisar outros atores, além das crianças, envolvidos nas ações em ambiente escolar.

  • LUANA KELLY SILVA BORGES
  • A PANDEMIA DE COVID-19 E AS MUDANÇAS NOS HÁBITOS DE VIDA EM IDOSOS
  • Orientador : FERNANDO FERRAZ DO NASCIMENTO
  • Data: 22/02/2022
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  • Introdução: O envelhecimento é um processo natural e gradativo que sofre grande
    influência dos hábitos de vida que aceleram ou tornam mais lento esse processo. As
    medidas restritivas para conter o avanço da pandemia de Covid-19 ocasionaram
    repercussões comportamentais duradouras, tornando-se fundamental investigar os
    hábitos de vida dos idosos. Objetivo: Analisar as mudanças de hábitos de vida de
    idosos durante a pandemia de Covid-19. Métodos: Estudo transversal com 289
    idosos selecionados por amostragem aleatória simples, residentes na zona urbana do
    município de Campo Maior cadastrados na rede de atenção primária à saúde. A coleta
    de dados foi realizada, de forma presencial, entre os meses de março a junho de 2021
    em quatro unidades básicas de saúde da zona urbana do município. Foi utilizado
    questionário semiestruturado contendo dados socioeconômicos e demográficos,
    antropométricos, estado de saúde e hábitos de vida durante a pandemia de Covid-19.
    Os desfechos estudados relacionaram-se as alterações na qualidade do sono, a
    prática de atividade física e a frequência alimentar. Para avaliação das variáveis
    associadas à evolução do sono foram calculados a odds ratio (OR) obtidos por meio
    da regressão logística binária enquanto que o teste de Wilcoxon foi usado para
    comparação das distribuições do tempo de atividade física antes e durante a
    pandemia Covid-19 e o teste de McNemar utilizado para verificar a diferença na
    alimentação antes e durante a pandemia. O teste Qui-quadrado foi aplicado para
    investigar a associação das variáveis qualitativas. Os dados coletados foram
    armazenados e organizados na planilha eletrônica Excel e em seguida exportados e
    analisados no programa IBM SPSS versão 20.0. O nível de significância adotado foi
    de 5% (p<0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
    Universidade Federal do Piauí mediante parecer de Nº 4.495.351 e cumpriu todos os
    princípios éticos. Resultados: A maioria dos idosos investigados eram do sexo
    feminino, entre 60 e 69 anos, pardos, casados, com ensino fundamental, com um a
    três filhos, que utilizam serviços de saúde do município e eram eutróficas. A maior
    parte (59,2%) relatou piora da qualidade do sono. Os homens apresentaram
    alterações de sono quase três vezes mais do que as mulheres. A prática de atividade
    física, apesar de insuficiente antes da pandemia, apresentou-se com redução de
    tempo praticado entre os idosos investigados (35,3%). As mulheres tiveram maior
    alteração em relação à redução da atividade física (26,2 ± 4,7). Ainda que o consumo
    de alimentos saudáveis esteja abaixo do recomendado, houve aumento significativo
    de frutas (13%), e estabilidade do consumo de ultraprocessados. O maior aumento no
    consumo de frutas foi constatado entre as mulheres, especialmente na faixa etária
    entre 70 e 79 anos. Conclusão: Os achados apontam mudanças nos hábitos de vida
    de idosos durante a pandemia de Covid-19. Houve alterações na qualidade do sono,
    redução de atividade física e aumento da autopercepção negativa dos aspectos da
    própria saúde. Contudo, aumentou-se o consumo de alimentos saudáveis e mantevese
    sem alterações o consumo dos alimentos não saudáveis. Torna-se necessária a
    adoção de medidas efetivas voltadas para o estilo de vida a fim de definir estratégias
    para ampliação do cuidado da população idosa. Recomenda-se o desenvolvimento
    de novas pesquisas que sejam representativas da população idosa brasileira sobre o
    impacto da pandemia na saúde desta população.

     

     

  • LUCÉLIA DA CUNHA CASTRO
  • INICIAÇÃO SEXUAL E FATORES ASSOCIADOS EM ADOLESCENTES ESCOLARES DO PIAUÍ
  • Data: 03/02/2022
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  • Introdução: Experiências sexuais estão acontecendo cada vez mais precocemente. Estudar os fatores associados à iniciação sexual é uma forma de subsidiar políticas públicas voltadas à saúde sexual e reprodutiva de adolescentes.  Objetivo: Analisar a iniciação sexual de adolescentes escolares do estado do Piauí. Métodos: Estudo transversal, quantitativo, com dados secundários da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar de 2015, com amostra representativa para estudantes do Piauí e composta por alunos do 9º ano do ensino fundamental. Aplicou-se formulário com perguntas sobre características sociodemográficas, saúde sexual e reprodutiva, comportamentos de risco à saúde, comportamentos agressivos e histórico de violência, saúde mental e bullying, serviços de saúde e autoimagem corporal. As variáveis independentes foram analisadas de maneira hierarquizada e sua associação com a iniciação sexual foi avaliada pela regressão robusta de Poisson, com  cálculo da razão de prevalência ajustada (RPaj) e intervalos de confiança de 95% (IC95%). O estudo não necessitou de apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa por utilizar dados secundários. Resultados: Foram avaliados 3.872 adolescentes, com prevalência de iniciação sexual de 24,2%. Os fatores associados à iniciação sexual foram ser do sexo masculino (RPaj=2,03; IC95% 1,80-2,28), fazer uso de álcool (RPaj=2,35; IC95% 2,05-2,70), ter 17 anos ou mais (RPaj=1,82; IC95% 1,58-2,09), trabalhar (RPaj=1,51; IC95% 1,32-1,72), ser estudante de escola pública (RPaj=1,48; IC95%1,27-1,72), fazer uso de cigarro (RPaj=1,42; IC95%1,25-1,62), fazer uso de drogas ilícitas (RPaj=1,38; IC95% 1,18-1,62), ter recebido orientação sobre preservativo (RPaj=1,20; IC95% 1,06-1,35) e praticar bullying (RPaj=1,18; IC95% 1,04 -1,34). Conclusões: A prevalência de iniciação sexual foi alta e associada a características sociodemográficas, orientações recebidas nas escolas, comportamentos de risco à saúde e a características de interação social. Nesse sentido, programas de educação sexual devem ser implementadas desde o início da adolescência como forma de promover comportamentos sexuais saudáveis. 

  • VERA ALICE OLIVEIRA VIANA
  • PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS DA AMAMENTAÇÃO NA PRIMEIRA HORA DE VIDA EM TERESINA, PIAUÍ
  • Data: 27/01/2022
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  • Introdução: Há recomendações para que a amamentação seja iniciada em até uma hora após o nascimento e mantida nos seis primeiros meses de vida, de forma exclusiva. Muitos fatores podem contribuir para o insucesso no início e na manutenção do aleitamento materno, incluindo a violência por parceiro íntimo na gestação (VPIG). Objetivo: Analisar a prevalência da amamentação na primeira hora de vida (AM) e fatores associados, com ênfase na VPIG, em Teresina, Piauí. Métodos: Trata-se de pesquisa de abrangência local, de natureza transversal e quantitativa. Foram entrevistadas 413 puérperas entre dezembro de 2020 e abril de 2021. Utilizou-se formulário com perguntas sobre AM, aspectos sociodemográficos e comportamentais das mulheres e dos parceiros, características obstétricas e histórico de violência. Para a investigação de VPIG empregou-se o instrumento World Health Organization Violence Against Women. O teste do qui-quadrado de Pearson/teste exato de Fisher foi utilizado para a análise bivariada. As variáveis independentes foram tratadas de maneira hierarquizada na análise multivariada, por meio da regressão logística múltipla, com cálculo de odds ratio ajustados (ORaj) e intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: A prevalência da AM foi de 66,8%. No modelo final da análise multivariada observou-se que a presença de acompanhante durante o trabalho de parto (ORaj=1,66; IC95% 1,34-2,29), ter tido contato com o recém-nascido logo após o nascimento (ORaj=2,14; IC95% 1,04-4,38) e ter parto vaginal (ORaj=2,06; IC95% 1,90-4,73) aumentaram as chances de AM. Entre as mulheres sem parceiros (ORaj =0,47; IC95% 0,25-0,86) e aquelas cujos parceiros eram de pele não branca (ORaj =0,45; IC95% 0,24-0,83) houve menos chance de amamentar. Não houve associação significativa entre VPIG e AM. Conclusões: A prevalência da AM foi considerada boa. Fatores obstétricos e de assistência ao parto contribuíram positivamente para a prática do aleitamento materno, mas sem associação com VPIG. Os dados reforçam a importância de ofertar assistência de qualidade no processo de parturição. Outros estudos são necessários para aprofundar a compreensão sobre o impacto da VPIG no aleitamento materno.

2021
Descrição
  • FERNANDO LEOPOLDO RODRIGUES MEDEIROS
  • RISCO CARDIOMETABÓLICO EM ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Data: 16/12/2021
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  • Introdução: As mudanças no estilo de vida que, geralmente, ocorrem na adolescência aumentam os riscos cardiometabólicos e a exposição a doenças cardiovasculares como a hipertensão arterial.  Objetivo: Analisar os fatores de risco cardiometabólico em adolescentes. Método: Estudo transversal que incluiu 137 adolescentes selecionados aleatoriamente com idades entre 12 e 18 anos. A coleta de dados foi realizada em maio e junho de 2021 em oito escolas públicas estaduais na cidade de Pedro II-PI. Foram investigadas variáveis sociodemográficas, medidas antropométricas (índice de massa corpórea, circunferência da cintura e circunferência do pescoço), pressão arterial e aplicados questionários validados para avaliação da atividade física, padrão de sono, maturação sexual, uso do álcool e tabaco. Utilizou-se os testes de Qui- quadrado e Exato de Fisher para análise de associação entre as variáveis categóricas, e o teste de comparação múltipla de KrusKal Wallis para as variáveis qualitativas. Os dados foram analisados no software Statistical Package for the Social Science. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí mediante parecer de nº 452.842 e seguiu todas as recomendações éticas. Resultados: A maioria dos participantes se consideravam pardos (48.9%), pertenciam ao sexo feminino (59.1%) e tinham faixa etária ≤ 16 anos (56.2%). No tocante a avaliação do estado nutricional, 17.5% evidenciaram obesidade geral e 29.2% apresentaram obesidade abdominal. A elevação do índice de conicidade foi mais expressiva nas adolescentes (86.1%). Grande parte dos estudantes tinham distúrbio do sono (51.1%). A ocorrência do sedentarismo foi de 8%, enquanto que dos irregularmente ativos foi de 60.6%.  A prevalência de hipertensão arterial foi de 16.8%. As varáveis sexo e alterações do índice de massa corpórea, circunferência da cintura e circunferência do pescoço foram as que apresentaram associação com hipertensão arterial (p=0.04, p=0.006, p<0.001 e p=0.003, respectivamente). A obesidade abdominal foi a variável mais associada a ocorrência da hipertensão arterial (OR= 6.249). Conclusão: Os resultados dessa investigação indicam a necessidade de implementação de estratégias para controle e monitorização da pressão arterial, visto que a hipertensão arterial se apresenta como importante fator de risco para danos cardiovasculares e vem se demostrando como um dos principais desdobramentos para os demais riscos cardiometabólicos.

     
  • MARIA DAS GRAÇAS DE MELO SOUSA
  • FATORES ASSOCIADOS AO POLICONSUMO DE ÁLCOOL, TABACO E DROGAS ILÍCITAS EM ADOLESCENTES ESCOLARES
  • Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
  • Data: 18/11/2021
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  • Introdução: O policonsumo de drogas é definido como o consumo de duas ou mais substâncias
    psicoativas em um determinado período de tempo e associa-se a uma variedade de
    consequências psicológicas, sociais e de saúde. Objetivo: Analisar os fatores associados ao
    policonsumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas entre adolescentes escolares participantes da
    Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2015. Métodos: Estudo de corte transversal utilizando
    dados da Amostra 2 da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar realizada em 2015, sendo
    incluídos 4.914 escolares de 13 a 17 anos. A variável dependente foi o policonsumo de álcool,
    tabaco e drogas ilícitas nos 30 dias anteriores à realização da pesquisa. As variáveis
    independentes foram incluídas em um modelo hierárquico de análise dividido em três níveis de
    determinantes. No nível distal, incluíram-se as variáveis do bloco 1, referentes às características
    sociodemográficas; no nível intermediário, as variáveis do bloco 2, relacionadas ao contexto
    familiar, e, no nível proximal, as variáveis do bloco 3, referentes às situações estressoras e
    aspectos comportamentais. Todas as variáveis com significância estatística de p-valor<0,20 na
    análise bivariada obtidas pelo Qui-quadrado de Wald foram incluídas no modelo multivariado.
    Foi utilizada a razão de prevalência como medida de efeito obtida pela regressão de Poisson
    múltipla, realizada de acordo com o modelo hierarquizado estruturado em blocos. Partiu-se de
    um modelo que incluiu todas as variáveis do mesmo bloco, sendo retiradas as variáveis com
    valor de p maior que 0,05 através do método backward elimination, obtendo-se, ao final, três
    modelos de regressão, nos quais as razões de prevalência foram ajustadas pelas variáveis do
    mesmo nível ou superiores. Em todas as análises, considerou-se o efeito do desenho amostral
    para amostras complexas, utilizando-se pesos amostrais calculados no módulo “Análise
    Amostras Complexas” do software SPSS. Este estudo utilizou banco de dados secundários
    disponibilizado publicamente, portanto não houve necessidade de apreciação em comitê de
    ética local. Resultados: No modelo 1, mantiveram-se associadas ao policonsumo as variáveis
    exercer trabalho (RP = 2,15; IC95%: 1,72 – 2,68), morar nas regiões Sul (RP = 1,65; IC95%: 1,15
    – 2,38) e Sudeste (RP = 1,56; IC95%: 1,09 – 2,23). Ser filho de mães com ensino médio foi
    considerado protetivo (RP = 0,68; IC95%: 0,51 – 0,89). No modelo 2, as variáveis faltar aulas
    sem permissão dos pais (RP = 1,84; IC95%: 1,47 – 2,29), pais não saberem o que os filhos fazem
    no tempo livre (RP = 1, 75; IC95%: 1,41 – 2,18), ser filho de fumantes (RP = 1,64; IC95%: 1,31
    – 2,07) e possuir histórico de agressão física intrafamiliar (RP = 1,46; IC95%: 1,13 – 1,89)
    mantiveram-se associadas ao policonsumo. No modelo 3, as maiores associações com a
    ocorrência do policonsumo foram observadas em escolares cujos amigos usam drogas (RP =
    28,29; IC95%: 11,72 – 68,29) e em adolescentes que sofreram relação sexual forçada (RP = 1,61;
    IC95%: 1,27 – 2,04). Conclusão: O policonsumo de álcool, tabaco e drogas ilícitas associou-se
    a fatores sociodemográficos, familiares, comportamentais e eventos estressantes, devendo ser
    considerados no planejamento de estratégias de prevenção voltadas para adolescentes.

  • PAULA DE MOURA LOPES
  • ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO INVENTORY OF STATEMENTS ABOUT SELF-INJURY (ISAS) PARA O PORTUGUÊS DO BRASIL
  • Orientador : CÁSSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
  • Data: 31/08/2021
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  • Introdução: A autolesão não suicida é definida como a destruição deliberada e auto infligida de tecido corporal que não é socialmente sancionada e sem intenção suicida. No Brasil existem poucos estudos sobre o tema que é agravado pela falta de instrumentos de medida com evidências de validade. O Inventory of Statements About Self-injury (ISAS) é um instrumento criado e validado no Canadá que objetiva o rastreio desse fenômeno e identifica a tipificação dele. O ISAS ainda não foi adaptado para o português e tão pouco teve suas propriedades psicométricas avaliadas para utilização no Brasil. Objetivo: Adaptar transculturalmente o Inventory of Statements About Self-Injury (ISAS) para o português do Brasil. Métodos: Estudo metodológico de adaptação transcultural realizado através de seis etapas. A tradução e retrotradução foi realizada por quatro tradutores bilíngues de forma independente. A síntese da tradução foi realizada pela autora utilizando critérios de padronização e adequação. A síntese da retrotradução foi realizada em consonância com tradutores e pesquisadora. As evidências de validade de conteúdo foram obtidas por meio de um comitê formado por 19 especialistas. Foram verificadas as equivalências de conteúdo semântica e idiomática, cultural e conceitual seguindo os critérios de Hambleton e Zeninsky (2010). O item foi considerado “essencial” e sem a necessidade de revisão ou mudança quando atingiu CVR>0,474. A análise semântica do instrumento adaptado foi realizada por meio do pré-teste com 30 universitários em ambiente virtual utilizando o método de sondagem e codificação de resposta através de uma escala likert. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí no parecer 4.347.886. Resultados: A síntese das traduções se deu com a padronização do termo autolesão não suicida e dos gerúndios em 12 itens. A adequação de sinônimos foi realizada em três itens e a adequação de comando em um item. Na análise de conteúdo, os seis itens que obtiveram CRV >0,474 foram modificados. As equivalências semântica e idiomática, cultural e conceitual e os índices de concordância foram superiores a 47%. No pré-teste os graus médios de compreensão verbal demonstram valores médios superiores a 4,30, com índice de compreensão global de 4,98. Foram modificados dois itens com sugestões dos universitários. A versão brasileira do ISAS (ISAS-BR) foi encaminhada ao autor original do instrumento. Conclusão: A adaptação transcultural foi realizada adequadamente e possibilitou a criação do ISAS-BR que pode gerar parâmetros investigativos futuros relacionados ao tema da autolesão não suicida no Brasil. Posteriormente será realizado pré-teste de forma virtual e a validação das propriedades psicométricas do ISAS–BR.

  • ALINE DE SOUSA JUSTINO
  • PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO SOBRE SUA SAÚDE NO CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19 EM UM ESTADO DO NORDESTE
  • Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Data: 31/08/2021
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  • INTRODUÇÃO: A pandemia da Covid-19 alterou as emoções sentidas pelo professor. É importante reconhecer e refletir sobre as dificuldades que surgiram após a suspensão das aulas presenciais devido a pandemia da Covid-19. OBJETIVO: Avaliar as emoções dos professores na pandemia da COVID-19 no estado do Piauí. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, descritivo realizado com docentes da rede pública de ensino do estado do Piauí. A coleta ocorreu no período de 29 de setembro a 10 de dezembro de 2020. As variáveis referem-se as características sociodemográficas, emoções, percepção de saúde e percepção da situação dos alunos. Aplicou-se o modelo de análise bivariada pelo teste Qui-quadrado de Pearson, considerando o nível de significância a 5% para verificar as associações e para analisar a confiabilidade do questionário, calculou-se a consistência interna pelo coeficiente alfa de Cronbach. RESULTADOS: Observou-se que houve associação significativa com emoções, as características sociodemográficas: sexo (p: 0,000), idade (p: 0,038) e cor de pele (p: 0,038). Assim como entre a percepção do professor e emoções (p: 0,000) e entre expectativa de oposição e emoções (p: 0,023). Quanto a percepção do professor em relação a sua saúde e trabalho 42,6% classificaram como bastante satisfeito; sobre a situação dos alunos durante a pandemia da covid-19, 50,1% concordaram parcialmente que houve danos causados aos alunos. Quanto as emoções, 90,2% têm o sentimento de desesperança; 56,8% possuem boas expectativas quando a pandemia da covid-19 acabar. CONCLUSÃO: A desesperança foi a emoção mais percebida pelos professores. Por conseguinte, os professores perceberam-se satisfeitos com sua saúde e trabalho. Não houve influência das características sociodemográficas sobre a desesperança percebida. Além do que afirmarem ter boas expectativas quando a pandemia acabar. Quanto a situação dos alunos, identificou-se que concordaram parcialmente que houve danos. Portanto é necessário um estudo mais específico sobre os aspectos psicológicos afetados durante e após a pandemia. Os dados produzidos nesse estudo, permite aos gestores uma reflexão e pontuação de informações relevantes para a formulação de programas e estratégias direcionadas as necessidades de saúde do professor.

  • CONCEIÇÃO DE MARIA CASTRO DE ARAGÃO
  • NOTIFICAÇÕES DE LESÃO AUTOPROVOCADA EM ADOLESCENTES NO AMBIENTE ESCOLAR
  • Orientador : CÁSSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
  • Data: 30/08/2021
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  • INTRODUÇÃO: As lesões autoprovocadas caracterizam-se por agressões provocadas contra si de maneira proposital, podendo ocorrer com ou sem intenção suicida. Manifestam-se principalmente na adolescência, sendo importante verificar a sua ocorrência no ambiente escolar. OBJETIVO: Analisar as notificações de lesão autoprovocada em adolescentes no ambiente escolar. METODOLOGIA: Estudo transversal analítico, com abordagem quantitativa e análise de série temporal. Foram analisadas as notificações de lesão autoprovocada em adolescentes de 10 a 19 anos, ocorridas no ambiente escolar no Brasil, registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, no período de 2011 a 2018. Verificaram-se as associações estatísticas por meio do teste do qui-quadrado de Pearson (X²), com nível de significância de 5%. Razões de proporção (RP) e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) foram estimados por regressão de Poisson com variância robusta. A tendência temporal das taxas de notificação foi verificada por meio do modelo de regressão linear de Prais-Winsten. RESULTADOS: Foram notificados 1.989 casos de lesão autoprovocada em adolescentes nas escolas do Brasil. A maioria das vítimas era do sexo feminino (77,1%), com idade de 10 a 14 anos (57,3%), de cor branca (54,9%), residente na zona urbana (88,7%), notificadas em serviços da região Sudeste (46,7%). Lesão autoprovocada na escola foi associada à ocorrência diurna (RP=10,03; IC95% 8,27;12,17), reincidência (RP=1,34%; IC95% 1,22;1,47), ameaça (RP=5,25; IC95% 2,23; 12,33), força corporal (RP=5,18; IC95% 2,29;11,71), objeto contundente (RP=4,85; IC95% 2,12;11,11) e objeto cortante (RP=4,65; IC95% 2,09;10,32). A taxa de notificação variou de 0,09 a 2,75/100 mil adolescentes, com tendência crescente tanto para sexo feminino (VPA=66,0%; IC95% 39,0;98,3) quanto para sexo masculino (VPA=55,2%; IC95% 29,9;85,4). A região Norte apresentou tendência de estabilidade; as regiões Sudeste e Sul apresentaram tendência crescente, destacando-se o Rio de Janeiro (VPA=85,5%; IC95% 58,0;117,8) e o Paraná (VPA=73,6%; IC95% 41,9;112,3). No Centro-Oeste somente o Mato Grosso do Sul apresentou incremento (VPA=54,5%; IC95% 16,9;104,2). CONCLUSÃO: As notificações de lesão autoprovocada na escola foram mais frequentes em adolescentes do sexo feminino, de cor de pele branca, na idade de 10 a 14 anos, tendo a força corporal, objeto contundente, objeto cortante e ameaça como principais meios de autolesão. Houve tendência de aumento na taxa de notificação de lesão autoprovocada em adolescentes no ambiente escolar no Brasil. Faz-se necessário que os serviços de saúde e educação direcionem a atenção aos adolescentes com comportamento de risco para lesões autoprovocadas, priorizando ações de prevenção assim como suporte adequado aos grupos de risco e suas famílias, devendo também sensibilizar os profissionais sobre a importância da notificação e assistência a esse agravo à saúde.

     

     

  • MYKAELLE SOARES LIMA
  • O PROGRAMA DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA NA PERCEPÇÃO DOS ODONTÓLOGOS
  • Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Data: 30/08/2021
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  • INTRODUÇÃO: O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) visava a realização de pagamentos por desempenho aos profissionais que fizessem adesão ao programa, tendo em vista a melhoria da qualidade dos processos da Atenção Básica à Saúde, com base em monitoramento e avaliação de resultados mensuráveis (ABS). Nesse cenário, a inserção da odontologia na ABS ocorreu mediante a necessidade de ampliar a atenção em saúde bucal para a população brasileira. Assim, este estudo destaca a importância de analisar a percepção dos odontólogos da ABS sobre o PMAQ-AB no Piauí. MÉTODO: Tratou-se de uma pesquisa qualitativa descritiva com análise de conteúdo de Bardin (2011) e exploração de dados através da análise de similitude produzida pelo Software IRAMUTEQ. O instrumento para coleta de informações foi um questionário semiestruturado que obedeceu a um roteiro elaborado pelos pesquisadores. Os dados foram analisados em eixos temáticos a priori, decorrentes dos objetivos da pesquisa, e eixos temáticos emergentes advindas das discussões geradas nos grupos focais e entrevistas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram evidenciados 4 eixos temáticos, a saber: a ABS antes do PMAQ-AB; Impactos do PMAQ-AB e suas repercussões no processo de trabalho dos odontólogos da ABS: o PMAQ-AB que deu certo; Entraves e dificuldades do PMAQ-AB sob a perspectiva dos odontólogos: o PMAQ-AB que não deu certo; e sugestões para o aprimoramento do PMAQ-AB. CONCLUSÃO: Os odontólogos participantes desse estudo perceberam que o PMAQ-AB ampliou seu escopo de práticas, apoiadas pela gestão municipal, avançando nas modificações relacionadas ao processo de trabalho para qualificação da Estratégia Saúde da Família (ESF), com a implantação de metas a serem cumpridas conjuntamente pelas equipes. No decorrer dos grupos focais e entrevistas foi possível perceber com a implantação do programa houveram melhorias, incluindo a importância de se continuar empenhando esforços para a desprecarização dos vínculos de trabalho, com destaque para a pluralidade de formas de vínculos na ABS. Portanto, este trabalho pode contribuir para futuras reaplicações do programa em prol do fortalecimento das diretrizes e princípios da ABS.

  • ELTON FILIPE PINHEIRO DE OLIVEIRA
  • HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS EM ADULTOS E IDOSOS RESIDENTES EM TERESINA-PI
  • Orientador : MALVINA THAIS PACHECO RODRIGUES
  • Data: 26/08/2021
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  • Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença com elevada prevalência em âmbito mundial e baixas taxas de controle tornando-se um problema de saúde pública. Inúmeros fatores, tais como, idade, sexo, raça/cor, escolaridade, renda, acesso aos serviços de saúde e hábitos de vida são descritos como influenciadores da prevalência da HAS e precisam ser investigados em estudos de base populacional. Objetivo: Analisar a prevalência e os fatores associados à hipertensão arterial sistêmica em adultos e idosos residentes em Teresina, Piauí, Brasil. Métodos: Estudo transversal, do tipo inquérito de base populacional, com 898 indivíduos (adultos e idosos). A amostragem foi probabilística complexa por conglomerados. A coleta de dados ocorreu de outubro de 2018 a dezembro de 2019. Foi utilizada análise de regressão múltipla de Poisson, com abordagem hierarquizada, em que as variáveis do estudo foram organizadas em três blocos hierárquicos:  características sóciodemográficas (Distais), características relativas ao acompanhamento da saúde (Intermediárias), características de estilo de vida (Proximais). A Razão de Prevalência (RP) e respectivos intervalos de confiança de 95% foram calculados para verificar a força de associação entre as variáveis e as que apresentaram valor de p ≤ 0,20 na análise bivariada foram inseridas no modelo hierarquizado, pelo método Backward Stepwise Elimination. As variáveis com valor p ≤ 0,05 entraram no modelo final (modelo 3) da regressão. Resultados: A prevalência da HAS autorreferida foi de 27,9%. No modelo 1, os fatores associados à HAS   foram: idade ≥ 60 anos (RP = 12,92; IC95%: 6,07; 27,50) e sem escolaridade (RP = 2,04; IC95%: 1,40; 2,97). No modelo 2:  idade ≥ 60 anos (RP = 10,21; IC95%: 4,79; 21,76), sem escolaridade (RP = 1,89; IC95%: 1,29; 2,77) e última aferição da PA no período < 6 meses (RP = 2,89; IC95%: 1,70; 4,92). No modelo final da análise hierarquizada, os fatores identificados foram idade ≥ 60 anos (RP = 8,08; IC95%: 3,72; 17,52), sem escolaridade (RP = 1,73; IC95%: 1,18; 2,54), última aferição da PA no período < 6 meses (RP = 2,64; IC95%: 1,56; 4,47), consumo regular de sal (RP = 0,70; IC95%: 0,52; 0,93), CC alterada (RP = 1,56; IC95%: 1,29; 1,90) e PA alterada (RP = 1,64; IC95%: 1,35; 2,01). Conclusão: A prevalência da HAS autorreferida foi alta em comparação com os diferentes estudos nacionais e internacionais realizados nos últimos anos e apresentou crescimento linear, associado ao incremento da faixa etária. Os fatores associados identificados refletem os grupos vulneráveis para a HAS já conhecidos. Diante da elevada prevalência da HAS em Teresina, da sua alta carga de morbimortalidade e de ser a principal causa evitável de morte prematura torna-se necessário a intensificação das ações de promoção de saúde e prevenção de agravos no município. 

     
  • LARYZA SAMPAIO DE OLIVEIRA
  • ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO DE ALIMENTOS CARIOGÊNICOS POR PRÉ-ESCOLARES
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 24/08/2021
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  • INTRODUÇÃO:  O difundido uso de alimentos cariogênicos pode ter repercussão no estado nutricional de crianças e ter impacto negativo na sua saúde geral. OBJETIVO: Investigar a existência de correlação do estado nutricional de pré-escolares da rede pública e privada com seu consumo de alimentos cariogênicos. METODOLOGIA: Estudo descritivo, analítico e transversal com amostra representativa de pré-escolares de escolas públicas do Centro Municipal de Ensino Infantil (CMEIS) e uma escola da rede privada. O estado nutricional foi avaliado pelo IMC/Idade. As variáveis independentes estudadas foram: sexo, idade, instituição de ensino, escolaridade materna, renda familiar mensal, estado nutricional. As variáveis categóricas foram apresentadas em porcentagens, aplicou-se o Bartlett's test, t de Studentc2 (qui-quadrado) e Correlação de Pearson. RESULTADOS: Foram avaliadas 2.016 crianças, com idade média de 3,6 anos, com predomínio do sexo feminino na escola privada (51,1%) e masculino na escola pública (51,7%). A média de peso foi igual na média geral (18,1 Kg), em ambos o sexo nas diferentes escolas. A altura, na instituição privada a média geral de 0,84 cm e 0,80cm da escola pública. A escolaridade materna referente à Escola Pública, foi prevalente o ensino fundamental e médio, 45,2% e 51%, e na Escola Privada, 100% das mães possuíam ensino superior. A porcentagem de eutróficos foi 67,7%. Com relação ao excesso de peso, 19,8% eram alunos da escola pública e 15,8% da escola privada. A obesidade foi maior (16,5%) na instituição privada, nos pré-escolares da escola pública, 12,5%. Verificou–se forte correlação entre o excesso de peso e obesidade, r2 = 0,7 a 0,9 (p < 0,005), em detrimento do consumo de alimentos cariogênicos: achocolatados, biscoitos doces, chocolates e sorvetes e doces. CONCLUSÃO: Foi prevalente a eutrofia nos pré-escolares pesquisados (67,7%), ainda que tenha sido observado moderada prevalência de excesso de peso e obesidade. O consumo de alimentos cariogêncios foi considerado de moderado a alto, correlacionando-se portanto, com o estado nutricional alterado.  


     

  • DANIELLE CARVALHO FERREIRA
  • SEXUALIDADE PÓS LESÃO MEDULAR: A PERCEPÇÃO DE MULHERES EM TERESINA - PIAUÍ
  • Data: 20/08/2021
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  • Introdução: A sexualidade da mulher está relacionada a aspectos que vão muito além do ato sexual. Envolve toda a complexidade do ser humano, e integra sentimentos, feminilidade, desejo sexual, autoestima e subjetividade. A lesão medular pode afetar aspectos físicos, psicológicos e socioculturais da sexualidade nas mulheres acometidas por esta deficiência. Objetivo: Conhecer o impacto da lesão medular na sexualidade de mulheres atendidas no Centro Integrado de Reabilitação (CEIR), em Teresina, PI. Métodos: Pesquisa do tipo descritiva, exploratória, de abordagem qualitativa. A amostra foi composta por mulheres selecionadas por conveniência. Foram realizadas 15 entrevistas guiadas por roteiro estruturado até a saturação dos dados, com duração média de 16 minutos. Os critérios de inclusão foram: mulheres maiores de 18 anos, com relato de lesão medular de qualquer natureza e com no mínimo 6 meses de evolução. O critério de exclusão foi: mulheres com alterações cognitivas e/ou neurológicas que poderiam dificultar a comunicação e a entrevista. Os dados foram analisados e codificados a partir das categorias de análise previamente estabelecidas na elaboração do roteiro estruturado de entrevista: 1. Aspectos biológicos e funcionais da resposta sexual; 2. Aspectos psicológicos e emocionais da sexualidade; 3. Aspectos socioculturais que envolvem a sexualidade. Trechos das falas das mulheres foram descritas em todas as categorias de análise, sendo possível identificar subcategorias. Resultados: A amostra foi caracterizada, na sua maioria, por mulheres jovens, de raça/etnia negra, com escolaridade e renda familiar baixas e até 8 anos de lesão medular. Pelo relato das mulheres, houve mudanças biopsicossociais significativas nas suas vivências após a lesão medular. A necessidade de se readaptar às atividades anteriormente realizadas e a dependência de outras pessoas constituem desafios. As mudanças corporais mais frequentes foram alterações nas funções do corpo e na sensibilidade, constipação, dor, variação no peso corporal, mudanças estéticas negativas, transpiração corporal assimétrica e espasticidade. As transformações corporais mobilizaram sentimentos e atitudes de superação, indiferença ou insatisfação com a autoimagem. A prática sexual se manteve com a sensação de algum tipo de prazer, apesar ter sido descrita como qualitativamente pior. A qualidade da vida sexual das mulheres entrevistadas piorou pela ausência ou dificuldade de sentir prazer no toque do corpo e frequente anorgasmia. Houve também a percepção do constrangimento de ser um corpo passivo a esperar pelo outro. O autoerotismo pela prática da masturbação permaneceu infrequente depois da lesão medular. Conclusão: Houve manutenção da vida sexual, embora menos prazerosa, com menos orgasmos e com atitude de passividade durante a prática sexual.

  • ANTONIO QUARESMA DE MELO NETO
  • PREVALÊNCIA DE QUEDAS E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL
  • Orientador : MARCIO DENIS MEDEIROS MASCARENHAS
  • Data: 20/07/2021
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  • Introdução: A incidência e a gravidade das quedas aumentam consideravelmente a partir da sexta década de vida. Estima-se que 30% dos idosos não institucionalizados caem a cada ano, sendo esses episódios indicadores de perda da funcionalidade, principal causa de hospitalizações e mortes acidentais entre idososObjetivo: Analisar a prevalência de quedas e fatores associados em idosos residentes na área urbana da cidade de Teresina. Métodos: Estudo transversal com dados do “Inquérito de Saúde Domiciliar do Piauí (ISAD-PI)”, realizado no período de outubro/2018 a dezembro/2019. Adotou-se amostragem por conglomerado em dois estágios (setores censitários e domicílios). Selecionaram dados de 218 idosos residentes em Teresina-PI. Associações estatísticas foram verificadas por meio do teste de Qui-quadrado de Pearson. Realizou-se análise de regressão de Poisson com variância robusta para estimar as prevalências e razões de prevalência bruta (RP) e ajustada (RPa) e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Os participantes do estudo foram, em sua maioria, do sexo feminino (66%), com escolaridade de 0 a 7 anos de estudo (64,4%), renda familiar de até dois salários mínimos (54,8%), eram insuficientemente ativos (53,7%), com comorbidades (80,7%), em uso de três ou mais medicamentos (64,8%). A prevalência de quedas foi de 44,5%, sendo mais frequente no sexo feminino (52,8%). Predominaram quedas na residência (56,5%) e quedas do mesmo nível (42,4%). A prevalência de queda foi associada estatisticamente com o sexo feminino (RPa:1,89; IC95%:1,38-2,57; p=0,001), menor escolaridade (0-7 anos de estudos) (RPa:1,48; IC95%:1,01-2,20; p=0,04), tabagismo (RPa:1,40; IC95%:1,09-1,80; p=0,009), dependência para realizar atividades diárias (RPa:1,72; IC95%:1,24-2,40; p=0,002), doença mental (RPa:1,82; IC95%:1,19-2,78; p=0,007), depressão (RPa:1,56; IC95%:1,01-2,43; p=0,04), uso de antidepressivos (RPa:2,14; IC95%:1,03-4,45; p =0,04) e antiparkinsonianos (RPa:2,29; IC95%:1,01-5,21; p=0,04). O uso de medicamentos antiosteoporóticos mostrou-se protetor para a ocorrência de quedas (RPa:0,37; IC95%:0,15-0,90; p=0,03). Conclusão: A prevalência de quedas em idosos não institucionalizados residentes em Teresina foi elevada e sua ocorrência foi associada ao sexo feminino, baixa escolaridade, tabagismo, doenças mentais e uso de medicamentos com atuação no sistema nervoso central. Ao apresentar o padrão de ocorrência e fatores de riscos para quedas em idosos comunitários, o estudo contribui para orientar profissionais de saúde e gestores no planejamento de ações públicas que previnam essas ocorrências e promovam a saúde da pessoa idosa.

  • MICHELLY DA SILVA PINHEIRO
  • AUTOAVALIAÇÃO DE SAÚDE NEGATIVA E FATORES ASSOCIADOS ÀS CONDIÇÕES DE SAÚDE DE IDOSOS
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 19/07/2021
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  • Introdução: A autoavaliação de saúde (AAS) consiste na percepção que os indivíduos possuem sobre sua própria saúde, demonstrando uma importante relação com o bem-estar geral. Nessa perspectiva, a Organização Mundial de Saúde recomenda a AAS como importante indicador de saúde, capaz de estimar e monitorar efeitos decorrentes do processo de envelhecimento. Objetivo: Investigar a associação entre a AAS negativa e fatores relacionados às condições de saúde em idosos no Piauí. Métodos: Estudo de natureza transversal, de base populacional, realizado com idosos (n=350), domiciliados nos municípios de Teresina e Picos – Piauí. Foram coletados dados sociodemográficos, econômicos, de hábitos alimentares, sobre condições de saúde e antropométricos. A AAS negativa foi considerada a partir da resposta ao questionamento: “Em geral, como o(a) senhor(a) avalia a sua saúde?”, que avaliaram sua saúde como Regular/Ruim/Muito ruim. Para verificar a associação entre a AAS negativa e as variáveis independentes, foi empregada a regressão de Poisson com variância robusta, expressa em Razão de Prevalência (RP). Utilizou-se o modo survey do programa STATA, versão 14.0, devido a amostragem complexa do estudo. Considerou-se o nível de significância de 5% e Intervalos de Confiança de 95%. Resultados: A prevalência de AAS negativa foi de 60,3%, com maior prevalência no sexo feminino (RP=2,08; p=0,01) e nos idosos que apresentaram circunferência da cintura elevada (RP=1,81; p=0,03). O hábito de consumir de salada crua foi protetor para a AAS negativa em idosos (RP-0,41; p=0,03). Com relação à presença de morbidades, a AAS negativa associou-se significativamente com a hipertensão (RP=2,02), doenças cardiovasculares (RP=1,71) e hipercolesterolemia (RP=2,26). Além disso, a AAS negativa foi mais prevalente em idosos que utilizavam três ou mais medicamentos por dia (RP=2,34; p=0,04) e que utilizaram de serviços de emergência nos últimos 12 meses (RP=1,87; p=0,005). Conclusão:  O estudo mostrou que a AAS negativa em idosos é mais prevalente nas mulheres, naqueles com obesidade abdominal e naqueles que autorrelataram a presença de doenças crônicas. Além disso, foi verificado efeito protetor do hábito de consumir salada crua em relação a AAS negativa em idosos. Esses achados reforçam a importância de analisar os aspectos que estão envolvidos com a AAS negativa em idosos, como forma de subsidiar estratégias de saúde coletiva para a promoção da saúde nesse grupo etário.

  • CÂNDIDA JOSÉLIA DE SOUSA
  • INFLUÊNCIA DA INATIVIDADE FÍSICA SOBRE AS CONDIÇÕES DE SAÚDE DE ESTUDANTES
  • Orientador : JESUSMAR XIMENES ANDRADE
  • Data: 16/07/2021
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  • Introdução: A falta da prática de exercícios físicos e o aumento de hábitos sedentários, influenciam diretamente a desfechos de diversos problemas de saúde. O crescimento de sobrepeso e obesidade em jovens representa um problema de saúde pública. Existem evidências que adolescentes acima do peso tendem a fomentar insatisfação em relação ao corpo, onde muitas vezes recorrem às práticas extremas. Objetivo: Analisar a influência da inatividade física sobre as condições de saúde (estado nutricional, sentimento em relação ao corpo e problemas de saúde) de estudantes adolescentes. Métodos: Trata-se de um estudo transversal observacional e analítico, por meio de dados secundários extraídos da Amostra 2 da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) de 2015. Foram incluídos 10.926 adolescentes de ambos os sexos, com idade de 13 a 17 anos. Resultados: Os resultados apresentaram que 50,5% dos adolescentes eram do sexo masculino, com idade média de 14,8 (±1,36) anos e 60,6% de cor não branca. Foi verificado que 52,5% dos adolescentes relataram ter problemas de saúde, estado nutricional de eutrofia (75,1%). A inatividade física foi prevalente em 67,6% dos estudantes e o sentimento de insatisfação em relação ao corpo foi de 31,8%. Os dados evidenciaram que a inatividade foi relacionada apenas com o sentimento de insatisfação em relação ao corpo, a idade, o sexo feminino e ser da cor não-branca é um fator de proteção. Adolescentes inativos da região Sul têm chances aumentadas em 29% de apresentarem problemas de saúde. Conclusão: Houve alta prevalência de inatividade física e insatisfação com a imagem corporal, a maior parcela foi diagnosticada com eutrofia e relataram ter problemas de saúde. A inatividade física foi associada a insatisfação com a imagem corporal, ao sexo feminino e aumenta com a idade. Esses fatores devem ser levados em conta no planejamento de estratégias de intervenções que visem o aumento da prática de atividade física e de hábitos saudáveis nas escolas. Trata-se de um ponto de partida para a promoção das condições de saúde por meio da redução da inatividade física em adolescentes.


  • ALANA PAULINA DE MOURA SOUSA
  • CONSTRUÇÃO E AVALIAÇÃO DE UMA HISTÓRIA EM QUADRINHOS PARA PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA INFÂNCIA
  • Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
  • Data: 28/05/2021
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  • Introdução: As mudanças no consumo alimentar e no estilo de vida da população brasileira levaram ao aumento de doenças crônicas não transmissíveis entre indivíduos cada vez mais jovens. O desenvolvimento, principalmente, da obesidade na infância é preocupante, pois é durante essa fase que geralmente são formados os hábitos que se estendem por toda a vida. Ressalta-se que, para reduzir o excesso de peso na infância é de suma importância a definição, o desenvolvimento e o apoio de intervenções que visem a promoção da alimentação saudável por meio da educação em saúde. Objetivo: Construir e avaliar uma história em quadrinhos para promoção da alimentação saudável na infância. Métodos: A pesquisa foi do tipo metodológica de desenvolvimento e avaliação de um material educativo, foi realizada durante os meses de fevereiro de 2019 a janeiro de 2021. A primeira etapa foi a realização de uma revisão integrativa para identificar e avaliar os materiais educativos desenvolvidos para promoção da alimentação saudável na infância, no Brasil. Em seguida, foi realizada a elaboração da história em quadrinhos, com o conteúdo baseado no Guia Alimentar para a População Brasileira, o enredo e as personagens inspirados em livros infantis, desenhos animados e em quadrinhos. O material foi diagramado e ilustrado por um profissional de designer gráfico. Na terceira etapa, foi aplicado um formulário online com três instrumentos. Todos os juízes, de conteúdo e técnicos, responderam aos instrumentos de caracterização da amostra e o Suitability Assemment of Materials. Somente os juízes de conteúdo (docentes e assistenciais), responderam ao questionário para avaliar a linguagem, o conteúdo e a aparência da história em quadrinhos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Campus Senador Helvídio Nunes de Barros da Universidade Federal do Piauí, com número de parecer 3.764.326. Resultados e Discussão: A história em quadrinhos foi intitulada “A aventura de Camila: comer bem para crescer com saúde”, que visa a promoção da alimentação saudável na infância, e foi avaliada por 21 juízes. Em relação as características desses juízes, 33,3% eram enfermeiros, 33,3% nutricionistas, 23,8% pedagogos e 9,5% juízes técnicos de design. Em relação à maior titulação dos juízes, 28,6% eram doutores. Na análise dos juízes em relação à linguagem, ao conteúdo e à aparência, o material atingiu Índice de Validade de Conteúdo em todos os domínios acima de 0,96, com confiabilidade (Alpha de Cronbach > 0,960) e concordância das respostas altas (Coeficiente de Correlação Intraclasse > 0,950) e percentual de adequação igual a 67,7%, assim sendo o material foi considerado adequado. Foi realizado ainda o Teste de Legibilidade de Flesch, que avaliou o material como uma história de leitura padrão. Conclusão: Os juízes consideraram a história em quadrinhos adequada e com conteúdo confiável e verídico, podendo ser utilizada com o público infantil para a promoção da alimentação saudável.

  • IZABELA CRISTINA PEREIRA
  • PRÁTICAS EDUCATIVAS DOS NUTRICIONISTAS NO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA
  • Orientador : HILDA MARIA MARTINS BANDEIRA
  • Data: 11/05/2021
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  • Introdução: Educação em saúde constitui processo de produção do conhecimento, mediado por práticas educativas intencionais que ampliam a consciência crítica e reflexiva dos partícipes nutricionistas. Objetivo: Analisar a relação das práticas educativas de nutricionistas do Programa Saúde na Escola com estratégias de nutrição. Métodos: Estudo qualitativo, do tipo explicativo, com nutricionistas que desenvolvem práticas educativas no Programa Saúde na Escola em 10 municípios-sede de regiões de saúde do estado do Piauí. Na primeira etapa do estudo, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 22 nutricionistas, no período de março a maio de 2020. A segunda etapa foi constituída de oficinas formativas, que ocorreram em julho do mesmo ano e tiveram a participação de duas nutricionistas participantes da primeira etapa. Os dados obtidos foram transcritos e analisados, segundo Bardin (1977), e, após essa análise, foram submetidas ao software Iramuteq, que realizou análises quantitativas dos dados textuais, para apresentação em nuvens de palavras e análise de similitude. Resultados: Foram evidenciados quatro eixos temáticos: práticas educativas no contexto do PSE; planejamento de ações; necessidades pontuais de promoção da saúde para atender às escolas; e intersetorialidade. A pesquisa constatou que a prática educativa, na realidade dos nutricionistas, é vista como orientação, repasse e intervenção. O planejamento de ações, o diagnóstico situacional, o tempo e os recursos devem ser considerados para execução das práticas. Quanto ao atendimento às condições de saúde, no sentido escolar, nem sempre as escolas levam aos profissionais as demandas, ficando a cargo do nutricionista realizar o diagnóstico. Para os partícipes, a Saúde é protagonista no enfrentamento das ações do Programa Saúde na Escola, e há ausência da intersetorialidade. Conclusão: As estratégias utilizadas pelos partícipes, de modo geral, acontecem esporadicamente e são pautadas no ensino tradicional, ou seja, na transmissão do conhecimento. Geralmente, essas práticas educativas, para mudanças de comportamentos, são de cunho autoritário. O estudo sugere outra perspectiva de educação em saúde, com a participação da sociedade, centrada na autonomia do sujeito. O uso das oficinas para discussão das práticas educativas criou possibilidades para os partícipes refletirem sobre o modo como estão desenvolvendo e de como é o funcionamento do Programa, assim como possibilitar práticas educativas mais dialógicas.  

     
  • SARA FERREIRA COELHO
  • MORTALIDADE FEMININA POR AGRESSÃO NO MARANHÃO, 2000-2017
  • Data: 29/03/2021
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  • Introdução: A morte feminina por agressão é a face mais perversa da violência contra a mulher, sendo um problema de saúde pública mundial. Objetivo: Analisar os casos de mortalidade feminina por agressão notificados no estado do Maranhão entre 2000 a 2017. Métodos: Trata-se de estudo ecológico, de série temporal, tendo como cenário o estado do Maranhão. Os dados são de origem secundária, obtidos do Sistema de Informação sobre Mortalidade. Foram avaliados todas as mortes femininas notificadas nos códigos X85-Y09 da Classificação Internacional de Doenças (versão 10), com análise de características das mulheres e dos óbitos. Realizou-se o cálculo dos coeficientes de mortalidade feminina por agressão por ano, no estado e nas cinco mesorregiões. Para análise da tendência dos coeficientes de mortalidade aplicou-se o modelo de regressão linear de Prais-Winsten, com cálculo da variação percentual anual (VPA) e seus intervalos de confiança a 95% (IC95%). Foram calculados coeficientes de correlação de Pearson (r) para avaliar a associação entre indicadores socioeconômicos, demográficos e de saúde e os coeficientes de mortalidade. Resultados: Houve notificação de 1.666 mortes femininas por agressão. Ocorreu elevação progressiva do coeficiente de mortalidade em todo o estado no período estudado. Predominaram os óbitos na faixa etária de 20-29 anos (30,7%), solteiras (62,8%), com quatro a sete anos de estudo (29,8%), pardas (70,6%) e tendo a residência como principal local da morte (32,7%). Entre 2000 e 2015 houve tendência de aumento do coeficiente de mortalidade no estado (VPA=+7,53;IC95% 5,24;9,86), com os maiores valores observados nas mesorregiões Sul (VPA=+12,36;IC95% 8,30;16,57) e Leste VPA=+11,07;IC95% 8,09;14,13). Observou-se correlação significativa com a proporção de famílias chefiadas por mulheres (r=0,643; p<0,001) e taxa de mortalidade masculina por agressão (r=0,634; p<0,001). Conclusões: Houve crescimento na mortalidade feminina por agressão no Maranhão, sendo mulheres jovens, pardas e de baixa escolaridade as principais vítimas.
     
     
  • MARIANA RODRIGUES DA ROCHA
  • VALIDAÇÃO CLÍNICA DE UMA CARTILHA EDUCATIVA SOBRE CONHECIMENTO DAS AÇÕES PREVENTIVAS DE SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Data: 04/03/2021
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  • Introdução: A Síndrome Metabólica (SM) constitui grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Ultimamente, os estudos têm demonstrado sua frequente presença entre crianças e adolescentes. Dessa forma, as ações educativas para orientação dos adolescentes devem ser intensificadas e aprimoradas, para evitar o desenvolvimento de seus fatores de risco. O uso de cartilhas educativas é uma estratégia de educação em saúde relevante para promover conhecimento sobre SM. Objetivo: Validar clinicamente uma cartilha educativa para promoção do conhecimento sobre prevenção da SM em adolescentes. Método: Estudo quase experimental, realizado no ano de 2020 com 37 adolescentes de cinco escolas públicas da rede estadual de Picos-PI. Foi realizado em duas fases: 1) desenvolvimento de roteiro de questões sobre prevenção da SM e sua validação de conteúdo por 17 especialistas; 2) quase-experimento com implementação da intervenção educativa com a cartilha “Síndrome Metabólica: como me prevenir?”, e avaliação do nível de conhecimento dos adolescentes pré e pós-leitura via roteiro de questões. Para analisar a validade de conteúdo do roteiro de questões foi calculado o Índice de Validade de Conteúdo (≥ 0,78) e teste binomial, considerando nível de significância de 5%. A análise do efeito da intervenção educativa no conhecimento dos adolescentes sobre o tema foi verificada por meio do teste de McNemar, considerando 5% de nível de significância. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí no parecer 3.644.984. Resultados: O roteiro de questões foi validado com IVC total de 0,86. Três assertivas foram eliminadas (IVC<0,78). No teste binomial, a maioria das questões obteve p>0,05, confirmando a concordância das respostas dos itens entre os juízes. Com relação à avaliação do efeito da intervenção no conhecimento dos adolescentes, o percentual de acerto das questões sobre o tema no pós-teste foi igual ou superior em sua maioria, sem diferença significativa entre o pré e pós-teste, exceto no item “11 - Atualmente o número de crianças e adolescentes com a síndrome metabólica é cada vez maior” (p=0,031). Sobre a situação geral do conhecimento dos adolescentes, 45,9% melhoraram seu conhecimento, sem diferença significativa na melhoria da pontuação total (p = 0,067). Conclusão: O conhecimento foi maior em quase metade dos adolescentes no pós-teste, sem estatística significativa e a intervenção (leitura da cartilha educativa) contribuiu na melhoria do conhecimento em um item do roteiro de questões. O roteiro de questões foi validado quanto ao conteúdo, configurando-se instrumento adequado para avaliar conhecimento de adolescentes sobre SM. 

     
  • HAYLLA SIMONE ALMEIDA PACHECO
  • MOTIVAÇÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NO CONTEXTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Orientador : JOSE WICTO PEREIRA BORGES
  • Data: 01/03/2021
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  • Resumo: O universo da motivação evidencia o indivíduo em interação ativa com o ambiente e configura-se como uma ferramenta para a compreensão das diferenças individuais no seguimento ao tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). A utilização da Teoria da Autodeterminação (TAD) propicia o estudo do comportamento humano com foco na distinção entre motivação autônoma e motivação controlada, assemelhando-se ao universo da adesão terapêutica da HAS à medida que esse processo é fortemente influenciado pelo meio e suas relações sociais. Assim, objetivou-se compreender a motivação ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica de pessoas atendidas na Atenção Primária à Saúde (APS). Trata-se de um estudo analítico de abordagem qualitativa com utilização de grupos focais, realizado na cidade de Teresina-PI. Ao todo foram incluídas 52 pessoas com HAS divididas em oito grupos focais, com média de seis participantes em cada um e duração média de uma hora e meia, cada grupo, durante os meses de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020. Os dados foram processados por meio do software IRAMUTEQ (Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires), com utilização da Classificação Hierárquica Descendente (CHD), Análise Fatorial de Correspondência (AFC), análise de similitude e nuvem de palavras. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob parecer de número 3.662.514. O conteúdo resultante da análise, cujos dados foram processados pelo software, encontrou 52 textos, com 266 segmentos de textos, sendo 212 (79,70%) deles analisáveis e retidos na CHD. A CHD dividiu o corpus em cinco classes, nomeadas de acordo com características das palavras reunidas e aspectos relacionados ao tratamento da HAS. Houve uma predominância de motivação ao tratamento da HAS do tipo extrínseco, com forte influência dos serviços de saúde, na figura do médico, assim como das complicações decorrentes da não adesão terapêutica, pontos de maior correlação, conforme evidenciado na AFC. O tratamento medicamentoso foi considerado o ponto central, representado pela palavra “remédio”, conforme evidenciado também pela análise de similitude e nuvem de palavras, enquanto o tratamento não-medicamentoso, representado pela mudança de estilo de vida, apresentou relatos de todos os tipos de motivação, desde sujeitos totalmente desmotivados, até aqueles com alto grau de interesse e satisfação inerente. Os resultados desta pesquisa demonstram que a motivação ao tratamento da HAS no contexto da APS é predominantemente do tipo extrínseca, com uma abordagem terapêutica mais voltada para a doença e suas complicações, caracterizando um processo regulatório com pouca ou nenhuma internalização de valores essencial para o seguimento terapêutico, necessitando de estratégias de incentivo ao fortalecimento da autonomia do paciente frente ao seu processo de cuidar, ao reconhecimento de competência e à consolidação de um suporte social eficaz.


  • LAÉCIO DE LIMA ARAUJO
  • Fatores de risco cardiovascular e sua associação com a inatividade física e o comportamento sedentário em adolescentes
  • Orientador : CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA
  • Data: 29/01/2021
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  • Introdução: na última década, diversos estudos têm relatado o aumento da exposição de escolares a fatores de risco para a saúde cardiovascular como baixos níveis de atividade física, hábitos sedentários, hábitos alimentares inadequados, consumo de cigarro e álcool e que esses hábitos podem ser consolidados para o resto da vida. Objetivo: analisar a associação dos fatores sociodemográficos e de risco com a inatividade física e o comportamento sedentário em adolescentes. Métodos: estudo transversal e analítico, tipo inquérito de base escolar, com adolescentes de 14 a 18 anos. Utilizou-se questionários da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, socioeconômico, alimentação aterogênica e consumo de álcool. Realizou-se avaliação antropométrica: massa corporal, estatura e circunferências da cintura e pescoço, além da avaliação da pressão arterial. Foi analisada prevalência de inatividade física e comportamento sedentário e fatores associados com o teste de regressão logística, por meio de odds ratio (OR) e qui-quadrado de Pearson. Resultados: a prevalência da inatividade física foi de 73,4% (IC95%: 67,0-79,0), de comportamento sedentário 54,6% (IC95%: 48,0-61,0) e consumo elevado/excessivo de alimentos aterogênicos de 80,3% (IC95%: 75,0-85,0). O fator associado à inatividade física foi escolaridade da mãe (p=0,05) e os fatores associados ao comportamento sedentário foram tabagismo (OR=1,92; 1,01-3,65) e circunferência do pescoço alterada (OR=0,33; 0,16-0,70). Conclusão: houve elevada prevalência de inatividade física, comportamento sedentário e consumo de alimentos aterogênicos entre os adolescentes, sendo necessária intervenção, no sentido de promover um estilo de vida saudável entre os adolescentes, como o aumento do nível de atividade física e orientações referentes à alimentação saudável.

     

2020
Descrição
  • HAYLA NUNES DA CONCEIÇÃO
  • Violência por parceiro íntimo na gestação: prevalência e fatores associados em Caxias, Maranhão
  • Data: 10/11/2020
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  • Introdução: A violência contra a mulher é importante causa de morbimortalidade feminina e tem como principal perpetrador o parceiro íntimo. Gestantes não estão isentas da violência por parceiro íntimo e a escassez de dados compromete a tomada de decisão para prevenção baseada em evidências. Objetivo: Analisar a violência por parceiros íntimos na gestação (VPIG) em Caxias, Maranhão. Métodos: Trata-se de estudo transversal, cuja população foi composta por mulheres grávidas de 10 a 49 anos, no terceiro trimestre gestacional, realizado entre setembro de 2019 a março de 2020. Utilizou-se formulário com variáveis sociodemográficas, comportamentais, obstétricas e do histórico da violência, complementado pelo instrumento World Health Organization Violence Against Women Study. Realizou-se análise hierarquizada para as variáveis independentes, com cálculo de odds ratio ajustados (ORaj) e intervalos de confiança de 95% (IC95%) por regressão logística múltipla. Resultados: Foram entrevistadas 233 gestantes. A VPIG apresentou prevalência de 33,0%, com predomínio da violência psicológica (18,9%). A análise bivariada mostrou associação entre ocorrência de VPIG e faixa etária abaixo de 20 anos (p=0,001), parceiro íntimo sem ocupação profissional (p=0,002) e que fazia uso de drogas ilícitas (p<0,001). Além disso, histórico de violência física antes (p=0,001) e após 15 anos de idade (p=0,012), antecedente de violência sexual antes de 15 anos de idade (p=0,029), histórico de violência psicológica antes (p<0,001) e após 15 anos de idade (p=0,001) e presenciar agressão física e psicológica materna (p=0,043) também se apresentaram associadas. No modelo hierarquizado, apenas o consumo de drogas ilícitas pelo parceiro íntimo se manteve como fator associado ao desfecho de VPIG (ORaj=11,71; IC95% 2,81-48,89). Conclusões: A VPIG apresentou prevalência elevada, sendo necessário implementar estratégias de intervenção na assistência pré-natal do município.

  • MARILENE DE SOUSA OLIVEIRA
  • Cobertura vacinal em crianças menores de um ano – Piauí, 2015-2019
  • Orientador : MARCIO DENIS MEDEIROS MASCARENHAS
  • Data: 29/09/2020
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  • Introdução: O calendário básico de vacinação do Brasil prevê a oferta de oito imunobiológicos para crianças menores de um ano. Apesar do êxito das ações do Programa Nacional de Imunização (PNI), a partir dos anos 2000 vem sendo percebida queda nas coberturas das vacinas, inclusive no Estado do Piauí. Objetivo: Analisar a cobertura vacinal (CV) em menores de um ano no Piauí, de 2015 a 2019. Métodos: Estudo ecológico, de série temporal, com dados secundários obtidos do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), incluindo todos os menores de um ano de idade nascidos vivos no Piauí. As variáveis analisadas foram número de nascidos vivos, número de doses aplicadas, imunobiológico, ano e município. Foi calculado o indicador de CV (%) e sua distribuição segundo município de residência foi apresentada em mapas elaborados no Software QGIS 3.14 Open Source. Resultados: A CV média em crianças menores de um ano foi de: 88% (BCG), 72% (Febre Amarela), 0% (Hepatite B), 59% (Poliomielite), 83% (Meningocócica C), 2% (Rotavírus), 77% (Pentavalente) e 17% (Pneumocócica). A tendência linear das CV mostrou diminuição para cinco anos das vacinas VORH, Pentavalente e Pneumocócica e crescimento para as vacinas BCG, Febre Amarela, Meningocócica C e Poliomielite. Para a vacina contra Hepatite B foi evidenciado tendência de CV zeradas para os cinco anos seguintes à análise. Além disso, a homogeneidade das CV adequadas esteve bem abaixo de 70% para todas as vacinas em crianças menores de um ano de idade. Os municípios que atingiram CV adequadas foram os de médio e grande porte como Teresina, Parnaíba, Picos, Piripiri, Campo Maior, Picos, Valença, Oeiras e Bom Jesus. Conclusão: As CV em menores de um ano no Piauí estiveram aquém do preconizado pelo PNI, o que pode favorecer o retorno de doenças anteriormente controladas e erradicadas. É necessário realizar ações de vigilância e monitoramento das CV para controle das doenças imunopreveníveis, detecção dos vazios assistenciais e melhoria da homogeneidade nas CV em menores de um ano.

  • DELBANA PEREIRA RODRIGUES
  • Estado nutricional e consumo alimentar de adolescentes atendidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar
  • Orientador : JESUSMAR XIMENES ANDRADE
  • Data: 31/08/2020
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  • Introdução: A adolescência é uma fase vulnerável em termos nutricionais por sua maior demanda de nutrientes, necessária para garantir o crescimento e desenvolvimento característicos dessa fase, bem como por mudanças no estilo de vida, decorrentes da maior autonomia e do processo de transição nutricional que acabam afetando a ingestão adequada de nutrientes. A escola, por sua vez, exerce um papel de destaque na formação de hábitos alimentares saudáveis, uma vez que adolescentes permanecem, em média, de cinco a seis horas por dia na escola e realizam pelo menos uma refeição junto aos colegas. Objetivo: Avaliar o estado nutricional e verificar a adequação do consumo alimentar de adolescentes atendidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar, bem como suas possíveis relações. Métodos: Estudo analítico, realizado no IFMA Campus Codó, com 220 estudantes do ensino médio regular, pertencentes à faixa etária de 14 a 19 anos, selecionados por amostragem aleatória estratificada por sexo. Foram coletados dados sociodemográficos, antropométricos/estado nutricional, de consumo alimentar e rendimento escolar. Para as análises intragrupo foram utilizados os testes de McNemar, Homogeneidade Marginal e teste T de Student para dados pareados (ou Wilcoxon). Para as análises intergrupo utilizou-se o teste Qui-Quadrado de Pearson e Exato de Fisher. Em todas as análises foi adotado nível de significância de 5%. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí sob parecer n° 3.130.999/2019. Resultados: O sexo feminino representou 56,8% do total da amostra e a idade média entre os pesquisados foi 15,97 anos. Entre a 1ª e 2ª avaliação observou-se um aumento significativo nas medidas correspondentes ao peso (Z=-2,653; p=0,008; r=0,18), altura (Z=-8,300; p<0,001; r=0,56), circunferência de pescoço (Z=-6,394; p<0,001; r=0,43), circunferência da cintura (Z=-3,394; p=0,001; r=0,23), circunferência do quadril (Z=-6,168; p<0,001; r=0,42) e dobra cutânea da panturrilha medial (Z=-3,584; p<0,001; r=0,24). Em relação ao consumo escolar, os cardápios apresentaram boa aceitabilidade (94,59%) entre os adolescentes. Quanto aos nutrientes analisados nos cardápios, o mineral cálcio foi o que apresentou menor média percentual de adequação (11,00%), enquanto o mineral zinco apresentou a maior média percentual de adequação (113,51%). O consumo total de fibras alimentares e micronutrientes vitamina A, cálcio e magnésio manteve-se aquém do recomendado para ambos os sexos. Conclusão: O estudo evidenciou aumento nas medidas antropométricas e manutenção do perfil eutrófico quanto a avaliação do estado nutricional, porém, a avaliação do consumo total mostrou a necessidade de ajustes na alimentação em âmbito escolar e domiciliar, uma vez que se apresentou desfavorável para a promoção e manutenção do estado nutricional saudável.

  • CYNTIA REGINA LÚCIO DE SOUSA IBIAPINA
  • TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS E CONSUMO ALIMENTAR EM ADULTOS E IDOSOS: ESTUDO DE BASE POPULACIONAL
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 31/08/2020
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  • Introdução: Os transtornos mentais comuns (TMC) são um conjunto de sintomas não psicóticos caracterizados por insônia, fadiga, irritabilidade, esquecimento, dificuldade de concentração e queixas somáticas. Alguns estudos mostram que os hábitos alimentares são fatores importantes que podem contribuir para a incidência desses transtornos ou auxiliar na sua prevenção. Objetivo: Analisar a prevalência de transtornos mentais comuns e sua associação com o consumo alimentar em adultos e idosos. Metodologia: Estudo transversal, de base populacional, realizado em adultos e idosos (n=1568), residentes em Teresina e Picos (Piauí). Coletaram-se dados demográficos, socioeconômicos, de hábitos de saúde, antropométricos e de consumo alimentar. A presença de TMC foi avaliada por meio de aplicação do Self Reporting Questionnaire (SRQ-20). O teste qui-quadrado foi utilizado para verificar a associação entre o TMC e as variáveis explanatórias. A magnitude da associação entre TMC e o consumo alimentar, foi obtida por meio da regressão de Poisson, com ajuste de variância robusto, para análise bruta e ajustada. O nível de significância considerado foi de p < 0,05. Resultados: A prevalência de TMC entre os participantes foi de 27,5%, sendo significativamente maior entre as mulheres (p=0,001). Participantes separados e viúvos (p=0,023) e entre os que não exerciam atividade remunerada (p=0,01) apresentaram significativamente mais transtorno quando comparados às demais categorias. Em relação aos hábitos de saúde, houve associação significativa entre a presença de TMC e os parâmetros de utilização de Estratégia Saúde da Família - ESF (p=0,001), o consumo de álcool (p=0,001) e o tabagismo (p=0,049). A ausência do consumo de carne vermelha (p=0,001), peixe (p=0,007), salada crua (p=0,033) e suco de fruta natural (p=0,036) estiveram associados à presença de TMC. Na análise ajustada observou-se que todas as associações foram mantidas, notou-se após o ajuste que aqueles que consomem carne vermelha apresentaram prevalência menor de 30% de comparado aqueles que não consumiam (RP=0,70). O consumo de peixe também indicou proteção após ajuste, com prevalência menor em 22% de TMC em relação aos que não consumiam esse alimento. Além disso, o consumo de salada crua e suco de fruta natural demonstraram uma prevalência menor de 20% e 15% de TMC respectivamente, (RP=0,80) e (RP =0,85). Conclusão: O estudo mostrou que quase um terço da população adulta e idosa de Teresina e Picos possuem transtornos mentais comuns, sendo mais prevalente no sexo feminino, naqueles indivíduos separados ou viúvos, tabagistas e etilistas, com menor escolaridade, sem atividade remunerada e que utilizam a ESF. Ademais os TMC foram menos prevalentes entre os indivíduos que informaram consumir alimentos saudáveis, demonstrando a importância da dieta para a saúde mental ao longo da vida e corroboram algumas evidências estabelecidas que apoiem fortemente uma abordagem dietética para a prevenção e tratamento de transtornos mentais.

  • MAÍSA RAVENNA BELEZA LINO
  • VALIDAÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE SUPORTE SOCIAL PERCEBIDO PARA PESSOAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL
  • Orientador : JOSE WICTO PEREIRA BORGES
  • Data: 20/08/2020
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  • Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), está associada frequentemente a distúrbios metabólicos, podendo ser agravada pela presença de fatores psicológicos, sociais, comportamentais e relacionais. Trata-se de uma doença crônica que requer portanto acompanhamento durante a vida inteira. Nesse sentido, a rede social na qual essas pessoas estão inseridas e o suporte percebido por elas, podem influenciar no seguimento do tratamento. Desse modo, é válido o uso de instrumentos que permitam essa análise no contexto de pessoas com HAS, bem como os aspectos de validação que confirmam ou não as características de um bom instrumento. Objetivo: Avaliar as propriedades psicométricas da Escala Multidimensional de Suporte Social Percebido (EMSSP) em pessoas com HAS. Método: Trata-se de um estudo transversal ancorado na psicometria, realizado em 10 Unidades Básicas de Saúde situadas no município de Caxias – MA. A amostra contou com 375 pessoas diagnosticadas com HAS. A EMSSP possui 12 itens, foi originalmente delineada com três dimensões: família (itens 3, 4, 8 e 11); amigos (itens 6, 7, 9 e 12) e outros significados (itens 1, 2, 5 e 10). Na análise psicométrica, a confiabilidade foi verificada pelo alpha de Cronbach e correlação item-total. A validade de construto através da análise fatorial exploratória (AFE), com análise paralela e análise fatorial confirmatória (AFC) e o diagrama de caminhos. Com base nos princípios éticos obteve aprovação através do parecer de número 2.891.831, e com o CAAE: 92986318.6.0000.5660. Resultados: A média de idade dos participantes foi de 65,67 anos, com predominância do sexo feminino (78,4%); pardos (50,3%) e apenas o ensino fundamental (51,7%). A EMSSP apresentou alpha de Cronbach total de 0,89. A correlação item-total ficou entre 0,51 a 0,74. A análise paralela indicou um instrumento com duas dimensões. Na AFE os itens das dimensões família e outros significados formaram uma dimensão. Testou-se um modelo tridimensional, porém a dimensão outros significados ficou apenas com os itens 1 e 2, os itens 5 e 10 ancoraram suas cargas fatoriais na dimensão família. Na AFC os melhores ajustes foram no modelo tridimensional: Normed Fit Index (NFI 0,91); Lucker-Lewis Index (TLI 0,91) e Comparative Fit Index (CFI 0,93). Entretanto, uma dimensão com apenas dois itens não é plausível, pois carrega pouca informação. O modelo bidimensional mostrou os itens das dimensões família e outros significados compondo a mesma dimensão com ajustes NFI 0,87, TLI 0,87 e CFI 0,89. Os índices de ajustes desse modelo foram inferiores ao modelo tridimensional. Conclusão: Os indicadores encontrados reafirmam a EMSSP com consistência interna e validade adequadas para a mensuração de suporte social, porém com diferenças na estrutura fatorial. Pelo princípio da parcimônia, o modelo com duas dimensões seria o indicado para mensurar suporte social em pessoas com HAS evitando uma dimensão com apenas dois itens e pouca representatividade teórica. Novos estudos podem ser empreendidos para aumentar o número de itens da dimensão outros significados. Essa avaliação é particularmente importante de ser realizada no transcurso do tratamento de um hipertenso, permitindo compreender aqueles que apresentam maior fragilidade na percepção do suporte social.

  • DANIEL JOSIVAN DE SOUSA
  • INTERNAÇÕES POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES SENSÍVEIS À ATENÇÃO PRIMÁRIA NO ESTADO DO PIAUÍ, BRASIL, 2008- 2018
  • Orientador : CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA
  • Data: 07/08/2020
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  • Introdução: Altas taxas de internações por condições sensíveis à atenção primária em uma população, ou subgrupo(s) desta, podem indicar sérios problemas de acesso ao sistema de saúde ou de seu desempenho. Esse excesso de hospitalizações representa um sinal de alerta, que pode acionar mecanismos de análise e busca de explicações para a sua ocorrência. Objetivo: Analisar a tendência das taxas de internações por doenças cardiovasculares sensíveis à atenção primária à saúde no estado do Piauí, no período de 2008 a 2018. Métodos: Estudo ecológico de séries temporais das taxas de internação por doenças cardiovasculares de residentes do estado do Piauí por sexo, faixa etária, diagnóstico principal de internação e região de saúde. Foram utilizados os dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS). Para a análise de tendência foi realizada uma regressão linear pelo método de Prais-Winsten. Resultados: As taxas de internação por DCV apresentaram tendência decrescente ao longo da série histórica, com variação percentual anual de -4,7% (IC95%: -6,1; -3,3), sendo maior no sexo feminino (APC: -5,4%; IC95%: -6,9; -3,8), com exceção da faixa etária de 10 a 19 anos, que obteve tendência estacionária, todas as outras faixas tiveram diminuição, com maior redução nos idosos de 60 a 79 anos (APC: -7,4; IC95%: -8,3; - 6,5). Conclusão: As internações por doenças cardiovasculares sensíveis à atenção primária tiveram tendência de redução ao longo do período analisado. Contudo, a tendência de redução não foi linear para todas as causas.

  • FLÁVIA RAYMME SOARES E SILVA
  • ABSENTEÍSMO POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES ENTRE PROFESSORES DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE TERESINA-PIAUÍ, 2010-2016
  • Orientador : MALVINA THAIS PACHECO RODRIGUES
  • Data: 27/07/2020
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  •  Introdução: O trabalho docente é uma atividade com sobrecarga laboral associada a problemas físicos e emocionais, evidenciados pelo aumento do absenteísmo, importante indicador das condições de saúde dos trabalhadores. Entre os docentes, a abstenção por problemas vocais e psicológicos são os mais estudados. Entretanto, as doenças cardiovasculares (DCV), que são responsáveis por elevados índices morbimortalidade e incapacidade em todo o mundo, são pouco investigadas entre os professores. Objetivo: Analisar o absenteísmo por DCV entre os professores das escolas municipais de Teresina-PI, no período entre 2010 a 2016. Método: Estudo transversal, analítico, de fonte documental.  Analisaram-se os relatórios dos afastamentos por DCV de todos os professores da Secretaria Municipal de Educação de Teresina atendidos pela perícia médica do Instituto de Previdência Municipal de Teresina no período de 2010 a 2016. Foi descrito o perfil sociodemográfico, profissiográfico e diagnóstico de afastamento segundo etapa de ensino, primeiro ciclo (ensino infantil e anos iniciais do ensino fundamental) e segundo ciclo (anos finais do ensino fundamental). O teste qui-quadrado de Pearson ou o teste exato de Fisher foram utilizados para verificar associação entre variáveis categóricas e o Teste Wald para variáveis numéricas. No modelo de regressão logística, foi realizado o teste de Hosmer-Lemeshow, sendo incluídas na análise multivariada as variáveis independentes com p-valor ≤ 0,20 no modelo inicial e p<0,05 no modelo final. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí no Parecer n.º 2.007.361. Resultados: Dos 2.819 relatórios investigados, constatou-se que 115 professores (4,1%) foram afastados por DCV. Os professores do primeiro ciclo afastados por DCV eram predominantemente do sexo feminino (98,5%), com idade média de 48,4 (DP±9,0) anos, carga horária diária de oito horas (88,2%), 15 anos de serviço (DP±8,9), trabalhando em uma escola (DP±0,2) e com 63 dias de afastamento no período estudado (DP±93,6). A principal causa de afastamento foi doenças hipertensivas (32,9%) e os afastamentos mais duradouros foram por doenças reumáticas crônicas cardíacas ( 293,4; DP±160,1). Os professores do segundo ciclo também eram principalmente do sexo feminino (55,0%), com média de idade de 45,8 anos (DP±10,0), com carga horária diária de quatro horas (62,0%), média de 14 anos de serviço (  trabalhando em uma unidade escolar (DP±6,0) e com 56 dias de afastamento (DP±86,7) no período estudado. Destes, 18,5% ministravam a disciplina de português, 16,0% matemática, e as menores porcentagens ministravam as disciplinas de religião (3,0%) e artes (6,4%). A principal causa de afastamento foi doenças hipertensivas (28,6%) e os afastamento mais prolongados foram por febre reumática aguda ( 365,0±0,0). Obteve-se associação significativa entre tempo de serviço (p=0,015) e ser professor de matemática (p=0,045) com absenteísmo por DCV. Conclusões: As abstenções por DCV foram mais frequentes entre os professores do primeiro ciclo de ensino. Maior tempo de serviço e ser professor de matemática estão associados com o absenteísmo de professores do segundo ciclo por DCV. Recomenda-se a necessidade de inserção de práticas educativas e de promoção à saúde no cotidiano dos professores. 

  • SOCORRO REJANY SALES SILVA TRENTO
  • FUNÇÃO SEXUAL DE MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA E FATORES ASSOCIADOS EM TERESINA – PIAUÍ
  • Data: 21/07/2020
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  • Introdução: A pós-menopausa é um período que implica alterações hormonais que podem repercutir na função sexual. Assim, o desenvolvimento de disfunções sexuais pode ser comum nessa fase da vidaObjetivo: Analisar a função sexual de mulheres na pós-menopausa e fatores associados. Métodos: Estudo transversal com 380 mulheres entre 40 e 65 anos, menopausadas, atendidas em Unidades Básicas de Saúde de Teresina-PI. Para estabelecer o tamanho amostral, foi realizado cálculo de amostragem aleatória simples. Aplicou-se um questionário referente às características sociodemográficas. Os sintomas do climatério foram avaliados através do instrumento Menopause Rating Scale (MRS) e a função sexual foi avaliada pelo Quociente Sexual – Versão feminina (QS-F). Foi realizada análise bivariada com o teste do Qui-quadrado e teste t de Student ou análise de variância (ANOVA) para variáveis com mais de duas categorias, além de regressão logística múltipla com razão de chance ajustada (ORaj). Foi considerado o valor de 5% (p<0,05) como diferença ou associação significativa para os testes realizados. Resultado: As mulheres apresentaram idade média de 55,2 anos, sendo que 68,4% pertenciam à faixa etária entre 50 a 59 anos. Das 380 mulheres avaliadas no estudo, a maioria possuía cor de pele preta e parda (85,26%), até 11 anos de escolaridade (89,2%) e renda familiar de até 2 salários mínimos (77,4%). Viviam com parceiro 90,3% delas, e apenas 5,8% faziam uso de alguma terapêutica hormonal. Neste estudo, 64% das mulheres apresentaram risco de disfunção sexual (escore do QS-F≤60). Os domínios desejo e interesse sexual; conforto; orgasmo e satisfação foram os que mais contribuíram para os baixos escores. Os domínios psicológicos, somatovegetativos e urogenitais avaliados através da MRS foram associados com o risco de disfunção sexual (p<0,001). A análise de regressão logística revelou que a chance de as mulheres com risco de disfunção sexual apresentarem problemas de sono, ânimo depressivo, ressecamento vaginal e problemas sexuais foi, respectivamente, 2,72; 2,03; 3,44 e 8,16 vezes maior, quando comparadas àquelas sem risco de disfunção sexual. A presença do risco de disfunção sexual teve associação com ausência de renda familiar e presença de conjugalidade (p<0,05). Conclusão: Verificou-se que a maioria das mulheres estudadas apresentaram risco de disfunção sexual e associação entre sintomas da menopausa e presença de risco de disfunção sexual. 

  • KÁREN MARIA RODRIGUES DA COSTA
  • VITIMIZAÇÃO POR BULLYING EM ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS DE UMA CIDADE DO INTERIOR DO NORDESTE
  • Orientador : CÁSSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
  • Data: 24/06/2020
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    Introdução: A violência é um problema mundial de saúde pública, com sérias consequências individuais e sociais. Em contexto escolar, pode-se citar o bullying como um tipo de violência que ocasiona impactos negativos à vida dos envolvidos, como: evasão, de­pressão, suicídio. Diversas pesquisas têm explorado a vitimização por bullying, no entanto, existe uma escassez de estudos brasileiros que buscam compreender o bullying por meio da triangulação de métodos. Objetivo: Analisar a vitimização por bullying em adolescentes no contexto escolar. Métodos: Estudo de abordagem quantitativa e qualitativa, baseado na triangulação metodológica sequencial, com delineamento transversal. Na abordagem quantitativa contou-se com uma amostra de conveniência de 196 adolescentes escolares do ensino fundamental e médio de José de Freitas-PI, que responderam a Escala Califórnia de Vitimização do Bullying (ECVB) e questões sociodemográficas. Na abordagem qualitativa participaram nove adolescentes escolares que pontuaram mais alto na ECVB, estes responderam entrevista semiestruturada com perguntas sobre a compreensão e experiências em relação ao bullying. Os dados quantitativos foram analisados por meio do software IBM Statistical Package for the Social Sciences versão 20.0, que permitiu calcular estatísticas descritivas, teste U de Mann-Whitney, correlação de Spearman e ANOVA unifatorial. Os dados qualitativos foram interpretados com base na análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Os estudantes apresentaram idade média de 12,5 anos (DP=2,08; amplitude de 10 a 18), predominantemente do sexo feminino (65,3%), autodeclarados pardos (58,7%) e que pertencem à classe média (70,9%). A maioria (62,6%) declarou sentir-se bem no ambiente escolar, possuir conhecimento sobre o bullying (90,8%) e (55,1%) já passaram por situações de vitimização por bullying. Os dados revelaram que a vitimização por bullying não difere (U = 3842, p = 0,20) entre participantes do sexo masculino (M = 0,78) e feminino (M = 0,89); não existiu relação entre idade e vitimização por bullying (rs = -0,05, p = 0,26); a raça não apresentou qualquer influência na vitimização por bullying [F(4,191) = 2,13, p = 0,07]. Os dados qualitativos mostraram que o bullying verbal, foi à experiência de vitimização mais apontada pelos escolares. As vítimas tendem a enxergar os agressores como alguém tipicamente popular e com comportamentos bastante negativos na escola. Os impactos relatados pelas vítimas foram: vergonha, isolamento, chateação, tristeza e problemas psicológicos. Os pais desconheceram que seus filhos podem ser vítimas de bullying. As principais formas de enfretamento ao bullying incluíram busca por suporte social, retraimento, resignação e negação. As escolas que trabalham a temática do bullying de forma contínua apresentam melhores resultados no enfrentamento deste fenômeno. Conclusões: Neste cenário, verificou-se alta prevalência de vitimização por bullying na amostra pesquisada, não diferindo entre sexos, nem idade. Os dados revelados nesse estudo, poderá ser útil para gestores, profissionais da educação, saúde e assistência social, uma vez que fornece informações que possam subsidiar ferramentas eficazes de enfrentamento ao bullying no contexto escolar. Atesta-se a necessidade de novos estudos enfocando como os fatores escolares estão relacionados com a prevalência de vitimização por bullying.

     

  • RAKSANDRA MENDES DOS SANTOS
  • Os sentidos produzidos pelos enfermeiros acerca do PMAQ-AB em um estado do Nordeste
  • Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Data: 19/06/2020
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  •           Introdução: O Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) foi criado pelo Ministério da Saúde (MS), em 2011, com o intuito de melhorar a qualidade dos serviços de atenção básica (AB) em todo o territó­rio nacional. Objetivo: Analisar a produção de sentidos dos enfermeiros acerca da participação das equipes de saúde no Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) no estado do Piauí. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, de campo, com abordagem qualitativa, realizada com vinte e cinco enfermeiros das quatro macrorregiões de saúde do Estado. A coleta de dados se deu por meio de grupos focais (GF) no período de setembro a outubro de 2018. Para a análise das informações utilizou-se os mapas de associação de ideias, técnica que se ancora na perspectiva das práticas discursivas e produção de sentido no cotidiano. Resultados: Foram produzidas cinco categorias temáticas: PMAQ como organizador do serviço, Adesão como processo contraditório, Autoavaliação como processo inconsistente, Avaliação Externa como processo ambíguo, Administração dos recursos deficitária. Observou-se que o PMAQ é compreendido como organizador/transformador do processo de trabalho das equipes, instrumento de qualificação dos registros, incentivador do trabalho com metas; indutor de boas práticas; mecanismo de cobrança e orientação à gestão. A fase de adesão assumiu sentidos contraditórios, sendo reconhecida como um processo verticalizado ou horizontal ou desconhecido. Já a etapa de autoavaliação é vista principalmente como instrumento inadequado, por não respeitar as diferentes realidades. A avaliação externa é compreendida como prática que deixa a desejar, como mecanismo de fiscalização, cobrança e exigência, com entrevistadores despreparados e também como prática em evolução e fase tranquilo. No que se refere ao recurso financeiro, as práticas discursivas giraram em torno da necessidade do direcionamento e da prestação de contas do recurso financeiro. Conclusões: O PMAQ-AB, mesmo com os desafios que enfrentou, constitui importante mecanismo de transformação da atenção básica. De modo que, a experiência do PMAQ-AB, apresentada neste estudo, contribui com o debate em torno da qualificação e do financiamento da atenção básica, a partir de reflexões críticas e contextualizadas, que possam colaborar com a institucionalização da cultura de monitoramento e avaliação, e no fortalecimento da AB.                                                                                                         

  • FERNANDA MOURA BORGES
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE LETRAMENTO EM SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA EM INDIVÍDUOS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Data: 30/03/2020
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  • Introdução: A hipertensão arterial pode ser um fator influenciador da qualidade de vida, principalmente quando associado a uma inadequada capacidade de compreensão e utilização das informações em saúde recebidas de profissionais de saúde ou de outras fontes. Objetivo: Analisar a associação entre o letramento em saúde e a qualidade de vida de indivíduos com hipertensão. Métodos: Trata-se de um estudo analítico transversal com abordagem quantitativa, realizado no município de Picos – PI, com 251 hipertensos das 25 unidades de atenção primária à saúde da zona urbana. Foram incluídos os indivíduos cadastrados nas unidades, com diagnóstico médico de Hipertensão Arterial e adultos (entre 18 e 59 anos). Foram excluídos os que apresentaram escolaridade menor a um ano ou educação informal que não fossem capazes de ler a frase ― Feche os olhos‖ do Mini exame do estado mental e que não apresentaram condições de responder aos instrumentos por apresentar algum déficit visual. A coleta de dados aconteceu de janeiro a junho de 2019, em uma sala reservada da unidade de saúde ou no domicílio do entrevistado, por meio do questionário sobre os dados sociodemográficos e clínicos e dos instrumentos validados: Test of Funcional Literacy in Adults para avaliação do letramento e o Mini-Cuestionario de Calidad Vida em Hipertensión Arterial para avaliação da qualidade de vida. Os dados foram tabulados por meio do SPSS, versão 20.0. Foi adotado p<0,05 e para normalidade utilizou-se o teste Kolmogorov-Smirnov. Para análises estatísticas foram utilizados o teste de associação Qui quadrado ou o teste exato de Fisher. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, conforme parecer nº 3.062.507, de 06 de dezembro de 2018. Resultados: O nível de letramento mostrou-se inadequado para 72,5% dos participantes e a média de pontuação da compreensão leitora (26,2±20,1) foi maior do que a relacionada à capacidade de numeramento (17,6±7,4). Quanto ao escore da qualidade de vida, obteve-se média de 9,5 em sua caracterização. Houve associação entre o nível de letramento e as variáveis: faixa etária (p<0,001), escolaridade (p<0,001), tipo de escola (p<0,001), ocupação (p=0,04), classe econômica (p=0,004) e medicamentos em uso (p=0,003). A classificação da qualidade de vida foi associada às variáveis renda (p=0,028) e prática de atividade física (p<0,001), e não houve diferença entre a classificação da qualidade de vida e o nível de letramento (p=0,529). Conclusão: O estudo não demonstrou associação significativa entre as dimensões da qualidade de vida e o nível de letramento em saúde. Sugere-se a necessidade de aumentar a compreensão dos profissionais de saúde sobre questões do letramento de pessoas com hipertensão, através das práticas educativas e ações promotoras da saúde que estimulem o autocuidado e melhorem a qualidade de vida.


  • NATÁLIA LEMOS DA SILVA TIMÓTEO
  • MORTALIDADE MATERNA EM TERESINA, PIAUÍ, 2012-2016: MAGNITUDE, CAUSAS BÁSICAS E FATORES ASSOCIADOS
  • Data: 10/02/2020
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  • Introdução: A morte materna ainda persiste como grande desafio para a saúde pública mundial. No entanto, a magnitude desse problema e suas características se apresentam com peculiaridades a depender do grau de desenvolvimento socioeconômico de cada região. Objetivo: Analisar os óbitos maternos ocorridos entre 2012 e 2016 em Teresina, Piauí, descrevendo magnitude, causas básicas e fatores associados. Métodos: Realizou-se estudo caso-controle, cujos casos corresponderam a 36 óbitos maternos investigados pelo Serviço de Vigilância do Óbito Materno e cujos controles foram constituídos por 144 mulheres que tiveram parto no mesmo período e não morreram, selecionadas do Sistema de Informação de Nascidos Vivos. Os dados são secundários, com análise das declarações de óbito e das fichas de investigação do óbito. Foram calculadas odds ratios brutas (ORbr) e ajustadas (ORaj) com intervalos de confiança de 95% (IC95%) e análise multivariada por meio de regressão logística múltipla. Resultados: No período do estudo foram notificados 36 óbitos maternos. A razão de mortalidade materna global foi de 65,7/100.000 nascidos vivos. Entre as causas básicas, houve predomínio das causas obstétricas diretas (69,4%), sendo o aborto (25%) e as doenças hipertensivas (19,4%) as mais frequentes. Mulheres com idade ≥ 30 anos (ORbr=2,34; IC95% 1,92-3,71), sem ocupação (ORbr=1,76; IC95% 1,32-2,44) e aquelas que não realizaram pré-natal ou até três consultas (ORbr=4,86; IC95% 2,98-5,21) apresentaram maior chance de óbito materno. No modelo multivariado, apenas o número de consultas pré-natais se mostrou fator associado para a morte materna (ORaj=4,33; IC95% 3,01-7,34). Conclusões: A mortalidade materna apresentou magnitude elevada, com destaque para causas evitáveis. A chance de óbito materno foi maior entre as mulheres com atenção pré-natal inadequada. É necessário melhor qualificação dos serviços de saúde de planejamento familiar, pré-natal e assistência ao parto e puerpério no município.

2019
Descrição
  • ANDREA NUNES MENDES DE BRITO
  • PADRÃO ALIMENTAR E RESISTÊNCIA À INSULINA EM ADOLESCENTES
  • Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
  • Data: 16/12/2019
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  • INTRODUÇÃO: A análise dos padrões alimentares é uma valiosa ferramenta para ampliar o conhecimento a respeito do papel da dieta sobre determinados fatores de risco à saúde. A avaliação do consumo alimentar de adolescentes vem ganhando crescente atenção, devido à associação dos hábitos alimentares inadequados com o desenvolvimento das doenças crônicas na vida adulta, como a resistência à insulina, desencadeadora da síndrome metabólica e doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Correlacionar os padrões alimentares com a resistência à insulina em adolescentes. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal, realizado em 2015, com 153 adolescentes estudantes das escolas particulares localizadas na zona urbana de Picos-PI. Foi realizado avaliação antropométrica, bioquímica e dietética feita por entrevistadores treinados. As variáveis sociodemográficas utilizadas foram sexo e a idade. As variáveis antropométricas foram: peso, estatura, índice de massa corporal, circunferência da cintura, relação cintura- estatura e índice de conicidade. As variáveis bioquímicas empregadas foram: Glicemia, Insulina e Resistência à insulina, sendo esta determinada pelo o modelo de avaliação da homeostase. A avaliação dietética foi obtida por meio do recordatório de 24 horas aplicado uma única vez. Empregou-se a análise de componentes principais para determinação dos padrões alimentares e regressão logística multivariada para correlacioná-los com a resistência à insulina. RESULTADOS: A resistência à insulina foi observada em 25,5% dos adolescentes avaliados, sendo que as meninas apresentaram maior prevalência (69,2%). Identificou-se cinco padrões alimentares classificados em Componentes 1: “Frutas e laticínios”, 2:“Farinhas, féculas, massas e carnes brancas”, 3:“Açúcares, produtos de confeitaria e bebidas”, 4:“Cereais, leguminosas, carnes vermelhas e produtos industrializados” e 5:“Hortaliças e panificados”. Juntos os cinco componentes explicaram 61,18% da variância total. Verificou-se correlação dos padrões com parâmetros dietéticos e o sexo (p<0,05), exceto o Componente 3. Este padrão “Açúcares e produtos de confeitaria” correlacionou-se apenas com energia, carboidratos e lipídeos. O Componente 4: “Cereais, leguminosas, carnes e produtos industrializados” reflete hábitos alimentares de um cenário de transição nutricional, pois inclui alimentos tradicionais piauienses e alimentos ultraprocessados. Entretanto, não foi observada correlação entre os padrões alimentares e a RI em adolescentes. deste estudo. CONCLUSÃO: Apesar de não ter sido verificado correlação entre os padrões alimentares e a resistência à insulina em adolescentes deste estudo, sabe-se que a diversidade alimentar presente em cada população possui características próprias e impactam na formação de cada padrão alimentar, o que evidencia a necessidade estudos prospectivos em larga escala. No entanto, é fundamental que as escolas forneçam aos adolescentes um ambiente físico favorável à alimentação saudável e à prática de atividade física para possibilitar o enfrentamento mais eficaz de doenças crônicas.

  • LANA RAYSA DA SILVA ARAUJO
  • CONSUMO DE FRUTAS, LEGUMES E VERDURAS POR ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 04/12/2019
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  • Introdução: A adolescência é uma fase do desenvolvimento humano caracterizada por mudanças de origem biológica, psíquica e social, correspondendo a um momento de alterações no estilo de vida, podendo afetar as escolhas alimentares. Objetivo: Avaliar o consumo de frutas, legumes e verduras (FLV) por adolescentes de escolas públicas e privadas. Métodos: Estudo transversal com 651 adolescentes de escolas públicas e privadas de Teresina, Piauí, em 2016, selecionados por amostragem probabilística estratificada proporcional. O estudo faz parte de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), intitulada “Saúde na escola: diagnóstico situacional do ensino médio”. Foram coletados dados sociodemográficos, estado nutricional utilizando IMC/Idade e recordatório de 24h. A análise de FLV foi realizada por meio da Tabela para Avaliação do Consumo Alimentar em Medidas Caseiras e a classificação de FLV nativos da região Nordeste foi realizada por meio da utilização do livro “Alimentos Regionais Brasileiros”. Foram utilizados os testes 2 (qui-quadrado), teste t de Student e o teste de Correlação de Pearson. Considerou-se intervalo de confiança de 95% (IC95%) e um erro alfa de 5% (p≤0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI. Resultados: Os adolescentes eram em sua maioria do sexo feminino, com renda familiar entre um e dois salários mínimos e ensino médio como escolaridade materna. Escolaridade materna (p= 0,005) e renda (p= 0,012) se associaram ao consumo de frutas. A ingestão em gramas frutas foi maior do que legumes e verduras. As frutas foram consumidas por 45,9% dos adolescentes e 31% consumiram legumes e verduras. A adequação de consumo foi de 11,1% para escolas públicas e 11,9% para instituições privadas. Não houve associação estatisticamente significativa entre as instituições de ensino quanto consumo e adequação de FLV. As frutas mais consumidas foram banana, maracujá e goiaba e os legumes e verduras foram tomate, alface e pepino. Quanto ao estado nutricional, houve uma fraca correlação entre o consumo de banana, laranja, maçã e melão e a eutrofia e uma correlação muito forte entre o repolho e a desnutrição. Conclusão: O consumo de frutas, legumes e verduras foi considerado baixo e inadequado não havendo associação entre as instituições de ensino. Escolaridade materna e renda familiar se associaram ao consumo de frutas indicando que essas variáveis influenciaram a ingestão pelos adolescentes pesquisados. Sugere-se o fortalecimento e maior ênfase às estratégias de educação alimentar e nutricional, realizadas em ambiente escolar e familiar, bem como faz-se necessário uma maior reflexão sobre consumo de FLV e disponibilidade de renda.

  • MARIANNE LIRA DE OLIVEIRA
  • VIOLÊNCIA FAMILIAR INFANTO-JUVENIL E O FRACASSO ESCOLAR
  • Orientador : CÁSSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
  • Data: 19/09/2019
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  • Introdução: A violência familiar infantojuvenil é caracterizada por atos ou omissões praticadas por pais, parentes ou responsáveis e pode produzir comportamentos autodestrutivos, reclusão, depressão, raiva e problemas de aprendizado, como os que caracterizam o fracasso escolar. Objetivo: Analisar a correlação entre a percepção de violência familiar infanto-juvenil e o fracasso escolar. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal utilizando a triangulação dos dados, realizado com 117 escolares do 6º do ensino fundamental de escolas públicas da cidade de Chaval-CE. Esta pesquisa foi desenvolvida em 02 escolas da zona urbana e 01 da zona rural totalizando 06 turmas participantes da coleta de dados. Os dados quantitativos foram coletados por meio de questionário sociodemográfico, aplicação da escala de Sinalização do Ambiente Natural Infantil (SANI) e avaliação objetiva do fracasso escolar, sendo analisados utilizando os testes t de student, Exato de Fisher e teste de Spearman. As entrevistas semiestruturadas foram realizadas com 20% dos escolares, compostos por 10% com maior pontuação e 10% com menor pontuação na escala SANI. Utilizou-se a saturação teórica e as informações foram avaliadas por meio da análise do discurso na vertente francesa. Resultados: Dentre os escolares da amostra, 52,1% eram do sexo masculino e 47,9% do sexo feminino com média de idade de 10,9 anos. A pesquisa demonstrou ainda que 86,3% dos escolares eram matriculados na zona urbana e 53,8% estudavam no turno da manhã. Após análise bivariada verificou-se que não houve diferença significativa entre as médias de percepção de violência familiar para as variáveis de turno, renda familiar e quanto ao fracasso escolar. Em contraponto, houve diferença significativa (p ≤ 0,05) na relação entre a pontuação na escala SANI e as zonas urbana e rural. A partir das entrevistas semiestruturadas foi possível identificar que a maioria dos participantes mora com os pais ou só com a mãe e, quando ausentes, os tios têm exercido o papel de responsáveis pelos escolares. Quanto aos tipos de violência presenciada, a física e a psicológica foram as mais citadas pelos escolares, tendo como agressores mais frequentes os pais e a vítima mais frequente foi a irmã (o). Conclusão: Mediante análise entre a percepção de violência familiar e fracasso escolar verificou-se que não houve correlação significativa, ainda que as pontuações estejam acima da média da escala SANI, o que permite concluir que mesmo presenciando situações de violência, os escolares podem desenvolver estratégias de autoproteção que auxiliem no desempenho escolar satisfatório.

  • FABIANA NEVES LIMA
  • Risco cardiovascular e fatores associados em adolescentes
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Data: 24/05/2019
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  • Reconhecer fatores de risco cardiovascular em adolescentes, tornou-se uma avaliação importante em estudos epidemiológicos, visto que, a presença destes fatores está associada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). O processo inicial da DCV pode ocorrer durante a infância e adolescência. Diante disto, a identificação precoce da presença de fatores de risco pode subsidiar o planejamento e o desenvolvimento de programas de intervenção em idade ideal. O estudo objetivou analisar a frequência de fatores de risco cardiovasculares em adolescentes. Estudo transversal realizado com 251 adolescentes, matriculados em uma escola de tempo integral da rede pública de ensino na cidade de Teresina-Piauí, com idade entre 14 a 17 anos, de ambos os sexos, selecionados por amostragem probabilística aleatória simples. Os desfechos investigados foram: comportamento sedentário, nível de atividade física, qualidade do sono, sonolência diurna excessiva, tabagismo, consumo de álcool, hipertensão arterial, excesso de peso, circunferência da cintura e do pescoço. Usaram-se estatística descritiva, testes t de Student, ANOVA, Mann-Whitney e Kruskall-Wallis para comparação das médias entre os grupos. A significância estatística adotada foi (p<0,05). Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, parecer nº 2.838.003/2018. A média de idade dos adolescentes foi de 16,2 ± 0,76 anos, 60,1% dos adolescentes do sexo feminino. Os fatores de risco mais frequentes foram excesso de sonolência diurna (88%), inatividade física (38,2%), circunferência do pescoço alterado (10,8%) , consumo de álcool e tabaco (8,4%, 6,0%) respectivamente, pré-hipertensão (e pelos valores de pressão arterial sistólica (14,7%) e pressão arterial diastólica (27,1%). Em relação aos dados antropométricos, o sexo feminino obteve média de índice de massa corporal maior que o masculino (p<0,05), já em comparação à circunferências da cintura e do pescoço o sexo masculino apresentou médias superiores (p<0,05). Sobre as variáveis clínicas, o sexo masculino apresentou pressão arterial sistólica e diastólica superiores e frequência cardíaca inferior ao sexo feminino (p<0,05). Com relação ao consumo de álcool, os que estavam na zona de alto risco ou uso nocivo de álcool apresentaram valores médios elevados de pressão arterial sistólica (p<0,05). Constatou-se uma existência de fatores de risco em adolescentes. A presença e associações positivas entre os fatores de riscos que podem contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares servem como sinalizadores para que medidas preventivas sejam tomadas, através de ações de promoção de saúde no contexto escolar.

  • PATRÍCIA VIANA CARVALHEDO LIMA
  • VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSORES EM ESCOLAS DO ENSINO MÉDIO
  • Orientador : MALVINA THAIS PACHECO RODRIGUES
  • Data: 10/04/2019
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  • INTRODUÇÃO: A violência escolar tem se configurado como um importante problema de saúde pública. Neste contexto, o professor é um dos profissionais que está mais exposto a situações que ameaçam sua integridade física e moral. OBJETIVO: Analisar a ocorrência de violência contra professores de escolas públicas e privadas do ensino médio e os fatores associados. METODOLOGIA: Estudo transversal analítico, realizado com 279 professores do ensino médio em Teresina-PI.Para verificar a associação entre as variáveis foi utilizado o teste de Wald e análise multivariada pelo modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência (RP) e intervalo de confiança de 95% (IC95%) foi adotado nível de significância de 5%. RESULTADOS: A maior parte dos docentes era do sexo masculino (58,1%), com até 40 anos de idade (58,5%) e lecionavam em escolas particulares (50,2%). A média do tempo de docência foi de 13,1 anos. A prevalência de professores que vivenciaram alguma situação de violência foi de 54,8%. Os insultos verbais foram os eventos mais frequentes (39,4%). Escolas localizadas nas regionais leste (RP=1,65; IC95% 1,14; 2,39) ou sul (RP=1,48; IC95% 1,05;2,08) apresentaram associação positiva com violência em comparação às escolas da regional centro/norte. Ter sido alvo de insultos verbais foi associado positivamente ao trabalho em escolas de administração pública (RP=1,45; IC95% 1,00;2,11) e com aquelas que se se encontram nas regionais leste (RP=1,85; IC95% 1,17;2,93) e sul (RP=1,59; IC95% 1,05;2,41) em comparação às escolas do centro/norte. Trabalhar em apenas uma escola foi associado negativamente ao assédio sexual (RP=0,93; IC95% 0,86; 0,99). CONCLUSÃO: A maior parte dos professores sofreu algum tipo de violência no ambiente escolar, associada a fatores como o sexo, tipo de gestão, localização da escola e a quantidade de locais em que lecionava. Os dados encontrados podem facilitar o diagnóstico da situação dos professores no ensino médio, bem como servir de subsídio para a elaboração de um plano de intervenção. Enfatiza-se a necessidade de buscar formas de prevenção e enfrentamento da violência, bem como a capacitação de professores e gestores para que possam gerir os conflitos de modo que esses não se concretizem em atos violentos.

  • SEMIRA SELENA LIMA DE SOUSA
  • ANÁLISE DA QUALIDADE DO SONO DE HIPERTENSOS ASSISTIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA
  • Orientador : FERNANDO FERRAZ DO NASCIMENTO
  • Data: 25/03/2019
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  • INTRODUÇÃO: Dados revelam que pessoas com hipertensão tem pior qualidade do sono e são mais suscetíveis a terem distúrbios do sono, em especial a síndrome da apneia obstrutiva do sono, que tem a sonolência diurna excessiva como um dos principais sintomas. A síndrome da apneia obstrutiva do sono influencia no surgimento da hipertensão e vice-versa, juntas somam altas taxas de morbidade na população e possuem uma relação bilateral. OBJETIVO: Analisar a qualidade do sono de hipertensos assistidos na atenção básica. METODOLOGIA: Estudo transversal, realizado no perímetro urbano da rede básica de saúde do Município de Teresina-PI, que foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com o parecer 2.379.741. Participaram 390 hipertensos, avaliados pelos instrumentos: Índice de Qualidade do Sono Pittsburgh, Escala de Sonolência de Epworth, Questionário Clínico de Berlim; e o Questionário sociodemográfico, comportamental e clínico. Realizou-se análise univariada, com procedimentos de estatística descritiva; bivariada com o teste qui-quadrado de Pearson; e multivariada com regressão de Poisson. Foram calculadas as Razões de Prevalências (RP), para todas as variáveis que obtiveram um p<0,20 na análise bivariada e significância avaliada pelo teste de Wald. O critério de nulidade foi de p<0,05. RESULTADOS: A média da idade dos hipertensos foi de 60,24 (±12,15) anos sendo a maio­ria do sexo feminino (73,3%). A qualidade do sono foi ruim com possíveis distúrbios do sono para 73,6% (IC 95%: 69,0-77,7) dos hipertensos, 62,6% (IC 95%: 57,0-67,2) apresentaram risco para síndrome da apneia obstrutiva do sono e 42,1% (IC 95%: 37,0-47,0) para sonolência diurna excessiva. Ainda assim, na análise bivariada, não houve associação da qualidade do sono e dos distúrbios do sono com hipertensão. Após o modelo de regressão (p<0,20), as variáveis atividade física regular (RP=1,34; IC95%: 1,02 – 1,75) e dependência alcoólica (RP=1,38; IC95%: 1,03 – 1,83), estiveram associadas estatisticamente a sonolência diurna excessiva (p=0,048) e alto risco para síndrome da apneia obstrutiva do sono (p=0,045), respectivamente. CONCLUSÃO: A qualidade do sono de pacientes hipertensos assistidos nas unidades básicas de saúde da cidade de Teresina-PI é ruim com possíveis distúrbios do sono, possuem alta prevalência de risco para sonolência diurna excessiva e síndrome da apneia obstrutiva do sono, associados a ausência de atividade física e possível dependência alcóolica, respectivamente. Ademais, acredita-se também que o diagnóstico preciso e o tratamento efetivo dos distúrbios do sono, em especial da síndrome da apneia obstrutiva do sono, poderiam reduzir os níveis pressóricos desses hipertensos.

  • RONIELE ARAUJO DE SOUSA
  • Fatores associados à utilização dos serviços de saúde por adolescentes
  • Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Data: 28/02/2019
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  • INTRODUÇÃO: O conhecimento sobre a utilização dos serviços de saúde por uma população é fundamental para avaliação do sistema de saúde, além de contribuir para o conhecimento, desenvolvimento e melhorias dos serviços. No entanto, este tema ainda é pouco pesquisado entre os adolescentes. OBJETIVO: Analisar os fatores associados à procura dos serviços de saúde pelos estudantes do 9º ano do ensino fundamental da rede pública de Parnaíba-PI. MÉTODO: Estudo transversal do tipo inquérito populacional, cujos entrevistados foram os adolescentes do 9º ano do ensino fundamental público da zona urbana de Parnaíba-PI. A coleta de dados ocorreu no período de outubro de 2017 a maio de 2018. As variáveis referiram-se às características sociodemográficas, aspectos familiares, comportamentos de risco, situação de saúde e uso dos serviços de saúde. Foram calculadas as prevalências e seus respectivos intervalos de confiança a 95% (IC95%). Aplicou-se o modelo de regressão logística múltipla para verificar as associações. RESULTADOS: Observou-se que menos da metade (42,8%) dos adolescentes procuraram algum serviço de saúde, sendo a maior procura pelo sexo feminino (61,1%). A Unidade Básica de Saúde foi relatada em 58,9% como o local preferencial de acesso. Os adolescentes que fumam, consomem álcool, não utilizam métodos contraceptivos e/ou não usam capacete tiveram menor prevalência na procura pelos serviços. No modelo de ajuste final, foi verificado que usar drogas ilícitas (OR: 0,50; IC95%: 0,28;0,93) teve associação estatística negativa com a procura dos serviços de saúde. CONCLUSÃO: A procura pelos serviços de saúde pelo sexo feminino pode estar relacionada ao maior cuidado com a saúde. Consumir drogas ilícitas pode dificultar a percepção de saúde. É recomendado a realização de estudos específicos para melhor compreensão da relação dos comportamentos de riscos e situação de saúde com o uso dos serviços. As informações produzidas servirão para gestores e profissionais de saúde refletirem sobre as ações e os serviços de saúde estabelecidos, assim como permitirão o desenvolvimento de programas e estratégias mais eficazes para uma atenção à saúde integral dos adolescentes.

  • JULIANE DANIELLY SANTOS CUNHA
  • CONHECIMENTO OBJETIVO E PERCEBIDO SOBRE VACINAS ENTRE ADOLESCENTES ESCOLARES
  • Orientador : MALVINA THAIS PACHECO RODRIGUES
  • Data: 28/02/2019
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  • INTRODUÇÃO: A imunização assume um papel fundamental para que a saúde seja resguardada. Entre os adolescentes, a aquisição de conhecimentos acerca da vacinação é extremamente necessária, pois tal processo fornecerá subsídios para que o nível de aceitabilidade das vacinas seja aumentado e tenha repercussões diretas no aumento da cobertura vacinal e, consequentemente, na diminuição das doenças imunopreveníveis. OBJETIVO: Analisar o conhecimento objetivo e percebido dos adolescentes escolares sobre a vacinação. MÉTODO: Estudo transversal e analítico realizado com 674 adolescentes, selecionadas por amostragem probabilística. O estudo faz parte de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), intitulada “Saúde na escola: diagnóstico situacional no ensino médio”. A coleta de dados ocorreu no ano de 2016 nas escolas públicas e privadas da Cidade de Teresina-PI sendo utilizado um questionário semi-estruturado, pré-codificado e pré-testado. Foram realizadas análises univariadas por meio de estatística descritiva; bivariada utilizando o teste qui-quadrado de Pearson; e multivariada, por meio de Regressão Logística Múltipla. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI parecer nº 1.495975. RESULTADOS: Predominaram adolescentes do sexo feminino (56,7%), com média de idade de 16 anos e estudantes da escola pública (64,7%). A maior parte dos estudantes demonstrou conhecimento objetivo e percebido baixo com 97,9% e 73,7%, respectivamente. Houve associação estatística entre o conhecimento percebido e a renda familiar, mostrando que possuir renda familiar maior que um salário mínimo está associado significativamente com o alto conhecimento percebido, tanto na análise bivariada (p= 0,000) como na regressão logística (OR=0,586; IC95%: 0,402-0,854). CONCLUSÃO: O conhecimento dos adolescentes escolares sobre vacinas é baixo. Acredita-se que essa deficiência de informações na vida do escolar pode resultar na baixa procura por esses imunobiológicos, tornando-os vulneráveis as doenças imunopreveníveis. Sendo assim, é fundamental orientar esse público quanto aos comportamentos de risco estimulando-os a adotarem medidas preventivas, como a atualização da carteira de vacinação, além da busca do conhecimento e de sua efetivação na prática.

  • VANDOVAL RODRIGUES VELOSO
  • Sentimento de insegurança e estratégias de enfrentamento por adolescente da rede privada de ensino de Teresina-Piauí
  • Orientador : CÁSSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
  • Data: 28/02/2019
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  • INTRODUÇÃO: A violência envolvendo adolescentes no contexto escolar configura-se como um problema de saúde pública e justifica o sentimento de insegurança daqueles que a frequentam. O sentimento de insegurança traz implicações diretas ao processo de integração de adolescentes à escola e à sociedade, sendo fundamental compreender a atuação desse construto no campo da saúde pública. OBJETIVO: Analisar as estratégias de enfrentamento ao sentimento de insegurança por adolescentes das escolas da rede privada de Teresina-Piauí. METODOLOGIA: Estudo transversal, de metodologia mista sequencial explanatória, composta de uma etapa quantitativa, seguida de uma etapa qualitativa. Na etapa quantitativa foi aplicado um questionário englobando aspectos sociodemográficos e violência em 238 adolescentes. Foram realizadas análises univariada, por meio de estatística descritiva, e bivariada, utilizando-se o teste de correlação de Spearman, teste Qui-quadrado de Pearson (χ2) e Regressão Logística Binária com intervalos de confiança de 95% (IC95%) e nível de significância de 5%. Na segunda etapa, foram selecionados dois alunos de cada uma das duas escolas com maior e menor prevalência do sentimento de insegurança, totalizando oito alunos, com igual distribuição entre os sexos. RESULTADOS: A amostra estudada apresentou idade média de 16,0 (±1,1) anos, sendo 47,5% do sexo masculino e 52,5% do sexo feminino. A prevalência do sentimento de insegurança foi de 17,6%, com predominância no sexo feminino. Os fatores associados significativamente (p<0,05) com o sentimento de insegurança incluíram os adolescentes que sofreram ameaças (OR=3,40; IC95%: 1,63-7,09) e intimidação (OR=2,92; IC95%: 1,43-5,95). Os achados qualitativos revelaram que os adolescentes das duas escolas de maior prevalência de sentimento de insegurança apresentaram relatos de atos violentos de maior gravidade nas categorias Experiência de violência observada na escola e Vivência de experiência de violência, enquanto os adolescentes das duas escolas de menor prevalência de sentimento de insegurança relataram atos violentos de menor gravidade, para essas mesmas categorias. CONCLUSÃO: Os adolescentes afirmaram sentir insegurança nos arredores das escolas e no trajeto casa-escola-casa em ambas as etapas da pesquisa, porém, não houve relato, nas entrevistas, de estratégias de enfrentamento ao sentimento de insegurança no interior das escolas, apenas em seus arredores e no trajeto casa-escola-casa. A triangulação entre métodos apontou para a convergência dos resultados das etapas quantitativa e qualitativa da pesquisa (categorias Experiência de violência observada na escola e Vivência de experiência de violência). Os achados indicam a necessidade de maior compreensão das estratégias de enfrentamento ao sentimento de insegurança por adolescentes no contexto das escolas privadas a fim de se implementar ações que proporcionem um clima escolar favorável à aprendizagem e diminuam os danos emocionais e psicológicos relacionados às situações adversas às quais estão expostos.

  • DEBORAH FERNANDA CAMPOS DA SILVA
  • USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS ENTRE ADOLESCENTES NO SEMIÁRIDO NORDESTINO
  • Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
  • Data: 28/02/2019
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  • Introdução: A adolescência é caracterizada por um período de transição no qual o indivíduo é surpreendido por descobertas sobre si e o mundo. Não raro, o adolescente é pressionado no sentido de assumir comportamentos e tomar decisões impostas pelo seu meio social, assumindo assim, atitudes e riscos com relação a se posicionar contrário às convenções sociais, como por exemplo, o uso de substâncias psicotrópicas. Objetivo: Analisar o uso de substâncias psicotrópicas por adolescentes no semiárido nordestino. Métodos: Estudo de delineamento transversal realizado com adolescentes escolares de 13-17 anos, matriculados em 19 escolas públicas do município de Picos-PI. O cálculo utilizado para a obtenção da amostra foi a fórmula para estudos transversais quantitativos com população finita (2.581 estudantes), totalizando uma amostra de 404 adolescentes. A coleta de dados ocorreu entre os meses de março a novembro de 2018, com adolescentes cujo responsável autorizou a participação da pesquisa e assinou o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Campus de Picos) da Universidade Federal do Piauí, com número de parecer 2.429.523. O preenchimento dos questionários deu-se em sala de aula. Foi utilizado como instrumento para a coleta de dados o DUSI. Após a coleta, calcularam-se as estatísticas descritivas e inferenciais apropriadas às variáveis estudadas tais como: frequências absolutas e percentuais para caracterizar o perfil dos usuários, teste de Qui-Quadrado ou razão de verossimilhança para associações das variáveis categóricas. Foi assumido o valor de p < 0,05 para significância estatística. A variável de desfecho considerada foi ter usado alguma substância psicotrópica nos últimos 30 dias, independente da frequência do uso. Dois índices foram calculados após a aplicação do DUSI: Densidade Absoluta dos Problemas e Densidade Global de Problemas. Resultados: Quanto às características sociodemográficas dos participantes, houve uma predominância entre adolescentes do sexo feminino (60,4%); autodeclarados pardos (49,3%); com idade a partir de 15 anos (62,9%); que cursam o 9º ano do ensino fundamental (23,8%); com crença religiosa no catolicismo (58,7%). Verificou-se associação do uso de substância psicotrópica com idade, adolescentes entre 15 e 17 anos (p= 0,005), e série (p= 0,035), quanto maior a série, maior o consumo. O álcool (53,8%) foi a substância mais usada, seguido de analgésicos (40,4%), tranquilizantes (10,5%) e tabaco (9,6%). Ficou evidenciado também que 12,2% dos adolescentes assumiram ter problemas com alguma das 14 substâncias pesquisadas e que 81,4% se encontram em uso de risco. Os maiores problemas relacionados ao uso de substâncias psicotrópicas foram desordens psiquiátricas. Conclusão: As drogas lícitas são as mais consumidas pelos adolescentes. Fica clara a importância de um diagnóstico epidemiológico sobre o consumo de drogas por adolescentes para que haja efetivação de políticas públicas relacionadas à temática e a necessidade da concretização de alguns programas como Saúde na Escola, de maneira que alcance o adolescente de modo holístico e integral. 

  • SIMONE BARROSO DE CARVALHO
  • Conhecimento, atitude e prática de adolescentes sobre vacinação contra Papilomavírus Humano
  • Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
  • Data: 28/02/2019
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  • Título:CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA DE ESCOLARES SOBRE VACINAÇÃO CONTRA PAPILOMAVÍRUS HUMANO

     

     
    RESUMO

     

     

    INTRODUÇÃO: A infecção pelo Papilomavírus Humano é responsável por aproximadamente 500 mil casos novos de neoplasia cervical em todo o mundo, e é na adolescência que existe o maior risco de infecção por este vírus em virtude do início precoce da atividade sexual, das práticas sexuais desprotegidas, grandes números de parceiros e contato com outras Infecções Sexualmente Transmissíveis. A vacinação é uma estratégia relevante para a saúde pública, pois é uma ação preventiva reconhecida pelo impacto na redução da morbimortalidade de doenças imunopreveníveis. OBJETIVO: avaliar o conhecimento, a atitude e a prática de escolares acerca da vacinação contra Papilomavírus Humano.METODOLOGIA: estudo avaliativo do tipo Conhecimento, Atitude e Prática, de corte transversal, realizado em 22 escolas públicas do interior piauiense, com meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A amostra foi calculada com base em uma margem de erro de 3% e nível de confiança de 95% e proporção máxima de ocorrência do fenômeno de 50%,totalizando 631 indivíduos. A coleta de dados ocorreu em salas reservadas no período de fevereiro a novembro de 2018, por meio de um questionário. Os dados foram compilados e analisados com o auxílio do software estatístico SPSS versão 20.0. Para a análise do conhecimento, atitude e prática utilizou-se os itens de avaliação de escala likert apresentados na Classificação dos Resultados das Intervenções de Enfermagem e para as associações entre as variáveis, foi utilizado o Teste Qui-quadrado de Pearson. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com parecer nº 2.429.531 e seguiu os princípios éticos estabelecidos na resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: Dos 631 entrevistados, 56,4% eram mulheres. A idade variou entre 09 a 14 anos 11 meses e 29 dias, com predomínio de escolares com 11 anos. Nos dois sexos, foi maior a proporção de indivíduos de cor da pele parda 44,5%. A maioria dos escolares era solteiro 82,4%, católicos 59,6%, apenas estudava 85,7% e possuía renda familiar menor que um salário mínimo. O inquérito Conhecimento, Atitude e Prática, permitiu identificar que a maioria dos escolares foram classificados com conhecimento, atitude e prática adequada, 65,9%, 80,5% e 65,8%, respectivamente. Verificou-se uma associação estatisticamente significativa entre o conhecimento e a prática (p= 0,028), não houve significância estatística na busca de associação entre a atitude e a prática (p= 0,663). CONCLUSÃO: Observou-se que ter conhecimento adequado aumentou a probabilidade de ter uma prática adequada. A educação em saúde envolvendo escolares e familiares, consulta programada, busca ativa e fortalecimento do Programa Saúde na Escola são alternativas e propostas que precisam ser revistas e avaliadas quanto a sua efetividade, pois são imprescindíveis para a conscientização e participação dos escolares acerca dos serviços de saúde aos quais têm direito. A participação do profissional de saúde é essencial, principalmente o enfermeiro, visto que é um ator em ações adequadas no enfrentamento dos problemas de saúde.

  • CRISTIANE CRONEMBERGER DE ARRUDA MARQUES
  • CONSUMO DE MICRONUTRIENTES POR ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 26/02/2019
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  • OBJETIVO: analisar o consumo dos micronutrientes na alimentação dos adolescentesde escolas públicas e privadas em Teresina-Pi. MÉTODOS:Estudo transversal, realizado com estudantes do ensino médio entre 10 e 19 anos idade, de escolas públicas e privadas.A amostra foi do tipo probabilística estratificada proporcional (LUIZ et al, 2005), totalizandoem 685 adolescentes na pesquisa.O consumo alimentar dos adolescentes foi obtido mediante utilização do recordatório de 24 horas – R24h.Foram aplicados o teste qui-quadrado (c2) e o teste t de Student  para verificar diferença significativa entre as médias.RESULTADOS:Dos 673 adolescentes analisados, 436(64,7%) eram alunos da escola pública. 43,8% eram do sexo masculino e 56,2% do sexo feminino.O consumo de cálcioe de potássio foi baixo para os diferentes sexos de ambas as instituições. A ingestão de fósforo, de magnésio e de ferro foi adequada para os adolescentes do sexo masculino em ambas as redes de ensino. O consumo de sódioapresentou-se elevado para o sexo masculino nas duas instituições de ensino. A média de consumo para zinco e manganês das escolas públicas e privadas foi maior que a recomendação.A ingestão de cobre não foi atingida por adolescentes femininas da rede pública e a de Vitamina A e C foi maior nos adolescentes da rede privada. O consumo de Vitamina B12 se apresentou acima da adequação para todos os adolescentes estudados. CONCLUSÃO: Os adolescentes necessitam de um acompanhamento nutricional, com a realização de intervenção objetivando melhorar o consumo de micronutrientes e prevenção de futuras doenças.

  • FELIPE BARBOSA DE SOUSA COSTA
  • ABUSO SEXUAL CONTRA ADOLESCENTES NO AMBIENTE ESCOLAR E NAS PARCERIAS ÍNTIMAS: EXPERIÊNCIA DE VITIMIZAÇÃO E SEUS IMPACTOS
  • Orientador : CÁSSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
  • Data: 22/02/2019
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  • Introdução: O abuso sexual contra adolescentes é entendido como problema social e de saúde pública, estando os adolescentes sujeitos a este tipo de violência em diversas esferas relacionais, inclusive em suas parcerias íntimas. Objetivo: Caracterizar o abuso sexual contra adolescentes no ambiente escolar e nas parcerias íntimas. Metodologia: Estudo de abordagem mista, baseado em triangulação de métodos. Na abordagem quantitativa foi realizado estudo transversal com 367 adolescentes escolares do ensino médio de Caxias, MA, selecionados por amostragem probabilística estratificada proporcional. Na abordagem qualitativa foram realizadas entrevistas semiestruturadas com cinco escolares que sofreram violência sexual nas parcerias íntimas. Realizaram-se análises univariada, por meio de estatística descritiva; bivariada, por meio de Odds Ratio e multivariada, através de regressão logística múltipla, com Odds Ratio ajustadas e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) com nível de significância estatística de 5%. Os dados qualitativos foram interpretados com base na análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Os estudantes apresentaram idade média de 17,3 (±1,2) anos, predomínio do sexo feminino (65,9%), autodeclarados pretos/pardos (83,9%), de religião católica (54,2%) e morando com ambos os pais (43,6%). A prevalência de vitimização por abuso sexual foi de 35,9%. Observou-se alta prevalência de vitimização sexual por namorado(a)/ex-namorado(a) (14,4%; IC95%: 10,6-18,3). Os fatores associados significativamente (p<0,05) com sofrer violência sexual incluíram, dentre outros, ter realizado consulta com profissional especializado (OR=3,05; IC95%: 1,55-5,98), ideação suicida (OR=2,31; IC95%: 1,14-4,68) e uso de drogas nos últimos 12 meses (OR=2,55; IC95%: 1,01-6,43). Os dados qualitativos mostraram desde experiências sutis de violência, a exemplo de carícias e toques indesejados, até tentativas de manutenção de relação sexual forçada nas relações de namoro, frequentemente precedidas de experiências anteriores em outras esferas relacionais e sobreposição de violências. Alguns adolescentes não reconheceram experiências sofridas como sendo eventos violentos, inclusive apresentando discursos legitimadores de violência. As principais formas de enfrentamento incluíram partilha das experiências com as mães, mudanças de atitude frente aos relacionamentos, e apenas uma adolescente recorreu a órgãos de proteção, sofrendo processo de revitimização. O conjunto do estudo mostrou que os impactos produzidos diferem conforme as características da violência sofrida, porém sentimentos de medo, culpa, vergonha e isolamento social foram comuns, bem como comportamentos suicidas e consumo de álcool e outras drogas. Conclusão: Verificou-se alta prevalência de violência sexual entre os escolares do ensino médio na cidade de Caxias, no estado do Maranhão, em diferentes esferas relacionais, com destaque para as parcerias íntimas, associada a fatores como consumo de bebidas alcóolicas e outras drogas, ideação suicida e importantes problemas emocionais e/ou psicológicos.

  • MARIA ANDRÉIA BRITO FERREIRA LEAL
  • Conhecimento objetivo, percebido e confiante sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco à saúde cardiovascular entre escolares
  • Orientador : CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA
  • Data: 22/02/2019
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  • INTRODUÇÃO: Hábitos e comportamentos prejudiciais à saúde cardiovascular presentes na infância, representam um relevante problema de saúde pública, haja vista que se associam ao risco aumentado para surgimento precoce de comorbidades e ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares fatais na vida adulta. Acredita-se que o conhecimento de crianças sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco cardiovascular, pode contribuir para a incorporação de boas práticas de saúde que se prolongam por toda vida. Contudo investigações dessa natureza ainda são limitadas. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento objetivo, percebido e confiante sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco à saúde cardiovascular entre crianças escolares. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com 397 escolares na faixa etária de 7 a 11 anos, matriculados em escolas contempladas com o Programa Saúde na Escola, no município de Teresina, Piauí, Brasil. O conhecimento objetivo foi avaliado utilizando-se o questionário CardioKids e o percebido utilizando-se uma escala pictórica do tipo Likert com quatro opções de resposta (nada confiante a muito confiante). O conhecimento confiante foi obtido a partir da multiplicação do escore do conhecimento objetivo pelo conhecimento percebido informado em cada ítem.  Utilizou-se o modelo de Regressão de Poisson na análise multivariada com nível de significância de 5% (p˂0,05). O critério para inclusão das variáveis nesse modelo foi a associação ao nível de 20% (p˂0,20) na análise bivariada. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer nº. 2.308.923.RESULTADOS: Os escolares apresentaram elevado conhecimento objetivo e percebido com percentual médio total de acerto de 84,3% e de confiança de 84,9%. O conhecimento confiante apresentou-se inferior com média percentual total de 74,1% de confiança nas respostas corretas. A análise bivariada mostrou associação entre o menor conhecimento confiante e ter idade de 7 a 8 anos (p<0,001), escolaridade materna até o ensino fundamental incompleto (p=0,005), estudar nas séries 1º, 2º e 3º ano (p<0,001) do ensino fundamental, em escolas de tempo integral (manhã e tarde) (p<0,001) e realizar atividades complementares na escola (p=0,029). Na análise multivariada, o menor conhecimento confiante prevaleceu apenas entre os que estudavam da 1ª à 3ª séries (RP = 2,069; IC95%: 1,063-4,027). CONCLUSÕES: Verificou-se que os escolares apresentaram elevados níveis globais de conhecimento objetivo e percebido sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco à saúde cardiovascular. Contudo, ao avaliar o conhecimento confiante percebe-se um nível de confiança deficiente em informações sobre hábitos e comportamentos que são prejudiciais à saúde cardiovascular, o que pode ter contribuído para a manutenção desses comportamentos por parte dessa população. Dessa maneira, sugere-se repensar iniciativas de educação em saúde cardiovascular no contexto escolar a fim de contribuir para que escolares, especialmente de séries iniciais, se apropriem de saberes que conduzam a mudanças de comportamentos, bem como à promoção da saúde cardiovascular dessa população.

  • ANDRESSA LIMA RAMOS
  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA ÀS PESSOAS COM HIPERTENSÃO E/OU DIABETES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Data: 21/02/2019
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  • Resumo: As doenças crônicas, em particular a hipertensão e o diabetes, requerem monitoramento e ações que possam contribuir com o manejo clinico adequado dessas patologias, pois representam uma grande sobrecarga no sistema de saúde e impacto na qualidade de vida das pessoas acometidas. Nesse sentido, realizou-se um estudo avaliativo, tipo normativo, com abordagem quantitativa, que tem como objetivo geral de avaliar a qualidade da assistência à pessoa com hipertensão e/ou diabetes mellitus tipo 2 na atenção primária à saúde de Araioses, Maranhão. A amostra foi composta por 190 prontuários de usuários com HAS e/ou DM e por 51 profissionais da equipe de saúde, abrangendo 17 enfermeiros, 17 médicos e 17 técnicos ou auxiliares de enfermagem. Os dados foram coletados por meio de seis instrumentos já validados adaptados à realidade do local do estudo com vista a obter dados relacionados aos componentes avaliativos estrutura e processo, a partir de observação direta das estruturas, recursos e ações desenvolvidas nas unidades voltadas à pessoa com HAS e DM tipo 2. A pesquisa foi realizada de acordo com a Resolução nº 466/12, sendo aprovado sob parecer n.º 2.344.652/2017. Identificou-se diferença estatisticamente significativa entre as distribuições dos níveis de qualidade da assistência nos subcomponentes de avaliação da estrutura, sendo que os níveis para recursos materiais e humanos são mais de 40% superior à média dos demais. Enquanto que as condições de edificações e a disponibilidade de medicamentos antihipertensivos e hipoglicemiantes obtiveram as menores avaliações (11,8%, 34,1% e 36,9%, respectivamente). Quanto ao componente processo, todos os profissionais da equipe mínima apresentaram médias altas de nível de qualidade da assistência, com destaque dos enfermeiros, os quais estão à frente do processo de cuidado e acompanhamento desse público utilizando a consulta de enfermagem e atividades grupais para obterem melhores resultados. Evidenciou-se que o nível de qualidade da assistência total foi considerado como moderado em 88,2% das UBS, com menores níveis de qualidade identificados no componente ‘estrutura’.  Deste modo, esse estudo pode contribuir para a adequação das condições físicas das UBS, bem como para o provimento adequado de medicamentos e insumos, impactando diretamente na dimensão ‘resultado’, a partir da avaliação periódica das condições de saúde dos usuários atendidos, bem como da satisfação dos usuários relacionada à assistência. Para isso, faz-se necessário o compartilhamento desses resultados com os profissionais e gestores municipais, a fim de dar visibilidade e promover reflexão sobre a avaliação realizada. 

  • STEPHANIE SARAH CORDEIRO DE PAIVA
  • ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO HEART DISEASE KNOWLEDGE QUESTIONNAIRE PARA ADOLESCENTES BRASILEIROS
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Data: 21/02/2019
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  • O presente estudo teve como objetivo traduzir, adaptar transculturalmente e validar o Heart Disease Knowledge Questionnaire para adolescentes brasileiros, portanto, trata-se de um estudo metodológico. A diretriz adotada, Beaton et.al (2007), tem aceitação internacional e consistiu nas seguintes etapas: tradução, síntese das traduções, retrotradução, comitê de especialistas, pré-teste, submissão da versão final à autora do instrumento. Todo o processo aconteceu de janeiro a novembro de 2018. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e pesquisa com o parecer nº 2.344.661. O instrumento foi reorganizado em 35 itens para as etapas 1-4. A tradução foi feita por dois tradutores, um informado e outro não informado sobre os conceitos abordados no instrumento, ambos bilingues, cuja língua materna era o português – resultando nas versões T1 e T2. A síntese das traduções foi realizada por meio de consenso entre os tradutores e todo o processo registrado e mediado pela pesquisadora – resultando na versão T12. Outros dois tradutores fizeram as retrotraduções, ambos cegos sobre o instrumento original, bilíngues, cuja língua materna era o inglês – resultando nas versões RT1 e RT2. O comitê de especialistas foi formado por sete profissionais a partir de critérios que garantissem a qualidade e competência para avaliação da equivalência da tradução, que foi julgada em quatro aspectos: semântica, idiomática, cultural e conceitual. Dos 35 itens, 24 obtiveram índice de validade de conteúdo (IVC) ≥ 0,80, não sendo necessárias alterações na versão T12 destes itens. Após ajustes implementados com base nas sugestões dos especialistas, outros 10 itens obtiveram aprovação pelo IVC. O IVC geral do instrumento foi de 0,93. O item 25, que não havia obtido IVC suficiente para aprovação foi alterado em posterior análise e submetido à avaliação da autora, que aprovou a versão proposta. O pre-teste foi realizado com 30 adolescentes de 13 a 18 anos de Teresina, Piauí. Foi utilizada uma escala likert para avaliar a compreensão dos itens, e a estratégia de brainstorming para obter sugestões dos adolescentes para os itens não compreendidos. Após esta etapa onze itens necessitaram de adaptações. A versão brasileira do instrumento foi retrotraduzida para submissão à autora, que não apresentou objeção ao questionário adaptado. A versão brasileira – Questionário de Doenças Cardíacas – permaneceu com os 30 itens do instrumento original, e o segmento criterioso das etapas do referencial adotado para adaptação transcultural, garantiu o alcance da equivalência e validade de conteúdo dos itens. Estudo subsequente será realizado para identificar as propriedades psicométricas do instrumento adaptado.

  • ERISONVAL SARAIVA DA SILVA
  • ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM PESSOAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS
  • Orientador : JOSE WICTO PEREIRA BORGES
  • Data: 11/02/2019
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    Introdução. O Acidentes Vascular Cerebral (AVC) é uma Doença Crônica Não Transmissível que ocupa a segunda posição como causa de morte e incapacidades no mundo, tendo a hipertensão arterial sistêmica como o principal fator associado. Objetivo. Analisar a prevalência e fatores de risco associados ao AVC em pessoas com hipertensão arterial sistêmica.Método. Estudo seccional analítico com 378 hipertensos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do município de Floriano (Piauí) selecionados por amostragem aleatória simples entre as 17 unidades de saúde da zona urbana. Realizou-se análise estatística uni, bi e multivariada. Na primeira fez-se análise descritiva, com medidas de tendência central e dispersão. Na segunda, o teste estatísticos qui-quadrado e t de Student. Na terceira, regressão logística com blocagem hierárquica de variáveis considerando no plano distal (características socioeconômicas), intermediário (características de saúde) e proximal (características do estilo de vida). Todas as análises consideraram nível de significância estatística de 5%. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados. O estudo encontrou prevalência estimada de 11,6% de ocorrência de AVC. Os fatores de risco que se associaram significativamente (p<0,05) com a ocorrência do evento foram: no bloco distal, o sexo (OR=0,47; IC95%: 0,23-0,95) e a idade (OR=1,03; IC95%:1,01-1,06); no medial, possuir familiar com AVC (OR=2,01; IC95%: 1,00-4,04) e ter ido à emergência com a pressão arterial alterada (OR=2,01; IC95%: 1,00-4,05); no bloco proximal, fazer uso de comida gordurosa (OR=2,33; IC95%: 1,15-4,72), consumir doce ao menos uma vez por semana (OR=2,37; IC95%:1,15-4,90) e o tempo de fumante em anos completos (OR=1,02; IC95%:1,00-1,04). Conclusão. Considerando a gravidade da ocorrência do AVC encontrou-se uma prevalência elevada dessa complicação. O modelo proposto mostrou que existe uma hierarquia entre os fatores de risco na ocorrência do AVC, revelando de maneira proximal os fatores de estilo de vida consumo de comida gordurosa, consumo de doce e o tempo de fumante, de maneira intermediária as condições de saúde como possuir familiar com AVC e buscar a emergência com a PA alterada, e de maneira distal o sexo e a idade.

     
  • CYNTIA MENESES DE SÁ SOUSA
  • IDEAÇÃO SUICIDA EM ESCOLARES ADOLESCENTES: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
  • Orientador : MARCIO DENIS MEDEIROS MASCARENHAS
  • Data: 06/02/2019
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  • Introdução: O adolescente experimenta comportamentos que podem gerar quadros depressivos e resultar em ideações suicidas, a qual se refere a pensamentos de como acabar com a própria vida, considerada um importante fator de risco para o suicídio. Objetivo: Analisar a prevalência da ideação suicida e fatores associados entre escolares do ensino médio. Métodos: Estudo transversal com 674 adolescentes de escolas públicas e privadas em Teresina, Piauí, em 2016, selecionados por amostragem probabilística estratificada proporcional. O estudo faz parte de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), intitulada “Saúde na escola: diagnóstico situacional no ensino médio”. Foi utilizado questionário semi-estruturado, baseado no questionário da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE-2012) e no Inquérito de vitimização utilizado por Lecoque (2003). Realizou-se análise bivariada com o teste do Qui-quadrado e análise múltipla pelo modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência (RP) e intervalos de 95% de confiança (IC95%). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI (parecer nº 1.495.975). Resultado: Os participantes do estudo foram em sua maioria do sexo feminino (56,7%), negros (77,4%), que moravam com os pais (85%), cujas mães apresentavam escolaridade ≥ 8 anos de estudo (68,8%), com renda familiar maior que um salário mínimo (58,3%), praticantes de alguma religião (86,8%) e procedentes de escola pública (64,7%). A prevalência de ideação suicida foi de 7,9%. Maior frequência de ideação suicida foi relatada entre estudantes do sexo feminino (10,2%), com p-valor de 0,052, se encontrando no limite da significância estatística. Ideação suicida foi associada estatisticamente aos alunos que referiram não residir com os pais (RP ajustada: 2,27; IC95%: 1,26-4,10; p<0,05) e àqueles que informaram ter sofrido violência sexual por outros alunos, professores ou funcionários da escola (RP ajustada: RP: 3,40; IC95%: 1,80-6,44; p<0,05), com uma prevalência de ideação suicida três vezes maior que a observada entre aqueles que não referiram esse tipo de violência.  Conclusão: A ideação suicida entre adolescentes escolares de Teresina estava associada ao sexo feminino, a não residir com os pais e a ter sido vítima de violência sexual na escola.

  • LARISSA CARVALHO RIBEIRO DE SÁ LUSTOSA
  • Síndrome metabólica em adolescentes e sua associação com a qualidade da dieta
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 29/01/2019
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  • Introdução: A síndrome metabólica (SM) é uma desordem complexa que acomete não somente adultos, mas também adolescentes, devido à tendência crescente da obesidade. Dentre os fatores associados à SM, o padrão alimentar, que em geral é inadequado na adolescência, constitui um dos mais importantes. Objetivo: Analisar a prevalência de SM e sua associação com a qualidade da dieta dos adolescentes. Métodos: Pesquisa transversal realizada com 327 adolescentes do ensino médio da rede pública e particular de Teresina-PI. Obteve-se dados socioeconômicos, antropométricos, de consumo alimentar, para obtenção do Índice de Qualidade da Dieta Revisado, e relativos à SM (glicemia, pressão arterial, circunferência da cintura, triglicerídeos e HDL-c). As variáveis contínuas foram descritas por médias, desvios padrão e intervalos de confiança de 95%. Para verificar a associação entre as variáveis dependentes e as explanatórias, calculou-se o odds ratio ajustado. O nível de significância adotado para os testes foi de p <0,05. Resultados: A prevalência de SM foi 3,3%, sendo a baixa concentração de HDL-c a alteração mais frequente (50,5%). A média de pontuação no Índice de Qualidade da Dieta Revisado foi 55,4 pontos. Piores escores foram obtidos em cereais integrais, vegetais verde-escuros e alaranjados, óleos, leites e derivados e frutas integrais. Em contrapartida, cereais totais, e carnes, ovos e leguminosas tiveram pontuações próximas ao máximo estipulado. O menor tercil de vegetais verde-escuros, alaranjados e leguminosas demonstrou risco para baixo HDL-c e o segundo tercil foi protetor para níveis glicêmicos elevados. Quanto ao grupo do leite, seu menor consumo aumentou as chances para níveis elevados de triglicerídeos e de pressão arterial. Conclusão: Apesar da baixa prevalência de SM, houve alterações relevantes em seus fatores, havendo associações entre menor consumo de importantes componentes da qualidade da dieta e alterações da SM

2018
Descrição
  • RUTH FIALHO FERREIRA
  • NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E LAZER SEDENTÁRIO COMO FATORES ASSOCIADOS AO ISOLAMENTO SOCIAL EM ADOLESCENTES
  • Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Data: 21/09/2018
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  • Introdução: A adolescência é uma fase da vida de constantes mudanças sejam biológicas, sociais, comportamentais ou de cognição. Esse período pode ser turbulento e resultar em adoção de estilo de vida não saudável com exposição a fatores de risco à saúde, como o sedentarismo precoce e distúrbios da saúde mental, como o isolamento social. A prática de atividade física é frequentemente citada como promotora da saúde mental, mas poucos são os achados científicos que relacionam o isolamento social como preditor do sedentarismo na adolescência. Objetivo: Analisar a associação entre os níveis de atividade física, lazer sedentário e indicadores de isolamento social em adolescentes. Metodologia: Estudo transversal no qual foram analisadas informações referentes à prática de atividade física, lazer sedentário e indicadores de isolamento social (sentir-se sozinho e ter poucos amigos) de 448 estudantes do nono ano das escolas públicas da cidade de Parnaíba-PI. Os dados foram coletados a partir do questionário utilizado na PeNSE. Para análise bivariada utilizou-se o teste qui-quadrado; onde investigou-se a associação entre o nível de atividade física, assim como tempo de lazer sedentário com indicadores de isolamento social e com as variáveis sociodemográficas. Resultados: Detectou-se que o isolamento social é uma situação fortemente presente entre os estudantes, 77,7% dos participantes entrevistados declararam que se sentem sozinhos, 72,4% eram sedentários e 52,9% possuíam mais de 2h de lazer sedentário. A associação entre isolamento social e lazer sedentário apontou que os participantes que relataram se sentirem sozinhos tiveram maior nível de lazer sedentário que os demais (p=0,047). A variável “sente-se sozinho” mostrou associação significativa com o nível de atividade física (p=0,04) e lazer sedentário (p=0,047). A variável idade mostrou associação com o nível de atividade física (p=0,05). Conclusão: O estudo demonstrou que estudantes que se sentem solitários estão mais propensos a níveis maiores de lazer sedentário. Além disso, fatores socioeconômicos como idade e cor estão diretamente associados com os níveis de atividade física.

     

  • ANA LIDIA LIMA FREIRE
  • FATORES ASSOCIADOS A SINTOMAS OSTEOMUSCULARES EM DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
  • Orientador : JESUSMAR XIMENES ANDRADE
  • Data: 12/09/2018
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  • INTRODUÇÃO: Os distúrbios osteomusculares são disfunções que podem acometer músculos, tendões, nervos e demais componentes do aparelho locomotor. A natureza do trabalho docente torna esse grupo ocupacional especialmente sujeito à alta incidência de tais desordens. OBJETIVO: Analisar os fatores associados aos sintomas osteomusculares em docentes da educação infantil. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal realizado com 192 docentes da rede municipal de educação infantil de Teresina - PI. As participantes responderam a versão em português do Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ) e questões sociodemográficas, saúde e trabalho e estilo de vida. A variável dependente foi o relato de sintomas osteomusculares indicado em três segmentos corporais: coluna vertebral, membros superiores e membros inferiores. As variáveis independentes foram: aspectos gerais e profissionais, ambiente de trabalho, saúde e hábitos de vida. A análise foi desenvolvida por meio da Regressão Logística Múltipla (RLM). RESULTADOS: A coluna foi o segmento corporal responsável pelo maior percentual de sintomas, impedimentos funcionais e consultas a profissionais de saúde relatados nos períodos analisados. Relataram mais sintomas osteomusculares as docentes que consideraram o tempo de intervalo entre as aulas insuficiente para descanso (OR: 6,91; IC: 2,41-19,29) e aquelas com idade menor/igual a 35 anos (OR: 2,23; IC: 1,17-4,25). As melhores condições de ventilação da sala de aula, o menor tempo de trabalho como professor da Educação Infantil, o melhor conhecimento sobre a prevenção das LER/Dort e o menor esforço físico empregado na realização das atividades em sala mostraram-se fatores protetivos à ocorrência de sintomas osteomusculares. CONCLUSÃO: Conclui-se a ocorrência de sintomas osteomusculares em docentes do ensino infantil está relacionada a fatores pessoais, ambientais e aqueles relacionados ao ambiente e organização do trabalho. A prevalência de tais distúrbios é elevada e a intervenção precoce sobre eles deve ser considerada.

  • SARA CASTRO DE CARVALHO
  • A violência entre pares em escolas públicas: análise do bullying entre adolescentes e fatores associados
  • Orientador : ANTONIO DA SILVA MACEDO
  • Data: 03/09/2018
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  • INTRODUÇÃO: O bullying é uma tipologia de violência que ocorre entre pares, caracterizado por atitudes agressivas, intencionais e repetidas que interferem negativamente na saúde dos envolvidos. É considerado um fenômeno complexo e que possui associação com diversos fatores, tornando-se relevante a investigação do agravo na área da saúde pública. OBJETIVO: Analisar a prevalência de bullying entre adolescentes do ensino fundamental e os fatores associados. METODOLOGIA: Estudo transversal, realizado com 380 adolescentes de escolas públicas de Teresina-PI, selecionados por amostragem probabilística estratificada proporcional. Foram calculadas as estimativas de prevalência das situações de envolvimento do bullying e realizada a associação entre o bullying e variáveis nos aspectos: sociodemográfico, contexto escolar, contexto familiar e condição de saúde mental. Realizou-se análise univariada por meio de estatística descritiva; bivariada por meio de regressão logística simples; e multivariada, por meio de regressão logística múltipla e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) com nível de significância de 5% (p˂0,05). RESULTADOS: A prevalência de escolares na situação de agressor de bullying foi de 6,3%, com predominância da prática de bullying verbal (6,3%) e ocorrência das situações de bullying na sala de aula (4,2%). Prevaleceram agressores do sexo feminino (6,5%), faixa etária de 15 a 19 anos (7,3%), cor de pele branca (10,0%), com pais não casados (8,4%), residindo sem os pais (21,1%). Praticar bullying esteve associado a: residir sem os pais (OR=4,02; IC95%:1,41-11,47), falta de supervisão familiar (OR=8,14; IC95%:2,48-26,78), ter insônia (OR=3,12; IC95%:1,17-8,27) e não ter amigos (OR=8,27; IC95%:1,71-40,10). A prevalência de escolares na situação de vítima de bullying foi de 15,8%, com predominância de vitimização por bullying verbal (14,7%) e ocorrência das situações de bullying na sala de aula (9,5%). Prevaleceram vítimas do sexo feminino (16,1%), faixa etária de 10 a 14 anos (16,3%), cor de pele preta (22,9%), com pais não casados (18,9%), residindo sem os pais (26,3%). Sofrer bullying esteve associado a: relação ruim entre os colegas da turma (OR=2,95; IC95%:1,57-5,55), agressão familiar (OR=3,94; IC95%:1,88-8,26) e ter insônia (OR=3,22; IC95%:1,74-5,96). CONCLUSÃO: Verificou-se alta prevalência de práticas e vitimizações de bullying entre adolescentes nas escolas municipais da rede pública de Teresina-PI. O envolvimento de escolares esteve associado a fatores relacionados aos aspectos sociodemográficos, contexto escolar, contexto familiar e condição de saúde mental. Os indicadores revelados nessa pesquisa, podem subsidiar os profissionais de saúde, a comunidade escolar e o núcleo familiar a refletirem sobre o seu papel enquanto instituições educativas, buscando favorecer um desenvolvimento saudável nas relações interpessoais e menos propensa às agressões sistemáticas.

  • CATIANE RAQUEL SOUSA FERNANDES
  • ANÁLISE DA SITUAÇÃO VACINAL DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO EM TERESINA (PI)
  • Orientador : MALVINA THAIS PACHECO RODRIGUES
  • Data: 03/09/2018
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  • Introdução: A cobertura vacinal é um forte indicador de saúde pública atingindo altos índices entre os menores de cinco anos, porém com baixos índices para o público adolescente. Objetivo: Analisar a situação vacinal de  estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas de Teresina – PI. Metodologia:  Estudo transversal, recorte de uma pesquisa realizada pelo Programa de Pós Graduação em Saúde e Comunidade, da Universidade Federal do Piauí (PPGSC/UFPI) com estudantes do ensino médio de escolas públicas e privadas de Teresina – PI. A amostragem do macro estudo foi probabilística do tipo estratificada proporcional, em que foram sorteados escolas e participantes. As escolas foram agrupadas por porte de acordo com o número de matrículas no ensino médio. Foi sorteada uma escola pública e privada de cada porte, proporcional para cada região geográfica, perfazendo o total de 24 escolas, sendo 12 públicas e 12 privadas. O cálculo da amostra foi realizado no programa EpiInfo 6.0 (Centers for Disease Control and Prevention, Atlanta, Estados Unidos), adotando-se intervalo de confiança de 95%, incidência de 50% do evento, , precisão de 5% e efeito de desenho de 1,5. Dessa forma, obteve-se uma amostra mínima de 571 alunos, acrescida os 20% perfazendo 685 adolescentes. Solicitou-se as cadernetas de vacinação para todos os estudantes sorteados e, ao final, 137 adolescentes apresentaram os cartões de vacina em bom estado para leitura compondo a amostra do estudo.  Após análise dos cartões, os dados do estudo foram processados no software IBM® SPSS®, versão 22.0, sendo calculadas estatísticas descritivas e o teste Exato de Fisher. O estudo foi autorizado pelo Comitê de ética em pesquisa da UFPI. Resultados: A atualização vacinal foi verificada em 2,9% dos cartões, sendo a maior atualização para a vacina contra febre amarela (86,9%),seguida das vacinas dupla adulto (85,4%) e tríplice viral (46,7%). As vacinas com menor atualização foram Hepatite b (32,1%) e HPV (12,2%).Conclusão: A desatualização do calendário vacinal apontado no estudo implica em forte impacto para saúde pública, já que possibilita o aparecimento de doenças reemergentes.

  • GEYSON IGO SOARES MEDEIROS
  • AVALIAÇÃO DO ACOLHIMENTO PRESTADO PELOS CIRURGIÕES DENTISTAS NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Orientador : MARCIO DENIS MEDEIROS MASCARENHAS
  • Data: 29/08/2018
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  • A atuação efetiva do cirurgião-dentista na atenção primária à saúde deve se basear na garantia de acesso a todas as pessoas e na escuta e resolução dos problemas de saúde do usuário de forma qualificada. Tal efetividade é alcançada mediante execução do acolhimento. Práticas de acolhimento na odontologia podem ser consideradas imprescindíveis à melhoria da assistência, pois ao executá-las, o cirurgião-dentista possibilita a criação de vínculo entre o paciente e a equipe odontológica. O estudo objetivou avaliar o acolhimento prestado pelos cirurgiões-dentistas a partir da perspectiva dos usuários da Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um estudo avaliativo, transversal, realizado no período de outubro a dezembro do ano de 2017. Participaram da pesquisa 214 usuários dos serviços odontológicos da Estratégia Saúde da Família do município de Teresina-Piauí. Os dados foram coletados utilizando o instrumento de avaliação da atenção primária (Primary Care Assessment Tool-Saúde Bucal) que permitiu         investigar as variáveis: perfil sociodemográfico, grau de afiliação e atributos do acolhimento. Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®), versão 18.0. As variáveis quantitativas foram descritas pelas medidas de média, desvio padrão e mediana, além dos valores mínimo e máximo; as variáveis qualitativas foram analisadas em termos de frequências simples e relativas. A média das notas atribuídas pelos usuários, classificaram o atributo “Acesso de primeiro contato” como bom (média 8,2) e os atributos “Orientação familiar” (média 6,6) e “Longitudinalidade” (média 6,0) como regulares. A análise da classificação destes atributos, permitiu avaliar, segundo a percepção dos usuários, o acolhimento executado pelos cirurgiões-dentistas como regular. O bom “Acesso de primeiro contato” ressalta eficácia no ingresso do usuário aos serviços odontológicos primários e no encaminhamento deste para os serviços de maior complexidade, em contrapartida uma “Orientação familiar” e “Longitudinalidade” regulares, enfatizam falhas no processo de comunicação/interação profissional/paciente. Os achados permitem concluir que apesar do vínculo existente entre cirurgiões-dentistas e usuários, os profissionais avaliados necessitam desenvolver aspectos cognitivos, afetivos e comportamentais inerentes ao acolhimento, tais como diálogo e escuta qualificada, bem como, incorporá-los na rotina do atendimento odontológico.

  • ROSALVES PEREIRA DA SILVA JUNIOR
  • Avaliação dos atributos da atenção primária à saúde na perspectiva dos usuários de Parnaíba-PI.
  • Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Data: 22/08/2018
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  • INTRODUÇÃO: A avaliação da Atenção Primária à Saúde, na visão do usuário do sistema, possibilita a produção de conhecimento sobre a qualidade dos cuidados primários prestados à população, principalmente no que tange às características da estrutura, processo de atenção e desfechos em saúde. OBJETIVO: Avaliar os atributos da Atenção Primária à Saúde na perspectiva dos usuários de Parnaíba-PI. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 450 usuários. Realizaram-se análises univariada (estatística descritiva) e bivariada (teste Qui-quadrado de Pearson (X2), razão de chances (OR), intervalos de confiança de 95% com nível de significância de 5%), buscando verificar a associação entre os atributos e aspectos sociodemográficos da população estudada quanto o nível de insatisfação. RESULTADOS: Observou-se que apenas os componentes grau de afiliação, acesso de primeiro contato - utilização e o atributo orientação familiar apresentaram escores médios satisfatórios (≥ 6,6). Ademais, houve associação significativa entre sexo e avaliar insatisfatoriamente o atributo longitudinalidade (OR=2,11; IC95%: 1,09-4,29), o componente coordenação - sistema de informação (OR=2,11; IC95%: 1,40-3,20) e o componente integralidade - serviços prestados (OR=1,56; IC95%: 1,02-2,39). Também houve associação significativa entre quem trabalha e avalia insatisfatoriamente o componente acesso de primeiro contato – utilização (OR=2,52; IC95%: 1,53-4,26), os componentes do atributo coordenação – integração do cuidado (OR=2,12; IC95%: 1,04-4,32) e sistema de informação (OR=1,55; IC95%: 1,02-2,36). Por fim, ocorreu associação significativa entre trabalhar e avaliar insatisfatoriamente o atributo derivado orientação familiar (OR: 1,80; IC95%: 1,13-2,87). CONCLUSÃO: Na perspectiva dos usuários, todos os serviços de saúde possuem atributos que precisam ser melhorados.

  • DANIELA BANDEIRA DE CARVALHO
  • Fatores associados ao absenteísmo por doença entre professores
  • Orientador : FERNANDO FERRAZ DO NASCIMENTO
  • Data: 11/05/2018
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  • INTRODUÇÃO: O absenteísmo é caracterizado como a ausência laboral do trabalhador. As consequências do afastamento docente afetam a rotina escolar e o envolvimento do docente com seu trabalho. Os estudos sobre os afastamentos dos docentes podem fornecer informações sobre a saúde do professor e são fundamentais para ajudar a administração pública na tomada de decisões. OBJETIVO: Verificar o perfil dos afastamentos dos professores da Rede Municipal de Teresina e investigar a associação entre as doenças mais prevalentes e os fatores relacionados ao trabalho. MÉTODOS: Estudo transversal, documental e analítico, analisou-se os afastamentos de todos os professores atendidos pela perícia médica do Instituto de Previdência do Município de Teresina – IPMT, durante o período de 2010 a 2016. A regressão Logística foi utilizada para estimar a chance de um professor solicitar afastamento segundo as doenças que mais afastam os professores de suas atividades laborais, onde o nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05). RESULTADOSA análise multivariada apontou que os professores com maior carga horária (8 horas/dia), com maior tempo de serviço (OR = 1,04; IC: 1,01-1,07) e os profissionais de educação física (OR = 1,82; IC: 1,08-3,06) estão mais propensos a ter doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, os professores de geografia (OR = 0,46; IC: 0,21-0,97) possuem menor chance de solicitar afastamento por esse tipo de doença. Professores com menor carga horária (OR = 0,40; IC: 0,24-0,65) e do sexo masculino (OR = 0,32; IC: 0,18-0,57) possuem menor chance de solicitar afastamento por doenças do aparelho respiratório. O modelo multivariado para afastamentos por transtornos mentais e comportamentais evidenciou que professores que lecionam a disciplina de inglês (0R = 3,04; IC: 1,63-5,67), do sexo feminino, e com maior tempo de serviço (OR = 1,04; IC: 1,01-1,07) possuem maior chance de desenvolver transtornos mentais e comportamentais.  CONCLUSÕES: O estudo detectou índices de absenteísmo semelhantes ao da literatura. O absenteísmo docente por doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, doenças do aparelho respiratório e por transtornos mentais e comportamentais entre professores dos anos finais do ensino fundamental (5º ao 9º Ano) está associado a variáveis sociodemográficas, bem como a aspectos relacionados ao trabalho.

  • LUANA SAVANA NASCIMENTO DE SOUSA ARRUDA
  • CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO ACERCA DA PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Data: 25/04/2018
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  • O pé diabético está entre as complicações mais frequentes do diabetes e suas consequências podem ser traumáticas à vida do indivíduo, desde feridas crônicas e infecções, até amputações de membros inferiores. Nesse contexto, o enfermeiro tem papel indispensável na educação e prevenção para o pé diabético, que implicam na redução de amputações e aumento da qualidade de vida. Porém, percebe-se que estas ações não têm sido desenvolvidas no cotidiano, e um dos motivos é o desconhecimento dos cuidados na avaliação dos pés. Assim, é essencial que os enfermeiros ampliem seu conhecimento e atenção para o cuidado à pessoa com diabetes. O estudo objetivou avaliar o conhecimento do enfermeiro acerca dos cuidados com o pé da pessoa com diabetes na Estratégia Saúde da Família. Trata-se de estudo transversal, realizado no período de agosto a dezembro de 2017, nas Unidades Básica de Saúde de Teresina-PI. Participaram da pesquisa 90 enfermeiros. A coleta de dados foi realizada utilizando um questionário, composto por itens que avaliaram os dados socioeconômicos, perfil profissional e o conhecimento acerca da prevenção do pé diabético (exame físico dos pés, instrumentos para avaliação, e classificação do pé diabético). Os itens de avaliação do conhecimento foram elaborados por meio das orientações e cuidados preconizados pelos manuais do Ministério da Saúde e Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. Para a análise estatística, utilizou-se o livre R, versão 3.4.0. Os testes aplicados foram os não-paramétricos, U de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, e ρ de Spearman. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com o parecer nº 2.075.935. Acerca da autoavaliação do conhecimento, identificou-se que 48,9% dos enfermeiros o consideravam regular. Ao analisar os itens sobre a prevenção do pé diabético, verificou-se uma média de 72,2 pontos, apresentando melhor desempenho para os itens acerca dos instrumentos de avaliação (monofilamento, com 74,9 pontos) e classificação do pé diabético (pé neuropático, com 90,4 pontos), e menor desempenho para exame físico dos pés (66,0 pontos). Quanto a classificação do conhecimento, os profissionais apresentaram conhecimento insatisfatório (45,6%), e conflitante (54,4%). Os enfermeiros formados em instituições privadas apresentaram maior conhecimento sobre cuidados preventivos (p=0,011), utilizavam protocolo para avaliação dos pés (p=0,018) e consideravam seu conhecimento muito bom (p=0,007). Foi observada correlação negativa entre a pontuação e as variáveis idade, tempo de formação e serviço, destacando-se que quanto maior era a idade e o tempo, menor era a pontuação obtida nas questões de conhecimento, enfatizando que os profissionais investigados têm que avançar na busca por conhecimento e capacitação para os cuidados e avaliação do pé diabético. Portanto, identificou-se que o conhecimento dos enfermeiros da atenção primária, foi insatisfatório para os cuidados com o pé diabético. Assim, os profissionais necessitam de capacitação e/ou treinamento contínuo, para tornar as medidas preventivas mais eficazes e rotineiras na atenção primária, proporcionando melhor atendimento quanto a avaliação dos pés, e promovendo uma assistência de qualidade que estimule o autocuidado das pessoas com diabetes.

  • MARCONI DE JESUS SANTOS
  • Violência Sexual em Adolescentes do Ensino Médio
  • Orientador : MARCIO DENIS MEDEIROS MASCARENHAS
  • Data: 04/04/2018
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  • IntroduçãoDentre os tipos de violência que atingem os adolescentes, o abuso sexual é frequente e prejudicial à saúde de estudantes. Objetivo:Analisar a prevalência de violência sexual na escola e fatores associados em adolescentes do ensino médio. Metodologia: Estudo transversal realizado com 674 adolescentes de escolas de ensino médio em Teresina-PI, selecionados por amostragem probabilística estratificada proporcional. Realizaram-se análises univariada, por meio de estatística descritiva; bivariada, utilizando-se o teste Qui-quadrado de Pearson (X2) ou teste exato de Fisher; e multivariada, por meio de regressão logística múltipla, utilizando a razão de chances ajustadas (OR) e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) com nível de significância de 5%. Resultado: Os estudantes apresentaram idade média de 16,4 anos (± 1,2 ano) com predomínio do sexo feminino (56,7%), autodeclarados pardos/pretos (77,4%), solteiros (96,1%), morando com os pais (85%) e de religião católica (59,9%). A prevalência de violência sexual na escola foi de 6,4%, com frequência maior no sexo feminino (7,9%), na faixa etária de 17 - 19 anos (6,7%), pardos/pretos (6,7%), com companheiros (11,5%), não católicos (8,5%). Houve associação significativa (p<0,05) entre sofrer violência sexual na escola e sexo feminino (OR=2,41; IC95%: 1,20-4,79), religião não católico (OR=2,11; IC95%: 1,12-3,98) e renda familiar acima de um salário mínimo (OR=2,35; IC95%: 1,11-4,98). Conclusão: Verificou-se uma alta prevalência de violência sexual no ambiente escolar contra adolescentes do ensino médio nas escolas públicas e privadas de Teresina e sua associação com fato­res como sexo, religião e renda familiar.

  • CAROLINA RODRIGUES DE OLIVEIRA SOUSA
  • Impacto da intenção de engravidar sobre o consumo de álcool e cigarro por gestantes no Nordeste brasileiro.
  • Orientador : KEILA REJANE OLIVEIRA GOMES
  • Data: 28/03/2018
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  • INTRODUÇÃO: O hábito de consumir álcool e cigarro na gravidez constitui um problema de saúde pública, uma vez que pode levar ao comprometimento, muitas vezes irreversível, à saúde da mulher e do feto. Acredita-se que a intencionalidade da gravidez pode influenciar o comportamento materno em relação à manutenção desses hábitos durante a gestação.OBJETIVO: Analisar o impacto da intenção de engravidar no consumo de cigarro e álcool por gestantes no Nordeste brasileiro. METODOLOGIA: Estudo transversal realizado com 5.563 puérperas e seus conceptos na região Nordeste do Brasil, selecionadas por amostragem probabilística. A coleta de dados ocorreu no ano de 2012 por meio de entrevista, a partir de formulário eletrônico pré-testado, e consulta ao prontuário hospitalar. Realizaram-se análises univariadas, por meio de estatística descritiva; bivariada utilizando-se o teste qui-quadrado de Pearson; e multivariada, por meio de Regressão Logística Múltipla. RESULTADOS: Predominaram puérperas na faixa etária de 20 a 34 anos (68,0%), baixa escolaridade (59,2%), com companheiro (83,0%), sem trabalho remunerado (68,4%), multíparas (51,8%), com aborto anterior (31,6%), que referiram gravidez em momento inoportuno (55,2%), satisfação ao tomarem conhecimento da gestação (69,4%), com pré-natal (98,5%), com seis ou mais consultas (71,4%). A análise multivariada indicou maior propensão para consumo de álcool e cigarro durante a gestação em puérperas que não queriam engravidar (p=0,048), queriam esperar mais tempo para engravidar (p=0,048), se declaram insatisfeitas ao saberem da gravidez (p=0,001) e tentaram interromper a gravidez (p<0,001). CONCLUSÃO: O hábito de consumir álcool e cigarro durante a gestação foi influenciado pela intencionalidade da gravidez Os achados evidenciaram a necessidade de melhorias na qualidade dos serviços de planejamento familiar, a fim de contribuir para que as mulheres mudem sua percepção de risco e, portanto, seu comportamento, adotando medidas de prevenção às gravidezes não intencionais e aos desfechos desfavoráveis decorrentes do consumo de cigarro e álcool.

  • JANEKEYLA GOMES DE SOUSA
  • Excesso de peso, obesidade e os fatores associados em adolescentes do Ensino Médio
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 21/03/2018
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  • INTRODUÇÃO: A etiologia da obesidade tem origem na presença de fatores de riscos inerentes ao próprio indivíduo e a sociedade, visto que pesquisas têm demonstrado o crescimento da obesidade infanto-juvenil associado às condições socioeconômicas ambientais e culturais, ao consumo alimentar inadequado e ao sedentarismo. OBJETIVO: Estudar o excesso de peso, obesidade e os fatores associados em adolescentes do ensino médio de Teresina – PI.METODOLOGIA: Estudo transversal com amostra representativa de adolescentes de 14 a 19 anos de idade do ensino médio de escolas públicas e particulares, selecionada por amostragem aleatória simples e estratificada proporcional. O estado nutricional foi avaliado pelo IMC/idade. As variáveis independentes estudadas foram: sexo, idade, instituição de ensino, escolaridade materna, renda familiar mensal, prática de atividade física fora da escola, obesidade abdominal, níveis pressóricos, consumo alimentar pela aplicação do recordatório de 24 horas, com análise da adequação do VET, macronutrientes e dos marcadores de consumo alimentar. As variáveis categóricas foram apresentadas em porcentagens e o teste Qui-quadrado analisou a existência de associações, adotando significância de 5%. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Institucional.  RESULTADOS: Foram avaliados 674 adolescentes, com idade média de 16 anos, predominância feminina (56,7%) e da rede pública de ensino (64,7%). O peso alterado foi observado em 134 (19,8%) dos adolescentes, representados por excesso de peso (12,9%) e obesidade (6,9%), sendo predominantes no sexo feminino (14,4% e 7,1%) e na rede particular de ensino (14,2% e 7,9%). A prática de atividade física foi pouco referida pelos adolescentes (48,5%), e os adolescentes com excesso de peso realizam mais que os obesos [OR = 0,67 (IC95%: 0,31-1,45)]. Observou-se prevalência de pressão arterial elevada de 12,6%, apresentando associação entre excesso de peso e obesidade. Quanto ao consumo alimentar, os adolescentes apresentaram baixo consumo energético, especialmente aqueles com excesso de peso e obesidade (mais de 80%). A maioria dos adolescentes apresentou adequado consumo de macronutrientes e as maiores prevalências de inadequação foram observadas nos lipídeos, especificamente os ácidos graxos saturados. Os marcadores de alimentação revelaram baixa ingestão de frutas e hortaliças entre os adolescentes com alteração do peso em ambas as redes de ensino, e alto consumo de bebida adoçada entre adolescentes com excesso de peso (p = 0,042) e hambúrguer e/ou embutidos entre aqueles com obesidade (p = 0,033) da rede particular de ensino em comparação às escolas públicas. CONCLUSÕES: Os resultados revelaram um cenário epidêmico que deve ser visto como um problema de saúde pública, sobretudo pela possibilidade de provocar graves doenças crônicas na vida adulta. Assim, sugere-se o fortalecimento de políticas públicas que contribuam para o desenvolvimento de intervenções objetivando a redução do consumo excessivo de alimentos que favoreçam a obesidade e incentivem a prática de atividade física buscando a promoção da saúde na adolescência.

  • ADRIENE DA FONSECA ROCHA
  • Impacto da intenção de engravidar sobre a amamentação na primeira hora pós-parto
  • Orientador : KEILA REJANE OLIVEIRA GOMES
  • Data: 19/03/2018
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  • INTRODUÇÃO: A amamentação na primeira hora pós-parto constitui indicador de excelência para o monitoramento das práticas de aleitamento materno, fundamental para a redução da morbimortalidade neonatal e estabelecimento da amamentação. Presume-se que a intenção de engravidar pode afetar o comportamento materno em relação ao início da amamentação no pós-parto imediato. OBJETIVO: Analisar o impacto da intenção de engravidar sobre a amamentação na primeira hora pós-parto. METODOLOGIA: Estudo transversal, recorte da pesquisa “Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre parto e nascimento” realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cujos participantes foram 5.563 puérperas e seus neonatos na região Nordeste do Brasil, selecionadas por amostragem probabilística. Realizou-se análise univariada, por meio de estatística descritiva; bivariada, utilizando-se o teste quiquadrado de Pearson; e multivariada, por meio de regressão logística múltipla com nível de significância de 5% (p˂0,05). A intenção de engravidar é a principal variável independente de interesse do estudo. RESULTADOS: Predominaram puérperas com idade na faixa 20 a 34 anos (68,0%), escolaridade até o ensino fundamental (59,2%), vivendo com companheiro (83,0%) e sem trabalho remunerado (68,4%). A maioria dos partos ocorreu em estabelecimentos públicos ou conveniados ao Sistema Único de Saúde (86,7%), não credenciados à Iniciativa Hospital Amigo da Criança (60,3%). Prevaleceram participantes multíparas (51,8%), que referiram gravidez em momento oportuno (44,8%) e satisfação ao tomarem conhecimento da gestação (69,4%). A maioria realizou pré-natal (98,5%), teve parto cesariana (50,3%), não teve contato pele a pele com o recém-nascido no pós-parto imediato (74,2%), o tempo de separação mãe e filho foi superior à primeira hora pós-parto (61,7%), permaneceram em alojamento conjunto (63,4%) e não amamentaram na primeira hora pós-parto (65,8%). A análise multivariada indicou menor propensão para início da amamentação na primeira hora de vida entre puérperas que não queriam engravidar (OR = 0,85; IC: 0,73-0,98) e as que se declararam insatisfeitas ao saberem da gravidez (OR = 0,72; IC: 0,61-0,83). CONCLUSÃO: A intenção de engravidar afetou a amamentação na primeira hora de vida, haja vista que as mães cujas gravidezes foram não intencionais tiveram menos chance de amamentar na primeira hora pós-parto, evidenciando que falhas no planejamento familiar podem refletir negativamente na prática da amamentação. Portanto, há de se melhorar a qualidade dos serviços de planejamento familiar, a fim de reduzirem-se as gestações não intencionais e, assim, prevenir desfechos desfavoráveis para a saúde materno-infantil, como o início tardio da amamentação.

  • ANA DANÚSIA IZIDÓRIO RODRIGUES DE ARAÚJO
  • Determinantes do aleitamento materno e alimentação complementar em crianças menores de 2 anos
  • Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
  • Data: 16/03/2018
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  • A alimentação saudável nos primeiros anos de vida resulta em inúmeros benefícios para a saúde das crianças em todos os ciclos de vida, destacando a importância do aleitamento materno exclusivo até os seis meses e a introdução de alimentos em tempo oportuno e de qualidade a partir de então, levando em consideração sua frequência, diversidade e consistência. Frente a isso, alguns determinantes podem surgir como fatores de risco ou proteção para o desmame precoce. Com isso, este estudo objetivou analisar práticas de aleitamento materno e alimentação complementar em crianças menores de dois anos e os seus fatores determinantes. Trata-se de um estudo transversal, realizado entre maio de 2016 e junho de 2017, em Unidades Básicas de Saúde e Pronto Atendimento Infantil do município de Picos – PI. Foram entrevistadas 1.031 mães ou responsáveis por crianças menores de dois anos que compareceram nos serviços supracitados, a partir do instrumento de coleta de dados adaptado do guia de marcadores de consumo alimentar. Foram realizadas perguntas referentes às condições sociodemográficas da criança, consumo alimentar, dados do seu nascimento e dados relacionados à sua mãe.  Para a análise estatística, utilizou-se o SPSS versão 20.0. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, parecer 985.375. Das 1031 crianças, 61,9% têm de 6 a 23 meses, 50% sexo masculino e 57,1% foram declarados pardos.   Dados da mãe: 29,2% tinham idade entre 20 e 24 anos, 38,5% possuem ensino médio completo e 69% não trabalham fora de casa. Quando analisado o aleitamento materno, verificou-se que apenas 33,9% das crianças menores de 6 meses encontravam-se em aleitamento materno exclusivo (AME), mas entre as crianças maiores de 6 meses, 60,4% continuavam consumindo leite de peito. No que diz respeito à introdução alimentar dessas crianças, notou-se que não foi satisfatória, pois 76,4% das crianças não estavam recebendo alimentos na frequência adequada, 90,1% não recebiam na diversidade mínima desejada e 50,9% não eram oferecidas na consistência recomendada. O tipo de aleitamento não mostrou associação com o tipo de parto (p=0,240), porém esteve associado com a amamentação na primeira hora de vida (p=0,038) indicando que o início da amamentação na primeira hora de vida está associado à maior duração do AME. Com relação ao peso ao nascer, quando comparado por pares, observou-se diferença de média entre as crianças em AME e aleitamento misto. Crianças em AME tiveram maior peso ao nascer (p=0,021). A análise permitiu observar que a amamentação na primeira hora de vida, uso de chupeta, os graus de escolaridade ensino fundamental e superior e a faixa etária de 20-29 anos apresentaram relação estatisticamente significante com o desmame (p < 0,05). Conclui-se que o uso de chupeta e ensino superior como grau de escolaridade da mãe da criança determinaram o desmame. Mediante o exposto, fica evidenciado que o incentivo a amamentação na primeira hora de vida é primordial para o aumento da amamentação exclusiva e que se fazem necessário orientações sobre o preparo de alimentos de forma adequada, com o intuito de garantir alimentação de qualidade.

  • LAURINEIDE ROCHA LIMA
  • Associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e parâmetros lipídicos em adolescentes
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 14/03/2018
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  • Introdução: o elevado consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) está associado a piora nos indicadores nutricionais da dieta de indivíduos, podendo levar a alterações nos níveis lipídicos, consequentemente, dislipidemias. Objetivo: analisar a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e parâmetros lipídicos em adolescentes. Metodologia: estudo transversal realizado com adolescentes de ensino médio da rede pública estadual e particular de Teresina-PI. A amostragem foi estratificada proporcional ao sexo e idade dos adolescentes. O consumo alimentar foi analisado por meio de um recordatório alimentar de 24h, com replicação em 40% da amostra. Os AUP foram identificados de acordo com a classificação NOVA de alimentos. As concentrações de colesterol total, HDL-c e triglicérides, foram determinados por colorimetria enzimática, enquanto que a fração de LDL-c foi estimada por fórmula. Utilizou-se o teste t de Stundent ou Mann-Whitney para comparação de médias e regressão linear para avaliar as associações entre parâmetros lipídicos e consumo de AUP. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: O consumo de AUP foi mais frequente entre os adolescentes do sexo feminino, com renda familiar superior a dois salários mínimos e estudantes de escola particular. Os indivíduos no maior tercil de consumo de AUP apresentaram maior ingestão energética, de carboidratos e de sódio, enquanto a ingestão de proteínas e fibras alimentares foram significativamente menores, quando comparados ao primeiro tercil de consumo. A análise de regressão mostra que o maior tercil de consumo de AUP foi associado positivamente com níveis de triglicerídeos e dislipidemia e inversamente com HDL-c, tanto nos dados brutos, como após o ajuste. Conclusão: Os AUP influenciam negativamente a alimentação de adolescentes, promovendo uma piora no perfil nutricional da dieta e ainda contribuem para alterações indesejáveis nos parâmetros lipídicos dessa população.

  • CLEYTON GALENO DA COSTA
  • MAL-ESTAR DOCENTE: VULNERABILIDADES AO ADOECIMENTO E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO
  • Orientador : CÁSSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
  • Data: 26/02/2018
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  • Introdução: A compreensão de que os professores estão expostos no meio escolar a múltiplos desafios, nos faz buscar respostas sobre o mal-estar docente. A Investigação se faz pertinente na medida em que busca colaborar no desenvolvimento de intervenções quanto à promoção de cuidado para com os professores. Objetivo: Analisar a situação de mal-estar docente em professores do ensino médio na cidade de Teresina, no estado do Piauí. Metodologia: Fora usado a abordagem de método misto sequencial explanatório, uso de técnicas quantitativas como suporte à vertente qualitativa. Na quantitativa foram aplicados a Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho - EVENT e um questionário sociodemográfico e laboral em 316 professores. No segundo momento, o qualitativo, os participantes foram escalonados de acordo com suas pontuações, da escala já usada, isso feito para identificar os possíveis docentes com maiores indicativos de mal-estar docente (maiores pontuações) e os com menores indicativos (menores pontuações). De posse dessas pontuações, seguiu-se as entrevista semiestruturadas com 16 professores. O perfil geral da amostra contou com 51,6% de professores da escola privada, com idade de 22 a 64 anos (M=39,09 e DF=9,68), 60,1% do sexo masculino, 66,2% encontram-se casado/convivente e a maior concentração na atividade docente foi de 22,2% de 15 a 20 anos. Resultados: Os trabalhos realizados demonstram que apesar de grande parte dos docentes não apresentarem indicativos de vulnerabilidade ao estresse, existe um grupo considerável em estado de atenção. Sobre as situações desencadeantes do mal-estar docente, há a presença de fatores externos (carga horária laboral e as possíveis deficiências estruturais e organizacionais da escola pública) bem como os internos (modos de respostas as situações problema).  Achados que demonstram a pertinência e as possibilidades de uma abordagem mista pela interligação de informações sobre o mesmo objeto a partir de fontes complementares. Conclusão: Evidencia-se a necessidade de combate à naturalização de condições negativas ao serviço docente e o favorecimento de estratégias de enfrentamento focadas na resolutividade dos problemas. Dessa forma este estudo demonstra que a realidade laboral dos professores ainda vivencia situações promotoras de adoecimento e ao mal-estar docente, mas é possível o reconhecimento de determinados mecanismos de enfrentamento e promoção da qualidade de vida desses profissionais. 

  • CLEYTON GALENO DA COSTA
  • MAL-ESTAR DOCENTE: VULNERABILIDADES AO ADOECIMENTO E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO
  • Orientador : CÁSSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
  • Data: 26/02/2018
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  • Introdução: A compreensão de que os professores estão expostos no meio escolar a múltiplos desafios nos faz buscar respostas sobre o mal-estar docente. A investigação se faz pertinente na medida que busca colaborar no desenvolvimento de intervenções quanto à promoção de cuidado para com os professores. Objetivo: Analisar a situação de mal-estar docente em professores do ensino médio na cidade de Teresina, no estado do Piauí. Metodologia: Fora empregada a abordagem de método misto sequencial explanatório, uso de técnicas quantitativas como suporte à vertente qualitativa. Na quantitativa foram aplicados a Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho - EVENT e um questionário sociodemográfico e laboral em 316 professores. No segundo momento, o qualitativo, os participantes foram escalonados de acordo com suas pontuações, da escala já usada, isso feito para identificar os possíveis docentes com maiores indicativos de mal-estar docente (maiores pontuações) e os com menores indicativos (menores pontuações). De posse dessas pontuações, seguiu-se às entrevistas semiestruturadas com 16 professores. O perfil geral da amostra contou com 51,6% de professores da escola privada, com idade de 22 a 64 anos (Média=39,09 e Desvio Padrão=9,68), 60,1% do sexo masculino, 66,2% encontram-se casado/convivente e a maior concentração na atividade docente foi de 22,2% de 15 a 20 anos. Resultados: Os trabalhos realizados demonstram que apesar de grande parte dos docentes não apresentarem indicativos de vulnerabilidade ao estresse, existe um grupo considerável em estado de atenção. Sobre as situações desencadeantes do mal-estar docente, há a presença de fatores externos (carga horária laboral e as possíveis deficiências estruturais e organizacionais da escola pública), bem como os internos (modos de respostas às situações-problema).  Achados que demonstram a pertinência e as possibilidades de uma abordagem mista pela interligação de informações sobre o mesmo objeto a partir de fontes complementares. Conclusão: Evidencia-se a necessidade de combate à naturalização de condições negativas ao serviço docente e o favorecimento de estratégias de enfrentamento focadas na resolutividade dos problemas. Dessa forma, este estudo demonstra que a realidade laboral dos professores ainda vivencia situações promotoras de adoecimento e mal-estar docente, mas é possível o reconhecimento de determinados mecanismos de enfrentamento e promoção da qualidade de vida desses profissionais.

2017
Descrição
  • CERES MARIA DE SOUSA IRENE
  • USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS POR ADOLESCENTES ESCOLARES
  • Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
  • Data: 15/12/2017
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  • Nas sociedades contemporâneas o consumo de substâncias psicotrópicas se constitui em um problema social e de saúde atrelado a questões de ordem política, cultural e econômica. Este consumo pode ocorrer em qualquer fase da vida do indivíduo e por motivos variados. No entanto, o início do uso na adolescência pode gerar e/ou potencializar situações de vulnerabilidades sociais e de saúde. O estudo tem como objetivo geral analisar a prevalência e os fatores associados ao uso de substâncias psicotrópicas por adolescentes escolares. Como objetivos específicos busca: caracterizar o perfil socioeconômico e demográfico da população do estudo; calcular a prevalência do uso de substâncias psicotrópicas pelos adolescentes pesquisados; descrever os fatores de vulnerabilidade para o uso de substâncias psicotrópicas por adolescentes; e verificar a associação entre os fatores de vulnerabilidade e os fatores sociodemográficos e o uso de substâncias psicotrópicas. Trata-se de um estudo de corte transversal, realizado em cinco escolas públicas localizadas na cidade de Bom Jesus, Piauí, Brasil. A amostra é composta por 665 adolescentes escolares. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de questionário durante o primeiro semestre de 2017. Adotou-se como variável dependente o consumo de drogas e como variáveis independentes os aspectos sociodemográficos e as densidades absolutas de problemas relacionados ao uso de substâncias. Os dados foram analisados pelo software SPSS versão 20.0 por meio do cálculo de frequências absolutas e relativas para as variáveis categóricas e médias para as variáveis contínuas. A associação foi identificada a partir do cálculo da razão de prevalência e teste Qui-quadrado, ambos com nível de significância de 5%. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, campus Senador Helvídio Nunes de Barros, sendo aprovado com o parecer nº 1.811.768/2016. A prevalência de adolescentes escolares que utilizaram substância psicotrópica nos últimos 30 dias anteriores à pesquisa foi de 62,9%. Houve associação estatística para o uso de substâncias psicotrópicas como a idade (p<0,001), cor da pele (p<0,050), religião (p=0,001), e a série que estuda (p<0,001). Identificou-se o álcool como a substância mais consumida, seguida pelo analgésico. Os resultados das médias apontaram uma maior prevalência de problemas nas áreas de sociabilidade, lazer/recreação e comportamento. Na análise das associações todas as áreas pesquisadas apresentaram associação com significância estatística, exceto as áreas de sociabilidade e escola. Conclui-se que há alta prevalência para o uso de substâncias psicotrópicas e associações importantes para este uso. Nesse sentido, sugere-se o fortalecimento e readequação da estratégia de saúde na escola como uma possibilidade para a diminuição da prevalência do consumo e intensidades de problemas decorrentes do mesmo.

  • CARLA MANUELA SANTANA DIAS PENHA
  • Qualidade de Vida e fatores socioeconômicos de pré-escolares: aplicação do questionário PedsQLTM 4.0 Generic Core Scale e Oral Health Scale.
  • Orientador : LUCIA DE FATIMA ALMEIDA DE DEUS MOURA
  • Data: 29/09/2017
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  • O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto de condições socioeconômicas na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de pré-escolares do município de Teresina, Piauí. Trata-se de estudo transversal com crianças de 5 anos e seus pais/responsáveis. Foram utilizados dois questionários, um com  caracte­rísticas socioeconômicas, hábitos alimentares e de higiene bucal e outro questionário validado de qualidade de vida, Pediatric Quality of Life Inventory – PedsQLTM 4.0 Generic Core Scale and Oral Health Scale. A amostra foi constituída por 566 pré-escolares e seus pais/responsáveis. Houve predomínio do gênero masculino 301 (53,2%), ensino público 380 (67,1%), renda familiar inferior a 2 salários mínimos 382 (67,5%). Na análise bivariada, renda familiar baixa foi associada a pior QVRSB (µ= 70,47/ DP= 25,62). No modelo de regressão final, as variáveis que permaneceram associadas à pior QVRSB foram a baixa escolaridade da mãe (RTajus=0,87; 13% menor chance de melhor QVRSB) e do pai (RTajus=0,92; 8% menor chance de melhor QVRSB). A escolaridade do pai e da mãe foi considerada um forte influenciador do estudo apontando maiores escores no questionário PedsQL™ como indicativo de melhor qualidade de vida nas famílias com pais de maior escolaridade.

  • CREMILDA MONTEIRO LIMA
  • Saúde e educação em foco: o currículo como instrumento de promoção da saúde
  • Orientador : KEILA REJANE OLIVEIRA GOMES
  • Data: 28/09/2017
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  • INTRODUÇÃO: A educação tem sido apontada como um dos fatores determinantes da saúde. Nessa discussão a escola é compreendida como lugar ideal para a promoção da saúde. Contudo, para que a escola seja lócus de promoção da saúde é imprescindível que o currículo propicie ações que desenvolvam positivamente a compreensão de saúde, como também, afirme a necessidade de promovê-la. OBJETIVO: Analisar o currículo do ensino médio de escolas públicas e privadas em seu papel de promoção da saúde. METODOLOGIA: Estudo transversal realizado em 24 escolas de ensino médio das redes pública e privada de Teresina-PI. A coleta de dados ocorreu de abril a dezembro de 2016, por meio de questionários pré-testados, um utilizado para análise dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPPs) e outro aplicado junto aos docentes. A análise dos dados ocorreu no software SPSS, versão 17,0 para Windows. Para verificar diferença estatística entre variáveis o teste do qui-quadrado de Pearson foi utilizado. RESULTADOS: A análise dos projetos políticos-pedagógicos apresentou maioria das respostas negativa para: abordagem de ambiente saudável que favoreça a aprendizagem (83,4%); ênfase no conceito de saúde interagindo com aspectos físicos, psíquicos, socioculturais e ambientais (70,8%); conteúdos de saúde presentes nas diferentes áreas da organização curricular (91,7%); referência a serviços de saúde voltados para o educando e inter-relações com outros setores que desenvolvam ações de promoção da saúde (100%); ações que desenvolvam a promoção da saúde, assim como, da participação dos educadores na elaboração do projeto pedagógico para a saúde (79,2%). Foram frequentes docentes com características de: ter conhecimento sobre o que é promoção da saúde (88,7%); considerar a escola um espaço ideal para promoção da saúde (91,9%); considerar importante a educação para a promoção da saúde (99,7%); sentirem-se responsáveis em educar para a saúde (82,2%); não se sentir habilitado a educar os alunos para a promoção da saúde (69,8%). CONCLUSÃO: Evidenciou que o currículo do ensino médio não aborda a promoção da saúde de forma estruturada e sistemática. Ações intersetoriais e formação profissional precisam ser repensadas. São necessárias ações que fomentem a discussão do currículo escolar que possa efetivamente contribuir para a promoção da saúde.
  • KEILA RODRIGUES DE ALBUQUERQUE
  • ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL: prevalência e fatores associados
  • Orientador : MALVINA THAIS PACHECO RODRIGUES
  • Data: 26/09/2017
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     As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de mortalidade em todo mundo. Como importante fator de risco para doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, destaca-se a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), principal motivo para consulta e acompanhamento profissional na atenção básica. Um dos desafios do tratamento da HAS é a adesão terapêutica, fator essencial para controle dos níveis tensionais e redução de danos à saúde e ao desenvolvimento econômico e social. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a adesão ao tratamento medicamentoso da HAS em hipertensos acompanhados pela Estratégia Saúde da Família. Trata-se de estudo transversal, realizado com 682 hipertensos, acompanhados pelas equipes da estratégia saúde da família em Teresina- Piauí. A adesão ao tratamento da hipertensão foi medida pelo Questionário de Morisky-Green-Levine.  Como variáveis explicativas, foram investigadas características sóciodemográficas, estilo de vida, fatores clínicos e terapêuticos. Na análise bivariada utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson (χ2) para associar as variáveis qualitativas e o teste T de Student para análise das variáveis quantitativas. Considerou-se associação ao nível de p<0,20, e para explicar o efeito conjunto das variáveis sobre a adesão segundo a classificação Morisky, utilizou-se a Regressão Logística Múltipla (RLM), com critério de significância de p< 0,05. Os resultados mostraram baixa prevalência da adesão, correspondendo a 35,5%. Quanto aos fatores associados, o estudo mostrou que a maior chance de adesão foi: ser do sexo masculino, ter 62 anos ou mais de idade, ter pressão arterial controlada e assiduidade às consultas. Consumir álcool e apresentar reações adversas medicamentosas estão associados a menor chance de adesão. Conclui-se, então, que apesar da maioria dos participantes apresentarem pressão arterial controlada, houve baixa prevalência na adesão ao tratamento medicamentoso anti-hipertensivo, o que requer ações de controle, a fim de qualificar a atenção ao hipertenso, de modo a promover sua adesão e redução de agravos associados à HAS.

  • ADRIANA VASCONCELOS DA NÓBREGA
  • Impacto da Cárie Dentária na Qualidade de Vida de Pré-Escolares.
  • Orientador : MARINA DE DEUS MOURA DE LIMA
  • Data: 20/09/2017
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  • A cárie dentária afeta pessoas de todas as faixas etárias e gêneros e pode causar comprometimento das funções do sistema estomatognático, além de alterações estéticas. Mesmo com a diminuição na prevalência e incidência da cárie, os índices referentes a essa doença ainda se apresentam expressivos, afetando uma parcela significativa da população mundial, especialmente, crianças. Estudos que avaliam o impacto da saúde bucal na qualidade de vida de indivíduos podem contribuir para a implementação de políticas públicas, principalmente as que visam diminuir as desigualdades sociais e definir as necessidades de tratamento. Desta forma, este estudo transversal teve como objetivo avaliar o impacto da cárie dentária na qualidade de vida de pré-escolares. A amostra do estudo foi constituída por 566 pré-escolares com idade de cinco anos, matriculados em instituições públicas e privadas do município de Teresina, PI, Brasil. Um questionário foi aplicado aos responsáveis para obtenção de dados socioeconômico-demográficos. Instrumento de qualidade de vida validado para população brasileira (Pediatric Quality of Life Inventory) foi aplicado para as crianças e seus responsáveis. O exame dentário foi realizado por examinador previamente treinado e calibrado (índice kappa=0,96). Para análise estatística, foram realizadas análises descritivas e regressão de Poisson (p<0,05). Os resultados demonstraram que 50,2% das crianças apresentaram experiência de cárie, sendo que 14,6% exibiram apenas os dentes anteriores afetados, 45,1% somente os dentes posteriores e 40,3% os anteriores e posteriores. Dos que tiveram experiência de cárie apenas 3,5% não necessitavam de tratamento. Foi observada associação entre experiência de cárie e pior qualidade de vida no domínio de saúde bucal tanto na percepção da criança (RR=0,981; IC95%= 0,97-0,99) quanto dos pais (RR= 0,955; IC95%= 0,94-0,97). De acordo com a percepção das crianças, cárie em dentes posteriores foi associada a pior qualidade de vida no domínio capacidade física (RR=0,985; IC95%= 0,97-0,99). Na percepção das crianças, observou-se associação entre pior qualidade de vida e sexo feminino no domínio capacidade física (RR=0,983; IC95%= 0,97-0,99), aspecto emocional (RR=0,984; IC95%= 0,97-0,99), renda familiar menor que 2 SM e saúde bucal da criança (RR 0,979; IC95%= 0,97-0,99). Experiência de cárie impactou negativamente na qualidade de vida relacionada à saúde bucal dos pré-escolares na percepção das crianças e dos pais.

  • AGLAINE DE OLIVEIRA AGUIAR
  • Anemia Ferropriva, Adequação do Estado Nutricional e Consumo Alimentar de Adolescentes da Rede pública e Privada de Ensino
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA ARAUJO
  • Data: 25/08/2017
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  • O presente estudo teve como objetivo avaliar a anemia ferropriva, adequação do estado nutricional e do consumo alimentar de adolescentes da rede pública e privada de ensino. A população estudada foi adolescentes de 14-19 anos de instituições públicas e privadas da cidade de Teresina-PI. Foram coletados dados sociodemográficos, analisado anemia por dosagem de hemoglobina, estado nutricional utilizando IMC/Idade e avaliação do consumo utilizando o Recordatório 24h. Foram investigados 674 adolescentes, a prevalência da anemia foi moderada com 23,9%, a maioria nas públicas (65,0%) e 35,0% de instituições privadas. Quanto ao estado nutricional 71,5% apresentavam-se eutróficos, seguido de excesso de peso e obesidade (20%) e com magreza (10,1%). Nas duas instituições, pública e privada, a maioria dos anêmicos eram eutróficos, seguidos de excesso de peso com 9,8 e 17,9% respectivamente, e menor prevalência de anêmicos com magreza em ambas as instituições, portanto não foi verificado influência do estado nutricional sobre a prevalência de anemia. Foi verificado que o consumo de bebidas açucaradas (60,09%) foi maior do que o de frutas (45,10%) e hortaliças (35,76%), sugerindo uma alimentação de baixa qualidade nutricional. Na avaliação quantitativa verificou-se inadequação para ambos os sexos e instituições para fibras alimentares e os micronutrientes Ca, P, Mg, K e Vitamina A. Em relação ao consumo de proteínas foi inadequado somente de anêmicos, em ambos os sexos e instituições. Para ferro os meninos de ambas as instituições não atingiram a adequação, já as meninas, anêmicas e não anêmicas não atingiram a recomendação de ferro em ambas as instituições. Entre as instituições de ensino não houve diferença estatisticamente significativa no consumo de proteínas e de ferro. Para vitamina A os anêmicos do sexo masculino apresentaram consumo de 351,8a e 508,2REb e não anêmicos de 416,3e 853,8REbem escolas públicas e privadas respectivamente, com consumo inadequado em todos dos grupos citados. Já o consumo de vitamina A, para meninas anêmicas foi de 606,7a e 775,6REb, e não anêmicas 482,1a e 1187,5REb, em que somente meninas de instituições públicas não atingiram a recomendação, apresentando diferença estatisticamente significativa entre as instituições de ensino. Já para vitamina C meninos anêmicos consumiram 70,45ª, 131,7mgb, enquanto que as meninas consumiram, 47,08ª e 69,29mgb, em instituições públicas e privadas respectivamente, em que somente anêmicos de instituições públicas não atingiram a recomendação, apresentando diferença estatisticamente significativa entre as instituições. Não houve influência do estado nutricional na prevalência de anemia verificada nos escolares, porém houve uma inadequação no consumo de alimentos fontes e facilitadores da absorção de ferro, particularmente nos adolescentes da rede pública de ensino e do sexo feminino.

  • JULIANA TEIXEIRA NUNES
  • Qualidade e equidade da assistência pré-natal e pós-parto entre adolescentes
  • Orientador : KEILA REJANE OLIVEIRA GOMES
  • Data: 03/07/2017
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  • INTRODUÇÃO: A qualidade da assistência pré-natal e pós-parto constitui importante indicador de saúde materno-infantil, indispensável à condução saudável da gestação. Variáveis sociodemográficas, econômicas e reprodutivas somadas à gravidez na adolescência, são determinantes sobre o nível de adequação da assistência pré-natal e pós-parto recebida pelas jovens. OBJETIVO: Analisar a qualidade e a equidade da assistência pré-natal e pós-parto entre adolescentes. METODOLOGIA: Estudo transversal realizado com adolescentes puérperas, nas cinco maternidades de Teresina-Piauí. A amostra, probabilística estratificada proporcional, foi calculada conforme a demanda de partos entre adolescentes ocorridos nessas instituições em 2012 (N=3.386), resultando em 483 entrevistadas. A coleta dos dados ocorreu de abril a junho de 2014, por meio de entrevista baseada em formulário pré-testado e consulta ao cartão da gestante. Investigaram-se 16 procedimentos técnicos, dez referentes ao pré-natal e seis ao pós-parto. O índice de qualidade da assistência considerou: início do pré-natal até 12ª semana gestacional, número de consultas realizadas ≥6 e realização de pelo menos 14 procedimentos técnicos. Para associação da equidade, as jovens foram divididas em quatro quartis de renda e três grupos de risco gestacional.  O banco de dados foi construído no programa Epi.info 6.04 e analisado no software SPSS versão 17.0. Realizaram-se análises: univariada, por meio de estatística descritiva e bivariada, adotando-se os testes Qui-quadrado e Exato de Fisher, com nível de significância p≤0,05. RESULTADOS: Predominaram jovens com média de 17,9 anos, não brancas (88,0%), em união estável/casadas (75,8%), menor escolaridade (79,5%), sem atividade remunerada (90,5%), pertencentes ao primeiro quartil de renda (52,0%). O perfil reprodutivo foi representado por jovens primíparas (85,7%) e intervalo interpartal inferior a 24 meses (51,4%). O serviço público foi majoritário entre jovens dos menores quartis (p<0,05). Cerca de metade iniciou o pré-natal no 1° trimestre e realizou o mínimo de seis consultas. Os procedimentos técnicos do pré-natal com menores coberturas foram: exames ginecológico (49,1%) e das mamas (23,6%), especialmente para jovens dos menores quartis de renda (p<0,05). Os procedimentos técnicos do pós-parto alcançaram baixas coberturas para todos os quartis de renda. A qualidade da assistência pré-natal e pós-parto alcançou nível adequado para apenas 8,7% das jovens e melhor resultado entre aquelas com maiores quartis de renda (10,7% e 13,3%, respectivamente). Também foi insatisfatória a qualidade da assistência para jovens de alto risco gestacional, em que apenas 0,6% obtiveram atendimento pré-natal /pós-parto adequado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi alta a inadequação da assistência pré-natal e pós-parto, relacionada tanto ao número de consultas e início tardio do acompanhamento como, principalmente, à insuficiente realização de procedimentos essenciais às consultas.  A elevada inadequação da assistência entre jovens de menor renda e que possuem risco gestacional ratifica a Lei dos Cuidados Inversos, realidade vivenciada por jovens em situações de iniquidades. Desigualdades no cuidado demonstram ser ainda presentes, fortalecendo a necessidade de políticas voltadas à redução de fatores condicionantes dessas disparidades, em prol da assistência à saúde mais equânime.

  • LARISSE MONTELES NASCIMENTO
  • Prevalência de fatores de risco cardiovascular e sua associação com nutrientes aterogênicos em adolescentes.
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Data: 22/06/2017
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  • O risco cardiovascular é caracterizado por um conjunto de alterações metabólicas, incluindo obesidade, dislipidemia, hipertensão e intolerância a glicose, tais fatores desenvolvem-se em idades precoces. Os hábitos alimentares são um desses fatores que podem ser considerados determinantes para o desenvolvimento de doença cardiovascular, devido ao potencial aterogênico apresentado por alguns nutrientes. Objetivo: Verificar a prevalência de fatores de risco cardiovascular e investigar a associação entre esses fatores com nutrientes de efeito aterogênico em adolescentes. Métodos: Estudo do tipo transversal, realizado com 327 adolescentes, matriculados na rede pública e particular de ensino. Avaliaram-se os dados sociodemográficos, antropométricos, pressóricos, de consumo alimentar e bioquímicos. Além disso, foi calculado o risco cardiometabólico por meio da agregação dos fatores de risco expressa de forma contínua pela soma dos escores Z, para cada fator avaliado (pressão arterial, glicose, circunferência da cintura e perfil lipídico). A regressão de Poisson foi utilizada para estimar as razões de prevalência, onde o nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: Prevalências elevadas das alterações nos níveis de LDL-c, HDL-c e TG foram observadas para escolas públicas. O risco cardiometabólico foi maior entre as garotas e na análise da razão de prevalência, notaram-se associações para pressão arterial e glicose com sexo feminino, apontando proteção. Menores prevalências para a escola pública foi apresentada para alterações pressóricas, em contrapartida verificaram-se associações que apontam risco, como elevados níveis de LDL-c, CT, TG e baixos de HDL-c. Associações significativas ainda foram observadas entre consumo elevado de gordura saturada com glicemia, elevada ingestão de colesterol com a glicose e CT e o baixo consumo de fibras com CT. Conclusão: As maiores prevalências de fatores de risco foram observadas no sexo masculino e nas escolas públicas. Ainda notou-se que o consumo excessivo de gordura saturada e colesterol e a baixa ingestão de fibras tem associação com alterações metabólicas que levam ao surgimento precoce de fatores de risco, como níveis de glicose e CT elevado. Portanto, tornam-se necessárias intervenções de saúde, especialmente no ambiente escolar, com intuito de reduzir a sua exposição à má alimentação e o consequente desenvolvimento precoce de fatores de risco cardiovasculares clássicos.

  • LÚCIA DE FÁTIMA DA SILVA SANTOS
  • As ações do Programa Saúde na Escola na perspectiva dos profissionais da saúde e da educação.
  • Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Data: 23/03/2017
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  • O vínculo entre saúde e educação é reconhecido desde a antiguidade grega consolidando-se como uma estratégia importante e necessária para a efetivação de políticas públicas de saúde. Atualmente, a saúde na escola tem sido alvo de significativa atenção de órgãos internacionais, ratificando sua relevância mundialmente. No intuito de estabelecer a intersetorialidade entre os setores saúde e educação e promover a saúde integral no ambiente escolar, foi instituído o Programa Saúde na Escola (PSE) no território brasileiro. O objetivo deste estudo foi analisar o processo de implementação das ações de saúde propostas pelo PSE segundo os enfermeiros das equipes de Saúde da Família (ESF) e os gestores das escolas municipais de Teresina. Neste estudo realizamos uma análise de implementação, com abordagem qualitativa e seleção intencional determinada pela saturação dos dados. Conduzimos entrevistas semiestruturadas, entre junho e outubro de 2016, posteriormente submetidas à análise de conteúdo temática. Participaram da pesquisa nove enfermeiros das ESF atuantes no PSE e 11 gestores de escolas municipais da cidade de Teresina, Piauí- Brasil. Os dados analisados apontaram sete categorias temáticas: Ações de saúde; Planejamento das ações de saúde; Desenvolvimento das ações de saúde; Integralidade das ações de saúde; Aspectos facilitadores; Aspectos dificultadores; e Alcance dos objetivos do PSE. Constatamos que as ações de saúde desenvolvidas no PSE em Teresina visam à prevenção de doenças, possuem foco biológico e as ações voltadas para a promoção de saúde são pontuais. Observamos que, para alguns trabalhadores, essas ações tem alcance limitado na promoção da saúde, prevenção e assistência à saúde. Apontamos a ausência de articulação entre os setores, comprometendo a intersetorialidade a integralidade das ações de saúde. A parceria entre os atores envolvidos no programa e a proximidade entre a escola e a unidade básica de saúde (UBS) foram citados como aspectos facilitadores para execução das ações do PSE. Como aspectos dificultadores foram citados falhas na comunicação entre os atores envolvidos no programa, deficiência de recursos humanos e materiais e a ausência de colaboração da família e/ou da escola. O presente estudo revelou alguns desafios a serem enfrentados na implementação do PSE, tais como a superação do modelo biomédico e da setorialidade. Acreditamos que novos estudos, indo além das ações de saúde e inserindo novos atores e abordagens podem favorecer a elaboração de diretrizes para contribuir na consolidação da saúde integral no ambiente escolar.

  • MARIA DO SOCORRO OLIVEIRA GUIMARÃES
  • Avaliação da implantação dos núcleos hospitalares de epidemiologia no estado do Piauí
  • Orientador : JESUSMAR XIMENES ANDRADE
  • Data: 20/03/2017
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  • INTRODUÇÃO: Os avanços na estrutura organizacional do Sistema Único de Saúde permitiram a descentralização das ações de vigilância epidemiológica. Os Núcleos Hospitalares de Epidemiologia constituíram uma importante fonte de informação sobre doenças e agravos, sendo referência para os gestores e como fonte de informação para tomada de decisão. OBJETIVO: Avaliar a implantação dos Núcleos Hospitalares de Epidemiologia no Estado do Piauí. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa avaliativa, realizada em nove núcleos hospitalares de epidemiologia no Estado do Piauí, localizados na capital e no interior, que tiveram sua implantação homologada até 2014, mediante Portaria Ministerial. Foram avaliadas as dimensões, estrutura e processo. No tocante à estrutura, avaliou-se a ambiência, os recursos materiais e humanos e a regulamentação. Quanto ao processo, foram avaliadas as práticas operacionais que envolvem as atividades de vigilância epidemiológica, além de ensino, pesquisa e gestão. Os dados foram obtidos mediante aplicação de questionário e observação direta e agrupados em matriz de julgamento de modo que o somatório dos pontos obtidos determinou a adequabilidade da implantação. RESULTADOS: Apenas um núcleo apresentou 82,6% de conformidades. Portanto, implantação adequada. A maioria deles teve implantação insatisfatória. E um foi considerado com implantação crítica. A falta de regulamentação dos núcleos, bem como a de planejamento, foram os principais entraves encontrados. As atividades de ensino são incipientes e o fomento à pesquisa inexiste nos núcleos avaliados. CONCLUSÃO: O estudo constatou que a implantação dos núcleos hospitalares de epidemiologia no Estado do Piauí não ocorreu de forma satisfatória. 

     

  • ELLAINE SANTANA DE OLIVEIRA
  • Estresse e comportamentos de risco à saúde entre estudantes universitários
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Data: 15/03/2017
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  • O ingresso na universidade traz consigo uma série de mudanças à vida do jovem. As novas demandas sociais e acadêmicas podem favorecer a adoção de hábitos de vida prejudiciais à saúde, além disso, o aumento crescente nos níveis de psicopatologia nesta população, especialmente através da presença de níveis elevados de estresse, ansiedade e depressão demonstram os riscos à vulnerabilização da saúde mental, aos quais estes indivíduos estão expostos, a partir de falhas no processo de adaptação do estudante, ao tentar administrar as diversas atividades diárias e conciliá-las às suas necessidades sociais e familiares. Visto que a literatura tem apontado associação entre adoção de um estilo de vida não saudável e o baixo nível de bem-estar psicológico, objetivou-se analisar o nível de estresse e sua relação com comportamentos de risco à saúde, estado nutricional e pressão arterial de acadêmicos de uma instituição pública de ensino superior. Trata-se de um estudo descritivo do tipo transversal de natureza quantitativa, realizado no período de abril a novembro de 2016, em uma instituição de ensino superior da cidade de Picos-PI. Participaram 377 estudantes de 18 a 30 anos, tendo sido avaliados quanto às suas características sociodemográficas e acadêmicas, perfil de estresse, qualidade do sono, risco e provável dependência alcoólica, tabagismo e nível de atividade física. Foram aferidas ainda as medidas de peso e altura para obtenção do Índice de Massa Corporal e classificação do estado nutricional, além das medidas de circunferência da cintura e do pescoço e determinação dos níveis pressóricos. Para processamento e análise dos dados, foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Houve predominância de estudantes universitários do sexo feminino (61,5%), de 18 a 21 anos (61,5%), pardos (54,6%) e solteiros (92,8%), com renda familiar na faixa de 1 a 3 salários mínimos (68,4%), pertencentes às classes econômicas C1 e C2 (53,6%), que residem com familiares (57,0%), oriundos de outros municípios do Piauí (53,3%), pertencentes aos cursos da área de saúde (40,6%), e com  tempo desde o ingresso na instituição em mediana de 30 meses. Em relação aos comportamentos de risco, destaca-se a qualidade do sono, ruim para 65,3% dos indivíduos e distúrbio do sono para 17,0%. O IMC relevou excesso de peso em 21,3% dos acadêmicos, sem alterações nas aferições da circunferência do pescoço, da cintura e dos níveis pressóricos para a maioria dos estudantes.  O estresse foi observado em 68,7% da amostra, com maior prevalência de indivíduos na fase de resistência (54,1%), e maioria de sintomas psicológicos (65,6%). Demonstrou-se associação significativa entre o estresse e as seguintes variáveis: sexo (p= 0,000), tempo na instituição(p=0,031), má qualidade do sono (p=0,000) e pressão arterial sistólica (p=0,015). Conclui-se que a maioria dos estudantes avaliados apresenta algum nível de estresse, e que este possui relação com a pressão arterial e com má qualidade do sono, comportamento de risco mais prevalente nesta população, demonstrando a necessidade de atenção a este problema, a partir da construção de estratégias educativas com foco nas formas de enfrentamento ao estresse e na escolha por comportamentos de vida cada vez mais saudáveis, além de medidas de acompanhamento do processo de adaptação do estudante à vida universitária, que poderão implicar positivamente na qualidade de vida dos universitários.

  • JULIANY MARQUES ABREU DA FONSECA
  • INFLUÊNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE ADOLESCENTES
  • Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
  • Data: 10/03/2017
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  • O sobrepeso e a obesidade representam grandes desafios à saúde pública mundial. Com manifestação cada vez mais precoce, são fatores de risco que podem interferir em diversos aspectos, dentre eles, na capacidade física funcional, representada pela habilidade de desempenhar as atividades de vida diária. Nesse sentido, este trabalho objetivou analisar a influência do estado nutricional na capacidade funcional de adolescentes. Trata-se de estudo transversal, realizado no segundo semestre de 2016, em escolas públicas de ensino fundamental do município de Teresina – PI. Participaram 198 adolescentes, de 10 a 14 anos, avaliados quanto a dados demográficos: sexo, idade e grupo étnico; antropométricos: peso, estatura e índice de massa corporal; nível de atividade física, estimado através do Questionário Internacional de Atividade Física; flexibilidade pelo teste de sentar e alcançar sem banco e capacidade funcional pelo teste de caminhada de seis minutos. Antes e após o teste foram coletados os dados clínicos de pressão arterial, saturação de oxigênio, frequência cardíaca, frequência respiratória e esforço percebido pela escala de Borg. Para a análise estatística, utilizou-se o SPSS versão 20.0. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com o parecer 1.755.806. Houve predominância de adolescentes do sexo feminino (62,6%) e cor da pele autorreferida parda (64,6%). A prevalência de excesso de peso não apresentou diferença entre sexos (p=0,267). Os meninos mostraram melhor flexibilidade (p=0,000), maior nível de atividade física (p=0,033) e maior distância percorrida (p=0,001). Adolescentes com excesso de peso percorreram menores distâncias (p=0,028) e apresentaram maiores diferenças entre variáveis clínicas antes e após o teste. O nível de atividade física não apresentou diferença entre suas categorias que pudesse influenciar na distância percorrida (p=0,987). A maioria dos adolescentes avaliados apresentou capacidade funcional abaixo do esperado. Conclui-se que o estado nutricional influencia a capacidade funcional, aspecto observado através da menor distância percorrida por adolescentes com excesso de peso no teste de caminhada de seis minutos e também pelas maiores diferenças entre variáveis clínicas encontradas neste grupo, antes e após o teste, indicando menor tolerância ao exercício. A prevalência de capacidade funcional abaixo do esperado é fator alarmante devido sua relação com o risco cardiovascular. Sugere-se o estímulo à realização de atividades físicas diárias, bem como o acompanhamento nutricional, com vistas a prevenir ou minimizar as alterações associadas ao excesso de peso.

2016
Descrição
  • RANIELA BORGES SINIMBU
  • EVOLUÇÃO DO SOBREPESO E OBESIDADE EM ADULTOS RESIDENTES EM TERESINA – PIAUÍ
  • Data: 20/12/2016
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  • Introdução: O sobrepeso e a obesidade são considerados graves problemas de saúde pública, pois são fatores de risco importantes para o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis, acarretando sérios danos à saúde das pessoas. Objetivo: Analisar a evolução temporal dos indicadores de sobrepeso e obesidade em adultos residentes em Teresina, capital do estado do Piauí, no período de 2006 a 2015. Metodologia: Trata-se de um estudo de séries temporais utilizando as bases de dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico no período de 2006 a 2015. Estimou-se a tendência da prevalência de excesso de peso pelo o modelo de regressão linear simples e o cálculo da razão de prevalência segundo sexo, faixa etária e nível de escolaridade. Resultados: Houve aumento significativo na prevalência de sobrepeso (de 26,8% para 33,7%; p<0,001), obesidade (de 10% para 15,8%; p<0,001) e obesidade mórbida (de 0,6% para 1,4%; p=0,012) em adultos residentes em Teresina no período analisado. Maior incremento foi observado para obesidade mórbida no sexo feminino, idade de 55 a 64 anos e menor grau de escolaridade. Conclusão: O estudo evidencia o grave problema do aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade em Teresina. Deve-se desenvolver ações para modificar este cenário por meio de intervenções no setor saúde, educação e mobilização social voltadas para a redução destes indicadores.

  • PRISCILLA DANTAS ALMEIDA
  • INCAPACIDADES FÍSICAS E VULNERABILIDADE INDIVIDUAL DE CASOS DE HANSENÍASE EM MUNICÍPIOS HIPERENDÊMICOS
  • Orientador : TELMA MARIA EVANGELISTA DE ARAUJO
  • Data: 16/12/2016
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  • Introdução: A hanseníase é considerada um problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, devido à sua capacidade de provocar incapacidades físicas e estigmas nas pessoas acometidas. Assim, apesar de apresentar diagnóstico relativamente simples, realizado na Atenção Básica, e oferta da Poliquimioterapia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), observa-se que ainda existem muitos casos da doença em âmbito universal. No Brasil, em 2014, foram detectados 31.064 casos, com coeficiente de detecção geral de 15,32/100.000 habitantes, com avaliação neurológica no momento do diagnóstico de apenas 86,99% deles. Ressalta-se que no mesmo ano, os coeficientes de detecção geral de hanseníase indicaram o Estado do Piauí como endêmico para doença (33,74/100.000 habitantes) e hiperendêmicos, os municípios de Floriano (85,18/100.000 habitantes) e Picos (48,49/100.000 habitantes). Diante da crescente necessidade de se intensificar as ações de controle da hanseníase, devem-se buscar novas estratégias para aproximar profissionais e gestores de saúde da problemática que envolve a hanseníase, especialmente no tocante à vulnerabilidade individual e sua relação com as incapacidades físicas produzidas. Objetivo: Analisar a associação entre as incapacidades físicas dos casos de hanseníase e a vulnerabilidade individual em dois municípios hiperendêmicos. Método: Trata-se de um estudo transversal, realizado com o universo dos casos notificados entre 2001 a 2014, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e que foram localizados por ocasião da coleta dos dados em 2016 (n=603). Utilizaram-se os Softwares: EpiInfo® Versão 7.0 e STATA® Versão 13.0. Foram realizadas análises univariadas, por meio de estatísticas descritivas simples. Na estatística inferencial foram aplicados testes de hipóteses bivariados, com utilização do Qui-quadrado e Teste Exato de Fisher. As variáveis, que na análise bivariada apresentaram valor de p < 0,20, foram submetidas ao modelo multivariado de regressão logística binomial (odds ajustado). Resultados: Observou-se que os casos, em sua maioria, eram do sexo masculino, com baixa escolaridade e baixas condições econômicas. Ao diagnóstico apresentavam-se com a classificação operacional paucibacilar (53,57%), e forma clínica indeterminada (35,82%). Verificou-se associação estatisticamente significante entre o grau de incapacidade física e as variáveis explicativas: saúde percebida, sexo, classificação operacional, escolaridade e forma clínica (p<0,05). Conclusão: A identificação da relação entre aspectos que compõem a vulnerabilidade individual com as incapacidades física revelou a necessidade de ações específicas e novas estratégias pelos serviços de saúde, valorizando a continuação do cuidado após a alta, com vistas a redução e controle da hanseníase, e ainda de ações intersetoriais, de modo a favorecer apoio psicológico, social e econômico às pessoas acometidas pela doença.

  • RENATO MENDES DOS SANTOS
  • DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS ATENDIDAS EM SALAS DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: OS HÁBITOS DE SONO INFLUENCIAM?
  • Orientador : FERNANDO FERRAZ DO NASCIMENTO
  • Data: 28/11/2016
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  • A dificuldade de aprendizagem é pertinente na infância e está associado a muitos fatores sociais. Como o sono é de vital importância para o desenvolvimento infantil e é um dos fatores pouco conhecido, quando associado à dificuldade de aprendizagem e ao desenvolvimento de crianças com transtorno funcional específico, atendidas em Salas de Atendimento Educacional Especializado – A.E.E., poucos estudos longitudinais foram conduzidos no sentido de caracterizar o perfil cognitivo e os hábitos de sono de crianças de 7 a 12 anos atendidas nessas salas de apoio especializado. Como as salas são programadas para crianças com deficiências, a proposta foi fazer uma caracterização das crianças com transtornos funcionais específicos encontradas em escolas municipais na zona urbana em Teresina – PI, de crianças com algum tipo de transtorno funcional específico (Dislexia / Disortografia / Disgrafia / Discalculia / Transtorno de Déficit de Atenção (com ou sem hiperatividade), que são atendidas nessas salas, avaliando o perfil cognitivo, a relação familiar, a classificação econômica e a relação entre os hábitos de sono e os transtornos funcionais nessa faixa etária. Participaram da pesquisa 70 crianças da educação fundamental, em 16 escolas públicas municipais: 04 escolas na zona leste, 04 escolas na zona norte, 03 escolas na zona sudeste e 05 escolas na zona sul, foram avaliadas. Para fazer a caracterização do sono foi utilizado o questionário de hábitos de sono e para avaliar o perfil cognitivo foram utilizados testes psicológicos TDE – Teste de Desenvolvimento Escolar e TNVRI – Teste Não Verbal de Raciocínio Infantil. Observou-se que as crianças apresentaram um nível inferior em relação ao teste de Desempenho Escolar. Em Relação aos testes Não Verbal não detectamos correlações entre variáveis de sono e escores resultados do teste. Dessa forma, é possível afirmar que o sono não é o principal fator associado a dificuldade de aprendizagem e que não existe associações entre os hábitos de sono e avaliação cognitiva. Estudos adicionais são necessários para avaliar o efeito de demais fatores.

  • SARAH DE MELO ROCHA CABRAL
  • Risco cardiovascular e síndrome metabólica em indivíduos com transtorno mentais
  • Orientador : MARIZE MELO DOS SANTOS
  • Data: 05/11/2016
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  • INTRODUÇÃO: A síndrome metabólica (SM) é um transtorno complexo que compreende um conjunto de fatores fisiopatológicos interconectados e que influenciam diretamente no aumento do risco para doença cardíaca. Pacientes com transtornos mentais são mais susceptíveis à doenças cardiovasculares e alterações do metabolismo quando comparados à população comum. OBJETIVO: Avaliar o risco cardiovascular e síndrome metabólica em indivíduos com transtornos mentais. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo analítico, transversal, realizado com indivíduos, de ambos os sexos, maiores de 18 anos, atendidos nos Centros de Atenção Psicossocial de Teresina-PI. A amostra foi fundamentada nos parâmetros de Thompson e distribuída por estratificação proporcional à zona distrital. O instrumento de coleta dos dados foi um formulário abordando dados de identificação dos pacientes, condições sócio-econômicas, dados clínicos, bioquímicos e antropométricos. Os diagnósticos psiquiátricos foram agrupados segundo Classificação Internacional de doenças (CID-10). O risco cardiovascular foi quantificado pelo Escore de Framinghan. A SM foi determinada mediante critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), do National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel (NCEP-ATP III) e International Diabetes Federation (IDF). Utilizou-se estatística descritiva analítica; teste Qui-quadrado de Pearson e Teste Exato de Fisher para associações; para teste de avaliação de razões de chances, Odds Ratio. O nível de significância adotado para todos os testes foi de α= 0,05. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. RESULTADOS: Participaram do estudo 298 indivíduos, sendo 59,1% do sexo feminino. Os transtornos esquizotípicos e delirantes foram os mais prevalentes (50%), seguidos dos transtornos de humor (39,3%), sendo estes mais frequentes em mulheres (50,0%) e aqueles, em homens (60,7%). Apresentaram síndrome metabólica, de acordo com a definição da OMS, NCEP e IDF, respectivamente, 5,4% e 41,3% e 46% dos participantes. A maior parte dos indivíduos (81,9%) apresentou baixo risco cardiovascular e 13,8%, risco moderado. As chances de indivíduos que apresentaram síndrome metabólica  (critério  OMS) possuírem  risco cardiovascular moderado a alto foi 12,22 vezes maior que aqueles que não apresentaram; já em relação aos critérios da NCEP e IDF, foi 8,01 e 6,23 vezes, respectivamente. CONCLUSÃO: A prevalência da SM, quando diagnosticada pelos critérios da NCEP e IDF, foi alta. Além disso, a investigação aponta para elevada prevalência de risco cardiovascular moderado/alto em indivíduos com transtornos mentais e determina sua significativa associação com a SM.



Dissertações/Teses Antigas
2019
Descrição
  • SIMONE BARROSO DE CARVALHO
  • CONHECIMENTO, ATITUDE E PRÁTICA DE ADOLESCENTES SOBRE VACINAÇÃO CONTRA PAPILOMAVÍRUS HUMANO
  • Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
  • Ano: 2019
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  • INTRODUÇÃO: A infecção pelo Papilomavírus Humano é responsável por aproximadamente 500 mil casos novos de neoplasia cervical em todo o mundo, e é na adolescência que existe o maior risco de infecção por este vírus em virtude do início precoce da atividade sexual, das práticas sexuais desprotegidas, grandes números de parceiros e contato com outras Infecções Sexualmente Transmissíveis. A vacinação é uma estratégia relevante para a saúde pública, pois é uma ação preventiva reconhecida pelo impacto na redução da morbimortalidade de doenças imunopreveníveis. OBJETIVO: avaliar o conhecimento, a atitude e a prática de escolares acerca da vacinação contra Papilomavírus Humano. METODOLOGIA: estudo avaliativo do tipo Conhecimento, Atitude e Prática, de corte transversal, realizado em 22 escolas públicas do interior piauiense, com meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A amostra foi calculada com base em uma margem de erro de 3% e nível de confiança de 95% e proporção máxima de ocorrência do fenômeno de 50%, totalizando 631 indivíduos. A coleta de dados ocorreu em salas reservadas no período de fevereiro a novembro de 2018, por meio de um questionário. Os dados foram compilados e analisados com o auxílio do software estatístico SPSS versão 20.0. Para a análise do conhecimento, atitude e prática utilizou-se os itens de avaliação de escala likert apresentados na Classificação dos Resultados das Intervenções de Enfermagem e para as associações entre as variáveis, foi utilizado o Teste Qui-quadrado de Pearson. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, com parecer nº 2.429.531 e seguiu os princípios éticos estabelecidos na resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. RESULTADOS: Dos 631 entrevistados, 56,4% eram mulheres. A idade variou entre 09 a 14 anos 11 meses e 29 dias, com predomínio de escolares com 11 anos. Nos dois sexos, foi maior a proporção de indivíduos de cor da pele parda 44,5%. A maioria dos escolares era solteiro 82,4%, católicos 59,6%, apenas estudava 85,7% e possuía renda familiar menor que um salário mínimo. O inquérito Conhecimento, Atitude e Prática, permitiu identificar que a maioria dos escolares foram classificados com conhecimento, atitude e prática adequada, 65,9%, 80,5% e 65,8%, respectivamente. Verificou-se uma associação estatisticamente significativa entre o conhecimento e a prática (p= 0,028), não houve significância estatística na busca de associação entre a atitude e a prática (p= 0,663). CONCLUSÃO: Observou-se que ter conhecimento adequado aumentou a probabilidade de ter uma prática adequada. A educação em saúde envolvendo escolares e familiares, consulta programada, busca ativa e fortalecimento do Programa Saúde na Escola são alternativas e propostas que precisam ser revistas e avaliadas quanto a sua efetividade, pois são imprescindíveis para a conscientização e participação dos escolares acerca dos serviços de saúde aos quais têm direito. A participação do profissional de saúde é essencial, principalmente o enfermeiro, visto que é um ator em ações adequadas no enfrentamento dos problemas de saúde.
  • VANDOVAL RODRIGUES VELOSO
  • SENTIMENTO DE INSEGURANÇA E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO POR ADOLESCENTES DA REDE PRIVADA DE ENSINO DE TERESINA-PIAUÍ
  • Orientador : CÁSSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
  • Ano: 2019
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  • INTRODUÇÃO: A violência envolvendo adolescentes no contexto escolar configura- se como um problema de saúde pública e justifica o sentimento de insegurança daqueles que a frequentam. O sentimento de insegurança traz implicações diretas ao processo de integração de adolescentes à escola e à sociedade, sendo fundamental compreender a atuação desse construto no campo da saúde pública. OBJETIVO: Analisar as estratégias de enfrentamento ao sentimento de insegurança por adolescentes das escolas da rede privada de Teresina-Piauí. METODOLOGIA: Estudo transversal, de metodologia mista sequencial explanatória, composta de uma etapa quantitativa, seguida de uma etapa qualitativa. Na etapa quantitativa foi aplicado um questionário englobando aspectos sociodemográficos e violência em 238 adolescentes. Foram realizadas análises univariada, por meio de estatística descritiva, e bivariada, utilizando-se o teste de correlação de Spearman, teste Qui- quadrado de Pearson (χ 2 ) e Regressão Logística Binária com intervalos de confiança de 95% (IC95%) e nível de significância de 5%. Na segunda etapa, foram selecionados dois alunos de cada uma das duas escolas com maior e menor prevalência do sentimento de insegurança, totalizando oito alunos, com igual distribuição entre os sexos. RESULTADOS: A amostra estudada apresentou idade média de 16,0 (±1,1) anos, sendo 47,5% do sexo masculino e 52,5% do sexo feminino. A prevalência do sentimento de insegurança foi de 17,6%, com predominância no sexo feminino. Os fatores associados significativamente (p<0,05) com o sentimento de insegurança incluíram os adolescentes que sofreram ameaças (OR=3,40; IC95%: 1,63-7,09) e intimidação (OR=2,92; IC95%: 1,43-5,95). Os achados qualitativos revelaram que os adolescentes das duas escolas de maior prevalência de sentimento de insegurança apresentaram relatos de atos violentos de maior gravidade nas categorias Experiência de violência observada na escola e Vivência de experiência de violência, enquanto os adolescentes das duas escolas de menor prevalência de sentimento de insegurança relataram atos violentos de menor gravidade, para essas mesmas categorias. CONCLUSÃO: Os adolescentes afirmaram sentir insegurança nos arredores das escolas e no trajeto casa-escola- casa em ambas as etapas da pesquisa, porém, não houve relato, nas entrevistas, de estratégias de enfrentamento ao sentimento de insegurança no interior das escolas, apenas em seus arredores e no trajeto casa-escola-casa. A triangulação entre métodos apontou para a convergência dos resultados das etapas quantitativa e qualitativa da pesquisa (categorias Experiência de violência observada na escola e Vivência de experiência de violência). Os achados indicam a necessidade de maior compreensão das estratégias de enfrentamento ao sentimento de insegurança por adolescentes no contexto das escolas privadas a fim de se implementar ações que proporcionem um clima escolar favorável à aprendizagem e diminuam os danos emocionais e psicológicos relacionados às situações adversas às quais estão expostos.
  • PATRÍCIA VIANA CARVALHEDO LIMA
  • VIOLÊNCIA CONTRA PROFESSORES EM ESCOLAS DO ENSINO MÉDIO
  • Orientador : MALVINA THAÍS PACHECO RODRIGUES
  • Ano: 2019
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  • INTRODUÇÃO: A violência escolar tem se configurado como um importante problema de saúde pública. Neste contexto, o professor é um dos profissionais que está mais exposto a situações que ameaçam sua integridade física e moral. OBJETIVO: Analisar a ocorrência de violência contra professores de escolas públicas e privadas do ensino médio e os fatores associados. METODOLOGIA: Estudo transversal analítico, realizado com 279 professores do ensino médio em Teresina-PI. Para verificar a associação entre as variáveis foi utilizado o teste de Wald e análise multivariada pelo modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência (RP) e intervalo de confiança de 95% (IC95%) foi adotado nível de significância de 5%. RESULTADOS: A maior parte dos docentes era do sexo masculino (58,1%), com até 40 anos de idade (58,5%) e lecionavam em escolas particulares (50,2%). A média do tempo de docência foi de 13,1 anos. A prevalência de professores que vivenciaram alguma situação de violência foi de 54,8%. Os insultos verbais foram os eventos mais frequentes (39,4%). Escolas localizadas nas regionais leste (RP=1,65; IC95% 1,14; 2,39) ou sul (RP=1,48; IC95% 1,05;2,08) apresentaram associação positiva com violência em comparação às escolas da regional centro/norte. Ter sido alvo de insultos verbais foi associado positivamente ao trabalho em escolas de administração pública (RP=1,45; IC95% 1,00;2,11) e com aquelas que se se encontram nas regionais leste (RP=1,85; IC95% 1,17;2,93) e sul (RP=1,59; IC95% 1,05;2,41) em comparação às escolas do centro/norte. Trabalhar em apenas uma escola foi associado negativamente ao assédio sexual (RP=0,93; IC95% 0,86; 0,99). CONCLUSÃO: A maior parte dos professores sofreu algum tipo de violência no ambiente escolar, associada a fatores como o sexo, tipo de gestão, localização da escola e a quantidade de locais em que lecionava. Os dados encontrados podem facilitar o diagnóstico da situação dos professores no ensino médio, bem como servir de subsídio para a elaboração de um plano de intervenção. Enfatiza-se a necessidade de buscar formas de prevenção e enfrentamento da violência, bem como a capacitação de professores e gestores para que possam gerir os conflitos de modo que esses não se concretizem em atos violentos.
  • STEPHANIE SARAH CORDEIRO DE PAIVA
  • ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL DO HEART DISEASE KNOWLEDGE QUESTIONNAIRE PARA ADOLESCENTES BRASILEIROS TERESINA
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Ano: 2019
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  • O presente estudo teve como objetivo traduzir, adaptar transculturalmente e validar o Heart Disease Knowledge Questionnaire para adolescentes brasileiros, portanto, trata-se de um estudo metodológico. A diretriz adotada, Beaton et.al (2007), tem aceitação internacional e consistiu nas seguintes etapas: tradução, síntese das traduções, retrotradução, comitê de especialistas, pré-teste, submissão da versão final à autora do instrumento. Todo o processo aconteceu de janeiro a novembro de 2018. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e pesquisa com o parecer nº 2.344.661. O instrumento foi reorganizado em 35 itens para as etapas 1-4. A tradução foi feita por dois tradutores, um informado e outro não informado sobre os conceitos abordados no instrumento, ambos bilingues, cuja língua materna era o português – resultando nas versões T1 e T2. A síntese das traduções foi realizada por meio de consenso entre os tradutores e todo o processo registrado e mediado pela pesquisadora – resultando na versão T12. Outros dois tradutores fizeram as retrotraduções, ambos cegos sobre o instrumento original, bilíngues, cuja língua materna era o inglês – resultando nas versões RT1 e RT2. O comitê de especialistas foi formado por sete profissionais a partir de critérios que garantissem a qualidade e competência para avaliação da equivalência da tradução, que foi julgada em quatro aspectos: semântica, idiomática, cultural e conceitual. Dos 35 itens, 24 obtiveram índice de validade de conteúdo (IVC) ≥ 0,80, não sendo necessárias alterações na versão T12 destes itens. Após ajustes implementados com base nas sugestões dos especialistas, outros 10 itens obtiveram aprovação pelo IVC. O IVC geral do instrumento foi de 0,93. O item 25, que não havia obtido IVC suficiente para aprovação foi alterado em posterior análise e submetido à avaliação da autora, que aprovou a versão proposta. O pre-teste foi realizado com 30 adolescentes de 13 a 18 anos de Teresina, Piauí. Foi utilizada uma escala likert para avaliar a compreensão dos itens, e a estratégia de brainstorming para obter sugestões dos adolescentes para os itens não compreendidos. Após esta etapa onze itens necessitaram de adaptações. A versão brasileira do instrumento foi retrotraduzida para submissão à autora, que não apresentou objeção ao questionário adaptado. A versão brasileira – Questionário de Doenças Cardíacas – permaneceu com os 30 itens do instrumento original, e o segmento criterioso das etapas do referencial adotado para adaptação transcultural, garantiu o alcance da equivalência e validade de conteúdo dos itens. Estudo subsequente será realizado para identificar as propriedades psicométricas do instrumento adaptado.
  • RONIELE ARAÚJO DE SOUSA
  • FATORES ASSOCIADOS À UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE POR ADOLESCENTES
  • Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Ano: 2019
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  • INTRODUÇÃO: O conhecimento sobre a utilização dos serviços de saúde por uma população é fundamental para avaliação do sistema de saúde, além de contribuir para o conhecimento, desenvolvimento e melhorias dos serviços. No entanto, este tema ainda é pouco pesquisado entre os adolescentes. OBJETIVO: Analisar os fatores associados à procura dos serviços de saúde pelos estudantes do 9º ano do ensino fundamental da rede pública de Parnaíba-PI. MÉTODO: Estudo transversal do tipo inquérito populacional, cujos entrevistados foram os adolescentes do 9º ano do ensino fundamental público da zona urbana de Parnaíba-PI. A coleta de dados ocorreu no período de outubro de 2017 a maio de 2018. As variáveis referiram-se às características sociodemográficas, aspectos familiares, comportamentos de risco, situação de saúde e uso dos serviços de saúde. Foram calculadas as prevalências e seus respectivos intervalos de confiança a 95% (IC95%). Aplicou-se o modelo de regressão logística múltipla para verificar as associações. RESULTADOS: Observouse que menos da metade (42,8%) dos adolescentes procuraram algum serviço de saúde, sendo a maior procura pelo sexo feminino (61,1%). A Unidade Básica de Saúde foi relatada em 58,9% como o local preferencial de acesso. Os adolescentes que fumam, consomem álcool, não utilizam métodos contraceptivos e/ou não usam capacete tiveram menor prevalência na procura pelos serviços. No modelo de ajuste final, foi verificado que usar drogas ilícitas (OR: 0,50; IC95%: 0,28;0,93) teve associação estatística negativa com a procura dos serviços de saúde. CONCLUSÃO: A procura pelos serviços de saúde pelo sexo feminino pode estar relacionada ao maior cuidado com a saúde. Consumir drogas ilícitas pode dificultar a percepção de saúde. É recomendado a realização de estudos específicos para melhor compreensão da relação dos comportamentos de riscos e situação de saúde com o uso dos serviços. As informações produzidas servirão para gestores e profissionais de saúde refletirem sobre as ações e os serviços de saúde estabelecidos, assim como permitirão o desenvolvimento de programas e estratégias mais eficazes para uma atenção à saúde integral dos adolescentes.
  • SEMIRA SELENA LIMA DE SOUSA
  • ANÁLISE DA QUALIDADE DO SONO DE HIPERTENSOS ASSISTIDOS NA ATENÇÃO BÁSICA
  • Orientador : Fernando Ferraz do Nascimento
  • Ano: 2019
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  • INTRODUÇÃO: Dados revelam que pessoas com hipertensão tem pior qualidade do sono e são mais suscetíveis a terem distúrbios do sono, em especial a síndrome da apneia obstrutiva do sono, que tem a sonolência diurna excessiva como um dos principais sintomas. A síndrome da apneia obstrutiva do sono influencia no surgimento da hipertensão e vice-versa, juntas somam altas taxas de morbidade na população e possuem uma relação bilateral. OBJETIVO: Analisar a qualidade do sono de hipertensos assistidos na atenção básica. METODOLOGIA: Estudo transversal, realizado no perímetro urbano da rede básica de saúde do Município de Teresina-PI, que foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com o parecer 2.379.741. Participaram 390 hipertensos, avaliados pelos instrumentos: Índice de Qualidade do Sono Pittsburgh, Escala de Sonolência de Epworth, Questionário Clínico de Berlim; e o Questionário sociodemográfico, comportamental e clínico. Realizou-se análise univariada, com procedimentos de estatística descritiva; bivariada com o teste qui-quadrado de Pearson; e multivariada com regressão de Poisson. Foram calculadas as Razões de Prevalências (RP), para todas as variáveis que obtiveram um p<0,20 na análise bivariada e significância avaliada pelo teste de Wald. O critério de nulidade foi de p<0,05. RESULTADOS: A média da idade dos hipertensos foi de 60,24 (±12,15) anos sendo a maioria do sexo feminino (73,3%). A qualidade do sono foi ruim com possíveis distúrbios do sono para 73,6% (IC 95%: 69,0-77,7) dos hipertensos, 62,6% (IC 95%: 57,0-67,2) apresentaram risco para síndrome da apneia obstrutiva do sono e 42,1% (IC 95%: 37,0-47,0) para sonolência diurna excessiva. Ainda assim, na análise bivariada, não houve associação da qualidade do sono e dos distúrbios do sono com hipertensão. Após o modelo de regressão (p<0,20), as variáveis atividade física regular (RP=1,34; IC95%: 1,02 – 1,75) e dependência alcoólica (RP=1,38; IC95%: 1,03 – 1,83), estiveram associadas estatisticamente a sonolência diurna excessiva (p=0,048) e alto risco para síndrome da apneia obstrutiva do sono (p=0,045), respectivamente. CONCLUSÃO: A qualidade do sono de pacientes hipertensos assistidos nas unidades básicas de saúde da cidade de Teresina-PI é ruim com possíveis distúrbios do sono, possuem alta prevalência de risco para sonolência diurna excessiva e síndrome da apneia obstrutiva do sono, associados a ausência de atividade física e possível dependência alcóolica, respectivamente. Ademais, acredita-se também que o diagnóstico preciso e o tratamento efetivo dos distúrbios do sono, em especial da síndrome da apneia obstrutiva do sono, poderiam reduzir os níveis pressóricos desses hipertensos.
  • DEBORAH FERNANDA CAMPOS DA SILVA
  • USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS POR ADOLESCENTES NO SEMIÁRIDO NORDESTINO
  • Orientador : LUÍSA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
  • Ano: 2019
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  • Introdução: A adolescência é caracterizada por um período de transição no qual o indivíduo é surpreendido por descobertas sobre si e o mundo. Não raro, o adolescente é pressionado no sentido de assumir comportamentos e tomar decisões impostas pelo seu meio social, assumindo assim, atitudes e riscos com relação a se posicionar contrário às convenções sociais, como por exemplo, o uso de substâncias psicotrópicas. Objetivo: Analisar o uso de substâncias psicotrópicas por adolescentes no semiárido nordestino. Métodos: Estudo de delineamento transversal realizado com adolescentes escolares de 13-17 anos, matriculados em 19 escolas públicas do município de Picos-PI. O cálculo utilizado para a obtenção da amostra foi a fórmula para estudos transversais quantitativos com população finita (2.581 estudantes), totalizando uma amostra de 404 adolescentes. A coleta de dados ocorreu entre os meses de março a novembro de 2018, com adolescentes cujo responsável autorizou a participação da pesquisa e assinou o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Campus de Picos) da Universidade Federal do Piauí, com número de parecer 2.429.523. O preenchimento dos questionários deu-se em sala de aula. Foi utilizado como instrumento para a coleta de dados o DUSI. Após a coleta, calcularam-se as estatísticas descritivas e inferenciais apropriadas às variáveis estudadas tais como: frequências absolutas e percentuais para caracterizar o perfil dos usuários, teste de Qui-Quadrado ou razão de verossimilhança para associações das variáveis categóricas. Foi assumido o valor de p < 0,05 para significância estatística. A variável de desfecho considerada foi ter usado alguma substância psicotrópica nos últimos 30 dias, independente da frequência do uso. Dois índices foram calculados após a aplicação do DUSI: Densidade Absoluta dos Problemas e Densidade Global de Problemas. Resultados: Quanto às características sociodemográficas dos participantes, houve uma predominância entre adolescentes do sexo feminino (60,4%); autodeclarados pardos (49,3%); com idade a partir de 15 anos (62,9%); que cursam o 9º ano do ensino fundamental (23,8%); com crença religiosa no catolicismo (58,7%). Verificou-se associação do uso de substância psicotrópica com idade, adolescentes entre 15 e 17 anos (p= 0,005), e série (p= 0,035), quanto maior a série, maior o consumo. O álcool (53,8%) foi a substância mais usada, seguido de analgésicos (40,4%), tranquilizantes (10,5%) e tabaco (9,6%). Ficou evidenciado também que 12,2% dos adolescentes assumiram ter problemas com alguma das 14 substâncias pesquisadas e que 81,4% se encontram em uso de risco. Os maiores problemas relacionados ao uso de substâncias psicotrópicas foram desordens psiquiátricas. Conclusão: As drogas lícitas são as mais consumidas pelos adolescentes. Fica clara a importância de um diagnóstico epidemiológico sobre o consumo de drogas por adolescentes para que haja efetivação de políticas públicas relacionadas à temática e a necessidade da concretização de alguns programas como Saúde na Escola, de maneira que alcance o adolescente de modo holístico e integral.
  • CYNTIA MENESES DE SÁ SOUSA
  • IDEAÇÃO SUICIDA EM ESCOLARES ADOLESCENTES: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS TERESINA 2019
  • Orientador : MÁRCIO DÊNIS MEDEIROS MASCARENHAS
  • Ano: 2019
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  • Introdução: O adolescente experimenta comportamentos que podem gerar quadros depressivos e resultar em ideações suicidas, a qual se refere a pensamentos de como acabar com a própria vida, considerada um importante fator de risco para o suicídio. Objetivo: Analisar a prevalência da ideação suicida e fatores associados entre escolares do ensino médio. Métodos: Estudo transversal com 674 adolescentes de escolas públicas e privadas em Teresina, Piauí, em 2016, selecionados por amostragem probabilística estratificada proporcional. O estudo faz parte de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), intitulada “Saúde na escola: diagnóstico situacional no ensino médio”. Foi utilizado questionário semi-estruturado, baseado no questionário da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE-2012) e no Inquérito de vitimização utilizado por Lecoque (2003). Realizou-se análise bivariada com o teste do Qui-quadrado e análise múltipla pelo modelo de regressão de Poisson para estimar as razões de prevalência (RP) e intervalos de 95% de confiança (IC95%). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI (parecer nº 1.495.975). Resultado: Os participantes do estudo foram em sua maioria do sexo feminino (56,7%), negros (77,4%), que moravam com os pais (85%), cujas mães apresentavam escolaridade ≥ 8 anos de estudo (68,8%), com renda familiar maior que um salário mínimo (58,3%), praticantes de alguma religião (86,8%) e procedentes de escola pública (64,7%). A prevalência de ideação suicida foi de 7,9%. Maior frequência de ideação suicida foi relatada entre estudantes do sexo feminino (10,2%), com p-valor de 0,052, se encontrando no limite da significância estatística. Ideação suicida foi associada estatisticamente aos alunos que referiram não residir com os pais (RP ajustada: 2,27; IC95%: 1,26-4,10; p<0,05) e àqueles que informaram ter sofrido violência sexual por outros alunos, professores ou funcionários da escola (RP ajustada: RP: 3,40; IC95%: 1,80-6,44; p<0,05), com uma prevalência de ideação suicida três vezes maior que a observada entre aqueles que não referiram esse tipo de violência. Conclusão: A ideação suicida entre adolescentes escolares de Teresina estava associada ao sexo feminino, a não residir com os pais e a ter sido vítima de violência sexual na escola.
  • ERISONVAL SARAIVA DA SILVA
  • ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM PESSOAS COM HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS
  • Orientador : JOSE WICTO PEREIRA BORGES
  • Ano: 2019
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  • Introdução. O Acidentes Vascular Cerebral (AVC) é uma Doença Crônica Não Transmissível que ocupa a segunda posição como causa de morte e incapacidades no mundo, tendo a hipertensão arterial sistêmica como o principal fator associado. Objetivo. Analisar a prevalência e fatores de risco associados ao AVC em pessoas com hipertensão arterial sistêmica. Método. Estudo seccional analítico com 378 hipertensos cadastrados na Estratégia Saúde da Família do município de Floriano (Piauí) selecionados por amostragem aleatória simples entre as 17 unidades de saúde da zona urbana. Realizou-se análise estatística uni, bi e multivariada. Na primeira fez-se análise descritiva, com medidas de tendência central e dispersão. Na segunda, o teste estatísticos qui-quadrado e t de Student. Na terceira, regressão logística com blocagem hierárquica de variáveis considerando no plano distal (características socioeconômicas), intermediário (características de saúde) e proximal (características do estilo de vida). Todas as análises consideraram nível de significância estatística de 5%. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados. O estudo encontrou prevalência estimada de 11,6% de ocorrência de AVC. Os fatores de risco que se associaram significativamente (p<0,05) com a ocorrência do evento foram: no bloco distal, o sexo (OR=0,47; IC95%: 0,23-0,95) e a idade (OR=1,03; IC95%:1,01-1,06); no medial, possuir familiar com AVC (OR=2,01; IC95%: 1,00-4,04) e ter ido à emergência com a pressão arterial alterada (OR=2,01; IC95%: 1,00-4,05); no bloco proximal, fazer uso de comida gordurosa (OR=2,33; IC95%: 1,15-4,72), consumir doce ao menos uma vez por semana (OR=2,37; IC95%:1,15-4,90) e o tempo de fumante em anos completos (OR=1,02; IC95%:1,00-1,04). Conclusão. Considerando a gravidade da ocorrência do AVC encontrou-se uma prevalência elevada dessa complicação. O modelo proposto mostrou que existe uma hierarquia entre os fatores de risco na ocorrência do AVC, revelando de maneira proximal os fatores de estilo de vida consumo de comida gordurosa, consumo de doce e o tempo de fumante, de maneira intermediária as condições de saúde como possuir familiar com AVC e buscar a emergência com a PA alterada, e de maneira distal o sexo e a idade.
  • JULIANE DANIELLY SANTOS CUNHA
  • CONHECIMENTO OBJETIVO E PERCEBIDO SOBRE VACINAS ENTRE ADOLESCENTES ESCOLARES
  • Orientador : MALVINA THAIS PACHECO RODRIGUES
  • Ano: 2019
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  • INTRODUÇÃO: A imunização assume um papel fundamental para que a saúde seja resguardada. Entre os adolescentes, a aquisição de conhecimentos acerca da vacinação é extremamente necessária, pois tal processo fornecerá subsídios para que o nível de aceitabilidade das vacinas seja aumentado e tenha repercussões diretas no aumento da cobertura vacinal e, consequentemente, na diminuição das doenças imunopreveníveis. OBJETIVO: Analisar o conhecimento objetivo e percebido dos adolescentes escolares sobre a vacinação. MÉTODO: Estudo transversal e analítico realizado com 674 adolescentes, selecionadas por amostragem probabilística. O estudo faz parte de uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), intitulada “Saúde na escola: diagnóstico situacional no ensino médio”. A coleta de dados ocorreu no ano de 2016 nas escolas públicas e privadas da Cidade de Teresina-PI sendo utilizado um questionário semi-estruturado, pré-codificado e pré-testado. Foram realizadas análises univariadas por meio de estatística descritiva; bivariada utilizando o teste qui-quadrado de Pearson; e multivariada, por meio de Regressão Logística Múltipla. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI parecer nº 1.495975. RESULTADOS: Predominaram adolescentes do sexo feminino (56,7%), com média de idade de 16 anos e estudantes da escola pública (64,7%). A maior parte dos estudantes demonstrou conhecimento objetivo e percebido baixo com 97,9% e 73,7%, respectivamente. Houve associação estatística entre o conhecimento percebido e a renda familiar, mostrando que possuir renda familiar maior que um salário mínimo está associado significativamente com o alto conhecimento percebido, tanto na análise bivariada (p= 0,000) como na regressão logística (OR=0,586; IC95%: 0,402-0,854). CONCLUSÃO: O conhecimento dos adolescentes escolares sobre vacinas é baixo. Acredita-se que essa deficiência de informações na vida do escolar pode resultar na baixa procura por esses imunobiológicos, tornando-os vulneráveis as doenças imunopreveníveis. Sendo assim, é fundamental orientar esse público quanto aos comportamentos de risco estimulando-os a adotarem medidas preventivas, como a atualização da carteira de vacinação, além da busca do conhecimento e de sua efetivação na prática.
  • LARISSA CARVALHO RIBEIRO DE SÁ
  • SÍNDROME METABÓLICA EM ADOLESCENTES E SUA ASSOCIAÇÃO COM A QUALIDADE DA DIETA
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONCALVES FROTA
  • Ano: 2019
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  • Introdução: A síndrome metabólica (SM) é uma desordem complexa que acomete não somente adultos, mas também adolescentes, devido à tendência crescente da obesidade. Dentre os fatores associados à SM, o padrão alimentar, que em geral é inadequado na adolescência, constitui um dos mais importantes. Objetivo: Analisar a prevalência de SM e sua associação com a qualidade da dieta dos adolescentes. Métodos: Pesquisa transversal realizada com 327 adolescentes do ensino médio da rede pública e particular de Teresina-PI. Obteve-se dados socioeconômicos, antropométricos, de consumo alimentar, para obtenção do Índice de Qualidade da Dieta Revisado, e relativos à SM (glicemia, pressão arterial, circunferência da cintura, triglicerídeos e HDL-c). As variáveis contínuas foram descritas por médias, desvios padrão e intervalos de confiança de 95%. Para verificar a associação entre as variáveis dependentes e as explanatórias, calculou-se o odds ratio ajustado. O nível de significância adotado para os testes foi de p <0,05. Resultados: A prevalência de SM foi 3,3%, sendo a baixa concentração de HDL-c a alteração mais frequente (50,5%). A média de pontuação no Índice de Qualidade da Dieta Revisado foi 55,4 pontos. Piores escores foram obtidos em cereais integrais, vegetais verde-escuros e alaranjados, óleos, leites e derivados e frutas integrais. Em contrapartida, cereais totais, e carnes, ovos e leguminosas tiveram pontuações próximas ao máximo estipulado. O menor tercil de vegetais verde-escuros, alaranjados e leguminosas demonstrou risco para baixo HDL-c e o segundo tercil foi protetor para níveis glicêmicos elevados. Quanto ao grupo do leite, seu menor consumo aumentou as chances para níveis elevados de triglicerídeos e de pressão arterial. Conclusão: Apesar da baixa prevalência de SM, houve alterações relevantes em seus fatores, havendo associações entre menor consumo de importantes componentes da qualidade da dieta e alterações da SM.
  • ANDRESSA LIMA RAMOS
  • AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA ÀS PESSOAS COM HIPERTENSÃO E/OU DIABETES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Ano: 2019
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  • As doenças crônicas, em particular a hipertensão e o diabetes, requerem monitoramento e ações que possam contribuir com o manejo clinico adequado dessas patologias, pois representam uma grande sobrecarga no sistema de saúde e impacto na qualidade de vida das pessoas acometidas. Nesse sentido, realizou-se um estudo avaliativo, tipo normativo, com abordagem quantitativa, que tem como objetivo geral de avaliar a qualidade da assistência à pessoa com hipertensão e/ou diabetes mellitus tipo 2 na atenção primária à saúde de Araioses, Maranhão. A amostra foi composta por 190 prontuários de usuários com HAS e/ou DM e por 51 profissionais da equipe de saúde, abrangendo 17 enfermeiros, 17 médicos e 17 técnicos ou auxiliares de enfermagem. Os dados foram coletados por meio de seis instrumentos já validados adaptados à realidade do local do estudo com vista a obter dados relacionados aos componentes avaliativos estrutura e processo, a partir de observação direta das estruturas, recursos e ações desenvolvidas nas unidades voltadas à pessoa com HAS e DM tipo 2. A pesquisa foi realizada de acordo com a Resolução nº 466/12, sendo aprovado sob parecer n.º 2.344.652/2017. Identificou-se diferença estatisticamente significativa entre as distribuições dos níveis de qualidade da assistência nos subcomponentes de avaliação da estrutura, sendo que os níveis para recursos materiais e humanos são mais de 40% superior à média dos demais. Enquanto que as condições de edificações e a disponibilidade de medicamentos antihipertensivos e hipoglicemiantes obtiveram as menores avaliações (11,8%, 34,1% e 36,9%, respectivamente). Quanto ao componente processo, todos os profissionais da equipe mínima apresentaram médias altas de nível de qualidade da assistência, com destaque dos enfermeiros, os quais estão à frente do processo de cuidado e acompanhamento desse público utilizando a consulta de enfermagem e atividades grupais para obterem melhores resultados. Evidenciou-se que o nível de qualidade da assistência total foi considerado como moderado em 88,2% das UBS, com menores níveis de qualidade identificados no componente ‘estrutura’. Deste modo, esse estudo pode contribuir para a adequação das condições físicas das UBS, bem como para o provimento adequado de medicamentos e insumos, impactando diretamente na dimensão ‘resultado’, a partir da avaliação periódica das condições de saúde dos usuários atendidos, bem como da satisfação dos usuários relacionada à assistência. Para isso, faz-se necessário o compartilhamento desses resultados com os profissionais e gestores municipais, a fim de dar visibilidade e promover reflexão sobre a avaliação realizada.
  • FABIANA NEVES LIMA
  • RISCO CARDIOVASCULAR E FATORES ASSOCIADOS EM ADOLESCENTES
  • Orientador : Ana Roberta Vilarouca da Silva
  • Ano: 2019
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  • Reconhecer fatores de risco cardiovascular em adolescentes, tornou-se uma avaliação importante em estudos epidemiológicos, visto que, a presença destes fatores está associada ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV). O processo inicial da DCV pode ocorrer durante a infância e adolescência. Diante disto, a identificação precoce da presença de fatores de risco pode subsidiar o planejamento e o desenvolvimento de programas de intervenção em idade ideal. O estudo objetivou analisar a frequência de fatores de risco cardiovasculares em adolescentes. Estudo transversal realizado com 251 adolescentes, matriculados em uma escola de tempo integral da rede pública de ensino na cidade de Teresina-Piauí, com idade entre 14 a 17 anos, de ambos os sexos, selecionados por amostragem probabilística aleatória simples. Os desfechos investigados foram: comportamento sedentário, nível de atividade física, qualidade do sono, sonolência diurna excessiva, tabagismo, consumo de álcool, hipertensão arterial, excesso de peso, circunferência da cintura e do pescoço. Usaram-se estatística descritiva, testes t de Student, ANOVA, MannWhitney e Kruskall-Wallis para comparação das médias entre os grupos. A significância estatística adotada foi (p<0,05). Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, parecer nº 2.838.003/2018. A média de idade dos adolescentes foi de 16,2 ± 0,76 anos, 60,1% dos adolescentes do sexo feminino. Os fatores de risco mais frequentes foram excesso de sonolência diurna (88%), inatividade física (38,2%), circunferência do pescoço alterado (10,8%) , consumo de álcool e tabaco (8,4%, 6,0%) respectivamente, pré-hipertensão (e pelos valores de pressão arterial sistólica (14,7%) e pressão arterial diastólica (27,1%). Em relação aos dados antropométricos, o sexo feminino obteve média de índice de massa corporal maior que o masculino (p<0,05), já em comparação à circunferências da cintura e do pescoço o sexo masculino apresentou médias superiores (p<0,05). Sobre as variáveis clínicas, o sexo masculino apresentou pressão arterial sistólica e diastólica superiores e frequência cardíaca inferior ao sexo feminino (p<0,05). Com relação ao consumo de álcool, os que estavam na zona de alto risco ou uso nocivo de álcool apresentaram valores médios elevados de pressão arterial sistólica (p<0,05). Constatou-se uma existência de fatores de risco em adolescentes. A presença e associações positivas entre os fatores de riscos que podem contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares servem como sinalizadores para que medidas preventivas sejam tomadas, através de ações de promoção de saúde no contexto escolar.
  • CRISTIANE CRONEMBERGER DE ARRUDA MARQUES CONSUMO
  • CONSUMO DE MICRONUTRIENTES POR ADOLESCENTES DE ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA-ARAÚJO
  • Ano: 2019
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  • O consumo alimentar adequado é condição essencial para o alcance das exigências nutricionais e deve estar de acordo com as necessidades de cada fase da vida, principalmente, ao longo da infância e adolescência por serem estágios biologicamente mais suscetíveis. A adolescência é um período marcado por grandes mudanças puberais e comportamentais, bem como elevada demanda nutricional, tornando-se um grupo vulnerável nutricionalmente. Nessa fase, destacam-se alguns micronutrientes que são diretamente envolvidos na promoção do crescimento físico, da maturação sexual, do desenvolvimento neuromotor e do funcionamento do sistema imune. A deficiência desses, na etiologia do déficit de crescimento e outros efeitos no desenvolvimento e saúde nesta fase tem despertado atenção, apesar de ainda serem poucos os estudos sobre o consumo dos micronutrientes na alimentação. Dessa forma, objetivou-se avaliar o consumo de micronutrientes por adolescentes de escolas públicas e privadas. Esse estudo caracterizou-se com sendo transversal com amostra representativa de adolescentes de 14 a 19 anos de idade, do ensino médio, de escolas públicas e particulares, selecionada por amostragem aleatória simples e estratificada proporcional. O estado nutricional foi avaliado pelo IMC/idade. As variáveis independentes estudadas foram: sexo, idade, instituição de ensino e consumo alimentar pela aplicação do recordatório de 24 horas, com análise da adequação de micronutrientes. As variáveis categóricas foram apresentadas em porcentagens e aplicou-se o teste qui-quadrado e teste t de Student para verificar a existência de associações, adotando significância de 5%. Estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. A população estudada apresentou-se de forma homogênea não havendo diferença estatisticamente significativa entre sexo e idade nas diferentes redes de ensino. Os adolescentes estudados em sua maioria estavam eutróficos. Foi observado consumo inadequado de Ca, Mg, K para todos os adolescentes e apenas os do sexo feminino apresentaram inadequação na ingestão de P. Para a ingestão de sódio foi observado consumo elevado, sendo que apenas o sexo feminino da escola pública apresentou menor porcentagem de adequação. Para o consumo de Fe, Zn, Cu e Mn, apenas o sexo feminino, de ambas as escolas, apresentou adequação menor que 100%. O mesmo foi observado para adolescentes do sexo feminino apenas da rede pública em relação ao consumo de Zn e Cu. Os adolescentes independentes da rede de ensino apresentaram ingestão acima do recomendado para Vitamina C e B12, sendo que apenas o sexo feminino da rede pública não atingiu o consumo adequado de Vitamina A. Conclui-se que os adolescentes necessitam de um acompanhamento nutricional, com realização de intervenção objetivando equilibrar o consumo de micronutrientes e prevenção de futuras doenças.
  • FELIPE BARBOSA DE SOUSA COSTA
  • ABUSO SEXUAL CONTRA ADOLESCENTES NO AMBIENTE ESCOLAR E NAS PARCERIAS ÍNTIMAS: EXPERIÊNCIA DE VITIMIZAÇÃO E SEUS IMPACTOS
  • Orientador : CASSIO EDUARDO SOARES MIRANDA
  • Ano: 2019
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  • Introdução: O abuso sexual contra adolescentes é entendido como problema social e de saúde pública, estando os adolescentes sujeitos a este tipo de violência em diversas esferas relacionais, inclusive em suas parcerias íntimas. Objetivo: Caracterizar o abuso sexual contra adolescentes no ambiente escolar e nas parcerias íntimas. Metodologia: Estudo de abordagem mista, baseado em triangulação de métodos. Na abordagem quantitativa foi realizado estudo transversal com 367 adolescentes escolares do ensino médio de Caxias, MA, selecionados por amostragem probabilística estratificada proporcional. Na abordagem qualitativa foram realizadas entrevistas semiestruturadas com cinco escolares que sofreram violência sexual nas parcerias íntimas. Realizaram-se análises univariada, por meio de estatística descritiva; bivariada, por meio de Odds Ratio e multivariada, através de regressão logística múltipla, com Odds Ratio ajustadas e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) com nível de significância estatística de 5%. Os dados qualitativos foram interpretados com base na análise de conteúdo de Bardin. Resultados: Os estudantes apresentaram idade média de 17,3 (±1,2) anos, predomínio do sexo feminino (65,9%), autodeclarados pretos/pardos (83,9%), de religião católica (54,2%) e morando com ambos os pais (43,6%). A prevalência de vitimização por abuso sexual foi de 35,9%. Observou-se alta prevalência de vitimização sexual por namorado(a)/ex-namorado(a) (14,4%; IC95%: 10,6-18,3). Os fatores associados significativamente (p<0,05) com sofrer violência sexual incluíram, dentre outros, ter realizado consulta com profissional especializado (OR=3,05; IC95%: 1,55-5,98), ideação suicida (OR=2,31; IC95%: 1,14-4,68) e uso de drogas nos últimos 12 meses (OR=2,55; IC95%: 1,01-6,43). Os dados qualitativos mostraram desde experiências sutis de violência, a exemplo de carícias e toques indesejados, até tentativas de manutenção de relação sexual forçada nas relações de namoro, frequentemente precedidas de experiências anteriores em outras esferas relacionais e sobreposição de violências. Alguns adolescentes não reconheceram experiências sofridas como sendo eventos violentos, inclusive apresentando discursos legitimadores de violência. As principais formas de enfrentamento incluíram partilha das experiências com as mães, mudanças de atitude frente aos relacionamentos, e apenas uma adolescente recorreu a órgãos de proteção, sofrendo processo de revitimização. O conjunto do estudo mostrou que os impactos produzidos diferem conforme as características da violência sofrida, porém sentimentos de medo, culpa, vergonha e isolamento social foram comuns, bem como comportamentos suicidas e consumo de álcool e outras drogas. Conclusão: Verificou-se alta prevalência de violência sexual entre os escolares do ensino médio na cidade de Caxias, no estado do Maranhão, em diferentes esferas relacionais, com destaque para as parcerias íntimas, associada a fatores como consumo de bebidas alcóolicas e outras drogas, ideação suicida e importantes problemas emocionais e/ou psicológicos.
  • MARIA ANDRÉIA BRITO FERREIRA LEAL
  • CONHECIMENTO OBJETIVO, PERCEBIDO E CONFIANTE SOBRE HÁBITOS SAUDÁVEIS E COMPORTAMENTOS DE RISCO À SAÚDE CARDIOVASCULAR ENTRE ESCOLARES
  • Orientador : CARLOS EDUARDO BATISTA DE LIMA
  • Ano: 2019
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  • INTRODUÇÃO: Hábitos e comportamentos prejudiciais à saúde cardiovascular presentes na infância, representam um relevante problema de saúde pública, haja vista que se associam ao risco aumentado para surgimento precoce de comorbidades e ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares fatais na vida adulta. Acredita-se que o conhecimento de crianças sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco cardiovascular, pode contribuir para a incorporação de boas práticas de saúde que se prolongam por toda vida. Contudo investigações dessa natureza ainda são limitadas. OBJETIVO: Avaliar o conhecimento objetivo, percebido e confiante sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco à saúde cardiovascular entre crianças escolares. MÉTODOS: Estudo transversal, realizado com 397 escolares na faixa etária de 7 a 11 anos, matriculados em escolas contempladas com o Programa Saúde na Escola, no município de Teresina, Piauí, Brasil. O conhecimento objetivo foi avaliado utilizando-se o questionário CardioKids e o percebido utilizando-se uma escala pictórica do tipo Likert com quatro opções de resposta (nada confiante a muito confiante). O conhecimento confiante foi obtido a partir da multiplicação do escore do conhecimento objetivo pelo conhecimento percebido informado em cada ítem. Utilizou-se o modelo de Regressão de Poisson na análise multivariada com nível de significância de 5% (p˂0,05). O critério para inclusão das variáveis nesse modelo foi a associação ao nível de 20% (p˂0,20) na análise bivariada. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o parecer nº. 2.308.923. RESULTADOS: Os escolares apresentaram elevado conhecimento objetivo e percebido com percentual médio total de acerto de 84,3% e de confiança de 84,9%. O conhecimento confiante apresentou-se inferior com média percentual total de 74,1% de confiança nas respostas corretas. A análise bivariada mostrou associação entre o menor conhecimento confiante e ter idade de 7 a 8 anos (p<0,001), escolaridade materna até o ensino fundamental incompleto (p=0,005), estudar nas séries 1º, 2º e 3º ano (p<0,001) do ensino fundamental, em escolas de tempo integral (manhã e tarde) (p<0,001) e realizar atividades complementares na escola (p=0,029). Na análise multivariada, o menor conhecimento confiante prevaleceu apenas entre os que estudavam da 1ª à 3ª séries (RP = 2,069; IC95%: 1,063-4,027). CONCLUSÕES: Verificou-se que os escolares apresentaram elevados níveis globais de conhecimento objetivo e percebido sobre hábitos saudáveis e comportamentos de risco à saúde cardiovascular. Contudo, ao avaliar o conhecimento confiante percebe-se um nível de confiança deficiente em informações sobre hábitos e comportamentos que são prejudiciais à saúde cardiovascular, o que pode ter contribuído para a manutenção desses comportamentos por parte dessa população. Dessa maneira, sugere-se repensar iniciativas de educação em saúde cardiovascular no contexto escolar a fim de contribuir para que escolares, especialmente de séries iniciais, se apropriem de saberes que conduzam a mudanças de comportamentos, bem como à promoção da saúde cardiovascular dessa população.
2018
Descrição
  • GEYSON IGO SOARES MEDEIROS
  • AVALIAÇÃO DO ACOLHIMENTO PRESTADO PELOS CIRURGIÕESDENTISTAS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Orientador : MÁRCIO DÊNIS MEDEIROS MASCARENHAS
  • Ano: 2018
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  • A atuação efetiva do cirurgião-dentista na atenção primária à saúde deve se basear na garantia de acesso a todas as pessoas e na escuta e resolução dos problemas de saúde do usuário de forma qualificada. Tal efetividade é alcançada mediante execução do acolhimento. Práticas de acolhimento na odontologia podem ser consideradas imprescindíveis à melhoria da assistên-cia, pois ao executá-las, o cirurgião-dentista possibilita a criação de vínculo entre o paciente e a equipe odontológica. O estudo objetivou avaliar o acolhimento prestado pelos cirurgiões- dentistas a partir da perspectiva dos usuários da Estratégia Saúde da Família. Trata-se de um estudo avaliativo, transversal, realizado no período de outubro a dezembro do ano de 2017. Participaram da pesquisa 214 usuários dos serviços odontológicos da Estratégia Saúde da Família do município de Teresina-Piauí. Os dados foram coletados utilizando o instrumento de avaliação da atenção primária (Primary Care Assessment Tool-Saúde Bucal) que permitiu investigar as variáveis: perfil sociodemográfico, grau de afiliação e atributos do acolhimento. Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®), versão 18.0. As variáveis quantitativas foram descritas pelas medidas de média, desvio padrão e me-diana, além dos valores mínimo e máximo; as variáveis qualitativas foram analisadas em ter-mos de frequências simples e relativas. A média das notas atribuídas pelos usuários, classifi-caram o atributo “Acesso de primeiro contato” como bom (média 8,2) e os atributos “Orienta-ção familiar” (média 6,6) e “Longitudinalidade” (média 6,0) como regulares. A análise da classificação destes atributos, permitiu avaliar, segundo a percepção dos usuários, o acolhi-mento executado pelos cirurgiões-dentistas como regular. O bom “Acesso de primeiro conta-to” ressalta eficácia no ingresso do usuário aos serviços odontológicos primários e no enca-minhamento deste para os serviços de maior complexidade, em contrapartida uma “Orienta-ção familiar” e “Longitudinalidade” regulares, enfatizam falhas no processo de comunica-ção/interação profissional/paciente. Os achados permitem concluir que apesar do vínculo existente entre cirurgiões-dentistas e usuários, os profissionais avaliados necessitam desen-volver aspectos cognitivos, afetivos e comportamentais inerentes ao acolhimento, tais como diálogo e escuta qualificada, bem como, incorporá-los na rotina do atendimento odontológico.
  • ANA DANÚSIA IZIDÓRIO RODRIGUES DE ARAÚJO
  • DETERMINANTES DO ALEITAMENTO MATERNO E ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR EM CRIANÇAS MENORES DE DOIS ANOS TERESINA 2018
  • Orientador : Luisa Helena de Oliveira Lima
  • Ano: 2018
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  • A alimentação saudável nos primeiros anos de vida resulta em inúmeros benefícios para a saúde das crianças em todos os ciclos de vida, destacando determinantes do aleitamento materno exclusivo (AME) até os seis meses e a introdução de alimentos em tempo oportuno e de qualidade, levando em consideração sua frequência, diversidade e consistência. Frente a isso, podem surgir fatores de risco ou proteção para o desmame precoce. Com isso, este estudo objetivou analisar práticas de aleitamento materno e alimentação complementar em crianças menores de dois anos e os seus fatores determinantes. Trata-se de um estudo transversal, realizado entre maio de 2016 e junho de 2017, em Unidades Básicas de Saúde e Pronto Atendimento Infantil do município de Picos – PI. A população do município foi de 2.218 crianças menores de dois anos e após cálculo amostral foram entrevistadas 1.031, a partir do instrumento de coleta de dados adaptado do guia de marcadores de consumo alimentar. Foram realizadas perguntas referentes às condições sociodemográficas da criança, consumo alimentar, dados do seu nascimento e dados relacionados à mãe. Para a análise estatística, utilizou-se o SPSS versão 20.0. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, parecer 985.375. Das 1031 crianças, 61,9% tinham de 6 a 23 meses, 50% eram do sexo masculino e 57,1% foram declaradas pardas. Em relação às mães, 29,2% tinham idade entre 20 e 24 anos, 38,5% possuem ensino médio completo e 69% não trabalham fora de casa. Quando analisado o aleitamento materno, verificou-se que apenas 33,9% das crianças menores de 6 meses encontravam-se em aleitamento materno exclusivo (AME), mas entre as crianças maiores de 6 meses, 60,4% continuavam consumindo leite de peito. No que diz respeito à introdução alimentar dessas crianças, notou-se que não foi satisfatória, pois 76,4% das crianças não estavam recebendo alimentos na frequência adequada, 90,1% não recebiam na diversidade mínima desejada e 50,9% não eram oferecidas na consistência recomendada. O tipo de aleitamento não mostrou associação com o tipo de parto (p=0,240), porém esteve associado com a amamentação na primeira hora de vida (p=0,038) indicando que o início da amamentação na primeira hora de vida está associado à maior duração do AME. Com relação ao peso ao nascer, quando comparado por pares, observou-se diferença de média entre as crianças em AME e aleitamento misto. Crianças em AME tiveram maior peso ao nascer (p=0,021). A análise permitiu observar que a amamentação na primeira hora de vida, uso de chupeta, os graus de escolaridade ensino fundamental e superior e a faixa etária de 20-29 anos apresentaram relação estatisticamente significante com o desmame (p < 0,05). Conclui-se que o uso de chupeta e ensino superior como grau de escolaridade da mãe da criança determinaram o desmame. Mediante o exposto, fica evidenciado que o incentivo a amamentação na primeira hora de vida é primordial para o aumento da amamentação exclusiva e que são necessárias orientações sobre o preparo de alimentos de forma adequada, com o intuito de garantir alimentação de qualidade.
  • CLEYTON GALENO DA COSTA
  • MAL-ESTAR DOCENTE: VULNERABILIDADES AO ADOECIMENTO E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO.
  • Orientador : Cássio Eduardo Soares Miranda
  • Ano: 2018
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  • Introdução: A compreensão de que os professores estão expostos no meio escolar a múltiplos desafios nos faz buscar respostas sobre o mal-estar docente. A investigação se faz pertinente na medida que busca colaborar no desenvolvimento de intervenções quanto à promoção de cuidado para com os professores. Objetivo: Analisar a situação de mal-estar docente em professores do ensino médio na cidade de Teresina, no estado do Piauí. Metodologia: Fora empregada a abordagem de método misto sequencial explanatório, uso de técnicas quantitativas como suporte à vertente qualitativa. Na quantitativa foram aplicados a Escala de Vulnerabilidade ao Estresse no Trabalho - EVENT e um questionário sociodemográfico e laboral em 316 professores. No segundo momento, o qualitativo, os participantes foram escalonados de acordo com suas pontuações, da escala já usada, isso feito para identificar os possíveis docentes com maiores indicativos de mal-estar docente (maiores pontuações) e os com menores indicativos (menores pontuações). De posse dessas pontuações, seguiu-se às entrevistas semiestruturadas com 16 professores. O perfil geral da amostra contou com 51,6% de professores da escola privada, com idade de 22 a 64 anos (Média=39,09 e Desvio Padrão=9,68), 60,1% do sexo masculino, 66,2% encontram-se casado/convivente e a maior concentração na atividade docente foi de 22,2% de 15 a 20 anos. Resultados: Os trabalhos realizados demonstram que apesar de grande parte dos docentes não apresentarem indicativos de vulnerabilidade ao estresse, existe um grupo considerável em estado de atenção. Sobre as situações desencadeantes do mal-estar docente, há a presença de fatores externos (carga horária laboral e as possíveis deficiências estruturais e organizacionais da escola pública), bem como os internos (modos de respostas às situações-problema). Achados que demonstram a pertinência e as possibilidades de uma abordagem mista pela interligação de informações sobre o mesmo objeto a partir de fontes complementares. Conclusão: Evidencia-se a necessidade de combate à naturalização de condições negativas ao serviço docente e o favorecimento de estratégias de enfrentamento focadas na resolutividade dos problemas. Dessa forma, este estudo demonstra que a realidade laboral dos professores ainda vivencia situações promotoras de adoecimento e mal-estar docente, mas é possível o reconhecimento de determinados mecanismos de enfrentamento e promoção da qualidade de vida desses profissionais.
  • ADRIENE DA FONSECA ROCHA
  • IMPACTO DA INTENÇÃO DE ENGRAVIDAR SOBRE A AMAMENTAÇÃO NA PRIMEIRA HORA PÓS-PARTO
  • Orientador : Keila Rejane Oliveira Gomes
  • Ano: 2018
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  • INTRODUÇÃO: A amamentação na primeira hora pós-parto constitui indicador de excelência para o monitoramento das práticas de aleitamento materno, fundamental para a redução da morbimortalidade neonatal e estabelecimento da amamentação. Presume-se que a intenção de engravidar afeta o comportamento materno em relação ao início da amamentação no pós-parto imediato. OBJETIVO: Analisar o impacto da intenção de engravidar sobre a amamentação na primeira hora pós-parto. METODOLOGIA: Estudo transversal, recorte da pesquisa “Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre parto e nascimento” realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), cuja amostra foi 5.563 puérperas e seus neonatos na região Nordeste do Brasil, selecionadas por amostragem probabilística. Realizou-se análise univariada, por meio de estatística descritiva; bivariada, utilizando-se o teste quiquadrado de Pearson; e multivariada, por meio de regressão logística múltipla com nível de significância de 5% (p˂0,05). A intenção de engravidar foi a variável independente de interesse do estudo e a amamentação na primeira hora pós-parto a variável dependente. RESULTADOS: Predominaram puérperas com idade na faixa 20 a 34 anos (68,0%), escolaridade até o ensino fundamental (59,2%), que referiram gravidez em momento oportuno (44,8%) e satisfação ao tomarem conhecimento da gestação (69,4%). Quase a totalidade realizou pré-natal (98,5%) e pouco mais da metade teve parto cesariana (50,3%). A maioria não teve contato pele a pele com o recém-nascido no pós-parto imediato (74,2%), o tempo de separação mãe e filho foi superior à primeira hora pós-parto (61,7%) e não amamentou na primeira hora pós-parto (65,8%). A análise multivariada indicou menor propensão para início da amamentação na primeira hora de vida entre puérperas que não queriam engravidar (OR = 0,85; IC: 0,73-0,98) e as que se declararam insatisfeitas ao saberem da gravidez (OR = 0,72; IC: 0,61-0,83). CONCLUSÃO: Não ter intenção de engravidar reduziu as chances da ocorrência de amamentação na primeira hora de vida, evidenciando que falhas no planejamento familiar podem refletir negativamente na prática da amamentação. Portanto, há de se melhorar a qualidade dos serviços de planejamento familiar, a fim de reduzirem-se as gestações não intencionais e, assim, prevenir desfechos desfavoráveis para a saúde materno-infantil, como o início tardio da amamentação.
  • ANA LIDIA LIMA FREIRE
  • FATORES ASSOCIADOS A SINTOMAS OSTEOMUSCULARES EM DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL
  • Orientador : JESUSMAR XIMENES ANDRADE
  • Ano: 2018
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  • INTRODUÇÃO: Os distúrbios osteomusculares são disfunções que podem acometer músculos, tendões, nervos e demais componentes do aparelho locomotor. A natureza do trabalho docente torna esse grupo ocupacional especialmente sujeito à alta incidência de tais desordens. OBJETIVO: Analisar os fatores associados aos sintomas osteomusculares em docentes da educação infantil. MÉTODOS: Trata-se de um estudo transversal realizado com 192 docentes da rede municipal de educação infantil de Teresina - PI. As participantes responderam a versão em português do Nordic Musculoskeletal Questionnaire (NMQ) e questões sociodemográficas, saúde e trabalho e estilo de vida. A variável dependente foi o relato de sintomas osteomusculares indicado em três segmentos corporais: coluna vertebral, membros superiores e membros inferiores. As variáveis independentes foram: aspectos gerais e profissionais, ambiente de trabalho, saúde e hábitos de vida. A análise foi desenvolvida por meio da Regressão Logística Múltipla (RLM). RESULTADOS: A coluna foi o segmento corporal responsável pelo maior percentual de sintomas, impedimentos funcionais e consultas a profissionais de saúde relatados nos períodos analisados. Relataram mais sintomas osteomusculares as docentes que consideraram o tempo de intervalo entre as aulas insuficiente para descanso (OR: 6,91; IC: 2,41-19,29) e aquelas com idade menor/igual a 35 anos (OR: 2,23; IC: 1,17-4,25). As melhores condições de ventilação da sala de aula, o menor tempo de trabalho como professor da Educação Infantil, o melhor conhecimento sobre a prevenção das LER/Dort e o menor esforço físico empregado na realização das atividades em sala mostraram-se fatores protetivos à ocorrência de sintomas osteomusculares. CONCLUSÃO: Conclui-se a ocorrência de sintomas osteomusculares em docentes do ensino infantil está relacionada a fatores pessoais, ambientais e aqueles relacionados ao ambiente e organização do trabalho. A prevalência de tais distúrbios é elevada e a intervenção precoce sobre eles deve ser considerada.
  • DANIELA BANDEIRA DE CARVALHO
  • FATORES ASSOCIADOS AO ABSENTEÍSMO POR DOENÇA ENTRE PROFESSORES
  • Orientador : FERNANDO FERRAZ DO NASCIMENTO
  • Ano: 2018
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  • INTRODUÇÃO: O absenteísmo é caracterizado como a ausência laboral do trabalhador. As consequências do afastamento docente afetam a rotina escolar e o envolvimento do docente com seu trabalho. Os estudos sobre os afastamentos dos docentes podem fornecer informações sobre a saúde do professor e são fundamentais para ajudar a administração pública na tomada de decisões. OBJETIVO: Verificar o perfil dos afastamentos dos professores da Rede Municipal de Teresina e investigar a associação entre as doenças mais prevalentes e os fatores relacionados ao trabalho. MÉTODOS: Estudo transversal, documental e analítico, analisou-se os afastamentos de todos os professores atendidos pela perícia médica do Instituto de Previdência do Município de Teresina – IPMT, durante o período de 2010 a 2016. A regressão Logística foi utilizada para estimar a chance de um professor solicitar afastamento segundo as doenças que mais afastam os professores de suas atividades laborais, onde o nível de significância adotado foi de 5%. RESULTADOS: A análise multivariada apontou que os professores com maior carga horária (8 horas/dia), com maior tempo de serviço (OR = 1,04; IC: 1,01-1,07) e os profissionais de educação física (OR = 1,82; IC: 1,08-3,06) estão mais propensos a solicitar afastamento por doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, os professores de geografia (OR = 0,46; IC: 0,21-0,97) possuem menor chance de solicitar afastamento por esse tipo de doença. Professores com menor carga horária (OR = 0,40; IC: 0,24-0,65) e do sexo masculino (OR = 0,32; IC: 0,18-0,57) possuem menor chance de solicitar afastamento por doenças do aparelho respiratório. O modelo multivariado para afastamentos por transtornos mentais e comportamentais evidenciou que professores que lecionam a disciplina de inglês (0R = 3,04; IC: 1,63-5,67), do sexo feminino, e com maior tempo de serviço (OR = 1,04; IC: 1,01-1,07) possuem maior chance solicitar afastamento por transtornos mentais e comportamentais. CONCLUSÕES: O estudo detectou percentuais de absenteísmo semelhantes ao da literatura. O absenteísmo docente por doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, doenças do aparelho respiratório e por transtornos mentais e comportamentais entre professores dos anos finais do ensino fundamental (5º ao 9º Ano) está associado a variáveis sociodemográficas, bem como a aspectos relacionados ao trabalho.
  • JANEKEYLA GOMES DE SOUSA
  • EXCESSO DE PESO, OBESIDADE E OS FATORES ASSOCIADOS EM ADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO
  • Orientador : Regilda Saraiva dos Reis Moreira-Araújo
  • Ano: 2018
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  • INTRODUÇÃO: A etiologia da obesidade tem origem na presença de fatores de riscos inerentes ao próprio indivíduo e a sociedade, visto que pesquisas têm demonstrado o crescimento da obesidade infanto-juvenil associado às condições socioeconômicas ambientais e culturais, ao consumo alimentar inadequado e ao sedentarismo. OBJETIVO: Estudar o excesso de peso, obesidade e os fatores associados em adolescentes do ensino médio de Teresina – PI. METODOLOGIA: Estudo transversal com amostra representativa de adolescentes de 14 a 19 anos de idade do ensino médio de escolas públicas e particulares, selecionada por amostragem aleatória simples e estratificada proporcional. O estado nutricional foi avaliado pelo IMC/Idade. As variáveis independentes estudadas foram: sexo, idade, instituição de ensino, escolaridade materna, renda familiar mensal, prática de atividade física fora da escola, obesidade abdominal, níveis pressóricos, consumo alimentar pela aplicação do recordatório de 24 horas, com análise da adequação do VET, macronutrientes e dos marcadores de consumo alimentar. As variáveis categóricas foram apresentadas em porcentagens e o teste Qui-quadrado analisou a existência de associações, adotando significância de 0,05. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Institucional. RESULTADOS: Foram avaliados 674 adolescentes, com idade média de 16 anos, predominância feminina (56,7%) e da rede pública de ensino (64,7%). O peso alterado foi observado em 134 adolescentes (19,8%), representados por excesso de peso (12,9%) e obesidade (6,9%), sendo predominantes no sexo feminino (14,4% e 7,1%) e na rede particular de ensino (14,2% e 7,9%). A prática de atividade física foi pouco referida pelos adolescentes (48,5%), e os adolescentes com excesso de peso realizam mais que os obesos [OR = 0,67 (IC95%: 0,31-1,45)]. Observou-se prevalência de pressão arterial elevada de 12,6%, apresentando associação entre excesso de peso e obesidade. Quanto ao consumo alimentar, a maioria dos adolescentes apresentou adequado consumo energético e de macronutrientes, com aqueles de escolas particulares apresentando maiores médias. A contribuição calórica dos ácidos graxos saturados apresentou elevada prevalência de inadequação. Os marcadores de alimentação revelaram baixa ingestão de frutas e hortaliças entre os adolescentes com alteração do peso em ambas as redes de ensino, e alto consumo de bebida adoçada entre adolescentes com excesso de peso (p = 0,042) e hambúrguer e/ou embutidos entre aqueles com obesidade (p = 0,033) da rede particular de ensino em comparação às escolas públicas. CONCLUSÕES: Os resultados demonstram um cenário preocupante que deve ser visto como um problema de saúde pública, sobretudo pela possibilidade de provocar graves doenças crônicas na vida adulta. Assim, sugere-se o fortalecimento de políticas públicas que contribuam para o desenvolvimento de intervenções objetivando a redução do consumo excessivo de alimentos que favoreçam a obesidade e o incentivo a prática de atividade física buscando a promoção da saúde na adolescência, especialmente entre os adolescentes da rede particular de ensino.
  • LAURINEIDE ROCHA LIMA
  • ASSOCIAÇÃO ENTRE O CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E PARÂMETROS LIPÍDICOS EM ADOLESCENTES
  • Orientador : KAROLINE DE MACEDO GONÇALVES FROTA
  • Ano: 2018
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  • Introdução: o elevado consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) está associado a piora nos indicadores nutricionais da dieta de indivíduos, podendo levar a alterações nos níveis lipídicos, consequentemente, dislipidemias. Objetivo: analisar a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e parâmetros lipídicos em adolescentes. Metodologia: estudo transversal realizado com adolescentes de ensino médio da rede pública estadual e particular de Teresina-PI. A amostragem foi estratificada proporcional ao sexo e idade dos adolescentes. O consumo alimentar foi analisado por meio de um recordatório alimentar de 24h, com replicação em 40% da amostra. Os AUP foram identificados de acordo com a classificação NOVA de alimentos. As concentrações de colesterol total, HDL-c e triglicérides, foram determinados por colorimetria enzimática, enquanto que a fração de LDL-c foi estimada por fórmula. Utilizou-se o teste t de Stundent ou Mann-Whitney para comparação de médias e regressão linear para avaliar as associações entre parâmetros lipídicos e consumo de AUP. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: O consumo de AUP foi mais frequente entre os adolescentes do sexo feminino, com renda familiar superior a dois salários mínimos e estudantes de escola particular. Os indivíduos no maior tercil de consumo de AUP apresentaram maior ingestão energética e de sódio, enquanto a ingestão de proteínas e fibras alimentares foram significativamente menores, quando comparados ao primeiro tercil de consumo. A análise de regressão mostra que o maior tercil de consumo de AUP foi associado positivamente com níveis de triglicerídeos e dislipidemia e inversamente com HDL-c, tanto nos dados brutos, como após o ajuste. Conclusão: Os AUP influenciam negativamente a alimentação de adolescentes, promovendo uma piora no perfil nutricional da dieta e ainda contribuem para alterações indesejáveis nos parâmetros lipídicos dessa população.
  • LUANA SAVANA NASCIMENTO DE SOUSA
  • CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO ACERCA DA PREVENÇÃO DO PÉ DIABÉTICO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Orientador : ANA ROBERTA VILAROUCA DA SILVA
  • Ano: 2018
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  • O pé diabético está entre as complicações mais frequentes do diabetes e suas consequências podem ser traumáticas à vida do indivíduo, desde feridas crônicas e infecções, até amputações de membros inferiores. Nesse contexto, o enfermeiro tem papel indispensável na educação e prevenção para o pé diabético, que implicam na redução de amputações e aumento da qualidade de vida. Porém, percebe-se que estas ações não têm sido desenvolvidas no cotidiano, e um dos motivos é o desconhecimento dos cuidados na avaliação dos pés. Ademais, a literatura carece de estudos sobre a temática. O estudo objetivou avaliar o conhecimento do enfermeiro acerca dos cuidados com o pé da pessoa com diabetes na Estratégia Saúde da Família. Trata-se de estudo transversal, realizado no período de agosto a dezembro de 2017, nas Unidades Básicas de Saúde de Teresina-PI. Participaram da pesquisa 90 enfermeiros. A coleta de dados foi realizada utilizando um questionário, composto por itens que avaliaram os dados socioeconômicos, perfil profissional e o conhecimento acerca da prevenção do pé diabético (exame físico dos pés, instrumentos para avaliação, e classificação do pé diabético). Os itens de avaliação do conhecimento foram elaborados por meio das orientações e cuidados preconizados pelos manuais do Ministério da Saúde e Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes. A pontuação variou de 24 a 120 pontos, o somatório dos pontos obtidos foi classificado como: insatisfatório (24 a 71 pontos), conflitante (72 a 95 pontos) e satisfatório (96 a 120 pontos). Para a análise estatística, utilizou-se os testes não-paramétricos, U de Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, e ρ de Spearman. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Observou-se que nenhum enfermeiro apresentou conhecimento satisfatório para a prevenção do pé diabético. Acerca da autoavaliação do conhecimento, identificou-se que 48,9% dos enfermeiros o consideravam regular. Ao analisar os itens de prevenção para o pé diabético, verificou-se uma média de 72,2 pontos, apresentando melhor desempenho para os itens acerca dos instrumentos de avaliação (monofilamento, com 74,9 pontos), e classificação do pé diabético (pé neuropático, com 90,4 pontos), e menor desempenho para exame físico dos pés (66,0 pontos). Quanto a classificação do conhecimento, os profissionais apresentaram conhecimento insatisfatório (45,6%), e conflitante (54,4%). Os enfermeiros formados em instituições privadas apresentaram maior conhecimento sobre cuidados preventivos (p=0,011), utilizavam protocolo para avaliação dos pés (p=0,018) e consideravam seu conhecimento muito bom (p=0,007). Foi observada correlação negativa entre a pontuação e as variáveis idade, tempo de formação e serviço, destacando-se que quanto maior a idade e o tempo, menor a pontuação obtida nas questões de conhecimento, enfatizando que os profissionais investigados têm que avançar na busca por conhecimento e capacitação para os cuidados e avaliação do pé diabético. Portanto, identificou-se que o conhecimento dos enfermeiros da atenção primária, foi insatisfatório para os cuidados com o pé diabético. Assim, os profissionais necessitam de capacitação e/ou treinamento contínuo, para tornar as medidas preventivas mais eficazes e rotineiras na atenção primária, proporcionando melhor atendimento quanto a avaliação dos pés, e promovendo uma assistência de qualidade que estimule o autocuidado das pessoas com diabetes.
  • MARCONI DE JESUS SANTOS
  • VIOLÊNCIA SEXUAL EM ADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO
  • Orientador : MÁRCIO DÊNIS MEDEIROS MASCARENHAS
  • Ano: 2018
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  • Introdução: Dentre os tipos de violência que atingem os adolescentes, o abuso sexual é frequente e prejudicial à saúde de estudantes. Objetivo: Analisar a prevalência de violência sexual na escola e fatores associados em adolescentes do ensino médio. Metodologia: Estudo transversal realizado com 674 adolescentes de escolas de ensino médio em Teresina-PI, selecionados por amostragem probabilística estratificada proporcional. Realizaram-se análises univariada, por meio de estatística descritiva; bivariada, utilizando-se o teste Qui-quadrado de Pearson (X2) ou teste exato de Fisher; e multivariada, por meio de regressão logística múltipla, utilizando a razão de chances ajustadas (OR) e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) com nível de significância de 5%. Resultado: Os estudantes apresentaram idade média de 16,4 anos (± 1,2 ano) com predomínio do sexo feminino (56,7%), autodeclarados pardos/pretos (77,4%), solteiros (96,1%), morando com os pais (85%) e de religião católica (59,9%). A prevalência de violência sexual na escola foi de 6,4%, com frequência maior no sexo feminino (7,9%), na faixa etária de 17 - 19 anos (6,7%), pardos/pretos (6,7%), com companheiros (11,5%), não católicos (8,5%). Houve associação significativa (p<0,05) entre sofrer violência sexual na escola e sexo feminino (OR=2,41; IC95%: 1,20-4,79), religião não católica (OR=2,11; IC95%: 1,12-3,98) e renda familiar acima de um salário mínimo (OR=2,35; IC95%: 1,11-4,98). Conclusão: Verificou-se uma alta prevalência de violência sexual no ambiente escolar contra adolescentes do ensino médio nas escolas públicas e privadas de Teresina e sua associação com fatores como sexo, religião e renda familiar.
  • ROSALVES PEREIRA DA SILVA JUNIOR
  • AVALIAÇÃO DOS ATRIBUTOS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NA PERSPECTIVA DOS USUÁRIOS DE PARNAÍBA-PI
  • Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO TERESINA 2018
  • Ano: 2018
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  • INTRODUÇÃO: A avalição da Atenção Primária à Saúde, na visão do usuário do sistema, possibilita a produção de conhecimento sobre a qualidade dos cuidados primários prestados à população, principalmente no que tange às características da estrutura, processo de atenção e desfechos em saúde. OBJETIVO: Avaliar os atributos da Atenção Primária à Saúde na perspectiva dos usuários de Parnaíba-PI. MÉTODOS: Estudo transversal realizado com 450 usuários. Realizaram-se análises univariada (estatística descritiva) e bivariada (teste Qui-quadrado de Pearson (X2), razão de chances (OR), intervalos de confiança de 95% com nível de significância de 5%), buscando verificar a associação entre os atributos e aspectos sociodemográficos da população estudada quanto o nível de insatisfação. RESULTADOS: Observou-se que apenas os componentes grau de afiliação, acesso de primeiro contato - utilização e o atributo orientação familiar apresentaram escores médios satisfatórios (≥ 6,6). Ademais, houve associação significativa entre sexo e avaliar insatisfatoriamente o atributo longitudinalidade (OR=2,11; IC95%: 1,09-4,29), o componente coordenação - sistema de informação (OR=2,11; IC95%: 1,40-3,20) e o componente integralidade - serviços prestados (OR=1,56; IC95%: 1,02-2,39). Também houve associação significativa entre quem trabalha e avalia insatisfatoriamente o componente acesso de primeiro contato – utilização (OR=2,52; IC95%: 1,53-4,26), os componentes do atributo coordenação – integração do cuidado (OR=2,12; IC95%: 1,04-4,32) e sistema de informação (OR=1,55; IC95%: 1,02-2,36). Por fim, ocorreu associação significativa entre trabalhar e avaliar insatisfatoriamente o atributo derivado orientação familiar (OR: 1,80; IC95%: 1,13-2,87). CONCLUSÃO: Na perspectiva dos usuários, todos os serviços de saúde possuem atributos que precisam ser melhorados.
  • RUTH FIALHO FERREIRA
  • NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA, LAZER SEDENTÁRIO E ISOLAMENTO SOCIAL EM ADOLESCENTES
  • Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Ano: 2018
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  • Introdução: A adolescência é uma fase da vida de constantes mudanças sejam biológicas, sociais, comportamentais ou de cognição. Esse período pode ser turbulento e resultar em adoção de estilo de vida não saudável com exposição a fatores de risco à saúde, como o sedentarismo precoce e distúrbios da saúde mental, como o isolamento social. A prática de atividade física é frequentemente citada como promotora da saúde mental, mas poucos são os achados científicos que relacionam o isolamento social como preditor do sedentarismo na adolescência. Objetivo: Analisar a associação entre os níveis de atividade física, lazer sedentário e indicadores de isolamento social em adolescentes. Metodologia: Estudo transversal no qual foram analisadas informações referentes à prática de atividade física, lazer sedentário e indicadores de isolamento social (sentir-se sozinho e ter poucos amigos) de 448 estudantes do nono ano das escolas públicas da cidade de Parnaíba-PI. Os dados foram coletados a partir do questionário utilizado na PeNSE. Para análise bivariada utilizou-se o teste qui-quadrado; onde investigou-se a associação entre o nível de atividade física, assim como tempo de lazer sedentário com indicadores de isolamento social e com as variáveis sociodemográficas. Resultados: Detectou-se que o isolamento social é uma situação fortemente presente entre os estudantes, 77,7% dos participantes entrevistados declararam que se sentem sozinhos, 72,4% eram sedentários e 52,9% possuíam mais de 2h de lazer sedentário. A associação entre isolamento social e lazer sedentário apontou que os participantes que relataram se sentirem sozinhos tiveram maior nível de lazer sedentário que os demais (p=0,047). A variável “sente-se sozinho” mostrou associação significativa com o nível de atividade física (p=0,04) e lazer sedentário (p=0,047). A variável idade mostrou associação com o nível de atividade física (p=0,05). Conclusão: O estudo demonstrou que estudantes que se sentem solitários estão mais propensos a níveis maiores de lazer sedentário. Além disso, fatores socioeconômicos como idade e cor estão diretamente associados com os níveis de atividade física.
  • SARA CASTRO DE CARVALHO
  • VIOLÊNCIA ENTRE PARES EM ESCOLAS PÚBLICAS: ANÁLISE DO BULLYING ENTRE ADOLESCENTES E FATORES ASSOCIADOS
  • Orientador : MÁRCIO DÊNIS MEDEIROS MASCARENHAS
  • Ano: 2018
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  • INTRODUÇÃO: O bullying é uma tipologia de violência que ocorre entre pares, caracterizado por atitudes agressivas, intencionais e repetidas que interferem negativamente na saúde dos envolvidos. É considerado um fenômeno complexo e que possui associação com diversos fatores, tornando-se relevante a investigação do agravo na área da saúde pública. OBJETIVO: Analisar a prevalência de bullying entre adolescentes do ensino fundamental e os fatores associados. METODOLOGIA: Estudo transversal, realizado com 380 adolescentes de escolas públicas de Teresina-PI, selecionados por amostragem probabilística estratificada proporcional. Foram calculadas as estimativas de prevalência das situações de envolvimento do bullying e realizada a associação entre o bullying e variáveis nos aspectos: sociodemográfico, contexto escolar, contexto familiar e condição de saúde mental. Realizou-se análise univariada por meio de estatística descritiva; bivariada por meio de regressão logística simples; e multivariada, por meio de regressão logística múltipla e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%) com nível de significância de 5% (p˂0,05). RESULTADOS: A prevalência de escolares na situação de agressor de bullying foi de 6,3%, com predominância da prática de bullying verbal (6,3%) e ocorrência das situações de bullying na sala de aula (4,2%). Prevaleceram agressores do sexo feminino (6,5%), faixa etária de 15 a 19 anos (7,3%), cor de pele branca (10,0%), com pais não casados (8,4%), residindo sem os pais (21,1%). Praticar bullying esteve associado a: residir sem os pais (OR=4,02; IC95%:1,41-11,47), falta de supervisão familiar (OR=8,14; IC95%:2,48-26,78), ter insônia (OR=3,12; IC95%:1,17-8,27) e não ter amigos (OR=8,27; IC95%:1,71-40,10). A prevalência de escolares na situação de vítima de bullying foi de 15,8%, com predominância de vitimização por bullying verbal (14,7%) e ocorrência das situações de bullying na sala de aula (9,5%). Prevaleceram vítimas do sexo feminino (16,1%), faixa etária de 10 a 14 anos (16,3%), cor de pele preta (22,9%), com pais não casados (18,9%), residindo sem os pais (26,3%). Sofrer bullying esteve associado a: relação ruim entre os colegas da turma (OR=2,95; IC95%:1,57-5,55), agressão familiar (OR=3,94; IC95%:1,88-8,26) e ter insônia (OR=3,22; IC95%:1,74-5,96). CONCLUSÃO: Verificou-se alta prevalência de práticas e vitimizações de bullying entre adolescentes nas escolas municipais da rede pública de Teresina-PI. O envolvimento de escolares esteve associado a fatores relacionados aos aspectos sociodemográficos, contexto escolar, contexto familiar e condição de saúde mental. Os indicadores revelados nessa pesquisa, podem subsidiar os profissionais de saúde, a comunidade escolar e o núcleo familiar a refletirem sobre o seu papel enquanto instituições educativas, buscando favorecer um desenvolvimento saudável nas relações interpessoais e menos propensa às agressões sistemáticas.
2017
Descrição
  • KEILA RODRIGUES DE ALBUQUERQUE
  • ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL: prevalência e fatores associados
  • Orientador : Malvina Thaís Pacheco Rodrigues
  • Ano: 2017
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  • As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de mortalidade em todo mundo. Como importante fator de risco para doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, destaca-se a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), principal motivo para consulta e acompanhamento profissional na atenção básica. Um dos desafios do tratamento da HAS é a adesão terapêutica, fator essencial para controle dos níveis tensionais e redução de danos à saúde e ao desenvolvimento econômico e social. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a adesão ao tratamento medicamentoso da HAS em hipertensos acompanhados pela Estratégia Saúde da Família. Trata-se de estudo transversal, realizado com 682 hipertensos, acompanhados pelas equipes da estratégia saúde da família em Teresina- Piauí. A adesão ao tratamento da hipertensão foi medida pelo Questionário de Morisky-Green-Levine. Como variáveis explicativas, foram investigadas características sóciodemográficas, estilo de vida, fatores clínicos e terapêuticos. Na análise bivariada utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson (χ2) para associar as variáveis qualitativas e o teste T de Student para análise das variáveis quantitativas. Considerou-se associação ao nível de p<0,20, e para explicar o efeito conjunto das variáveis sobre a adesão segundo a classificação Morisky, utilizou-se a Regressão Logística Múltipla (RLM), com critério de significância de p< 0,05. Os resultados mostraram baixa prevalência da adesão, correspondendo a 35,5%. Quanto aos fatores associados, o estudo mostrou que a maior chance de adesão foi: ser do sexo masculino, ter 62 anos ou mais de idade, ter pressão arterial controlada e assiduidade às consultas. Consumir álcool e apresentar reações adversas medicamentosas estão associados a menor chance de adesão. Conclui-se, então, que apesar da maioria dos participantes apresentarem pressão arterial controlada, houve baixa prevalência na adesão ao tratamento medicamentoso anti-hipertensivo, o que requer ações de controle, a fim de qualificar a atenção ao hipertenso, de modo a promover sua adesão e redução de agravos associados à HAS.
  • ADRIANA VASCONCELOS DA NÓBREGA
  • IMPACTO DA CÁRIE DENTÁRIA NA QUALIDADE DE VIDA DE PRÉ-ESCOLARES
  • Orientador : MARINA DE DEUS MOURA DE LIMA
  • Ano: 2017
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  • A cárie dentária afeta pessoas de todas as faixas etárias e gêneros e pode causar comprometimento das funções do sistema estomatognático, além de alterações estéticas. Mesmo com a diminuição na prevalência e incidência da cárie, os índices referentes a essa doença ainda se apresentam expressivos, afetando uma parcela significativa da população mundial, especialmente, crianças. Estudos que avaliam o impacto da saúde bucal na qualidade de vida de indivíduos podem contribuir para a implementação de políticas públicas, principalmente as que visam diminuir as desigualdades sociais e definir as necessidades de tratamento. Desta forma, este estudo transversal teve como objetivo avaliar o impacto da cárie dentária na qualidade de vida de pré-escolares. A amostra do estudo foi constituída por 566 pré-escolares com idade de cinco anos, matriculados em instituições públicas e privadas do município de Teresina, PI, Brasil. Um questionário foi aplicado aos responsáveis para obtenção de dados socioeconômico-demográficos. Instrumento de qualidade de vida validado para população brasileira (Pediatric Quality of Life Inventory) foi aplicado para as crianças e seus responsáveis. O exame dentário foi realizado por examinador previamente treinado e calibrado (índice kappa=0,96). Para análise estatística, foram realizadas análises descritivas e regressão de Poisson (p<0,05). Os resultados demonstraram que 50,2% das crianças apresentaram experiência de cárie, sendo que 14,6% exibiram apenas os dentes anteriores afetados, 45,1% somente os dentes posteriores e 40,3% os anteriores e posteriores. Dos que tiveram experiência de cárie apenas 3,5% não necessitavam de tratamento. Foi observada associação entre experiência de cárie e pior qualidade de vida no domínio de saúde bucal tanto na percepção da criança (RR=0,981; IC95%= 0,97-0,99) quanto dos pais (RR= 0,955; IC95%= 0,94-0,97). De acordo com a percepção das crianças, cárie em dentes posteriores foi associada a pior qualidade de vida no domínio capacidade física (RR=0,985; IC95%= 0,97-0,99). Na percepção das crianças, observou-se associação entre pior qualidade de vida e sexo feminino no domínio capacidade física (RR=0,983; IC95%= 0,97-0,99), aspecto emocional (RR=0,984; IC95%= 0,97-0,99), renda familiar menor que 2 SM e saúde bucal da criança (RR 0,979; IC95%= 0,97-0,99). Experiência de cárie impactou negativamente na qualidade de vida relacionada à saúde bucal dos pré-escolares na percepção das crianças e dos pais.
  • JULIANA TEIXEIRA NUNES
  • QUALIDADE E EQUIDADE DA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL E PÓS-PARTO ENTRE ADOLESCENTES
  • Orientador : Keila Rejane Oliveira Gomes
  • Ano: 2017
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  • INTRODUÇÃO: A qualidade da assistência pré-natal e pós-parto constitui importante indicador de saúde materno-infantil, indispensável à condução saudável da gestação. Variáveis sociodemográficas, econômicas e reprodutivas somadas à gravidez na adolescência, são determinantes sobre o nível de adequação da assistência pré-natal e pós-parto recebida pelas jovens. OBJETIVO: Analisar a qualidade e a equidade da assistência pré-natal e pós-parto entre adolescentes. METODOLOGIA: Estudo transversal realizado com adolescentes puérperas, nas cinco maternidades de Teresina-Piauí. A amostra, probabilística estratificada proporcional, foi calculada conforme a demanda de partos entre adolescentes ocorridos nessas instituições em 2012 (N=3.386), resultando em 483 entrevistadas. A coleta dos dados ocorreu de abril a junho de 2014, por meio de entrevista baseada em formulário pré-testado e consulta ao cartão da gestante. Investigaram-se 16 procedimentos técnicos, dez referentes ao pré-natal e seis ao pós-parto. O índice de qualidade da assistência considerou: início do pré-natal até 12ª semana gestacional, número de consultas realizadas ≥6 e realização de pelo menos 14 procedimentos técnicos. Para associação da equidade, as jovens foram divididas em quatro quartis de renda e três grupos de risco gestacional. O banco de dados foi construído no programa Epi.info 6.04 e analisado no software SPSS versão 17.0. Realizaram-se análises: univariada, por meio de estatística descritiva e bivariada, adotando-se os testes Qui-quadrado e Exato de Fisher, com nível de significância p≤0,05. RESULTADOS: Predominaram jovens com média de 17,9 anos, não brancas (88,0%), em união estável/casadas (75,8%), menor escolaridade (79,5%), sem atividade remunerada (90,5%), pertencentes ao primeiro quartil de renda (52,0%). O perfil reprodutivo foi representado por jovens primíparas (85,7%) e intervalo interpartal inferior a 24 meses (51,4%). O serviço público foi majoritário entre jovens dos menores quartis (p<0,05). Cerca de metade iniciou o pré-natal no 1° trimestre e realizou o mínimo de seis consultas. Os procedimentos técnicos do pré-natal com menores coberturas foram: exames ginecológico (49,1%) e das mamas (23,6%), especialmente para jovens dos menores quartis de renda (p<0,05). Os procedimentos técnicos do pós-parto alcançaram baixas coberturas para todos os quartis de renda. A qualidade da assistência pré-natal e pós-parto alcançou nível adequado para apenas 8,7% das jovens e melhor resultado entre aquelas com maiores quartis de renda (10,7% e 13,3%, respectivamente). Também foi insatisfatória a qualidade da assistência para jovens de alto risco gestacional, em que apenas 0,6% obtiveram atendimento pré-natal /pós-parto adequado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi alta a inadequação da assistência pré-natal e pós-parto, relacionada tanto ao número de consultas e início tardio do acompanhamento como, principalmente, à insuficiente realização de procedimentos essenciais às consultas. A elevada inadequação da assistência entre jovens de menor renda e que possuem risco gestacional ratifica a Lei dos Cuidados Inversos, realidade vivenciada por jovens em situações de iniquidades. Desigualdades no cuidado demonstram ser ainda presentes, fortalecendo a necessidade de políticas voltadas à redução de fatores condicionantes dessas disparidades, em prol da assistência à saúde mais equânime.
  • JULIANY MARQUES ABREU DA FONSECA
  • INFLUÊNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL NA CAPACIDADE FUNCIONAL DE ADOLESCENTES
  • Orientador : Luisa Helena de Oliveira Lima
  • Ano: 2017
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  • O sobrepeso e a obesidade representam grandes desafios à saúde pública mundial. Com manifestação cada vez mais precoce, são fatores de risco que podem interferir em diversos aspectos, dentre eles, na capacidade física funcional, representada pela habilidade de desempenhar as atividades de vida diária. Nesse sentido, este trabalho objetivou analisar a influência do estado nutricional na capacidade funcional de adolescentes. Trata-se de estudo transversal, realizado no segundo semestre de 2016, em escolas públicas de ensino fundamental do município de Teresina – PI. Participaram 198 adolescentes, de 10 a 14 anos, avaliados quanto a dados demográficos: sexo, idade e grupo étnico; antropométricos: peso, estatura e índice de massa corporal; nível de atividade física, estimado através do Questionário Internacional de Atividade Física; flexibilidade pelo teste de sentar e alcançar sem banco e capacidade funcional pelo teste de caminhada de seis minutos. Antes e após o teste foram coletados os dados clínicos de pressão arterial, saturação de oxigênio, frequência cardíaca, frequência respiratória e esforço percebido pela escala de Borg. Para a análise estatística, utilizou-se o SPSS versão 20.0. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí com o parecer 1.755.806. Houve predominância de adolescentes do sexo feminino (62,6%) e cor da pele autorreferida parda (64,6%). A prevalência de excesso de peso não apresentou diferença entre sexos (p=0,267). Os meninos mostraram melhor flexibilidade (p=0,000), maior nível de atividade física (p=0,033) e maior distância percorrida (p=0,001). Adolescentes com excesso de peso percorreram menores distâncias (p=0,028) e apresentaram maiores diferenças entre variáveis clínicas antes e após o teste. O nível de atividade física não apresentou diferença entre suas categorias que pudesse influenciar na distância percorrida (p=0,987). A maioria dos adolescentes avaliados apresentou capacidade funcional abaixo do esperado. Conclui-se que o estado nutricional influencia a capacidade funcional, aspecto observado através da menor distância percorrida por adolescentes com excesso de peso no teste de caminhada de seis minutos e também pelas maiores diferenças entre variáveis clínicas encontradas neste grupo, antes e após o teste, indicando menor tolerância ao exercício. A prevalência de capacidade funcional abaixo do esperado é fator alarmante devido sua relação com o risco cardiovascular. Sugere-se o estímulo à realização de atividades físicas diárias, bem como o acompanhamento nutricional, com vistas a prevenir ou minimizar as alterações associadas ao excesso de peso.
  • CREMILDA MONTEIRO LIMA
  • SAÚDE E EDUCAÇÃO EM FOCO: o currículo como instrumento de promoção da saúde
  • Orientador : Keila Rejane Oliveira Gomes
  • Ano: 2017
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  • INTRODUÇÃO: A educação tem sido apontada como um dos fatores determinantes da saúde. Nessa discussão a escola é compreendida como lugar ideal para a promoção da saúde. Contudo, para que a escola seja lócus de promoção da saúde é imprescindível que o currículo propicie ações que desenvolvam positivamente a compreensão de saúde, como também, afirme a necessidade de promovê-la. OBJETIVO: Analisar o currículo do ensino médio de escolas públicas e privadas em seu papel de promoção da saúde. METODOLOGIA: Estudo transversal realizado em 24 escolas de ensino médio das redes pública e privada de Teresina-PI. A coleta de dados ocorreu de abril a dezembro de 2016, por meio de questionários pré-testados, um utilizado para análise dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPPs) e outro aplicado junto aos docentes. A análise dos dados ocorreu no software SPSS, versão 17,0 para Windows. Para verificar diferença estatística entre variáveis o teste do qui-quadrado de Pearson foi utilizado. RESULTADOS: A análise dos projetos políticos-pedagógicos apresentou maioria das respostas negativa para: abordagem de ambiente saudável que favoreça a aprendizagem (83,4%); ênfase no conceito de saúde interagindo com aspectos físicos, psíquicos, socioculturais e ambientais (70,8%); conteúdos de saúde presentes nas diferentes áreas da organização curricular (91,7%); referência a serviços de saúde voltados para o educando e inter-relações com outros setores que desenvolvam ações de promoção da saúde (100%); ações que desenvolvam a promoção da saúde, assim como, da participação dos educadores na elaboração do projeto pedagógico para a saúde (79,2%). Foram frequentes docentes com características de: ter conhecimento sobre o que é promoção da saúde (88,7%); considerar a escola um espaço ideal para promoção da saúde (91,9%); considerar importante a educação para a promoção da saúde (99,7%); sentirem-se responsáveis em educar para a saúde (82,2%); não se sentir habilitado a educar os alunos para a promoção da saúde (69,8%). CONCLUSÃO: Evidenciou que o currículo do ensino médio não aborda a promoção da saúde de forma estruturada e sistemática. Ações intersetoriais e formação profissional precisam ser repensadas. São necessárias ações que fomentem a discussão do currículo escolar que possa efetivamente contribuir para a promoção da saúde.
  • ADRIANA VASCONCELOS DA NÓBREGA
  • IMPACTO DA CÁRIE DENTÁRIA NA QUALIDADE DE VIDA DE PRÉ-ESCOLARES
  • Orientador : MARINA DE DEUS MOURA DE LIMA
  • Ano: 2017
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  • A cárie dentária afeta pessoas de todas as faixas etárias e gêneros e pode causar comprometimento das funções do sistema estomatognático, além de alterações estéticas. Mesmo com a diminuição na prevalência e incidência da cárie, os índices referentes a essa doença ainda se apresentam expressivos, afetando uma parcela significativa da população mundial, especialmente, crianças. Estudos que avaliam o impacto da saúde bucal na qualidade de vida de indivíduos podem contribuir para a implementação de políticas públicas, principalmente as que visam diminuir as desigualdades sociais e definir as necessidades de tratamento. Desta forma, este estudo transversal teve como objetivo avaliar o impacto da cárie dentária na qualidade de vida de pré-escolares. A amostra do estudo foi constituída por 566 préescolares com idade de cinco anos, matriculados em instituições públicas e privadas do município de Teresina, PI, Brasil. Um questionário foi aplicado aos responsáveis para obtenção de dados socioeconômico-demográficos. Instrumento de qualidade de vida validado para população brasileira (Pediatric Quality of Life Inventory) foi aplicado para as crianças e seus responsáveis. O exame dentário foi realizado por examinador previamente treinado e calibrado (índice kappa=0,96). Para análise estatística, foram realizadas análises descritivas e regressão de Poisson (p<0,05). Os resultados demonstraram que 50,2% das crianças apresentaram experiência de cárie, sendo que 14,6% exibiram apenas os dentes anteriores afetados, 45,1% somente os dentes posteriores e 40,3% os anteriores e posteriores. Dos que tiveram experiência de cárie apenas 3,5% não necessitavam de tratamento. Foi observada associação entre experiência de cárie e pior qualidade de vida no domínio de saúde bucal tanto na percepção da criança (RR=0,981; IC95%= 0,97-0,99) quanto dos pais (RR= 0,955; IC95%= 0,94-0,97). De acordo com a percepção das crianças, cárie em dentes posteriores foi associada a pior qualidade de vida no domínio capacidade física (RR=0,985; IC95%= 0,97-0,99). Na percepção das crianças, observou-se associação entre pior qualidade de vida e sexo feminino no domínio capacidade física (RR=0,983; IC95%= 0,97-0,99), aspecto emocional (RR=0,984; IC95%= 0,970,99), renda familiar menor que 2 SM e saúde bucal da criança (RR 0,979; IC95%= 0,97-0,99). Experiência de cárie impactou negativamente na qualidade de vida relacionada à saúde bucal dos pré-escolares na percepção das crianças e dos pais.
  • AGLAINE DE OLIVEIRA AGUIAR
  • ANEMIA, ADEQUAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE ADOLESCENTES DA REDE PÚBLICA E PRIVADA DE ENSINO
  • Orientador : REGILDA SARAIVA DOS REIS MOREIRA-ARAÚJO
  • Ano: 2017
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  • O presente estudo teve como objetivo avaliar a anemia ferropriva, adequação do estado nutricional e do consumo alimentar de adolescentes da rede pública e privada de ensino. A população estudada foi adolescentes de 14-19 anos de instituições públicas e privadas da cidade de Teresina-PI. Foram coletados dados sociodemográficos, analisado anemia por dosagem de hemoglobina, estado nutricional utilizando IMC/Idade e avaliação do consumo utilizando o Recordatório 24h. Foram investigados 674 adolescentes, a prevalência da anemia foi moderada com 23,9%, a maioria nas públicas (65,0%) e 35,0% de instituições privadas. Quanto ao estado nutricional 71,5% apresentavam-se eutróficos, seguido de excesso de peso e obesidade (20%) e com magreza (10,1%). Nas duas instituições, pública e privada, a maioria dos anêmicos eram eutróficos, seguidos de excesso de peso com 9,8 e 17,9% respectivamente, e menor prevalência de anêmicos com magreza em ambas as instituições, portanto não foi verificado influência do estado nutricional sobre a prevalência de anemia. Foi verificado que o consumo de bebidas açucaradas (60,09%) foi maior do que o de frutas (45,10%) e hortaliças (35,76%), sugerindo uma alimentação de baixa qualidade nutricional. Na avaliação quantitativa verificou-se inadequação para ambos os sexos e instituições para fibras alimentares e os micronutrientes Ca, P, Mg, K e Vitamina A. Em relação ao consumo de proteínas foi inadequado somente de anêmicos, em ambos os sexos e instituições. Para ferro os meninos de ambas as instituições não atingiram a adequação, já as meninas, anêmicas e não anêmicas não atingiram a recomendação de ferro em ambas as instituições. Entre as instituições de ensino não houve diferença estatisticamente significativa no consumo de proteínas e de ferro. Para vitamina A os anêmicos do sexo masculino apresentaram consumo de 351,8a e 508,2REb e não anêmicos de 416,3a e 853,8REb em escolas públicas e privadas respectivamente, com consumo inadequado em todos dos grupos citados. Já o consumo de vitamina A, para meninas anêmicas foi de 606,7a e 775,6REb, e não anêmicas 482,1a e 1187,5REb, em que somente meninas de instituições públicas não atingiram a recomendação, apresentando diferença estatisticamente significativa entre as instituições de ensino. Já para vitamina C meninos anêmicos consumiram 70,45ª, 131,7mgb, enquanto que as meninas consumiram, 47,08ª e 69,29mgb, em instituições públicas e privadas respectivamente, em que somente anêmicos de instituições públicas não atingiram a recomendação, apresentando diferença estatisticamente significativa entre as instituições. Não houve influência do estado nutricional na prevalência de anemia verificada nos escolares, porém houve uma inadequação no consumo de alimentos fontes e facilitadores da absorção de ferro, particularmente nos adolescentes da rede pública de ensino e do sexo feminino.
  • ELLAINE SANTANA DE OLIVEIRA
  • ESTRESSE E COMPORTAMENTOS DE RISCO À SAÚDE ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS
  • Orientador : Ana Roberta Vilarouca da Silva
  • Ano: 2017
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  • O ingresso na universidade traz consigo uma série de mudanças à vida do jovem. As novas demandas sociais e acadêmicas podem favorecer a adoção de hábitos de vida prejudiciais à saúde, além disso, o aumento crescente nos níveis de psicopatologia nesta população, especialmente através da presença de níveis elevados de estresse, ansiedade e depressão demonstram os riscos à vulnerabilização da saúde mental, aos quais estes indivíduos estão expostos, a partir de falhas no processo de adaptação do estudante, ao tentar administrar as diversas atividades diárias e conciliá-las às suas necessidades sociais e familiares. Visto que a literatura tem apontado associação entre adoção de um estilo de vida não saudável e o baixo nível de bem-estar psicológico, objetivou-se analisar o nível de estresse e sua relação com comportamentos de risco à saúde, estado nutricional e pressão arterial de acadêmicos de uma instituição pública de ensino superior. Trata-se de um estudo descritivo do tipo transversal de natureza quantitativa, realizado no período de abril a novembro de 2016, em uma instituição de ensino superior da cidade de Picos-PI. Participaram 377 estudantes de 18 a 30 anos, tendo sido avaliados quanto às suas características sociodemográficas e acadêmicas, perfil de estresse, qualidade do sono, risco e provável dependência alcoólica, tabagismo e nível de atividade física. Foram aferidas ainda as medidas de peso e altura para obtenção do Índice de Massa Corporal e classificação do estado nutricional, além das medidas de circunferência da cintura e do pescoço e determinação dos níveis pressóricos. Para processamento e análise dos dados, foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0. Houve predominância de estudantes universitários do sexo feminino (61,5%), de 18 a 21 anos (61,5%), pardos (54,6%) e solteiros (92,8%), com renda familiar na faixa de 1 a 3 salários mínimos (68,4%), pertencentes às classes econômicas C1 e C2 (53,6%), que residem com familiares (57,0%), oriundos de outros municípios do Piauí (53,3%), pertencentes aos cursos da área de saúde (40,6%), e com tempo desde o ingresso na instituição em mediana de 30 meses. Em relação aos comportamentos de risco, destaca-se a qualidade do sono, ruim para 65,3% dos indivíduos e distúrbio do sono para 17,0%. O IMC relevou excesso de peso em 21,3% dos acadêmicos, sem alterações nas aferições da circunferência do pescoço, da cintura e dos níveis pressóricos para a maioria dos estudantes. O estresse foi observado em 68,7% da amostra, com maior prevalência de indivíduos na fase de resistência (54,1%), e maioria de sintomas psicológicos (65,6%). Demonstrou-se associação significativa entre o estresse e as seguintes variáveis: sexo (p= 0,000), tempo na instituição(p=0,031), má qualidade do sono (p=0,000) e pressão arterial sistólica (p=0,015). Conclui-se que a maioria dos estudantes avaliados apresenta algum nível de estresse, e que este possui relação com a pressão arterial e com a má qualidade do sono, comportamento de risco mais prevalente nesta população, demonstrando a necessidade de atenção a este problema, a partir da construção de estratégias educativas com foco nas formas de enfrentamento ao estresse e na escolha por comportamentos de vida cada vez mais saudáveis, além de medidas de acompanhamento do processo de adaptação do estudante à vida universitária, que poderão implicar positivamente na qualidade de vida dos universitários.
  • CERES MARIA DE SOUSA IRENE
  • USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS POR ADOLESCENTES ESCOLARES
  • Orientador : LUISA HELENA DE OLIVEIRA LIMA
  • Ano: 2017
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  • Nas sociedades contemporâneas o consumo de substâncias psicotrópicas se constitui em um problema social e de saúde atrelado a questões de ordem política, cultural e econômica. Este consumo pode ocorrer em qualquer fase da vida do indivíduo e por motivos variados. No entanto, o início do uso na adolescência pode gerar e/ou potencializar situações de vulnerabilidades sociais e de saúde. O estudo tem como objetivo geral analisar a prevalência e os fatores associados ao uso de substâncias psicotrópicas por adolescentes escolares. Como objetivos específicos busca: caracterizar o perfil socioeconômico e demográfico da população do estudo; calcular a prevalência do uso de substâncias psicotrópicas pelos adolescentes pesquisados; descrever os fatores de vulnerabilidade para o uso de substâncias psicotrópicas por adolescentes; e verificar a associação entre os fatores de vulnerabilidade e os fatores sociodemográficos e o uso de substâncias psicotrópicas. Trata-se de um estudo de corte transversal, realizado em cinco escolas públicas localizadas na cidade de Bom Jesus, Piauí, Brasil. A amostra é composta por 665 adolescentes escolares. A coleta de dados foi realizada por meio da aplicação de questionário durante o primeiro semestre de 2017. Adotou-se como variável dependente o consumo de drogas e como variáveis independentes os aspectos sociodemográficos e as densidades absolutas de problemas relacionados ao uso de substâncias. Os dados foram analisados pelo software SPSS versão 20.0 por meio do cálculo de frequências absolutas e relativas para as variáveis categóricas e médias para as variáveis contínuas. A associação foi identificada a partir do cálculo da razão de prevalência e teste Qui-quadrado, ambos com nível de significância de 5%. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, campus Senador Helvídio Nunes de Barros, sendo aprovado com o parecer nº 1.811.768/2016. A prevalência de adolescentes escolares que utilizaram substância psicotrópica nos últimos 30 dias anteriores à pesquisa foi de 62,9%. Houve associação estatística para o uso de substâncias psicotrópicas como a idade (p<0,001), cor da pele (p<0,050), religião (p=0,001), e a série que estuda (p<0,001). Identificou-se o álcool como a substância mais consumida, seguida pelo analgésico. Os resultados das médias apontaram uma maior prevalência de problemas nas áreas de sociabilidade, lazer/recreação e comportamento. Na análise das associações todas as áreas pesquisadas apresentaram associação com significância estatística, exceto as áreas de sociabilidade e escola. Conclui-se que há alta prevalência para o uso de substâncias psicotrópicas e associações importantes para este uso. Nesse sentido, sugere-se o fortalecimento e readequação da estratégia de saúde na escola como uma possibilidade para a diminuição da prevalência do consumo e intensidades de problemas decorrentes do mesmo.
  • MARIA DO SOCORRO OLIVEIRA GUIMARÃES
  • AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DOS NÚCLEOS HOSPITALARES DE EPIDEMIOLOGIA NO ESTADO DO PIAUÍ
  • Orientador : Jesusmar Ximenes Andrade
  • Ano: 2017
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  • INTRODUÇÃO: Os avanços na estrutura organizacional do Sistema Único de Saúde permitiram a descentralização das ações de vigilância epidemiológica. Os Núcleos Hospitalares de Epidemiologia constituíram uma importante fonte de informação sobre doenças e agravos, sendo referência para os gestores e como fonte de informação para tomada de decisão. OBJETIVO: Avaliar a implantação dos Núcleos Hospitalares de Epidemiologia no Estado do Piauí. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa avaliativa, realizada em nove núcleos hospitalares de epidemiologia no Estado do Piauí, localizados na capital e no interior, que tiveram sua implantação homologada até 2014, mediante Portaria Ministerial. Foram avaliadas as dimensões, estrutura e processo. No tocante à estrutura, avaliou-se a ambiência, os recursos materiais e humanos e a regulamentação. Quanto ao processo, foram avaliadas as práticas operacionais que envolvem as atividades de vigilância epidemiológica, além de ensino, pesquisa e gestão. Os dados foram obtidos mediante aplicação de questionário e observação direta e agrupados em matriz de julgamento de modo que o somatório dos pontos obtidos determinou a adequabilidade da implantação. RESULTADOS: Apenas um núcleo apresentou 82,6% de conformidades. Portanto, implantação adequada. A maioria deles teve implantação insatisfatória. E um foi considerado com implantação crítica. A falta de regulamentação dos núcleos, bem como a de planejamento, foram os principais entraves encontrados. As atividades de ensino são incipientes e o fomento à pesquisa inexiste nos núcleos avaliados. CONCLUSÃO: O estudo constatou que a implantação dos núcleos hospitalares de epidemiologia no Estado do Piauí não ocorreu de forma satisfatória.
  • LARISSE MONTELES NASCIMENTO
  • PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR E SUA ASSOCIAÇÃO COM NUTRIENTES EM ADOLESCENTES
  • Orientador : Karoline de Macêdo Gonçalves Frota
  • Ano: 2017
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  • Introdução: O risco cardiovascular é caracterizado por um conjunto de alterações metabólicas, incluindo obesidade, dislipidemia, hipertensão e intolerância a glicose, tais fatores desenvolvem-se em idades precoces. Os hábitos alimentares são um desses fatores que podem ser considerados determinantes para o desenvolvimento de doença cardiovascular, devido ao potencial aterogênico apresentado por alguns nutrientes. Objetivo: Verificar a prevalência de fatores de risco cardiovascular e investigar a associação entre esses fatores com nutrientes de efeito aterogênico em adolescentes. Métodos: Estudo do tipo transversal, realizado com 327 adolescentes, matriculados na rede pública e particular de ensino. Avaliaram-se os dados sociodemográficos, antropométricos, pressóricos, de consumo alimentar e bioquímicos. Além disso, foi calculado o risco cardiometabólico por meio da agregação dos fatores de risco expressa de forma contínua pela soma dos escores Z, para cada fator avaliado (pressão arterial, glicose, circunferência da cintura e perfil lipídico). A regressão de Poisson foi utilizada para estimar as razões de prevalência, onde o nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: Prevalências elevadas das alterações nos níveis de LDL-c, HDL-c e TG foram observadas para escolas públicas. O risco cardiometabólico foi maior entre as garotas e na análise da razão de prevalência, notaram-se associações para pressão arterial e glicose com sexo feminino, apontando proteção. Menores prevalências para a escola pública foi apresentada para alterações pressóricas, em contrapartida verificaram-se associações que apontam risco, como elevados níveis de LDL-c, CT, TG e baixos de HDL-c. Associações significativas ainda foram observadas entre consumo elevado de gordura saturada com glicemia, elevada ingestão de colesterol com a glicose e CT e o baixo consumo de fibras com CT. Conclusão: As maiores prevalências de fatores de risco foram observadas no sexo masculino e nas escolas públicas. Ainda notou-se que o consumo excessivo de gordura saturada e colesterol e a baixa ingestão de fibras tem associação com alterações metabólicas que levam ao surgimento precoce de fatores de risco, como níveis de glicose e CT elevado. Portanto, tornam-se necessárias intervenções de saúde, especialmente no ambiente escolar, com intuito de reduzir a sua exposição à má alimentação e o consequente desenvolvimento precoce de fatores de risco cardiovasculares clássicos.
  • LÚCIA DE FÁTIMA DA SILVA SANTOS
  • AS AÇÕES DO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA NA PERSPECTIVA DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE E DA EDUCAÇÃO
  • Orientador : OSMAR DE OLIVEIRA CARDOSO
  • Ano: 2017
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  • O vínculo entre saúde e educação é reconhecido desde a antiguidade grega consolidando-se como uma estratégia importante e necessária para a efetivação de políticas públicas de saúde. Atualmente, a saúde na escola tem sido alvo de significativa atenção de órgãos internacionais, ratificando sua relevância mundialmente. No intuito de estabelecer a intersetorialidade entre os setores saúde e educação e promover a saúde integral no ambiente escolar, foi instituído o Programa Saúde na Escola (PSE) no território brasileiro. O objetivo deste estudo foi analisar o processo de implementação das ações de saúde propostas pelo PSE segundo os enfermeiros das equipes de Saúde da Família (ESF) e os gestores das escolas municipais de Teresina. Neste estudo realizamos uma análise de implementação, com abordagem qualitativa e seleção intencional determinada pela saturação dos dados. Conduzimos entrevistas semiestruturadas, entre junho e outubro de 2016, posteriormente submetidas à análise de conteúdo temática. Participaram da pesquisa nove enfermeiros das ESF atuantes no PSE e 11 gestores de escolas municipais da cidade de Teresina, Piauí- Brasil. Os dados analisados apontaram sete categorias temáticas: Ações de saúde; Planejamento das ações de saúde; Desenvolvimento das ações de saúde; Integralidade das ações de saúde; Aspectos facilitadores; Aspectos dificultadores; e Alcance dos objetivos do PSE. Constatamos que as ações de saúde desenvolvidas no PSE em Teresina visam à prevenção de doenças, possuem foco biológico e as ações voltadas para a promoção de saúde são pontuais. Observamos que, para alguns trabalhadores, essas ações tem alcance limitado na promoção da saúde, prevenção e assistência à saúde. Apontamos a ausência de articulação entre os setores, comprometendo a intersetorialidade a integralidade das ações de saúde. A parceria entre os atores envolvidos no programa e a proximidade entre a escola e a unidade básica de saúde (UBS) foram citados como aspectos facilitadores para execução das ações do PSE. Como aspectos dificultadores foram citados falhas na comunicação entre os atores envolvidos no programa, deficiência de recursos humanos e materiais e a ausência de colaboração da família e/ou da escola. O presente estudo revelou alguns desafios a serem enfrentados na implementação do PSE, tais como a superação do modelo biomédico e da setorialidade. Acreditamos que novos estudos, indo além das ações de saúde e inserindo novos atores e abordagens podem favorecer a elaboração de diretrizes para contribuir na consolidação da saúde integral no ambiente escolar.
  • KEILA RODRIGUES DE ALBUQUERQUE
  • ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL: prevalência e fatores associados
  • Orientador : Malvina Thaís Pacheco Rodrigues
  • Ano: 2017
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  • As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de mortalidade em todo mundo. Como importante fator de risco para doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, destaca-se a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), principal motivo para consulta e acompanhamento profissional na atenção básica. Um dos desafios do tratamento da HAS é a adesão terapêutica, fator essencial para controle dos níveis tensionais e redução de danos à saúde e ao desenvolvimento econômico e social. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a adesão ao tratamento medicamentoso da HAS em hipertensos acompanhados pela Estratégia Saúde da Família. Trata-se de estudo transversal, realizado com 682 hipertensos, acompanhados pelas equipes da estratégia saúde da família em Teresina- Piauí. A adesão ao tratamento da hipertensão foi medida pelo Questionário de Morisky-Green-Levine. Como variáveis explicativas, foram investigadas características sóciodemográficas, estilo de vida, fatores clínicos e terapêuticos. Na análise bivariada utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson (χ2) para associar as variáveis qualitativas e o teste T de Student para análise das variáveis quantitativas. Considerou-se associação ao nível de p<0,20, e para explicar o efeito conjunto das variáveis sobre a adesão segundo a classificação Morisky, utilizou-se a Regressão Logística Múltipla (RLM), com critério de significância de p< 0,05. Os resultados mostraram baixa prevalência da adesão, correspondendo a 35,5%. Quanto aos fatores associados, o estudo mostrou que a maior chance de adesão foi: ser do sexo masculino, ter 62 anos ou mais de idade, ter pressão arterial controlada e assiduidade às consultas. Consumir álcool e apresentar reações adversas medicamentosas estão associados a menor chance de adesão. Conclui-se, então, que apesar da maioria dos participantes apresentarem pressão arterial controlada, houve baixa prevalência na adesão ao tratamento medicamentoso anti-hipertensivo, o que requer ações de controle, a fim de qualificar a atenção ao hipertenso, de modo a promover sua adesão e redução de agravos associados à HAS.
  • CARLA MANUELA SANTANA DIAS PENHA
  • QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE BUCAL E FATORES SOCIOECONÔMICOS DE PRÉ-ESCOLARES
  • Orientador : Lúcia de Fátima Almeida de Deus Moura
  • Ano: 2017
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  • O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto de condições socioeconômicas na qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de pré-escolares do município de Teresina, Piauí. Trata-se de estudo transversal com crianças de 5 anos e seus pais/responsáveis. Foram utilizados dois questionários, um com caracte­rísticas socioeconômicas, hábitos alimentares e de higiene bucal e outro questionário validado de qualidade de vida, Pediatric Quality of Life Inventory – PedsQLTM 4.0 Generic Core Scale and Oral Health Scale. A amostra foi constituída por 566 pré-escolares e seus pais/responsáveis. Houve predomínio do gênero masculino 301 (53,2%), ensino público 380 (67,1%), renda familiar inferior a 2 salários mínimos 382 (67,5%). Na análise bivariada, renda familiar baixa foi associada a pior QVRSB (µ= 70,47/ DP= 25,62). No modelo de regressão final, as variáveis que permaneceram associadas à pior QVRSB foram a baixa escolaridade da mãe (RTajus=0,87; 13% menor chance de melhor QVRSB) e do pai (RTajus=0,92; 8% menor chance de melhor QVRSB). A escolaridade do pai e da mãe foi considerada um forte influenciador do estudo apontando maiores escores no questionário PedsQL™ como indicativo de melhor qualidade de vida nas famílias com pais de maior escolaridade.
  • KEILA RODRIGUES DE ALBUQUERQUE
  • ADESÃO AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL: prevalência e fatores associados
  • Orientador : Malvina Thaís Pacheco Rodrigues
  • Ano: 2017
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  • As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de mortalidade em todo mundo. Como importante fator de risco para doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, destaca-se a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), principal motivo para consulta e acompanhamento profissional na atenção básica. Um dos desafios do tratamento da HAS é a adesão terapêutica, fator essencial para controle dos níveis tensionais e redução de danos à saúde e ao desenvolvimento econômico e social. Esta pesquisa teve como objetivo analisar a adesão ao tratamento medicamentoso da HAS em hipertensos acompanhados pela Estratégia Saúde da Família. Trata-se de estudo transversal, realizado com 682 hipertensos, acompanhados pelas equipes da estratégia saúde da família em Teresina- Piauí. A adesão ao tratamento da hipertensão foi medida pelo Questionário de Morisky-Green-Levine. Como variáveis explicativas, foram investigadas características sóciodemográficas, estilo de vida, fatores clínicos e terapêuticos. Na análise bivariada utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson (χ2) para associar as variáveis qualitativas e o teste T de Student para análise das variáveis quantitativas. Considerou-se associação ao nível de p<0,20, e para explicar o efeito conjunto das variáveis sobre a adesão segundo a classificação Morisky, utilizou-se a Regressão Logística Múltipla (RLM), com critério de significância de p< 0,05. Os resultados mostraram baixa prevalência da adesão, correspondendo a 35,5%. Quanto aos fatores associados, o estudo mostrou que a maior chance de adesão foi: ser do sexo masculino, ter 62 anos ou mais de idade, ter pressão arterial controlada e assiduidade às consultas. Consumir álcool e apresentar reações adversas medicamentosas estão associados a menor chance de adesão. Conclui-se, então, que apesar da maioria dos participantes apresentarem pressão arterial controlada, houve baixa prevalência na adesão ao tratamento medicamentoso anti-hipertensivo, o que requer ações de controle, a fim de qualificar a atenção ao hipertenso, de modo a promover sua adesão e redução de agravos associados à HAS.
2016
Descrição
  • RANIELA BORGES SINIMBU
  • EVOLUÇÃO DO SOBREPESO E OBESIDADE EM ADULTOS RESIDENTES EM TERESINA - PIAUÍ
  • Orientador : Márcio Dênis Medeiros Mascarenhas.
  • Ano: 2016
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  • Introdução: O sobrepeso e a obesidade são considerados graves problemas de saúde pública, pois são fatores de risco importantes para o desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis, acarretando sérios danos à saúde das pessoas. Objetivo: Analisar a evolução temporal dos indicadores de sobrepeso e obesidade em adultos residentes em Teresina, capital do estado do Piauí, no período de 2006 a 2015. Metodologia: Trata-se de um estudo de séries temporais utilizando as bases de dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico. Estimou-se a tendência da prevalência de excesso de peso pelo modelo de regressão linear simples e o cálculo da razão de prevalência segundo sexo, faixa etária e nível de escolaridade. Resultados: Houve aumento exponencial na prevalência de sobrepeso (de 26,8% para 33,7%; p<0,001), obesidade (de 10% para 15,8%; p<0,001) e obesidade mórbida (de 0,6% para 1,4%; p=0,012) em adultos residentes em Teresina no período analisado. Maior incremento foi observado para obesidade mórbida no sexo feminino, idade de 55 a 64 anos e menor grau de escolaridade. Conclusão: O estudo evidencia o grave problema do aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade em Teresina. Devem-se desenvolver ações para modificar este cenário por meio de intervenções no setor saúde, educação, agroindústria, comércio e mobilização social voltada para a redução destes indicadores.
  • RENATO MENDES DOS SANTOS
  • DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM EM CRIANÇAS ATENDIDAS EM SALAS DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO: OS HÁBITOS DE SONO INFLUENCIAM ?
  • Orientador : Fernando Ferraz do Nascimento
  • Ano: 2016
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  • A dificuldade de aprendizagem é pertinente na infância e está associado a muitos fatores sociais. Como o sono é de vital importância para o desenvolvimento infantil e é um dos fatores pouco conhecido, quando associado à dificuldade de aprendizagem e ao desenvolvimento de crianças com transtorno funcional específico, atendidas em Salas de Atendimento Educacional Especializado – A.E.E., poucos estudos longitudinais foram conduzidos no sentido de caracterizar o perfil cognitivo e os hábitos de sono de crianças de 7 a 12 anos atendidas nessas salas de apoio especializado. Como as salas são programadas para crianças com deficiências, a proposta foi fazer uma caracterização das crianças com transtornos funcionais específicos encontradas em escolas municipais na zona urbana em Teresina – PI, de crianças com algum tipo de transtorno funcional específico (Dislexia / Disortografia / Disgrafia / Discalculia / Transtorno de Déficit de Atenção (com ou sem hiperatividade), que são atendidas nessas salas, avaliando o perfil cognitivo, a relação familiar, a classificação econômica e a relação entre os hábitos de sono e os transtornos funcionais nessa faixa etária. Participaram da pesquisa 70 crianças da educação fundamental, em 16 escolas públicas municipais: 04 escolas na zona leste, 04 escolas na zona norte, 03 escolas na zona sudeste e 05 escolas na zona sul, foram avaliadas. Para fazer a caracterização do sono foi utilizado o questionário de hábitos de sono e para avaliar o perfil cognitivo foram utilizados testes psicológicos TDE – Teste de Desenvolvimento Escolar e TNVRI – Teste Não Verbal de Raciocínio Infantil. Observou-se que as crianças apresentaram um nível inferior em relação ao teste de Desempenho Escolar. Em Relação aos testes Não Verbal não detectamos correlações entre variáveis de sono e escores resultados do teste. Dessa forma, é possível afirmar que o sono não é o principal fator associado a dificuldade de aprendizagem e que não existe associações entre os hábitos de sono e avaliação cognitiva. Estudos adicionais são necessários para avaliar o efeito de demais fatores.
  • SARAH DE MELO ROCHA CABRAL
  • RISCO CARDIOVASCULAR E SÍNDROME METABÓLICA EM INDIVÍDUOS COM TRANSTORNOS MENTAIS
  • Orientador : Marize Melo dos Santos
  • Ano: 2016
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  • INTRODUÇÃO: A síndrome metabólica (SM) é um transtorno complexo que compreende um conjunto de fatores fisiopatológicos interconectados e que influenciam diretamente no aumento do risco para doença cardíaca. Pacientes com transtornos mentais são mais susceptíveis à doenças cardiovasculares e alterações do metabolismo quando comparados à população comum. OBJETIVO: Avaliar o risco cardiovascular e síndrome metabólica em indivíduos com transtornos mentais. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo transversal, analítico, realizado com indivíduos, de ambos os sexos, maiores de 18 anos, atendidos nos Centros de Atenção Psicossocial de Teresina-PI. A amostra foi fundamentada nos parâmetros de Thompson e distribuída por estratificação proporcional à zona distrital. O instrumento de coleta dos dados foi um formulário abordando dados de identificação dos pacientes, condições socioeconômicas, dados clínicos, bioquímicos e antropométricos. Os diagnósticos psiquiátricos foram agrupados segundo Classificação Internacional de doenças (CID-10). O risco cardiovascular foi quantificado pelo Escore de Framinghan. A SM foi determinada mediante critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), do National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel (NCEP-ATP III) e International Diabetes Federation (IDF). Utilizou-se estatística analítica; teste Qui-quadrado de Pearson e Teste Exato de Fisher para associações; para teste de avaliação de razões de chances, Odds Ratio. O nível de significância adotado para todos os testes foi de α= 0,05. Pesquisa aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí, sob parecer de número 985.376. RESULTADOS: Participaram do estudo 298 indivíduos, sendo 59,1% do sexo feminino. Apresentaram síndrome metabólica, de acordo com a definição da OMS, NCEP e IDF, respectivamente, 5,4% e 41,3% e 46% dos participantes. A maior parte dos indivíduos (81,9%) apresentou baixo risco cardiovascular e 13,8%, risco moderado. A chance de indivíduos que apresentaram síndrome metabólica (critério OMS) possuírem risco cardiovascular moder.h ado a alto foi 12,22 vezes maior que aqueles que não apresentaram; já em relação aos critérios da NCEP e IDF, foi 8,01 e 6,23 vezes, respectivamente. CONCLUSÃO: A prevalência da SM, quando diagnosticada pelos critérios da NCEP e IDF, foi alta. Além disso, a investigação aponta para elevada prevalência de risco cardiovascular moderado/alto em indivíduos com transtornos mentais e determina sua significativa associação com a SM.
  • PRISCILLA DANTAS ALMEIDA
  • INCAPACIDADES FÍSICAS E VULNERABILIDADE INDIVIDUAL DE CASOS DE HANSENÍASE EM MUNICÍPIOS HIPERENDÊMICOS
  • Orientador : Telma Maria Evangelista de Araújo
  • Ano: 2016
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  • Introdução: A hanseníase é considerada um problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, devido à sua capacidade de provocar incapacidades físicas e estigmas nas pessoas acometidas. No Brasil, em 2014, foram detectados 31.064 casos, com coeficiente de detecção geral de 15,32/100.000 habitantes, com avaliação neurológica no momento do diagnóstico de apenas 86,99% deles. Ressalta-se que no mesmo ano, os coeficientes de detecção geral de hanseníase indicaram o Estado do Piauí como endêmico para doença e os municípios de Floriano e Picos hiperendêmicos. Diante da crescente necessidade de se intensificar as ações de controle da hanseníase, devem-se buscar novas estratégias para aproximar profissionais e gestores de saúde da problemática que envolve a hanseníase, especialmente no tocante à vulnerabilidade individual e sua relação com as incapacidades físicas produzidas. Objetivo: Analisar a associação entre as incapacidades físicas dos casos de hanseníase e a vulnerabilidade individual em dois municípios hiperendêmicos. Método: Trata-se de um estudo transversal, realizado com o universo dos casos notificados entre 2001 a 2014, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e que foram localizados por ocasião da coleta dos dados em 2016 (n=603). Utilizaram-se os Softwares: EpiInfo® Versão 7.0 e STATA® Versão 13.0. Foram realizadas análises univariadas, por meio de estatísticas descritivas simples. Na estatística inferencial foram aplicados testes de hipóteses bivariados, com utilização do Qui-quadrado e Teste Exato de Fisher. As variáveis, que na análise bivariada apresentaram valor de p < 0,20, foram submetidas ao modelo multivariado de regressão logística binomial (odds ajustado). Resultados: Observou-se que os casos, em sua maioria, eram do sexo masculino, com baixa escolaridade e baixas condições econômicas. Ao diagnóstico apresentavam-se com a classificação operacional paucibacilar (53,57%), e forma clínica indeterminada (35,82%). Verificou-se associação estatisticamente significativa entre o grau de incapacidade física e as variáveis explicativas: saúde percebida, sexo, classificação operacional, escolaridade e forma clínica (p<0,05). Conclusão: A identificação da relação entre aspectos que compõem a vulnerabilidade individual com as incapacidades física revelou a necessidade de ações específicas e novas estratégias pelos serviços de saúde, valorizando a continuação do cuidado após a alta, com vistas a redução e controle da hanseníase, e ainda de ações intersetoriais, de modo a favorecer apoio psicológico, social e econômico às pessoas acometidas pela doença.
  • PRISCILLA DANTAS ALMEIDA
  • INCAPACIDADES FÍSICAS E VULNERABILIDADE INDIVIDUAL DE CASOS DE HANSENÍASE EM MUNICÍPIOS HIPERENDÊMICOS
  • Orientador : Telma Maria Evangelista de Araújo
  • Ano: 2016
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  • Introdução: A hanseníase é considerada um problema de saúde pública, principalmente nos países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, devido à sua capacidade de provocar incapacidades físicas e estigmas nas pessoas acometidas. No Brasil, em 2014, foram detectados 31.064 casos, com coeficiente de detecção geral de 15,32/100.000 habitantes, com avaliação neurológica no momento do diagnóstico de apenas 86,99% deles. Ressalta-se que no mesmo ano, os coeficientes de detecção geral de hanseníase indicaram o Estado do Piauí como endêmico para doença e os municípios de Floriano e Picos hiperendêmicos. Diante da crescente necessidade de se intensificar as ações de controle da hanseníase, devem-se buscar novas estratégias para aproximar profissionais e gestores de saúde da problemática que envolve a hanseníase, especialmente no tocante à vulnerabilidade individual e sua relação com as incapacidades físicas produzidas. Objetivo: Analisar a associação entre as incapacidades físicas dos casos de hanseníase e a vulnerabilidade individual em dois municípios hiperendêmicos. Método: Trata-se de um estudo transversal, realizado com o universo dos casos notificados entre 2001 a 2014, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação e que foram localizados por ocasião da coleta dos dados em 2016 (n=603). Utilizaram-se os Softwares: EpiInfo® Versão 7.0 e STATA® Versão 13.0. Foram realizadas análises univariadas, por meio de estatísticas descritivas simples. Na estatística inferencial foram aplicados testes de hipóteses bivariados, com utilização do Qui-quadrado e Teste Exato de Fisher. As variáveis, que na análise bivariada apresentaram valor de p < 0,20, foram submetidas ao modelo multivariado de regressão logística binomial (odds ajustado). Resultados: Observou-se que os casos, em sua maioria, eram do sexo masculino, com baixa escolaridade e baixas condições econômicas. Ao diagnóstico apresentavam-se com a classificação operacional paucibacilar (53,57%), e forma clínica indeterminada (35,82%). Verificou-se associação estatisticamente significativa entre o grau de incapacidade física e as variáveis explicativas: saúde percebida, sexo, classificação operacional, escolaridade e forma clínica (p<0,05). Conclusão: A identificação da relação entre aspectos que compõem a vulnerabilidade individual com as incapacidades física revelou a necessidade de ações específicas e novas estratégias pelos serviços de saúde, valorizando a continuação do cuidado após a alta, com vistas a redução e controle da hanseníase, e ainda de ações intersetoriais, de modo a favorecer apoio psicológico, social e econômico às pessoas acometidas pela doença.
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb03.ufpi.br.instancia1 14/10/2024 05:23