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Dissertações/Teses

2022
Descrição
  • TAMARA MARIA CRUZ MEDEIROS
  • Práticas adotadas por gestantes e puérperas no enfrentamento da pandemia de COVID-19
  • Orientador : JOSE IVO DOS SANTOS PEDROSA
  • Data: 04/10/2022
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  • Este estudo objetivou compreender as práticas adotadas por gestantes e puérperas no enfrentamento da pandemia de COVID-19. Para tal realizou-se uma pesquisa qualitativa em saúde, desenvolvida a partir de um paradigma interpretativo. O universo da pesquisa compreendeu mulheres no ciclo gravídico-puerperal que faziam acompanhamento em uma unidade básica de saúde em Batalha, Piauí. A amostra por conveniência foi composta por mulheres no ciclo gravídico-puerperal, usando o critério de saturação teórica para sua construção. A produção de dados foi realizada por meio de entrevista não diretiva, através de roteiro semiestruturado. As participantes mencionaram lidar com um mundo de hábitos e rotinas particulares para o seu enfrentamento, resguardando as especificidades do olhar feminino na cultura e na família brasileira. Com a pandemia de COVID-19, alguns serviços de apoio à mulher e à gestação foram prejudicados e as equipes de Saúde da Família tiveram que se reinventar para garantir a continuidade da assistência no acompanhamento seguro das gestantes. Pela observação dos aspectos analisados, conclui-se que a pandemia trouxe efeitos significativos para as gestantes e puérperas, refletindo em todas as fases do ciclo gravídico puerperal e nas práticas de cuidado em saúde.

  • ADEMIR ARAGÃO MOURA
  • Fatores associados ao uso de máscara e percepções sobre a eficácia das medidas preventivas contra a covid-19 entre usuários da atenção básica do Piauí
  • Orientador : JOAO MARIA CORREA FILHO
  • Data: 29/09/2022
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  • INTRODUÇÃO: A doença provocada pelo Sars-cov2 (COVID-19) permanece como grave ameaça à saúde pública desde o primeiro caso descoberto em Wuhan em 2019. Considerando a inexistência de medidas farmacológicas específicas comprovadas de combate ao vírus, muitos países adotaram medidas de controle baseadas no uso de máscaras, estímulo à higiene frequente das mãos e em medidas de distanciamento social. Apesar da evidência científica ainda escassa sobre o tipo de máscara ideal para prevenção,  a OMS passou a recomendar em 2020 o uso comunitário das máscaras de tecido confeccionadas em casa como forma de mitigar a transmissão da doença. Dada a incerteza das recomendações oficiais no Brasil e considerando o uso de máscaras em nosso meio um hábito novo buscou-se estudar o grau de credibilidade que os usuários da atenção básica dão a esta medida bem como às demais medidas preventivas e os fatores associados ao uso e à confiabilidade. Utilizou-se como base de análise o Modelo de crenças em saúde – Health belief modelMETODOLOGIA: Trata-se de um estudo quatitativo transversal em que foram entrevistados 303 usuários de 5 cidades do Piauí, através de questionário estruturado entre os meses de fevereiro e julho de 2021, sendo este estudo braço de estudo multicêntrico nacional intitulado “Prevenção e controle do COVID-19: Estudo Multicêntrico sobre a percepção e práticas no cotidiano das orientações médico-científicas pela população dos territórios de abrangência da Atenção Primária à Saúde”. Foram analisadas informações sociodemográficas, taxa de adoção do uso das medidas preventivas, universo informacional dos usuários, percepção de susceptibilidade de adoecimento pela COVID, percepção da severidade da doença e percepção de benefício das medidas preventivas. Foram calculadas estatísticas descritivas: média, desvio padrão para as variáveis quantitativas; e frequências absolutas e relativas, para as variáveis qualitativas. Na análise inferencial, para avaliar os preditores das variáveis dependentes: confiabilidade no uso de máscara, confiabilidade nas medidas de proteção e susceptibilidade ao vírus, foi utilizado o modelo de Regressão de Poisson, com o estimador robusto da matriz de covariâncias. Os valores foram expressos na forma de Razão de Prevalência (RP) robusta, intervalos de confiança (IC95%) e a significância do Teste Qui-quadrado de Wald. Os dados foram exportados do Google Forms para a planilha Microsoft Excel e analisados no IBM Statistical Package for the Social Sciences versão 20.0. O nível de significância adotado foi p ≤ 0,05. RESULTADOS: Observou-se que o uso da máscara foi a informação mais recebida pelos usuários (95,7%), sendo a televisão o veículo principal de divulgação das informações ao passo que o agente de saúde foi a fonte de informação de maior credibilidade. O uso da máscara foi a medida mais efetivamente implementada, com altas taxas de uso (93,7%). Além disso foi a medida de maior importância atribuída frente às demais medidas preventivas. Ainda assim, a maioria dos usuários encontrou-se indecisa sobre o potencial protetivo das medidas preventivas, modulando a percepção de susceptibilidade ao vírus. Observou-se ainda que ter parceiro fixo, morar em cidade do interior do Estado, ter maior escolaridade e maior renda implica em maior percepção de susceptibilidade ao vírus. Fatores demográficos (maior nível de renda e escolaridade) foram preditores de maior confiança no uso da máscara e das medidas preventivas em geral, porém não há fator individual baseado no modelo de crenças em saúde relacionado à maior confiabilidade atribuída ao uso de máscaras, indicando que as altas taxas de adoção e importância dada a ela possam estar relacionados a influências externas (norma social e decretos normativos). CONCLUSÃO: Os usuários adotaram em grande escala e consideraram as medidas preventivas importantes frente ao Sars cov-2, porém o senso de proteção dado por elas é baixo, minando a confiança dos usuários nas medidas no sentido de prevenir o adoecimento além de modular negativamente a percepção de susceptibilidade ao vírus. Tais achados são de suma importância para elaborar estratégias de comunicação em saúde voltadas a prevenção rápida de agravos em pandemias futuras.  

  • DAYANE CRISTINA DE SOUSA ROCHA
  • Em tempos de Covid-19: Atenção Primária à Saúde na Prevenção e Tratamento da Hipertensão Arterial
  • Orientador : FRANCISCO JANDER DE SOUSA NOGUEIRA
  • Data: 28/09/2022
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  • INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 representa um dos maiores desafios sanitários recentes e tem mobilizado recursos científicos, tecnológicos, econômicos e sociais em todo o mundo. Com a recomendação do Ministério da Saúde para o atendimento dos sintomáticos respiratórios nas Unidades Básicas de Saúde, houve a necessidade de reorganização do processo de trabalho das equipes de Atenção Primária à Saúde, a fim de atender tanto à demanda de mitigação dos casos de COVID-19 como manter a oferta regular de suas ações. OBJETIVO: Compreender o processo de trabalho na Estratégia Saúde da Família referente à assistência a Hipertensão Arterial Sistêmica do município de Floriano-PI, no contexto da pandemia do novo coronavírus, com enfoque nas mudanças ocorridas e nos novos arranjos de trabalho. METODOLOGIA: Trata-se de pesquisa com abordagem qualitativa realizada com dez profissionais da Estratégia Saúde da Família de Floriano-PI, por meio da realização de entrevistas. A análise das informações foi realizada de acordo com a técnica de Análise de Conteúdo proposta por Laurence Bardin, a partir da qual emergiram três categorias: Re(organização do processo de trabalho para acompanhamento dos hipertensos: antes e durante a pandemia; Entraves ao acompanhamento do hipertenso no período pandêmico; e Repercussão das mudanças na adesão ao tratamento pelos hipertensos. RESULTADOS: Na categoria sobre a reorganização do processo de trabalho percebeu-se a centralização das ações das equipes de APS para o tratamento medicamentoso, com pouca oferta de ações de promoção e prevenção, além de ficar clara a relevância de assuntos como estratificação de risco dos hipertensos e o cadastramento das pessoas e famílias para o planejamento e organização da assistência, a necessidade de articulação com outros pontos de atenção especializada para a garantia da integralidade da atenção e a adoção do uso de EPI como forma de proteção durante o período pandêmico. No processo de retomada dos cuidados, observou-se a priorização aos casos mais graves e a dispensação de receitas e medicamentos, a busca ativa pelos agentes comunitários de saúde para o retorno da presença dos hipertensos na unidade de saúde, atendimento agendado com hora marcada, a
    vacinação contra a COVID-19 e a incorporação de tecnologias de informação foram estratégias utilizadas
    para a retomada das ações. Na categoria que analisou os entraves relacionados ao cuidado aos hipertensos no período pandêmico, destacou-se o medo tanto da equipe como da população diante de uma doença desconhecida, a perda do hábito de ir até a Unidade Básica de Saúde e a sobrecarga da equipe com a vacinação. Na categoria que discutiu as repercussões trazidas diante desse processo de reorganização imposto pela pandemia, evidenciou-se prejuízos na adesão ao tratamento da hipertensão e aumento de complicações e óbitos. CONSIDERAÇÕS FINAIS: A pandemia encontrou uma APS fragilizada, em que a não totalidade dos cadastros e da estratificação de risco dos hipertensos, assim como a dificuldade na articulação com a assistência especializada e a baixa oferta de ações promocionais e coletivas contribuíram para a baixa efetividade da assistência. A busca ativa, a vacinação e o atendimento com hora marcada e o uso de tecnologias foram fundamentais para a retomada das atividades e para a realização dos cadastros e estratificação de risco, embora o uso das tecnologias poderia ter sido melhor explorado e a vacinação tenha gerado sobrecarga da enfermagem mostrando uma falha na operacionalização da campanha. A desigualdade percebida no modo de trabalhar das equipes aliada a falta de informação sobre os indicadores foi outro empecilho encontrado. O reconhecimento pelos profissionais da importância dos cadastros e da estratificação de risco para a atenção aos hipertensos é um ponto favorável. Ficou evidente que a pandemia encontrou uma APS fragilizada e se transformou numa oportunidade para avaliação da organização dos sistemas de saúde em todo o mundo.

  • MINÉIA DA COSTA FIGUEIREDO
  • Sentimentos despertados durante a pandemia de COVID-19 em idosos acompanhados pela Estratégia Saúde da Família
  • Orientador : JOAO MARIA CORREA FILHO
  • Data: 28/09/2022
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  • Resumo: Diante do cenário de pandemia causado pelo novo coronavírus, é fundamental produzir conhecimento para compreender a doença e seus impactos no cotidiano das pessoas. Em resposta a essa demanda, o presente estudo teve como objetivo analisar os sentimentos despertados durante a pandemia de covid-19 em idosos que são acompanhados pela Estratégia Saúde da Família. Estudo observacional, de abordagem qualitativa e caráter descritivo desenvolvido com idosos residentes na zona rural município de Canto do Buriti-PI. A amostra foi por conveniência, composta por 18 idosos e delimitada através do método de saturação de dados. A coleta de dados aconteceu através de duas etapas, por meio de questionário semiestruturado com resultados descritos em tabela e questionário estruturado com conteúdo audiogravado, transcritos e com formação corpus textuais para análise no software IRaMuTeQ. Foram realizadas duas análises textuais utilizando-se: classificação hierárquica descendente (DHC) e nuvem de palavras. A partir dos dados coletados encontrou-se que os participantes tinham idade média de 68 anos, maioria eram do sexo feminino, possuíam ensino fundamental incompleto, renda de até dois salários mínimos, maior parte casados, raça branca e residiam com até três pessoas. Por meio da análise do texto foi gerado o dendrograma com sete classes categorizadas pelos pesquisadores: (1) “preocupação em perder familiares” fator exacerbado quando moravam distantes por impossibilidade de descolamento e financeiras

    ; (2) “preocupação em seguir as medidas restritivas” revelando redução de contatos sociais e tensão ao deslocar-se a cidade para aquisição de suprimentos essenciais ; (3) “sentimentos despertados durante a pandemia” houve relatos de medo, vazio, tensão, inquietação e também sentimentos positivos como empatia; (4) “emoções e percepções de risco” evocaram emoções intensas e reações comportamentais como nervoso, preocupação, estresse, nostalgia, choro e estranhamento; (5) “mudanças comportamentais impostas com a nova rotina” trouxeram em seus discursos a necessidade de mudança na rotina para se adaptarem às estratégias de prevenção da COVID-19; (6) “medo de se infectar” houve relatos de medo de se infectar e ir a óbito, preocupação consigo e entes queridos ; (7) “incertezas geradas com a pandemia” relataram dúvidas quanto ao curso da doença e terapêutica . Quanto a nuvem de palavras o sentimento mais representativo foi o medo. Conclui-se que aprofundar o conhecimento sobre as alterações na saúde mental de idosos é fundamental para desvelar os impactos ocasionados, suas relações e os fatores intrínsecos de

    proteção para a construção de diretrizes e estratégias essenciais para a prevenção do adoecimento psíquico.

  • MAYARA STEFANNI DE LACERDA BEZERRA
  • PANDEMIA DA COVID-19: REFLEXOS NA SAÚDE MENTAL DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE PIMENTEIRAS-PI.
  • Orientador : FRANCISCO JANDER DE SOUSA NOGUEIRA
  • Data: 19/09/2022
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  • A pandemia causada pelo coronavírus vem demandando uma reconfiguração dos processos de trabalho na Atenção Primária em Saúde (APS), especialmente no trabalho desenvolvido pelos Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Muitas incertezas surgiram durante a pandemia, levando à insegurança da população e em especial dos profissionais da saúde. Como consequência de tantas incertezas, diversas implicações afetaram o cotidiano dos ACS, dentre muitas, a sua saúde mental, aonde os níveis de estresse se tornaram cada vez mais altos, podendo ser um componente essencial no desenvolvimento de transtornos psicológicos e psiquiátricos. Esta pesquisa possui abordagem qualitativa, de cunho narrativo e teve o objetivo de analisar os reflexos gerados na saúde mental dos Agentes Comunitários de Saúde em Pimenteiras-PI, em decorrência da pandemia da Covid-19, e identificar os mecanismos desenvolvidos pelos ACS para gerenciamento e cuidado da sua saúde mental. Foi realizada nos meses de março e abril de 2022, com os ACS inseridos nas Estratégias de Saúde da Família e que não foram afastados de suas atividades profissionais durante a pandemia. Foram realizadas 24 entrevistas individuais, a partir de um roteiro semiestruturado. A análise e interpretação das informações apreendidas foi feita através da investigação de Conteúdo (AC) de Bardin. Os participantes foram esclarecidos sobre o intuito da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os conteúdos captados nas narrativas dos entrevistados foram organizados com os conceitos envolvidos na pesquisa, resultando na definição de 4 categorias, sendo elas: O trabalho do ACS na pandemia da Covid-19, O sofrimento de todos e cada um: o medo do desconhecido, Impacto da pandemia da Covid-19 na saúde mental do ACS e Cuidar de si para cuidar de todos. Dos 24 participantes do estudo, 38% (n=8) tinham entre 41 a 50 anos de idade, 62% (n=15) eram do gênero feminino, 42% (n=10) tinham entre 21 a 30 anos de tempo de serviço na profissão e 75% (n=18) eram concursados. Ao serem questionados sobre qual a sensação que tiveram ao desemprenhar suas atividades profissionais durante a pandemia, a grande maioria dos entrevistados foi enfática ao declarar que se sentiram com medo, tanto de se contaminarem com o vírus como o medo de contaminar seus familiares e os usuários durante as visitas domiciliares. Sensíveis, estressados, cansados, ameaçados, com crises de ansiedade, pânico e uso de medicação controlada, foi assim, que a grande maioria dos ACS de Pimenteiras descreveram fortemente como estava a saúde mental durante a pandemia. O desafio de conciliar as emoções, de continuar trabalhando quando todos “deviam ficar em casa”. Sobre as estratégias utilizadas para cuidar da saúde mental durante a pandemia tiveram destaques o uso de medicação controlada, a oração, a fé e a aproximação com os familiares. Este trabalho reflete a grande importância do cuidado em saúde mental, não apenas em tempos de crise como ocorreu com a pandemia, mas cotidianamente, pois os ACS estão submetidos, diariamente, a uma carga emocional alta ao lidarem com situações estressantes em sua rotina de trabalho.

  • LIA ANDRÉA COSTA DA FONSÊCA
  • Experiências de gestantes diante das medidas de prevenção e controle da COVID-19 em Teresina, Piauí
  • Orientador : FABIO SOLON TAJRA
  • Data: 20/07/2022
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  • INTRODUÇÃO: A pandemia da COVID-19 levou a Organização Mundial de Saúde a implementar medidas com o objetivo de minimizar a disseminação do vírus. Particularmente, as gestantes são suscetíveis à patógenos respiratórios e alterações psicológicas devido às alterações fisiológicas e hormonais impostas pela gravidez. Nesse contexto, medidas como o isolamento social podem vir a exacerbar emoções, sentimentos e reações diversas nessas mulheres. OBJETIVO: Compreender as experiências de gestantes
    acompanhadas em um território de abrangência da Atenção Primária à Saúde diante das medidas de prevenção e controle da COVID-19. METODOLOGIA: Pesquisa qualitativa norteada pelo paradigma interpretativo, realizada a partir de entrevistas, guiadas por roteiro semiestruturado, com gestantes no período entre abril e agosto de 2021. A transcrição e a análise dos dados ocorreram de forma manual, adotando o referencial teórico da hermenêutica de Gadamer associada às contribuições de Paul Ricoeur. O presente estudo é parte do projeto titulado “Prevenção e controle do COVID-19: Estudo Multicêntrico sobre a percepção e práticas no cotidiano das orientações médico-científicas pela população dos territórios de abrangência da Atenção Primária à Saúde”. RESULTADOS: A análise das entrevistas, gerou duas unidades de significados, a saber: ser gestante tem tempos de pandemia; e, cuidado em saúde de gestantes em tempos de pandemia. Em geral, as mulheres referiram angústia e medo ocasionados, principalmente, pelo isolamento social e pelas incertezas com a gravidez e parto. Foi relatado também sobre a busca ativa realizada pelos profissionais de saúde para manutenção do pré-natal, as dificuldades enfrentadas para realização de ultrassonografia e insatisfações diante das ações governamentais no enfrentamento da pandemia. CONCLUSÃO: Diante dos efeitos da pandemia destacamos a necessidade de atenção aos sentimentos e reações das gestantes além da elaboração de ações para otimização do cuidado em saúde. Houveram prejuízos no seguimento pré-natal e, por isso, atentar para melhor organização e funcionamento do serviço de saúde, é fundamental para a garantia das consultas, exames e acolhimento das suas demandas. 

  • MARINA TELES DE SOUZA
  • CONHECIMENTOS E ATITUDES DE GESTANTES ATENDIDAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE SOBRE A COVID-19
  • Orientador : FERNANDO LOPES E SILVA JUNIOR
  • Data: 06/07/2022
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  • O presente estudo tem como objetivo analisar e sintetizar a informações obtidas na literatura acerca dos fatores associados a COVID-19 e gestantes, por meio de uma revisão sistemática; e investigar os conhecimentos e atitudes de gestantes atendidas na APS do município de Parnaíba-PI. Foi realizada uma pesquisa sistemática da literatura, e um estudo de campo, do tipo observacional, analítico e transversal, desenvolvido com a amostra de gestantes (n= 70), que realizavam acompanhamento pré-natal na APS. Realizou-se uma pesquisa sistemática em dezembro de 2020, em quatro bases de dados: PubMed, Web of Science, Scopus e BIREME/LILACS, utilizando a ferramenta PECO e os termos MESHPregnant women”, “COVID- 19”, “prenatal “e correlatos. Seleção de estudos: A pesquisa revelou 1.245 estudos. Apenas artigos primários originais publicados em inglês, português ou espanhol, com desenho de estudo quantitativo (estudos de coorte, caso-controle, transversal ou longitudinal) ou estudos de métodos mistos foram incluídos nesta revisão. Os estudos deveriam abranger gestantes expostas à pandemia da COVID-19 ou os fatores associados. Um total de 23 estudos atenderam aos critérios de inclusão. Coleta de dados: Os revisores selecionaram os títulos e resumos de acordo com os critérios de elegibilidade e realizaram a extração dos dados. O risco de viés e a qualidade dos estudos foram avaliados usando a Escala de Newcastle-Ottawa (NOS). Resultado: o fator mais prevalente associado a COVID-19 foram modificações no estado mental das gestantes, especialmente aumento de sintomas de ansiedade ou depressão, seguido de modificações clínicas, como maiores taxas de hospitalização e internação em UTI. Além disso, algumas etnias demonstram serem mais vulneráveis neste cenário. Conclusão: gestantes vivenciando a pandemia da COVID-19 ou infectadas com o vírus são clínica e psicologicamente mais vulneráveis, principalmente algumas etnias (negras e hispânicas).A segunda parte do estudo trata-se de uma pesquisa de campo, na qual a coleta de dados se estendeu de abril a outubro de 2021, e se deu a partir de um questionário adaptado da Pesquisa de Conhecimentos e Atitudes, composto por três partes principais: informações sobre características sociodemográficas, histórico obstétrico e perguntas com conteúdo sobre conhecimento e atitude em relação à COVID-19. Posteriormente, foi realizada uma análise estatística, do tipo descritiva através da leitura das frequências absolutas (N) e relativas (%). Os testes estatísticos do qui-quadrado e binomial foram utilizados para testar a hipótese de associação entre os níveis de conhecimento e atitude de gestantes com as características sociodemográficas. Resultados: Somente foi detectada associação significante entre as variáveis atitude e estado civil, tendo as mulheres solteiras maior índice de atitude negativa perante a COVID-19. Conclusão: Embora a maioria das participantes do presente estudo apresentem conhecimento adequado e atitude positiva sobre a COVID-19, encontram-se preocupadas com sua saúde de seus bebês.

     

2021
Descrição
  • AUGUSTO CÉSAR BELTRÃO DA SILVA
  • EMOÇÕES, SENTIMENTOS E REAÇÕES DO PROFISSIONAL MÉDICO FRENTE À PANDEMIA DA COVID-19
  • Orientador : JOSE IVO DOS SANTOS PEDROSA
  • Data: 30/09/2021
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  • A pandemia causada pela doença do novo coronavírus (COVID-19) trouxe para o centro das
    discussões a complexidade do trabalho em saúde. Os profissionais sempre foram afetados por
    sobrecarga no trabalho, péssimas condições de trabalho e, muitas vezes, inadequado incentivo
    financeiro. Com a convivência com a pandemia, outros aspectos foram elucidados e emoções,
    sentimentos e reações diversas passaram a ser percebidas. Este trabalho objetiva compreender
    as emoções, sentimentos e reações do profissional médico diante da convivência com a
    pandemia de COVID-19. Trata-se de um estudo autoetnográfico, realizado a partir da
    experiência do pesquisador principal, médico anestesiologista do município de Parnaíba-Piauí,
    diante da pandemia da COVID-19. Para a realização e elaboração deste trabalho, a técnica
    utilizada para a obtenção de dados foi o Diário de campo. Este estudo foi construído a partir da
    proposta hermenêutica de Hans-Georg Gadamer associado às considerações de Paul Ricouer
    que forneceu os pressupostos para aproximação mais adequada da natureza interpretativa da
    produção empírica. Foi feita uma leitura superficial, seguido de uma leitura crítica e apropriação
    que subsidiou a criação das unidades de significado. Duas unidades de significado foram
    geradas, a saber: 'Emoções, sentimentos e reações diante da pandemia da COVID-19'; e, 'Um
    olhar sobre as ações e serviços de saúde'. A COVID-19 impactou diretamente na qualidade de
    vida e na saúde mental de todos os envolvidos. que estão vivendo sob o constante medo e a
    insegurança de uma doença nova e de todas as repercussões que pode causa no Sistema Único
    de Saúde (SUS), nos serviços particulares, na sociedade como um todo, em suas vidas pessoais
    e no bem-estar da própria família e dos amigos. Inúmeras emoções, sentimentos e reações foram
    produzidas neste contexto de pandemia e muitas delas não foram apresentadas de imediato,
    precisando de um movimento e olhar para dentro, para que pudesse identificar e reunir
    estratégias de superação. Esse relato pode ser oportuno para a construção de estratégias a serem
    adotadas no município de Parnaíba e demais municípios brasileiros, visando uma prática do
    cuidado e apoiando um movimento de saúde do trabalhador (cuidar de quem cuida).

  • PRISCILA FAVORITTO LOPES
  • DESENVOLVIMENTO DE SIMULADOR DE CANTOPLASTIA PARA O ENSINO DE TÉCNICA CIRÚRGICA
  • Orientador : FERNANDO LOPES E SILVA JUNIOR
  • Data: 08/07/2021
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  • A educação médica no Brasil e no mundo vem se reformulando para que o profissional egresso das instituições de ensino seja capaz de resolver as demandas de saúde da população. Uma das formas de fazê-lo é garantir a habilidade para a realização de pequenas cirurgias ambulatoriais. A simulação é uma forma de reproduzir uma situação real ou utilizar um modelo para treinar competências teóricas e práticas. O objetivo deste trabalho foi desenvolver um simulador de baixa fidelidade e baixo custo para o ensino da cantoplastia, bem como suas etapas, recursos e habilidades que se espera obter dos estudantes com o uso do produto. Por meio de busca bibliográfica sobre a educação médica no Brasil, o ensino da cirurgia, o uso da simulação nesta área e a onicocriptose visam, neste trabalho, apresentar as implicações para a prática de simulação voltadas para a técnica cirúrgica no processo de ensino-aprendizagem. O curso de graduação precisa utilizar metodologias que privilegiem a coparticipação do aluno no processo educacional, inserindo-o precocemente em atividades práticas relevantes para a vida médica. O uso de simuladores para o ensino de habilidades técnicas representa uma dessas metodologias e quando aplicada, inserida em um projeto pedagógico, de forma estruturada, por um docente com conhecimento e experiência em oferecer feedback, oferece uma excelente ferramenta para a capacitação discente. A falta de recursos materiais não deve ser um obstáculo à exploração da simulação na prática docente. Neste contexto foi criado um simulador de unha encravada utilizando materiais comuns á prática odontológica e amplamente acessíveis. Como forma de divulgar a produção e uso do produto foram produzidos vídeos e cartilhas sobre o tema e o depositado o pedido de patente de modo de utilização. Fica, portanto, o convite para que a unha encravada, patologia de resolução simples, que exige habilidades cirúrgicas cujo tratamento deveria ser garantido nos serviços de entrada ao sistema de saúde do Brasil, seja o disparador para a busca por novos simuladores que auxiliem na prática da simulação.

  • LARISSA TELES DE SOUZA
  • DESENVOLVIMENTO DE UM APLICATIVO MÓVEL PARA O AUTOCUIDADO DE EPILEPSIAS
  • Orientador : FERNANDO LOPES E SILVA JUNIOR
  • Data: 06/07/2021
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  • A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico caracterizado por crises epilépticas (CEs) espontâneas recorrentes. Cerca de um terço das pessoas com epilepsia (PEs) têm CEs persistentes apesar de tratamento medicamentoso otimizado. Nesse sentido, é fundamental a utilização ferramentas para o autocuidado (AC) da epilepsia, a fim de melhorar a adesão ao tratamento, reduzir as crises e reduzir os impactos negativos das epilepsias. Para esta finalidade, a utilização de aplicativos de AC se mostra promissora, uma vez que o mercado em expansão de smartphones pode oferecer aplicativos para o AC de fácil acesso à baixo custo.  No Brasil, não há estudos recentes sobre quais e como são os aplicativos de AC de epilepsia disponíveis.  Este estudo tem o propósito desenvolver um aplicativo móvel para o AC de PEs, partindo de uma revisão sistemática dos aplicativos de autocuidado para epilepsias já disponíveis no Brasil, dos quais serão analisados os usos disponíveis, seus engajamento, funcionalidade, estética e qualidade da informação. A seguir, serão entrevistados neurologistas e epileptologistas brasileiros para avaliação qualitativa das funcionalidades por eles consideradas mais importantes para a prática clínica. Por fim, estas informações serão utilizadas para a construção de um projeto de arquitetura do aplicativo, embasado cientificamente e voltado para nossa realidade. 

2019
Descrição
  • MAURO MENDES PINHEIRO MACHADO
  • A VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NA PERCEPÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE.
  • Orientador : JOAO MARIA CORREA FILHO
  • Data: 16/12/2019
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  • INTRODUÇÃO: O termo violência obstrética é caracterizado pelo ministério da saúde como: "todo tipo dg agressão física, psicológica, verbal, simbólica e/ou sexual, incluindo também ações de negligência, discriminação e/ou condutas desnecessárias ou desaconselhadas”.  A adequada  caracterização desta problemática e capacitação dos profissionais na atenção primária é necessária para a  compreensão e criação de estratégias de prevenção primária para o enfrentamento deste agravo. Este estudo objetiva compreender a percepção dos profissionais da Estratégia de saúde da famíiia (ESF) sobre a Violência obstétrica e compara-las aos estudos científicos sobre a temática relatados nos últimos 5 anos na literatura, conhecer o perfil de conhecimento acerca de violência obstétrica por estes profissionais e propor o uso de uma intervenção educativa a partir dos resultados da pesquisa de campo. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo descritivo qualitativo em uma unidade básica de saúde com o objetivo de avaliar através de questionário aberto, o conhecimento dos profissionais sobre violência obstétrica e apresenta-los a uma proposta educacional. RESULTADOS: A maior parte dos profissionais compreende a temática, no entanto os entendimentos são heterogêneos e as estratégias de educação permanente na atenção primária foram reconhecidas como frágeis pela equipe. A intervenção educativa pode se mostrar como uma estratégia para o empoderamento dos profissionais da ESF acerca da temática, podendo reforçar a qualidade da informação repassada à usuária.

  • HENRIQUE CISNE TOMAZ
  • SÍNDROME DE BURNOUT E FATORES ASSOCIADOS EM PROFISSIONAIS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
  • Orientador : MARIZE MELO DOS SANTOS
  • Data: 12/08/2019
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  • Introdução: Burnout compreende uma síndrome caracterizada por exaustão emocional que resulta em despersonalização e diminuição da realização pessoal no trabalho. A crescente prevalência entre os profissionais de saúde nos últimos anos vem sendo apontada como uma ameaça potencial à qualidade dos cuidados de saúde e à segurança do paciente, com atenção especial aos profissionais da atenção básica. Objetivo: Avaliar a presença de componentes da síndrome de burnout e fatores relacionados em profissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF). Metodologia: Delineamento transversal analítico, realizado em Unidades Básicas de Saúde da ESF do município de Piripiri (PI), o qual possui 25 equipes, no período de fevereiro a abril de 2019. A população do estudo foi constituída por profissionais da ESF. A amostra foi composta por 94 profissionais que apresentaram vínculo formalizado com a atenção básica e atuavam regularmente em unidades básicas de saúde do município. Para a coleta de dados foi utilizado formulário contendo variáveis sociodemográficas, econômicas e profissionais. Também foi utilizada a Escala Modo de Enfrentamento de Problemas (EMEP), para medir estratégias de enfrentamento em relação a estressores específicos; a Escala de Resiliência (ER), que mede os níveis psicossociais de adaptação positiva em resposta a eventos de vida relevantes; e o Oldenburg Burnout Inventory (OLBI), que foi concebido para avaliar o problema em qualquer categoria profissional. Os dados foram processados no software IBM® SPSS®, versão 23.0, sendo calculadas estatísticas descritivas e inferenciais. Foram atendidas as normatizações éticas para pesquisas com seres humanos. Resultados: O perfil dos profissionais é constituído a maioria por mulheres, com média de idade de 40,9 anos, com atuação no serviço público de saúde e média de 12 anos de trabalho na Atenção Básica. A prevalência de burnout foi de 38,3%, sendo que 21,3% dos profissionais foram classificados como tendo esgotamento e 9,6% com distanciamento do trabalho. As frequências de altos níveis nos componentes foram de 56 (59,6%) para exaustão e 45 (47,9%) para distanciamento. Conclusão: Os resultados mostram altos níveis de burnout, elevada pontuação nos fatores que compõem a resiliência e baixa eficiência no uso de estratégias de combate aos estressores. Além da síndrome instalada, destacou-se como fator ameaçador sintomas de esgotamento, exaustão e distanciamento do trabalho, que surgem e se intensificam quando os trabalhadores não conseguem elaborar formas eficazes de combater os fatores de estresse.

  • CLÓVIS FERREIRA DAS CHAGAS
  • Projeto de Intervenção para a Melhoria da Qualidade da Atenção Básica em uma área da Estratégia de Saúde da Família, em Teresina
  • Orientador : JOSE IVO DOS SANTOS PEDROSA
  • Data: 11/06/2019
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  • INTRODUÇÃO: Os Projetos de Intervenção em saúde valorizam as práticas avaliativas nos serviços e podem melhorar indicadores de acesso e de qualidade do processo de trabalho de uma ESF. O presente Projeto de Intervenção tem como tema a avaliação da estratégia de saúde da família no sentido da melhoria da qualidade dos processos do trabalho. Justifica-se através da necessidade de melhoria do cuidado na Atenção Básica. OBJETIVO GERAL: a melhoria da qualidade do serviço prestado pela equipe 193, de acordo com as fragilidades identificadas através da AMAQ (Autoavaliação para a Melhoria do Acesso e da Qualidade de Atenção Básica); OBJETIVOS ESPECÍFICOS: fazer uma leitura avaliativa dos dados da AMAQ em relação à equipe, identificando fragilidades, propondo intervenções e organizando o processo de trabalho. METODOLOGIA: O Projeto de Intervenção foi implementado após a releitura do instrumento AMAQ já aplicado à equipe em 2014, identificando-se as fragilidades, fortalezas, ameaças e oportunidades no Processo de Trabalho da equipe e construindo uma Matriz de Intervenção para a melhoria da qualidade do serviço prestado. As informações utilizadas do questionário citado foram referentes às sub-dimensões J, K, L e M (Perfil da Equipe, Organização do Processo de Trabalho, Atenção integral à Saúde e Controle Social e Satisfação do Usuário, respectivamente). A matriz de intervenção foi implementada de acordo com o modelo orientador de Carlos Mattus, para o planejamento e implementação das intervenções identificadas pelos atores responsáveis de acordo com prazos estipulados. RESULTADOS: Inicialmente mobilizou-se a equipe através de encontros, com a participação da coordenação da UBS, no sentido de orientação/conscientização quanto à necessidade de um diagnóstico de saúde e intervenções nos pontos fragilizados elencados. Realizou-se uma releitura da AMAQ aplicado em 2014, priorizando-se os principais padrões insatisfatórios das sub-dimensões J, K, L e M. Daí organizou-se um Planejamento Estratégico. Do total de padrões da AMAQ, 12 dimensões tiveram notas regulares ou insatisfatórias, sendo duas delas relacionadas com a Saúde Bucal, com muito baixa governabilidade e recusa de profissionais em participar das intervenções. Do restante dos problemas priorizados elencaram-se 27 nós-críticos, com 23 planos de ação. Todos os planos foram realizados parcial ou totalmente. Os subprojetos receberam denominações no sentido de ter um planejamento organizado e sistematizado. CONCLUSÃO: A aplicação da AMAQ nos proporcionou evidenciar fragilidades que precisaram sofrer intervenção pronta. O PES, que corresponde ao padrão 4.5 da Dimensão K, da AMAQ foi imprescindível no Projeto de Intervenção, elencando problemas de alta governabilidade e baixo ou nenhum custo, e evidenciando a possibilidade de um processo de trabalho semelhante ao padrão com tecnologias leves e leve-duras. Sugeriu, também, que no processos de produção da saúde em condições adversas, não se pode abrir mão da intersetorialidade (ou parcerias), da integralidade das ações, da educação em saúde, do empoderamento local, da adequação do serviços de saúde às necessidades da população, do trabalho integrado interprofissional, da qualidade da intervenção profissional, e, acima de tudo, da participação das pessoas na definição de suas linhas de cuidado e/ou modos de tratar.

  • JOANA ELISABETH DE SOUSA MARTINS FREITAS
  • Fatores Sociais e de Saúde relacionados à gravidez na adolescência
  • Orientador : MARIZE MELO DOS SANTOS
  • Data: 31/05/2019
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  • A adolescência compreende uma fase do ciclo vital que oferece ao indivíduo uma condição intrínseca de vulnerabilidade, necessitando, assim, de proteção e cuidados físicos, psíquicos e morais. Objetivou-se analisar os fatores sociais e de saúde relacionados à gravidez na adolescência, entre as adolescentes primíparas, primigestas e nuligestas. Estudo transversal controlado e analítico, realizado em unidades básicas de saúde localizadas na zona norte do município de Teresina (PI), com uma amostra de 35 adolescentes primíparas, 35 adolescentes primigestas e 35 nuligestas, totalizando 105 adolescentes. Para a coleta de dados, foram utilizados um formulário contendo variáveis sociodemográficas, econômicas, uso de fumo e álcool e comportamento sexual; e os instrumentos: Alcohol Use Disorder Identification Test (AUDIT), para identificação do consumo de álcool; Parental Bonding Instrument (PBI), para verificação das memóHas do comportamento de criação dos pais; Questionnaire for the Measurement of Social Capital (SC-IQ) from the World Bank - short version, para medida do capital social; e Social Vulnerability Index (SVI), para medida da vulnerabilidade social das adolescentes. Os dados foram processados no software IBM@ SPSS@ e foram calculadas estatísticas descritivas e inferenciais. O estudo mostrou que as nuligestas em relação às primigestas e primíparas, apresentaram melhores condições socioeconômicas; maior nível de percepção de afeto/cuidado dos pais com o vínculo controle sem afeto em relação à mãe e confrole afetivo, em relação ao pai; maior acúmulo de capital social e menor nível de vulnerabilidade social.

  • ENEIDA ANJOS PAIVA
  • O exercício do direito à saúde de travestis e transexuais na cena contemporânea: revisão de literatura
  • Orientador : FRANCISCO JANDER DE SOUSA NOGUEIRA
  • Data: 28/05/2019
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  • Este estudo consiste em uma pesquisa teórica por meio de revisão de literatura com o objetivo de discutir o exercício ao direito à saúde de pessoas travestis e transexuais à luz das teorias contemporâneas de saúde e gênero. Foi consultada base bibliográfica portal da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e adotado o referencial teórico queer na discussão. Observou-se que normas de gênero calcadas no binarismo e o paradigma patologizante são orientadores das práticas de saúde, reforçando as iniquidades nos níveis macro e microestruturais da sua determinação social. As violências estrutural e simbólica permeiam as relações de cuidado em saúde. Conclui-se pela necessidade de ações em educação permanente e formação em saúde, protagonizada pelas pessoas trans e mediadas pelas instituições de ensino superior para o enfrentamento dos obstáculos ao exercício ao direito à saúde.

  • RENATA PAULA LIMA BELTRAO
  • A assistência de saúde às pessoas vivendo com HIV/AIDS acompanhadas pelo COAS/CTA do município de Parnaíba - Piauí
  • Orientador : FRANCISCO JANDER DE SOUSA NOGUEIRA
  • Data: 27/05/2019
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  • Introdução: O HIV é responsável por uma das mais importantes epidemias na história da humanidade. A AIDS é uma doença infecciosa de caráter crônico, com incidência crescente e contextualização discriminatória e estigmatizante, que representa um desafio nos território social e da saúde. A velocidade nas transformações sócio-político-culturais da atualidade imprime a necessidade de rever as demandas e a assistência prestada às pessoas vivendo com este vírus, direcionando intervenções que resultem em melhoria dos serviços e na qualidade de vida deste púbico. Objetivo: Conhecer a realidade dos pacientes vivendo com HIV/AIDS -PVHA acompanhados no Centro de Orientação e Apoio Sorológico – Centro de Testagem e Aconselhamento – COAS-CTA do município de Parnaíba - Piauí. Métodos: esta é uma pesquisa mista (qualitativa e quantitativa), aplicada em pacientes com HIV/AIDS em acompanhamento clínico-assistencial no COAS-CTA do município de Parnaíba – Piauí. As informações foram coletadas entre julho-agosto de 2018, incluindo 51 sujeitos selecionados aleatoriamente por critério de conveniência, com mais de 18 anos e há pelo menos 6 meses cadastrados no serviço. Na fase inicial foram aplicados questionários semi-estruturados em todos os participantes, com dados tabulados e analisados no software estatístico SPSS, em sua versão 21. Em um segundo momento, foram realizadas 22 entrevistas, submetidas a análise de discurso e a um software de análises de dados textuais chamado Iramuteq (Interface de R pour analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires) (Ratinaud, 2009), que é hospedado no software R (R Development Core Team, 2011). Resultado: Os sujeitos da pesquisa se utilizam preferencialmente do serviço do COAS-CTA, e, coletivamente, não possuem outros itinerários de saúde estabelecidos. Em sua maioria, se declaram satisfeitos com as ações de saúde que recebem no local da pesquisa; entretanto o acesso não atinge a integralidade e mantem-se centralizado. A terapia medicamentosa é vista como parte essencial da assistência de saúde. As demandas sociais, como respeito e inclusão, são comuns. Conclusões: as PVHA assistidas pelo COAS-CTA de Parnaíba ainda não apresentam fluxo de saúde definido e desenvolvem comportamento marginal no sistema de saúde; apesar do sentimento de satisfação, relacionado diretamente com a obtenção da terapia medicamentosa, enfrentam importantes restrições na assistência no tocante a integralidade e acesso; e são submetidas ao preconceito e estigmatização, incrementando o sofrimento físico já imposto pela doença.

  • ADRIANO ROCHA ALENCAR
  • Limitação de atividades, consciência de risco e participação social de pessoas acometidas pela hanseníase
  • Orientador : JOAO MARIA CORREA FILHO
  • Data: 27/05/2019
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  • INTRODUÇÃO: Hanseníase compreende uma doença crônica infectocontagiosa transmitida pelo agente Mycobacterium leprae, que tem predileção por infectar os nervos periféricos, especificamente as células de Schawnn. Caso não seja tratada na sua forma inicial, a doença geralmente evolui de forma lenta e progressiva, levando a deformidades e incapacidades físicas, com consequente limitação na execução de atividades diárias e prejuízo nas relações sociais dos indivíduos acometidos. OBJETIVO: Avaliar a limitação de atividade, consciência de risco e participação social de pessoas acometidas pela hanseníase. METODOLOGIA: Delineamento transversal controlado e analítico. A população do estudo foi constituída por 536 pessoas acometidas por hanseníase cadastradas na Estratégia Saúde da Família da zona urbana de Teresina e a amostra composta por 152 participantes distribuídos de forma probabilística e aleatória em dois grupos com igual número de indivíduos, conforme classificação operacional do Ministério da saúde. A coleta de dados ocorreu no período de Novembro de 2018 a Março de 2019, mediante a aplicação de questionário com características socioeconômicas e dos instrumentos Screening of Activity Limitation and Safety Awareness (SALSA), que mede o grau de limitação de atividade e grau de consciência de risco de pessoas acometidas por hanseníase, diabetes e outras neuropatias periféricas; e do Participation Scale que avalia a participação social de pessoas atingidas pela hanseníase. Os dados foram inseridos em planilha do Microsoft Excel® e processados no software IBM® SPSS® versão 23.0. Na análise dos dados, foram calculadas estatísticas descritivas para as variáveis quantitativas e frequências para as qualitativas. Na análise inferencial dos níveis de limitação de atividade, consciência de risco e participação social como medidas quantitativas, foi realizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificação da normalidade dos dados e aplicado o teste t de Student independente. Para as variáveis no nível de mensuração qualitativo, foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson. Quando não atendidos os pressupostos deste teste, as variáveis foram dicotomizadas para realização do teste Exato de Fisher. Todas as análises foram realizadas ao nível de significância de 5%. RESULTADOS: Os resultados revelaram que não houve diferença significativa de idade entre os grupos, porém ocorreu uma associação maior do sexo masculino entre os multibacilares e uma maior frequência de analfabetos neste grupo em relação aos paucibacilares. Não foi observada associação estatisticamente significativa entre a classificação operacional e as variáveis condição atual de emprego, situação conjugal, convívio familiar e renda familiar. Quanto aos graus de limitação de atividade, consciência de risco e participação social, foi observada uma diferença significativamente maior das médias no grupo dos multibacilares, assim como uma associação significativa entre esse grupo e a presença de consciência de risco envolvido em certas atividades diárias e algum grau de restrição à participação social. CONCLUSÃO: Mesmo após o término do tratamento, a limitação de atividade apresentou níveis expressivos especialmente entre os multibacilares, o que pode ter relação com o maior potencial dessa forma clínica em causar deformidades e incapacidades físicas, assim como apontar para um atraso no diagnóstico e início tardio do tratamento, favorecendo a evolução da doença para formas mais graves. A consciência de risco também apresentou uma relação significativa com o grupo multibacilar, demonstrando que maiores escores na limitação de atividade estão relacionados a uma maior consciência de risco. Por fim, a associação das formas multibacilares com a restrição à participação social evidencia como a hanseníase afeta socialmente a vida das pessoas acometidas, especialmente pela presença de sequelas e da permanência do estigma.

  • CAMILA MÁILA FONTINELE BELTRÃO
  • Proteção solar e agentes comunitários de saúde no município de Luís Correia - PI
  • Orientador : JOAO MARIA CORREA FILHO
  • Data: 27/05/2019
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  • Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) expõem-se frequentemente à radiação solar. Eles são formadores de opinião na comunidade, podendo propagar informações valiosas à população. Objetivou-se com esse trabalho se familiarizar com o perfil dos ACS de Luís Correia – Piauí (PI) - Brasil, visando conhecer os seus hábitos de proteção solar e a importância por eles dada ao repasse de informação referente ao tema à comunidade atendida por eles. É um estudo transversal com os ACS de Luís Correia-PI. Os resultados apontaram que a maioria dos profissionais se expõem frequentemente ao sol, porém não de protegem da forma adequada. Identificouse a necessidade de educação acerca do tema para esses profissionais, a fim de minimizarem os riscos gerados pela exposição solar sem proteção.

  • BRISA FIDELES GANDARA
  • Vigilância do desenvolvimento cognitivo infantil em Parnaíba: Práticas e percepções na Atenção Básica
  • Orientador : JOSE IVO DOS SANTOS PEDROSA
  • Data: 21/05/2019
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  • O desenvolvimento infantil para aquisição de competências psicomotoras e socioafetivas evolui de forma rápida nos primeiros anos de vida, de forma que é de suma importância a redução de fatores de risco negativos para o desenvolvimento e aumento da exposição a estímulos promotores. Este trabalho está pautado na necessidade de melhoria da vigilância do desenvolvimento infantil, como estratégia para reduzir as iniquidades sociais através da garantia de formação de adultos com pleno desenvolvimento cognitivo. Teve-se por objetivo realizar um levantamento das práticas na Atenção Básica acerca do desenvolvimento infantil, das percepções de mães sobre o desenvolvimento das crianças e a assistência prestada. Para tanto, realizou-se entrevistas e aplicação de questionário semiestruturado com médicos e enfermeiros da Atenção Básica em Parnaíba e roda de conversa com mães usuárias do serviço de saúde. Obteve-se como resultado que mais de 80% dos enfermeiros realizam puericultura como estratégia de vigilância do crescimento e desenvolvimento, 36,6% dos profissionais preenchem a caderneta de saúde da criança com informações sobre o desenvolvimento, 70% realizam orientações sobre estimulação precoce e desenvolvimento saudável e 74% dos profissionais se consideram aptos a reconhecer atrasos precocemente, contudo referem carecer de capacitações. Em relação a percepção das mães, constatou-se que a caderneta da criança funciona como um instrumento para acompanhamento do crescimento e vacinação muito mais do que para a avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor, além disso recorrem mais a experiência de pares e recursos tecnológicos para obterem informações sobre o tema, delegando ao serviço de saúde apenas as condições patológicas. Desta forma percebe-se a necessidade de melhoria das informações tanto na educação em saúde junto as mães quanto no processo de trabalho da equipe e na formação de profissionais com tais competências para garantir o cuidado integral a saúde da criança.

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