: Apesar das plantas estarem presentes em nosso cotidiano a grande maioria das pessoas não conseguem perceber e prestar atenção nas suas características, sua beleza, desconhecem as espécies e mal sabem os nomes, caracterizando assim a impercepção botânica. Esse fenômeno estende-se também a alguns cientistas da área biológica, alguns possuem um conhecimento limitado quando o assunto é botânica. Como objetivo desse trabalho, tem-se: investigar a percepção da biodiversidade vegetal e animal entre alunos do ensino superior; averiguar se existe diferença na percepção em relação a animais e plantas nos alunos dos cursos de Ciências da Natureza, Biologia e Educação do Campo, da Universidade Federal do Piauí; verificar a percepção ambiental dos alunos, reconhecendo a importância de algumas plantas; analisar se ocorre impercepção botânica e quais os fatores que a influenciam; e Comparar o conhecimento dos alunos dos anos iniciais e finais acerca da botânica. Estruturada em dois artigos. Sendo o primeiro, intitulado “Análise das concepções dos estudantes do ensino superior sobre a percepção relacionada à botânica”, o questionário foi aplicado com 83 alunos dos cursos de Biologia, Ciências da Natureza e Educação do Campo, dos campos CCN, CCN2 e CCE da Universidade Federal do Piauí. Observou-se na análise mediada por fotografia que alguns alunos notam a presença das plantas, identificarem elas como seres vivos e demonstrarem um certo “interesse”, porém, desconhecem ou até mesmo não mencionam suas características, grupos ou nem tentam sugerir o nome de alguma espécie. Quanto a análise do interesse e convívio com a plantas, 88% dos alunos afirmam possuir interesse, porém ao serem questionados quanto a sua importância, as respostas demonstraram um conhecimento taxado apenas a liberação de oxigênio, alimento e fotossíntese. 51,8% dos alunos afirmaram saber o que era impercepção botânica, apenas 9 citaram a questão da dificuldade de perceber/percepção as plantas. Constatou-se que apesar dos alunos conseguirem perceber as plantas, eles desconhecem suas características, grupos, nomes populares ou científicos. Para que essa problemática seja reduzida, é de extrema importância que o ensino em relação as plantas, botânica, biodiversidade sejam inseridas desde a infância, aplicando metodologias que possam incentivar a curiosidade, aprendizado, pensamento crítico de crianças, jovens e adultos no ambiente escolar e fora dele. No segundo artigo, intitulado “Estudo sobre o conhecimento em botânica: uma comparação entre os anos iniciais e finais dos cursos biologia, ciências da natureza e educação do campo”, o objetivo é comparar o conhecimento sobre botânica entre alunos dos anos iniciais e finais, avaliando quais conceitos eles possuem ao ingressar nos cursos e se, ao término, esse conhecimento se torna mais amplo e aprofundado. A amostra mínima em cada curso será Ciências da Natureza 49; Biologia 59 e Educação do Campo 24. Durante a graduação é de extrema importância que futuros professores aprendam vários tipos de metodologias que estimulem e tornem assuntos como os da botânica interessantes e atrativos.