Notícias

Banca de DEFESA: MERYANE SOUSA OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MERYANE SOUSA OLIVEIRA
DATA: 07/03/2017
HORA: 15:00
LOCAL: Sala de Vídeo I
TÍTULO: A QUESTÃO DA HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA NA GRAMÁTICA PEDAGÓGICA DO PORTUGUÊS BRASILEIRO, DE MARCOS BAGNO: UM ESTUDO HISTORIOGRÁFICO.
PALAVRAS-CHAVES: Historiografia Linguística; século XXI; gramática brasileira; origem do português.
PÁGINAS: 111
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

Esta pesquisa teve, como objetivo principal, analisar, levando em conta o aparato teórico-metodológico da Historiografia Linguística, continuidades e/ou descontinuidades no tratamento da origem histórica da língua portuguesa na Gramática Pedagógica do Português Brasileiro (GPPB), de autoria de Marcos Bagno, publicada na primeira década do século XXI. Para tanto, intentou-se estabelecer a perspectiva de Bagno, no que concerne à origem histórica da língua portuguesa, tanto na GPPB, quanto em outros materiais que compõem sua produção científica, para, em comparação com o discurso tradicional da Linguística Histórica, evidenciar, considerando a escolha de retórica do autor, os conhecimentos linguísticos e históricos presentes na gramática, o contexto de produção e recepção da obra, aspectos inovadores na gramática e, sobretudo, continuidades e/ou descontinuidades em relação a propostas antecessoras. Constituiu-se, como corpus total de análise, 22 obras, divididas em dois tipos de fontes, primária: GPPB, Bagno (2011);  e secundárias, obras que tratam da origem da língua portuguesa: Silva Neto (1946), Maurer Jr. (1962), Bueno (1967), Elia (1979), Said Ali (2008), Bassetto (2001), Mattos e Silva (2006), Basso e Gonçalves (2014), Faraco (2016) e Bagno (2000; 2003; 2004;2006; 2007a; 2007b; 2009a; 2009b; 2010a; 2010b; 2013; 2014a).  A metodologia foi feita com base nos princípios propostos por Koerner (2014b): contextualização e imanência. Para a análise, utilizou-se a proposta teórico-metodológica de Koerner (2014b), a proposta desenvolvida por Bastos e Palma (2008) sobre a investigação de objetos contemporâneos relacionados a uma perspectiva historiográfica, além de propostas de interpretação com base em categorias analíticas como: dimensão interna e externa, Batista (2013);influência, Koerner (2014b);tradição, Alonso (2012); e retórica do autor, Batista (2015). Na análise externa, foi feita uma contextualização: social, política, econômica, educacional, biográfica e histórica, bem como uma tentativa de reconstrução do clima de opinião intelectual contemplando, assim, o princípio proposto por Koerner (2014b), o da contextualização. Na análise interna, foram analisados os aspectos internos concernentes à GPPB e às fontes secundárias, em que se observou um tratamento dado à origem da língua portuguesa, além da influência, tradição e retórica do autor, contemplando, assim, o princípio da imanência. Com o desenvolvimento da pesquisa, foi possível observar a escolha de retórica que Bagno adota, na GPPB, na qual predominou uma retórica de ruptura em relação a paradigmas tradicionais, donde já se percebe uma mudança de perspectiva sobre a origem histórica da língua portuguesa, na qual o autor passa a filiar a origem da língua portuguesa e do português brasileiro à língua galega. Notou-se, com as análises, que tal mudança de ponto de vista pode ter sido motivada pelo contato com o grupo ao qual ele se filiou na Galiza. Levando-se em conta a análise de toda a produção de Bagno, cumpre mencionar que o posicionamento do autor, nos livros que produziu até antes da publicação da GPPB e, continuadamente, após a publicação de sua gramática, é o mesmo, ou seja, a língua portuguesa é retratada a partir de sua origem no latim vulgar. As análises apontam para as continuidades e descontinuidades no tratamento da história da língua portuguesa que podem ser consideradas a partir da retórica adotada pelo autor em diferentes obras. É possível, pois, destacar que Bagno, na GPPB, apresenta uma retórica fortemente descontinuísta com os estudos histórico-linguísticos tradicionais, ao passo em que, no restante de suas obras, sobressai-se um discurso continuísta em relação à tradição.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1167642 - FRANCISCO ALVES FILHO
Presidente - 2499575 - MARCELO ALESSANDRO LIMEIRA DOS ANJOS
Externo ao Programa - 2167352 - TERESINHA DE JESUS MESQUITA QUEIROZ
Notícia cadastrada em: 09/02/2017 09:28
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb03.ufpi.br.instancia1 03/11/2024 16:51