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Banca de QUALIFICAÇÃO: OSIRES DE ARAUJO SILVA FILHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: OSIRES DE ARAUJO SILVA FILHO
DATA: 30/08/2017
HORA: 16:00
LOCAL: Sala 323-J
TÍTULO: HUMANOS E MÁQUINAS: UMA INVERSÃO DE PAPÉIS EM UBIK, DE PHILIP K. DICK;
PALAVRAS-CHAVES: Philip K. Dick. Ubik. Distopia. Corpo.;
PÁGINAS: 63
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Letras
RESUMO:

A pesquisa pretende analisar como o corpo humano e as máquinas são descritas no romance de ficção científica Ubik (1969), de Philip K. Dick. O enredo distópico da obra se passa num futuro de sociedades consumistas, inicialmente 1992, em que poderes são algo corriqueiro e as pessoas “mortas” podem ser mantidas numa forma de animação suspensa chamada meia-vida. Neste sentido, dois personagens chamam atenção: o empresário Glen Rucinter e sua esposa, Ella. O primeiro possui um corpo composto por mais de uma dezena de órgãos artificiais enxertados no seu sistema fisiológico à medida que os genuínos, originais, falham. Enquanto isso, Ella encontra-se no Moratório Entes Queridos, localizado na Suíça e de propriedade de Hebert Von Vogelsang. Os moratórios se aproximariam um pouco dos conhecidos cemitérios de hoje, porém os corpos dos meias-vidas, espécie de estágio entre a vida e a morte, são conservados em bolsas térmicas. A partir destas observações, desenvolve-se uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório, pois esta modalidade possibilita a reflexão crítica a partir de conhecimento acumulado (registros disponíveis), sendo, portanto, a mais adequada para a construção deste trabalho. Primeiramente são feitas reflexões em torno da ordem pós-moderna, dos conceitos de modernismo e pós-modernismo, com foco no campo literário, e, em seguida, serão abordados os gêneros que permeiam Ubik (distopia e ficção científica). Em uma segunda etapa, debruça-se sobre as modificações que o corpo humano vem passando e o texto apoia-se nos seguintes pensadores: Giddens (2002) afirma que nesta época “o corpo está plenamente disponível para ser trabalhado pelas influências da alta modernidade. Como resultado desses processos, suas fronteiras se alteram.”; Jonas (2006) declara que se antes o homem deveria ter o total domínio sobre a natureza, modificando-a e criando-a, agora, “o homo faber aplica sua arte sobre si mesmo e se habilita a refabricar inventivamente o inventor e confeccionador de todo o resto.”; para Bauman (2009) o corpo é “fonte particularmente prolífica de uma ansiedade eterna, exacerbada pela ausência de escoadouros estabelecidos e confiáveis para aliviá-la, que dirá para reduzi-la e ou dispersá-la”. Pode-se concluir, ao final destes dois capitulos, que se nos períodos precedentes da história o homem seria capaz apenas de prolongar o tempo de vida imposto pela natureza, em condições de pós-modernidade, o homem passa a ser capaz de acelerar o curso natural da natureza e ainda de criar naturezas artificiais ontologicamente semelhante às naturezas originais e esta realidade já era retratada, antes mesmo disso se concretizar em obras ficcionais, como Ubik. O último capítulo, a ser apresentado durante a defesa da dissertação, será dedicado ao estudo das máquinas e inteligência artificial.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1192205 - SEBASTIAO ALVES TEIXEIRA LOPES
Interno - 1550705 - LUIZIR DE OLIVEIRA
Externo à Instituição - MARGARETH TORRES ALENCAR COSTA - UESPI
Notícia cadastrada em: 15/08/2017 10:56
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