Esse trabalho tem por objetivo analisar como o domínio das macrorregras de sumarização na produção de resumos escritos indica compreensão; Para tal propósito verificaremos como ocorre o seu emprego por alunos que estão em fase de finalização do curso de Letras Português da Universidade Federal do Piauí (UFPI), campus Ministro Petrônio Portella. A capacidade de resumir textos é uma manifestação do processo de compreensão (Kintsch e Van Dijk, 1975). Postula-se que a partir da análise de uma tarefa de resumo pode-se ter um indicativo de desempenho leitor. Na tentativa de responder ao questionamento “Será que a capacidade de resumir garante necessariamente sucesso na compreensão?”, propomos essa pesquisa de natureza qualitativa, de campo e bibliográfica para a qual será solicitada a produção de um resumo escrito, sob duas condições: com e sem a presença do texto-base. Os alunos serão divididos em dois grupos, numericamente iguais, denominados de Grupo A (que ficará com o texto-base para consulta) e Grupo B (que não ficará com o texto-base para consulta) para, a partir daí, ser avaliado o modo de apresentação dos textos produzidos pelos dois grupos distintos. Para fundamentar o estudo recorreremos, sobretudo, aos estudos de Van Dijk e Kintsch (1978; 1983; 1985) e Van Dijk (2013) acerca do processo de compreensão, produção e sumarização de textos. Além disso, buscaremos apoio teórico em discussões sobre as estratégias necessárias para a realização de resumos (MATENCIO, 2002; MACHADO, 2002), bem como nas contribuições de Marcuschi (2004) sobre o processo de retextualização. Quanto aos resultados, esperamos que alunos que consultam o texto, possam produzir de acordo com a sequência do texto-base e com pouca criação de novas sentenças. Quanto aos alunos que ficarem sem a consulta ao texto, esperamos textos mais coesos com elaboração de novas sentenças. Uma alternativa para minimizar alguma dificuldade no processo é o conhecimento de estratégias comuns a gêneros que visem à participação efetiva dos sujeitos.