Esta pesquisa se propôs a investigar o processo de acomodação dialetal dos santoantonhenses residentes em Teresina – PI em situação de contato dialetal com os teresinenses. O objeto de estudo proposto foi a variável linguística sílaba postônica, a partir de suas variantes redução total, redução parcial e não redução, e teve como finalidade descrever as atitudes linguísticas dos informantes diante do novo dialeto de contato e analisar os fatores linguísticos e extralinguísticos relevantes para a convergência ou divergência ao dialeto dos teresinenses. Para prosseguir com esta investigação, contamos com as contribuições da Teoria Variacionista, de William Labov (2008 [1972]), a Teoria da Etnografia da Fala, de Dell Hymes (1964, 1972, 1976) e a Teoria da Acomodação da Comunicação, de Giles et al (1973, 1975, 1987). Contamos ainda com as abordagens quantiqualitativas para contabilizar e interpretar os dados de fala a partir das análises descritivas, das atitudes linguísticas e dos eventos de fala. O corpus da pesquisa foi composto por 10 informantes, homens e mulheres com faixa etária a partir dos 18 anos de idade e residentes em Teresina por um período mínimo de dois anos completos. Amparados pelas teorias propostas, chegamos aos seguintes resultados: os santoantonhenses residentes em Teresina, Piauí, em contexto geral não acomodaram ao novo dialeto de contato, mas diante dos dados expostos acreditamos que existe um processo de convergência em curso. Há uma margem de preponderância suave para o dialeto dos teresinenses, segundo os dados, mas quando confrontada com as atitudes linguísticas devotadas à realidade linguística e social da comunidade de origem, tal preponderância não se configura como relevante para garantir a manutenção de acomodação dialetal.