Ao final de 2019 para início de 2020, o mundo inteiro se deparava com um novo tipo de vírus de altíssima propagação, denominado Covid – 19. Assim, com a necessidade de isolamento social, um dos termos mais viralizados e difundidos nas mídias digitais foi “fique em casa”. Devido ao interesse em compreender esse fenômeno, nesta dissertação foi feita uma análise das estratégias de convencimento utilizadas em cinco textos multimodais veiculados na mídia no período da quarentena, com a temática “Fique em casa”. Para o corpus, fizemos uma seleção de imagens veiculadas em sites de notícias de grande circulação no Brasil, entre os meses de março de 2020 a fevereiro de 2021. Como embasamento teórico e analítico, foram utilizadas a perspectiva do Letramento Visual (DEBES, 1969) e a Gramática do Design Visual, a qual foi estabelecida a partir da década de 1980 por Kress e van Leeuwen (1996, 2006), que, em nosso ponto de vista, configura-se como uma das vertentes teóricas promissoras na leitura de textos multimodais. Metodologicamente, este estudo foi de base bibliográfica com abordagem qualitativa e, no que se refere aos seus objetivos, foi de caráter descritivo. Dessa forma, buscamos analisar pelo viés da Gramática do Design Visual as estratégias de convencimento em textos multimodais veiculados no meio digital no período da pandemia. Assim, em relação aos significados narrativos, interativos e composicionais construídos nas imagens, identificamos as variadas formas de persuadir o público a ficar em casa, seja por meio de cartazes, outdoors, ilustrações, com o intuito de convencer o leitor. Percebemos que, desde o início, o fenômeno fique em casa permaneceu nos imaginários sociais. Isso pôde ser observado no apelo feito nos hospitais, nas ruas, na internet. Do real ao virtual, em um curto período, foi possível entender como as ações individuais das pessoas podem afetar o coletivo.