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Banca de DEFESA: VIRNA PEREIRA TEIXEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VIRNA PEREIRA TEIXEIRA
DATA: 31/03/2024
HORA: 14:30
LOCAL: DEFESA DE TESE
TÍTULO: LETRAMENTOS ESCOLARES: A ESCRITA DO TEXTO DISSERTATIVO- ARGUMENTATIVO A PARTIR DA NARRATIVA CINEMATOGRÁFICA
PALAVRAS-CHAVES: Letramentos sociais. Ensino Médio. Narrativa cinematográfica. Sequências textuais. Texto dissertativo-argumentativo.
PÁGINAS: 275
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
RESUMO:

As práticas letradas no mundo globalizado caracterizam-se, sobretudo, pela complexidade. À medida que as tecnologias audiovisuais e digitais passaram a fazer parte do cotidiano das sociedades, as relações envolvendo escrita e leitura vêm adquirindo novos contornos, forjando artefatos semióticos cada vez mais híbridos. Compreender as relações entre o texto verbal e multimodal, portanto, são demandas da contemporaneidade, as quais devem ser amplamente investigadas e incorporadas à rotina educacional. Nesse sentido, partindo dos Novos Estudos do Letramento (Street, 2014) e suas formulações para o contexto escolar brasileiro (Soares, 2009; Kleiman, 2007; Rojo, 2001; 2009, Bortoni-Ricardo, 2005; 2008, Lopes, 2004, Costa, 2016) buscou-se averiguar, no presente trabalho, se os eventos de letramento, apoiados em narrativas cinematográficas, podem contribuir para a elaboração e escrita do texto dissertativo-argumentativo no Ensino Médio. Esta pesquisa, com efeito, inscreve-se também no campo de estudos dos Letramentos Escolares no Ensino Médio (Cardoso, 2012) e recorre aos aportes teóricos da Narrativa Cinematográfica (Gaudreault; Jost, 2009) e Linguística Textual (Adam, 2011) para subsidiar a análise dos eventos de letramentos em sala de aula, cuja agência escolar pertence à rede pública estadual de Teresina - PI. Em termos metodológicos, conduziu-se uma pesquisa-ação, de natureza qualitativa e exploratória, tendo como referência a abordagem etnográfica. O percurso em campo, que contou com a participação de 15 (quinze) sujeitos, na faixa etária dos 16 aos 20 anos, compreendeu todo o ano letivo de 2022. Quanto à dimensão pedagógica, foram organizadas sequências didáticas (Pessoa, 2014) que, por sua vez, contemplaram a apreciação de filmes de gêneros variados, adequados à faixa etária dos estudantes e sintonizados com as temáticas juvenis. Por meio de questionários, gravações das rodas de conversa, diário de campo da docente-pesquisadora, documentos do universo escolar e produções dos estudantes (resenhas cinematográficas e textos dissertativo-argumentativos), estabeleceu-se relações linguísticas entre a organização escrita do texto dissertativo-argumentativo, a partir de sequências narrativas/argumentativas, atividades orais e aspectos constitutivos da narrativa cinematográfica. Os dados revelaram que tanto os eventos de oralidade (rodas de conversa), quanto as proposições narrativas de base e/ou sequências narrativas, redigidas após o contato com gêneros fílmicos, favoreceram a produção de sequências argumentativas e respectivos textos dissertativo-argumentativos, potencializando o continuum oralidade/escrita. Outrossim, vale registrar, a retextualização escrita-escrita (Dikson, 2018; Dell’Isola, 2007), envolvendo as produções de resenha cinematográfica e texto dissertativo-argumentativo, atuou, de modo eficaz, na obtenção desses resultados. Contudo, a reflexão sobre os eventos de letramento, tomando de empréstimo categorias bourdieusianas (campo e habitus), evidenciou que a reforma do Ensino Médio (Brasil, 2017), ao suprimir horas-aula de todos os componentes curriculares obrigatórios, restringe a prática docente, limitando, por exemplo, a discussão mais pormenorizada de temas como o letramento cinematográfico. Por fim, espera-se que as análises geradas por esse estudo possam suprir lacunas no campo teórico que integra a apropriação da narrativa cinematográfica pelo discurso pedagógico, especialmente, quando se correlaciona letramentos escolares e elaboração de sequências argumentativas. Além disso, vislumbra-se, na seara de uma epistemologia da docência, o estímulo à prática multissemiótica da escrita de textos dissertativo-argumentativos, visando, na perspectiva dos letramentos sociais, à construção de autorias juvenis, críticas e autônomas.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 7422420 - CATARINA DE SENA SIRQUEIRA MENDES DA COSTA
Interno - 3108138 - IVEUTA DE ABREU LOPES
Interno - 1063909 - JUSCELINO FRANCISCO DO NASCIMENTO
Externo à Instituição - STELLA MARIS BORTONI FIGUEIREDO RICARDO - UnB
Externo à Instituição - YANA LISS SOARES GOMES - UFAL
Notícia cadastrada em: 22/03/2024 15:33
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