Introdução: Dentes brancos impactam positivamente na vida dos indivíduos. No entanto, o procedimento de clareamento dental de consultório pode desencadear sensibilidade dentária (SD). Esse risco é ainda maior caso o agente usado no clareamento entre em contato com a dentina, quando ela estiver exposta ao meio bucal, como nas lesões cervicais não cariosas (LCNC). Objetivos: Comparar o risco e a intensidade da sensibilidade dentária após clareamento de consultório em indivíduos com e sem lesões cervicais não cariosas. Materiais e métodos: Os voluntários foram pacientes atendidos na clínica odontológica da Universidade Federal do Piauí, com caninos A2 ou mais escuros, foram selecionados para este ensaio clínico. Sendo divididos em dois grupos de acordo com a presença ou não de lesões cervicais não cariosas dentárias. Os dentes foram clareados em duas sessões, com intervalo de 1 semana. Cada sessão teve uma aplicação prévia de dessensibilizante a base de nitrato de potássio e fluoreto de sódio e uma aplicação de peróxido de hidrogênio a 35%, durante 40 minutos, de acordo com as instruções do fabricante. As alterações de cor foram avaliadas por método subjetivo (Vita Classical). Os participantes registraram a SD com uma escala visual analógica de 0 a 10 pontos e uma escala numérica de 0 a 4. A alteração de cor em unidades de guia de tonalidade foi analisada pelo teste t de Student (p = 0,05). O risco absoluto e a intensidade da SD foram avaliados pelo teste do Qui-quadrado e teste t de Student, respectivamente (p = 0,05). Resultados: Participaram desse estudo 46 voluntários, 23 com LCNC e 23 pacientes que não possuíam nenhuma lesão nos dentes anteriores e pré-molares. Todos os grupos atingiram nível de clareamento satisfatório após 30 dias de avaliação clínica. O risco relativo de sensibilidade foi de 0,303 (IC: 95%; 0,084-1,095) e o teste de Qui-quadrado (p= 0,063) demonstraram a ausência de significância estatística entre os grupos. Quanto a intensidade da sensibilidade nenhuma diferença significativa foi encontrada (p > 0,05). Conclusão: Indivíduos com e sem lesões cervicais não cariosas apresentaram risco e intensidade de sensibilidade dentária semelhantes após o clareamento de consultório.