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Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA DO PERPETUO SOCORRO DE SOUSA COELHO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA DO PERPETUO SOCORRO DE SOUSA COELHO
DATA: 30/05/2025
HORA: 14:00
LOCAL: AUDITÓRIO DO NPPM
TÍTULO: SUPLEMENTAÇÃO DA VITAMINA E COMO MODULADORA DA AÇÃO DE QUIMIOTERÁPICOS: AVALIAÇÕES PRÉ CLÍNICAS E CLÍNICAS
PALAVRAS-CHAVES: Neoplasias mamárias; Antineoplásicos; Efeitos adversos; Vitaminas Antioxidantes; Tocoferóis
PÁGINAS: 134
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

O câncer é uma doença multifatorial de alta incidência e mortalidade, caracterizada por mecanismos patológicos complexos e considerada um grave problema de saúde pública. Entre os diversos tipos de neoplasias, o câncer de mama é o mais frequente e a principal causa de morte entre mulheres no mundo. A quimioterapia ainda representa uma das principais formas de tratamento, mas sua eficácia é frequentemente comprometida pela distribuição desfavorável dos medicamentos no organismo, resultando em efeitos colaterais severos. Nesse contexto, estudos pré-clínicos e clínicos vêm demonstrando perspectivas promissoras para o uso de vitaminas antioxidantes, especialmente a vitamina E e seus diferentes vitâmeros, que apresentam potenciais efeitos antitumorais e antioxidantes. Nesse sentido, a pesquisa teve como objetivo avaliar os efeitos modulatórios e os mecanismos de ação da suplementação com vitamina E como terapia adjuvante em mulheres com câncer de mama tratadas com o protocolo AC (Adriamicina + Ciclofosfamida), com foco na redução de efeitos adversos, melhora da qualidade de vida e otimização do estado nutricional. No primeiro capítulo, por meio de uma revisão sistemática com 12 estudos selecionados que utilizaram modelos animais e, em parte, linhagens celulares tumorais, foram analisadas as ações de tocoferóis, misturas de tocoferóis e tocotrienóis, além de formas sintéticas da vitamina. Os resultados mostraram que a vitamina E, isolada ou em terapias combinadas, retardou o desenvolvimento tumoral, reduziu o tamanho dos tumores, inibiu a proliferação celular e a expressão de genes antiapoptóticos e de proliferação, ao mesmo tempo em que promoveu a expressão de genes pró-apoptóticos, genes supressores tumorais e a resposta imune, com destaque para a interação com estradiol, células dendríticas e pterostilbeno. O segundo capítulo consistiu em um estudo experimental, pareado, simples-cego e controlado por placebo, conduzido em três centros oncológicos do Piauí (HU-UFPI, ONCOCENTER e ONCOCLÍNICA), com suplementação diária de 300 UI (447 mg) de vitamina E acetato em mulheres submetidas à quimioterapia com o protocolo AC. A análise dos questionários ASG-PPP e EORTC QLQ-C30 demonstrou que o grupo suplementado manteve o estado nutricional estável e apresentou melhora dos sintomas clínicos. Em termos de perfil antioxidante, observou-se aumento nas defesas antioxidantes no grupo tratado com vitamina E. Além disso, os dados toxicogenéticos indicaram que o grupo placebo teve índices significativamente maiores de dano ao DNA a partir do terceiro ciclo de quimioterapia, sugerindo que a vitamina E exerceu efeito protetor genotóxico e contribuiu para atenuar os sintomas clínicos. Tais achados reforçam o potencial da vitamina E como agente quimioprotetor e adjuvante no tratamento do câncer de mama, embora sejam necessários estudos adicionais para avaliar sua eficácia em outros protocolos terapêuticos.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2128442 - FELIPE CAVALCANTI CARNEIRO DA SILVA
Interno - 1943330 - MAURICIO PIRES DE MOURA DO AMARAL
Externo à Instituição - 714.***.***-34 - RAIMUNDA SHEYLA CARNEIRO DIAS - HU
Externo à Instituição - 258.***.***-68 - SABAS CARLOS VIEIRA - UFPI
Notícia cadastrada em: 14/05/2025 09:43
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